Entenda o que diz a lei e como evitar punições com essa nova forma de fiscalização
O uso de drones no trânsito brasileiro tem ganhado destaque como uma nova abordagem para aprimorar a fiscalização remota, com respaldo da Resolução 909/2022 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que regulamenta sua utilização no monitoramento de infrações nas vias.
Como funcionam os drones no controle das infrações rodoviárias?
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) faz uso crescente de drones em operações nas rodovias federais, ampliando o alcance da fiscalização aérea. Os drones auxiliam na detecção de infrações como ultrapassagem indevida e uso de smartphones ao volante, capturando imagens aéreas que facilitam a identificação de condutas perigosas.
Entre as principais ações promovidas por meio dos drones e que vêm sendo avaliadas pelas autoridades, estão a fiscalização de pontos críticos e a melhoria da cobertura de operações em áreas remotas.
- Drones capturam imagens aéreas para monitoramento de infrações como ultrapassagens proibidas e uso de telemóvel.
- As autuações são válidas apenas em vias devidamente sinalizadas.
- Um projeto de lei busca proibir o uso de drones na fiscalização de trânsito.
Quais condições devem ser cumpridas para que as autuações com drones sejam válidas?
Para garantir a legalidade das autuações por videomonitorização aérea, é indispensável que a via esteja claramente sinalizada sobre a existência deste tipo de fiscalização.
Esta exigência protege o direito à informação dos condutores, tornando as multas justificáveis perante a legislação.
Sem a devida sinalização, as autuações feitas com drones podem ser contestadas e consideradas inválidas, reforçando a importância do cumprimento rigoroso deste requisito nas fiscalizações realizadas.

Que desafios legais e éticos estão associados ao uso de drones para fiscalização?
A expansão do uso de drones gera discussões sobre privacidade, proteção de dados e segurança operacional, temas ressaltados por especialistas e parlamentares. O PL 3807/2024 é um exemplo de proposta legislativa voltada a restringir essa prática em todo o Brasil.
É fundamental acompanhar o debate em torno de possíveis riscos à privacidade dos cidadãos, avaliando como as imagens captadas são armazenadas e utilizadas pelas autoridades de trânsito.
Em estados como Minas Gerais e Santa Catarina, a PRF busca seguir protocolos que priorizem a sinalização e a transparência.
O que podemos esperar do futuro da fiscalização rodoviária por drones no Brasil?
A incorporação de drones representa um avanço significativo, mas deve ser equilibrada com responsabilidade legal e ética, bem como respeito à privacidade dos condutores.
A tecnologia tende a evoluir e provocar ajustes na legislação conforme novas experiências sejam mundialmente avaliadas.
O cenário de fiscalização aérea seguirá sob constante revisão, especialmente à medida que projetos de lei, debates públicos e avanços tecnológicos incidirem sobre as decisões regulatórias.
FONTE: O ANTAGONISTA



