O Vale do Piranga se consolidou como um dos principais polos de cachaça artesanal de Minas Gerais, resultado da tradição secular dos produtores locais e de décadas de dedicação à arte da cachaça. Entre as conquistas mais significativas estão o reconhecimento do método de fabricação como patrimônio cultural imaterial do estado e a organização do Polo da Cachaça do Vale do Piranga.
“A cachaça do Vale do Piranga é mais que uma bebida; é a expressão de nossa cultura e do trabalho de gerações de produtores”, afirma Glaycon Franco, que atuou como semeador desse processo, ajudando a valorizar e fortalecer a produção local. Essas iniciativas contribuíram para consolidar a região como um destino turístico e produtivo, fortalecendo toda a cadeia da cachaça.

Presidente Bernardes se destaca como cidade polo na produção de cachaça, concentrando iniciativas de valorização, eventos e incentivos à produção artesanal, servindo como referência para toda a região. Itaverava abriga o alambique Santa Efigênia, ícone da produção local que combina tradição e inovação, movimentando a economia e atraindo turistas interessados na cachaça artesanal.

Municípios como Lamim, Alto Rio Doce e Rio Espera possuem alta densidade de alambiques, reforçando a força da produção artesanal e seu impacto na economia regional. São mais de 40 municípios envolvidos. O reconhecimento da cachaça como patrimônio cultural e o fortalecimento do polo têm gerado emprego, renda e impulsionado o turismo rural, mostrando que tradição e desenvolvimento caminham juntos.

“Cada garrafa produzida aqui carrega a história e o esforço de trabalhadores dedicados à arte da cachaça,” destaca Glaycon Franco. Seu papel como semeador ajudou a dar visibilidade ao trabalho dos produtores, mas o verdadeiro legado é da comunidade que preserva e transforma a cachaça do Vale do Piranga em referência nacional de qualidade e tradição.