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Após 12 horas, Júri popular condena 2 envolvidos no assassinato covarde de ativista político

Dois dos 4 envolvidos no assassinato Ricardo Lelis D’Assunção, conhecido como Roberto de Carvalho, de 48 anos, ocorrido em novembro de 2023, foram a Júri popular no Fórum da Comarca de Conselheiro Lafaiete (MG). O julgamento, ocorrido nesta quarta-feira (27), durou 12 horas. Ao final, L. A. e J. V. foram condenados pelo Tribunal do Júri.

O primeiro foi condenado por homicídio duplamente qualificado e corrupção de menor, enquanto o segundo respondeu por homicídio qualificado e corrupção de menor. O crime envolveu planejamento, uso de arma de fogo, divisão de tarefas entre os envolvidos e corrupção de um menor, motivado por retaliação a postagens da vítima denunciando desvios na administração municipal.

A pena de L.A. foi fixada em 20 anos, 7 meses e 7 dias de reclusão, em regime fechado, considerando reincidência e maus antecedentes, e a de J. V. em 13 anos de reclusão, também em regime fechado. Ambos permanecerão presos, sem possibilidade de recorrer em liberdade, e os instrumentos do crime foram perdidos em favor da União. A indenização por danos à família da vítima não foi fixada por ausência de quantificação formal, podendo ser pleiteada em ação cível própria. O menor encontra-se foragido. As custas do processo ficaram para os réus. Conselho de Sentença rejeitou as teses das duas defesas de absolvição, participação de menor importância.

O caso

Segundo a PCMG, na data do crime, os suspeitos teriam ido de carro da própria prefeitura até as proximidades da localidade de Itaqui Alto, na zona rural de Itaverava, à procura da vítima, de 48 anos. Ao chegar no local e abordar a vítima, ativista tentou reagir, sendo atingido por um dos investigados com um tiro no rosto. De acordo com testemunhas, os suspeitos fugiram logo após o crime por uma estrada rural. A vítima chegou a ser socorrida com vida, porém não resistiu ao ferimento e faleceu.

Em troca de mensagens os executores cobraram dinheiro pelo crime e outros benefícios para continuar calados e não delatar seus contratantes. “As investigações não deixam qualquer dúvida de que o Ricardo Lelles foi vítima de um plano maquiavélico arquitetado por detentores da função pública municipal, sendo dois identificados e não descartasse a possibilidade de mais envolvidos”, cita a conclusão do inquérito. Em diversos depoimentos são citados diversos empréstimos de dinheiro suspeitos.

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