Há mais de 7 meses uma das cidades mais ricas de Minas, nadando em dinheiro, oriundo do royalties do minério, passa por uma crise política sem precendentes, a maior nos últimos 30 anos
Há em curso um embate entre Legislativo e Executivo antecipando as eleições. Na Câmara há em andamento uma comissão processante e uma CPI do Instituto Pró-vida, instituição ligada ao prefeito que já recebeu mais de R$23 milhões em recursos públicos. O clima é de tensão e nos próximos meses deve haver um embate gigantesco nas votações dos respectivos relatórios.
Sessão
Neste cenário de confronto e enfrentamento, quando uma guerra fratricida domina o clima político, ontem (2) foi apresentado no Plenário do Legislativo um requerimento, apresentado pelo funcionário contrado do prefeitura, Vanderlei Gomes Diniz, em que pedia pela abertura de uma Comissão Processante contra o Presidente Ygor Souza Costa (PL), irmão do pré-candidato, Christian Souza (PL).
O requerimemnto foi rejeitado por unanimidade o que demostra em tese a fragilidades das denúncias. O autor cita a suspeição do procurador da Câmara, Adriano Melilo, e suposto crime de prevaricação do Presidente do Legislativo.
O texto reza que o procurador participa de reuniões e encontros com um candidato a prefeito em Congonhas, Anderson Cabido (PSB), o que seria incompatível com as funções exercida pelo procurador. O proponente cita que Ygor Souza não coibe as condutas do procurador, o que configuraria prevacaricação.
Em outra vertente da denúncia sugere que o Procurador recebe proventos superiores aos salários recebidos atualmente pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal, reajustados pela Lei 14.520/23, a partir de abril 2023, para RS41.650,92.
“Isso é uma covardia e factóide”, dispara Presidente Ygor
Em um discurso de pouco mais de 15 minutos, o Presidente da Casa Legislativa, Ygor Souza, fez discurso de ataque de desqualificação conteúdo das denúncias. “Ele é usado pelo Executivo. Deixa o cartão de ponto em aberto e vem aqui apresentar a denúncia. Não pedi nenhum voto ao requerimento e deixei meus pares a vontade. Isso é covardia ao Legislativo e ao povo”, disparou.
Ygor disse que em relação aos salários do Procurador já há uma ação em curso na Justiça. “O autor usou da peça jurídica para requentar a denúncia. Inclusive nos autos eu não sou parte alguma. Na verdade eu entendo que é o Executivo coagindo o Legislativo. È um ato político de injustiça induzido por alguém da Prefeitura. O autor fica passeando pela cidade com uma pasta debaixo do braço em pleno delírio eleitoral já que foi nomeado pelo prefeito logo no início da gestão. Tudo não passa de um factóide. Se gente se silenciar qualquer um dos vereadores será o alvo da vez”, assinalou.