LAFAIETE: FAVELINHA! Incêndio em coreto reacende a discussão da problemática social dos moradores de rua; “já era de esperar por esta tragédia anunciada”, dispara vereador

A revelia da ação do poder público e da sociedade, Conselheiro Lafaiete (MG) se tornou um cortiço. Quem a cidade rodoviária já sente no primeiro contato o cartão postal da cidade. Flagrantes de brigas, uso de drogas e álcool, ameaças, abordagens violentas, sujeira, medo e temor. Isso sem contar colchões, caixas de papelão, sujeira e barracas espalhados em praças e ruas. O cenário é degradante, algo parecido com uma favelinha montada em diversas partes da cidade.

Na rodoviária são flagrantes de brigas e violência explícita. Os moradores e comerciantes relatam a apreensão de conviver com este cenário aviltante e constrangedor. A situação expressa a realidade social e custo para mitigar o problema que aumenta a cada dia nas ruas. A falta de políticas públicas corajosas e comprometidas esbarra também na inércia da sociedade.

Os moradores de rua tomaram as praças da Rodoviária, São Sebastião, Tiradentes dentre outras. Coretos históricos cederam espaço para dormitório aberto.

Ápice da situação

Diversas reportagens postadas no site CORREIO DE MINAS já relatavam a situação hostil de moradores em situação de rua na Praça São Sebastião, como o medo espalhados na região e ao comércio por abordagens mais acintosas.

O ápice da situação chegou na noite desta segunda-feira ( 1) quando, após uma briga, pessoas atearam fogo no coreto, mas debelado pelos bombeiros.

“Isso estava previsto. Isso é culpa em grande parte da inércia do Executivo. A secretaria de assistência social deveria ter atuado como deveria. O problema está espalhado por toda a cidade e precisa se enfrentado com coragem. Lamentável chegar a este ponto”, disparou o Vereador João Paulo Pé Quente (PP) na sessão desta terça-feira (2).

Reunião

A situação social dos moradores em situação de rua em Lafaiete (MG) ganhou discussão. Em maio, os conselhos municipais e a secretaria de assistência debateram propostas para enfrentar emergencialmente a situação com a criação do Comitê Pop Rua com a participação dos setores público e sociedade civil, visando garantir direitos, políticas públicas e acessos a dignidade e inserção social.