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Deputados voltam atrás após votos favoráveis à PEC da Blindagem

Pelas redes sociais, deputados se retrataram sobre votos a favor do texto que restringe possibilidade de investigar parlamentares, exigindo que Câmara ou Senado autorizem processo contra os integrantes

Em vídeos publicado nas redes sociais, deputados pedem perdão por voto a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, cujo texto restringe possibilidade de investigar parlamentares, exigindo que Câmara ou Senado autorizem processo contra seus integrantes.

A proposta passou com 353 votos a favor e 134 contra no primeiro turno, com uma abstenção. No segundo turno, o placar foi de 344 a 133. O texto aprovado segue, agora, para a apreciação do Senado.

Entre os parlamentes está a deputada Silvye Alves (União Brasil-GO). Em vídeo publicado no Instagram há dois dias, Silvye considerou o voto o voto a favor um “erro gravíssimo”. “Fui contra tudo que eu defendo, tudo que eu acredito. Eu já sabia que a direita, a extrema-direita e o centro votariam a favor dessa PEC”, afirmou Silvye.

Ela relata que sofreu ameaças de retaliação por parte de “pessoas influentes do Congresso” caso votasse contra a PEC. Eu fui covarde e cedi à pressão, por volta de quase 23h, eu mudei meu voto. Eu quero pedir perdão”, narra a deputada.

Outro congressista que se retratou foi o deputado Merlong Solano (PT-PI). Em nota, publicada nas redes sociais, ele diz que a motivação do voto favorável foi a tentativa de preservar o diálogo entre o PT e a presidência da Câmara dos Deputados. Segundo o parlamentar, o intuito era ajudar impedir o avanço do PL da Anistia, além de viabilizar a votação de pautas como a isenção do Imposto de Renda e a taxação das casas de apostas.

“Infelizmente, esse esforço não surtiu efeito. O acordo político foi rompido e a votação da PEC ocorreu sob sérias irregularidades, incluindo a reintrodução do voto secreto no texto — dispositivo que já havíamos conseguido derrotar na noite da terça-feira”, avaliou o deputado. Ele ainda afirmou que assinou a um Mandado de Segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a anulação dos atos praticados pela Mesa Diretora da Câmara e da PEC da Blindagem.

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O deputado Pedro Campos (PSB-PE) — irmão do prefeito do Recife, João Campos (PSB) — também publicou vídeo para justificar seu voto. Assim como Solano, ele disse que o objetivo era evitar um boicote “de pautas importantes para o governo”, como o avanço da anistia. Entretanto, “a PEC passou do jeito que nós não queríamos, inclusive com a manobra para voltar o voto secreto que nós já tínhamos derrubado em votação”, afirmou o parlamentar.

“Saímos derrotados na votação da PEC e na votação da anistia”, emendou o irmão do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Pedro Campos confirmou ter protocolado um mandado de segurança no STF com o objetivo de anular a votação e a “manobra” feita para volta do voto secreto.

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Já o deputado Thiago de Joaldo (PP-SE), que votou favoravelmente à chamada PEC da Blindagem em ambos os turnos, afirmou inicialmente que sua decisão foi motivada por considerar que há uma “perseguição judicial” contra parlamentares.https://www.instagram.com/reel/DOyUC2jjoGI/embed/captioned/?cr=1&v=14&wp=675&rd=https%3A%2F%2Fwww.correiobraziliense.com.br&rp=%2Fpolitica%2F2025%2F09%2F7253004-deputados-voltam-atras-apos-votos-favoraveis-a-pec-da-blindagem.html#%7B%22ci%22%3A2%2C%22os%22%3A798.2999999523163%2C%22ls%22%3A49.799999952316284%2C%22le%22%3A751.2999999523163%7D

No entanto, após repercussão negativa, Joaldo recuou da posição. “Passei a entender que a Câmara errou na mão. E o remédio pode ter saído mais letal do que a enfermidade”, declarou. O parlamentar também reconheceu o equívoco: “Como não tenho compromisso com o erro nem dívidas com a Justiça, reconheço que falhei. Peço desculpas”.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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