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R$ 100 mil no plenário: vereador explode escândalo de compra de votos e PMMG é acionada na Câmara

A noite desta terça-feira (2) entrou para a história da Câmara Municipal de Mercês. Em um ato surpreendente e carregado de tensão, o vereador Marcelo “Moto Som” lançou R$ 100 mil em espécie sobre a mesa do plenário e afirmou, diante de todos, que o dinheiro seria parte de uma tentativa de compra de seu voto para a eleição da Mesa Diretora. Com a voz firme e emocionado, ele declarou: “Eu jamais vou compactuar com corrupção. Sou de vocês, mercesanos, sou do povo. Dinheiro não me compra!”

O gesto chocou os presentes e abriu uma crise política no Legislativo. Logo após o episódio, começou a circular um áudio explosivo. Na gravação, um interlocutor oferece exatamente R$ 100 mil — metade em dinheiro vivo e metade em cheque — para garantir o apoio de um vereador a um determinado grupo político na disputa interna da Câmara. O articulador ainda afirma que levaria o “pacote” à casa do parlamentar “daqui a uma hora”, orientando que ele se juntasse a outros quatro vereadores para chegar em bloco à votação marcada para as 19h.

O vereador gravado demonstra medo da repercussão, chega a dizer que poderia ser “linchado” ao entrar acompanhado pelo suposto grupo e questiona se os demais parlamentares estavam cientes da oferta. O interlocutor admite que ainda não havia informado os outros. Segundo o áudio, o beneficiado poderia até pedir licença do cargo no dia seguinte ao pleito caso aceitasse o acordo — o que levantaria ainda mais suspeitas. Com a gravidade da denúncia e a atitude de Marcelo ao exibir o dinheiro publicamente, a Polícia Militar foi acionada e compareceu à Câmara para colher informações e iniciar os procedimentos necessários. O caso agora deve seguir para investigação, enquanto a cidade de Mercês acompanha, estarrecida, um dos episódios mais tensos e impactantes da política local.

PMMG

A Polícia Militar registrou, na noite desta terça-feira, um caso de suposta corrupção ativa dentro da Câmara Municipal de Mercês. A corporação foi acionada por uma representante do Legislativo após um vereador denunciar publicamente ter recebido vantagem indevida para direcionar seu voto durante a sessão de eleição da Mesa Diretora para o ano de 2026. Segundo o parlamentar, ele teria sido procurado por um empresário de 66 anos ao longo dos últimos meses. O homem, conforme o relato, ofereceu pagamento para que o vereador votasse em candidatos previamente definidos. A oferta teria se concretizado na manhã do mesmo dia, quando o valor — em dinheiro e cheque — foi entregue ao político.

O vereador informou possuir vídeos, mensagens e áudios que comprovariam a tentativa de compra de voto. O material deve ser apresentado à Polícia Civil, responsável pela investigação. Após a denúncia pública, o empresário deixou a Câmara antes da chegada da Polícia Militar. Equipes realizaram buscas pela cidade, mas o suspeito não foi encontrado. A quantia de R$ 100 mil, entregue ao vereador, foi recolhida e permanece sob cadeia de custódia para análise pericial e posterior encaminhamento à autoridade competente.

A presidente da Câmara declarou aos militares que não tinha conhecimento prévio do suposto acordo. Os envolvidos foram conduzidos ao destacamento policial para registro da ocorrência e conferência dos materiais apresentados. O vereador afirmou temer represálias após tornar o caso público. A Polícia Civil deve instaurar inquérito para apurar os fatos e identificar possíveis envolvidos no esquema.

Fonte: O noticiário

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