Conselheiro Lafaiete ainda respira o silêncio deixado por Diego Rogério da Silva, o Dieguinho, de apenas 21 anos. Na noite de 14 de agosto, a vida dele foi interrompida de forma brutal na avenida Prefeito Telésforo Cândido de Resende. O que poderia ser apenas mais um acidente de trânsito se transformou em algo muito maior: um clamor coletivo por justiça.
Segundo a dinâmica do acidente, o condutor do carro, de 46 anos, relatou que voltava de um evento de empresas e trafegava pela Rua Narciso Júnior, visando atravessar a Avenida Telésforo Cândido de Resende para acessar a via no sentido rotatória. Ao realizar a travessia, não percebeu a aproximação da motocicleta que descia pela via ocasionando a colisão. Após o impacto violento, o veículo Onix prosseguiu seu deslocamento, vindo a parar no sentido oposto da avenida.
Um luto que virou movimento
O Samu foi acionado, mas só pôde confirmar a morte. Na mesma madrugada, familiares e amigos se reuniram no Velório Sagrado Coração de Jesus. No dia seguinte, uma carreata acompanhou o cortejo até o Cemitério Vale do Ipê. As buzinas, que normalmente marcam celebrações, ecoaram como gritos de dor e de protesto.
Nas redes sociais, mensagens de carinho e indignação se multiplicaram. Quem conviveu com Diego fala de um jovem leve, divertido, que tinha sempre uma palavra de apoio. Para muitos, ele era o tipo de amigo que chegava para somar.

Justiça tem custo — e precisa de apoio
A morte de Diego não será esquecida. Mas buscar justiça exige enfrentar um processo caro: perícias, custas processuais, deslocamentos. Por isso, a família lançou uma campanha solidária com meta de arrecadar R$ 16.500. O valor será usado exclusivamente para custear a batalha judicial. Até o momento, já foram arrecadados cerca de R$ 1,6 mil.
Em nota emocionante, os familiares fizeram um pedido direto à comunidade:
“Nós não conseguimos trazer o Diego de volta, mas podemos lutar para que a vida dele não tenha sido interrompida em vão. Pedimos a sua ajuda — seja com uma contribuição, seja compartilhando nossa campanha. Precisamos de justiça, precisamos transformar a dor em força. Que cada gesto de solidariedade nos ajude a gritar por Diego, porque ele não pode ser esquecido.”
As contribuições podem ser feitas via PIX: 31 9 8581 8144 (Rejane da Silva Dutra). Além da doação, a família pede que a campanha seja divulgada para alcançar mais pessoas.
O recado que fica
A morte de Dieguinho não pode virar apenas estatística. Ele era filho, irmão, amigo, um jovem cheio de planos. Sua partida precoce é um alerta para a irresponsabilidade no trânsito e, ao mesmo tempo, um convite à solidariedade.
Cada doação, cada compartilhamento, cada palavra de apoio é também um ato de resistência contra a injustiça. Porque a vida de Diego vale muito mais do que o silêncio que tentaram impor.