A Prefeitura de Congonhas através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente promoveu no último dia 10 de novembro, o 1º Encontro Brasileiro sobre a Qualidade do Ar. A ação faz parte do programa de Controle de Ambiental Municipal, criado em 2021, para mitigar os impactos das atividades de mineração na cidade.
Autoridades locais, representantes de empresas que atuam no município, estudiosos sobre o assunto e especialistas de várias regiões do Brasil participaram das discussões sobre os problemas ambientais enfrentados por Congonhas.
Representantes do Governo Municipal e da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) apresentaram aos pesquisadores diagnósticos da qualidade do ar na cidade com base em dados da rede de monitoramento que possui equipamentos localizados em vários bairros como no Pires, Jardim Profeta, Lobo Leite e Joaquim Murtinho. Também foram abordadas as ações mitigadoras realizadas pelas empresas mineradoras e os principais desafios apresentados.
O prefeito Cláudio Antônio de Souza ressaltou a importância do encontro como maneira de discutir estratégias e elaborar em conjunto medidas técnicas eficazes e duradouras para a melhoria e controle da qualidade do meio ambiente na cidade e fez um resumo de algumas ações do Governo. “Temos tido uma preocupação muito grande com a questão do meio ambiente. Todas as nossas ações em nível de pavimentação, a busca por trabalhar a ‘cidade esponja’, reposição de lençol freático não são coisas que dão resultado de um dia pro outro, mas nós começamos e o desafio é grande”, comentou o prefeito Dinho em seu discurso.
O representante da AMIG (Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais), Waldir destacou que os problemas e impactos da atividade mineraria são comuns a muitas cidades. “Quase todas as cidades mineradoras que tem atividade de médio a grande porte, sentem o impacto, a única diferença é a proximidade delas com as minas aonde se faz a escavação, o beneficiamento e o empilhamento. Por isso, nós precisamos naturalmente de qualificar o impacto, quantificar o impacto, achar e apontar solução e exigir que quem faz o impacto seja o mitigador e, se possível, o eliminador dele”, conclui.
O vice-prefeito Paulo Policarpo destacou em sua fala a importância da mineração para a economia local e o promotor de Justiça, Vinícius Alcântara ressaltou a necessidade da empresas se empenharem no cumprimento das medidas de mitigação. “Uma das principais angustias da população local é quanto a quantidade de partículas de poeira no ar, porque Congonhas basicamente é uma cidade cercada de mineração a céu aberto por todos os lados e isso acarreta males de várias espécies a saúde da população e a limpeza da cidade. Isso é uma preocupação recorrente. E eu espero que a haja uma colaboração, uma consciência por parte das empresas porque esse impacto tem várias vertentes”, enfatizou o promotor.
A Secretaria Adjunta de Meio Ambiente, Ana Gabriela Dutra ressaltou durante sua apresentação a abertura de muitas empresas para permitir um entendimento do que acontece dentro delas e que são causadores destes impactos e o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Marcelo Moreno, destacou que esse encontro é o marco na busca de soluções para a melhoria da qualidade do ar em Congonhas.
“Não estamos falando que nós vamos resolver todo o problema de uma só vez, mas nós vamos começar a dar passos, porque ninguém chega a lugar algum em um pulo, mas em caminhando de passo a passo até alcançar. Então, que daqui saia algo que nós comecemos a desenvolver, que sejam pequenas ações para nós chegarmos aonde nós buscamos”, concluiu.
Por Reinaldo Silva – Comunicação
Imagens: Reinaldo Silva e Izabella Vasconcelos