O Projeto Viola e Violeiros de Queluz chega ao fim de mais um ciclo, e o Espaço José Robert já respira o clima das celebrações que se aproximam. Durante meses, as turmas mergulharam no universo da viola caipira, aprenderam os segredos do instrumento, compartilharam histórias e descobriram, cada uma ao seu ritmo, o poder afetivo que nasce do encontro entre memória e música. Agora, tudo isso ganha forma em dois dias especiais, abertos ao público.
No dia 5 de dezembro, às 19 horas, a turma Tocar Viola assume o palco com o repertório construído ao longo do curso. São interpretações que revelam técnica, sensibilidade e a alegria de quem encontrou novas maneiras de se expressar através das dez cordas. Cada canção escolhida carrega um pedaço do que foi vivido nas aulas e abre caminho para que o público sinta, com eles, a essência da tradição que tanto orgulha a região.
No dia 6 de dezembro, às 16 horas, é a vez da turma Saber Fazer Viola apresentar seu trabalho. Em vez de melodias, o encanto está nas formas, nas madeiras, nos detalhes minuciosos e na sonoridade que nasce das próprias mãos dos participantes. A exposição mostra violas construídas ao longo do curso e permite ao público acompanhar de perto o cuidado artesanal que transforma matéria bruta em instrumento vivo.
As duas atividades acontecem no Espaço José Robert, localizado na Rua Duque de Caxias, 881, loja 11, no Bairro Chapada. O ambiente acolhedor, já conhecido pelos encontros do projeto, ganha ainda mais significado quando recebe as famílias, os amigos e todos aqueles que desejam celebrar a cultura da viola, tão profundamente ligada à identidade da região.
O encerramento do Viola e Violeiros de Queluz é mais que a conclusão de um ciclo. É a confirmação de que a tradição continua florescendo, encontrando novas mãos, novas vozes e novos caminhos. E cada aluno que se apresenta ou expõe sua criação leva consigo a certeza de que a cultura, quando compartilhada, sempre encontra um jeito de permanecer viva.



