Um novo acontecimento sacudiu, nos últimos dias, o cenário político da cidade de Entre Rios de Minas/MG. Isso porque os últimos presidentes da Câmara Municipal de Vereadores, Thiago Itamar Santos Villaça (TED) e Levi da Costa Campos, estão no centro de uma investigação que averigua o recebimento de subsídio acima do orientado pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE/MG).
Conforme as diretrizes do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, nenhum presidente de Câmara Municipal pode receber subsídio superior aos dos demais vereadores. No entanto, a Câmara Municipal de Entre Rios de Minas/MG ignorou tal orientação.
Cidades vizinhas como Jeceaba/MG, São Brás do Suaçuí/MG e Desterro de Entre Rios/MG seguem fielmente a orientação, sendo que tanto ve-readores quanto presidente recebem a mesma quantia, ou seja, R$6.601,27, R$4.304,89 e R$2.505,15, respectivamente.
Por sua vez, a Câmara Municipal de Entre Rios de Minas, cidade que possui a menor arrecadação per capita dentre os municípios da Comarca, decidiu ignorar completamente as regras do TCE/MG e conceder ao presidente da Câmara um generoso subsídio de R$7.473,56, valor significativamente superior aos R$6.068,52, recebidos pelos demais vereadores.
E não para por aí! Em meio a denúncia, os vereadores aprovaram, no dia 16 de julho de 2024, sob a presidência do então presidente Levi da Costa Campos e em uma reunião que não foi transmitida pelas redes sociais, a Lei nº 2.045/2024, que fixa os subsídios dos vereadores para o ano de 2025. Embo-ra tenham finalmente decidido acatar a orientação do TCE/ME e igualar os subsídios – estabelecendo R$6.200,00 tanto para o presidente quanto para os demais vereadores –, tal lei somente começará a valer no mês de janeiro de 2025. Ou seja, o atual do presidente continuará recebendo o subsídio superior aos demais verea-dores até o final do seu mandato, que ocorrerá em dezembro de 2024.
O Ministério Público de Minas Gerais, através do Promotor de Justiça, recebeu denúncia sobre o ocorrido e uma investigação foi aberta para apurar os fatos. O Ministério Público tomará as medidas necessárias para averiguar as possíveis irregularidades e eventuais devoluções.
Enquanto isso, a população espera ansiosa por respostas e o clima de tensão só aumenta. O que mais será revelado nos próximos capítulos desse escândalo político que está sacudindo a cidade de Entre Rios de Minas? A reportagem se baseou em denúncia recebida pelo MPMG e a redação está aberta aos citados.