O rio que deu nome a uma das principais cidades do Vale do Piranga está desaparecendo. Décadas atrás ainda se encontravam lambaris, carás, corvinas, carpas, bagres, mandis, surubins, timburés, piabas, curimbas, piaus, piabanhas, acarás e pirapetingas. A gente pescava e, ainda, nadava!* Atualmente, impera a poluição, e o descaso de uma cidade, a primeira sede municipal cortada pelo curso d’água a poluí-lo. Um rio que em vários pontos se atravessa de margem a margem sem mesmo molhar os joelhos.
Piranga lança esgoto doméstico no rio Piranga a partir de cinco afluentes deste curso d’água: o córrego do Guedes, o do Retiro, o da Vicaroca e, principalmente, os córregos do Mercado e das Almas (os dois últimos, os mais poluídos). Em alguns casos, o lançamento de efluentes é direto no curso d’água. Atividades rurais de grande impacto também ameaçam a sobrevivência do rio Piranga, e não é de hoje!
Piranga tem a obrigação de lutar pela implantação da estação de tratamento de esgoto da cidade e se tornar um exemplo para os municípios da região. Enquanto nada acontece, o rio que deu nome à cidade pede socorro, ao poder público e à sociedade. Texto e fotos: Patrício Guará Drone