A Estação Ferroviária de Jeceaba nasceu em 1914, acompanhando a expansão do Ramal Paraopeba da Estrada de Ferro Central do Brasil, e desde então tornou-se a principal porta de entrada para o desenvolvimento do município, impulsionando o comércio, aproximando pessoas e abrindo caminhos para novas oportunidades que ajudaram a moldar a cidade. Antes desse período, o município era conhecido como Camapuã, nome de origem indígena que significa “monte redondo”. Com a chegada dos trilhos e o crescimento do povoado ao redor da estação, o nome foi sendo transformado até se consolidar oficialmente como Jeceaba, denominação que permanece até os dias atuais.
Ao longo de mais de um século, os muros da Estação testemunharam incontáveis histórias: a rotina dos ferroviários, a chegada de famílias em busca de um futuro melhor, as despedidas marcadas pela saudade e os reencontros cheios de emoção. A Estação tornou-se parte da memória afetiva da população e um dos mais importantes símbolos da identidade local, sendo hoje reconhecida como patrimônio cultural protegido.
Restauro
A transformação do espaço está sendo realizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com patrocínio da MRS Logística. A execução da obra é responsabilidade da Montreal Engenharia, com apoio do Município de Jeceaba, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Atualmente, a Estação passa por um amplo processo de revitalização, que respeita sua importância histórica e projeta um futuro de valorização cultural, social e turística. Diversas etapas já foram concluídas, como a remoção dos tacos antigos e da antiga estrutura de madeira do telhado, a instalação de gradil e tapumes para segurança, a implantação de nova rede de esgoto e de uma nova caixa d’água, a finalização da estrutura do telhado e a instalação de câmeras de monitoramento. Cada avanço aproxima o município da entrega de um espaço moderno, acolhedor e cheio de possibilidades, onde passado e futuro se encontram, permitindo que a história continue viva e que a Estação volte a pulsar cultura, convivência e pertencimento para toda a comunidade.












