×

‘Irmã mais nova da Toyota Hilux’ chegará para disputar mercado com Fiat Toro, Ram Rampage e Ford Maverick; lançamento do Toyota Prius antecipa criação do modelo

Nova geração do Prius passa a concentrar soluções técnicas que a Toyota pretende aplicar em futuros Corolla e em uma picape intermediária híbrida, posicionada abaixo da Hilux e projetada para competir com Toro, Rampage e Maverick dentro do plano de eletrificação da marca.

A Toyota prepara uma nova etapa de eletrificação de sua linha no Brasil, e o Prius passou a ocupar papel central nesse planejamento.

A geração mais recente do modelo, equipada com motorização híbrida plug-in, é tratada internamente como referência técnica para projetos futuros, que incluem as próximas evoluções de Corolla e Corolla Cross e a picape intermediária que deve ficar abaixo da Hilux.

Esse modelo é citado em apurações do setor como um concorrente direto de Fiat ToroRam Rampage e Ford Maverick.

Paralelamente, a Toyota confirmou que desenvolve uma caminhonete de porte semelhante para o mercado norte-americano, onde o foco está em rivais como Maverick e Hyundai Santa Cruz.

Em entrevista repercutida por veículos internacionais, o chefe de planejamento e estratégia da Toyota Motor North America, Cooper Ericksen, afirmou que a discussão interna deixou de ser sobre a viabilidade do projeto.

Segundo o executivo, o debate passou a se concentrar na definição do calendário. “It’s not a matter of ‘if’ at this point”, declarou ao tratar do avanço do plano.

Novo Toyota Prius como referência técnica

Nos últimos anos, o Prius passou por uma reformulação de posicionamento. Além da atualização visual, o modelo incorporou soluções técnicas que a Toyota vem estendendo a outras frentes.

Nova geração do Toyota Prius é vendido com sistema híbrido plug-in no exterior — Foto: Divulgação
Nova geração do Toyota Prius é vendido com sistema híbrido plug-in no exterior — Foto: Divulgação

Na Europa, a montadora destaca a nova arquitetura do Prius Plug-in Hybrid, que utiliza bateria de 13,6 kWh, associada a uma autonomia em modo elétrico que varia conforme o ciclo de homologação.

Em medições padronizadas, essa autonomia pode atingir dezenas de quilômetros. Esse conjunto é citado por analistas do setor como um caminho para aplicações em veículos de maior volume, especialmente à medida que a Toyota amplia a oferta de híbridos e de eletrificação parcial em mercados estratégicos.

Em países onde o Prius plug-in já é comercializado, a configuração combina um motor 2.0 a um sistema elétrico. Dados divulgados por publicações especializadas indicam potência combinada de 223 cv, associada à bateria de 13,6 kWh.

Plataforma TNGA e parâmetros de porte

Além do conjunto mecânico, o Prius também antecipa decisões estruturais. O modelo utiliza a plataforma TNGA, já aplicada em outros veículos da Toyota, o que permite variações de carroceria e de entre-eixos conforme o projeto.

Nos Estados Unidos, informações técnicas oficiais indicam que o sedã tem cerca de 4,60 metros de comprimento1,78 metro de largura, altura próxima de 1,42 metro e 2,75 metros de entre-eixos. Esses parâmetros ajudam a explicar o espaço interno dentro do segmento.

Toyota prepara picape intermediária híbrida abaixo da Hilux, inspirada no novo Prius, para disputar mercado com Toro, Rampage e Maverick.
Toyota prepara picape intermediária híbrida abaixo da Hilux, inspirada no novo Prius, para disputar mercado com Toro, Rampage e Maverick.

Em reportagens do setor, essa mesma plataforma é apontada como provável base da futura picape intermediária. A expectativa é de compartilhamento de componentes com a linha Corolla, com adaptações específicas para cabine dupla e caçamba.

Confirmações e sinalizações sobre a picape intermediária

A confirmação mais clara sobre o desenvolvimento de uma caminhonete menor veio de declarações de Cooper Ericksen. Segundo o executivo, a decisão de produzir o modelo já foi tomada, restando a definição do momento de lançamento.

No Brasil, a Toyota não divulgou dados oficiais sobre especificações ou versões. Ainda assim, o tema vem sendo acompanhado de perto pelo mercado, principalmente pelo crescimento do segmento de picapes intermediárias, atualmente ocupado por modelos como Toro e Rampage, enquanto a Maverick atua em uma proposta que combina porte intermediário e opção híbrida.

Outro fator observado é o posicionamento estratégico. A nova caminhonete tende a se situar entre SUVs médios e a Hilux e, dentro da estratégia da marca, é tratada como um produto com potencial de volume.

Produção em São Paulo e plano de investimentos

A estratégia industrial da Toyota ajuda a contextualizar o projeto. Em março de 2024, a empresa anunciou um plano de R$ 11 bilhões em investimentos no Brasil até 2030, que inclui ampliação de capacidade produtiva, avanço das tecnologias híbridas e previsão de novas contratações.

Parte desses investimentos envolve as unidades de Sorocaba e Porto Feliz, no interior paulista. Esse eixo industrial ganhou atenção adicional em 2025, quando uma tempestade atingiu a fábrica de Porto Feliz, responsável pela produção de motores, provocando interrupções temporárias na operação e impacto em outras plantas do grupo.

Durante o processo de recuperação, a Toyota adotou medidas para manter a produção enquanto avançava no diagnóstico e na reorganização das atividades.

Toyota prepara picape intermediária híbrida abaixo da Hilux, inspirada no novo Prius, para disputar mercado com Toro, Rampage e Maverick.
Toyota prepara picape intermediária híbrida abaixo da Hilux, inspirada no novo Prius, para disputar mercado com Toro, Rampage e Maverick.

Estimativas de lançamento no Brasil

Em relação ao cronograma, publicações especializadas citam estimativas para a chegada da picape intermediária ao Brasil. Há referências a um possível início de produção a partir de 2026, em Sorocaba, com posicionamento abaixo da Hilux e atuação direta no segmento hoje ocupado por Toro e Maverick.

Essas projeções, no entanto, variam conforme a fonte. Até o momento, a Toyota não divulgou um cronograma oficial para o lançamento do modelo no mercado brasileiro, limitando-se a sinalizações de investimento, movimentação industrial e confirmações já feitas para o mercado norte-americano.

Híbrido plug-in flex e desafios de implementação

A eventual adoção de uma motorização híbrida plug-in adaptada ao flex é apontada por analistas como um diferencial potencial no Brasil, por combinar eletrificação com o uso de etanol, combustível já presente nos híbridos comercializados atualmente pela marca no país.

No caso do Prius plug-in, a Toyota divulga a combinação da bateria de 13,6 kWh com a possibilidade de rodar em modo elétrico antes da atuação do motor a combustão. Esse conceito é citado em análises do setor como base para outros projetos.

A implementação local, no entanto, envolve desafios técnicos e industriais. Questões de engenharia, cadeia de fornecedores e definição de portfólio ainda precisam ser equacionadas, razão pela qual detalhes como potência final, autonomia elétrica, calibração para etanol e versões disponíveis permanecem sem confirmação oficial.

Com o segmento de picapes intermediárias em expansão e concorrentes já consolidados, qual fator tende a ter maior peso para o consumidor quando a Toyota apresentar sua “irmã mais nova da Hilux”: a oferta de motorização híbrida ou o posicionamento de preço e equipamentos frente a Toro, Rampage e Maverick?

FONTE: CLick petroleo e gas

Receba Notícias Em Seu Celular

Quero receber notícias no whatsapp