Manifestação inusitada ocorreu em Lavras, no Sul de Minas; companhia já recebeu R$ 5 milhões em multas e está na mira da Justiça
Um homem resolveu tomar um banho nesta terça-feira (24/9) no saguão de atendimento da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em Lavras, no Sul do estado, para protestar contra a falta de água na cidade. Somente no município, a empresa recebeu R$ 5 milhões em multas.
Nas imagens que repercutiram nas redes sociais, o homem aparece retirando a roupa e ficando apenas de cueca. Ele se molha, ensaboa o corpo e recebe ajuda de outro homem para terminar de se lavar. “Estou há cinco dias sem água. Eu sei que a culpa não é de vocês. (…). Chamem a polícia aí. Vocês não fazem o mínimo, que é a distribuição de água”, reclamou o morador, em referência ao abastecimento no bairro Pitangui.
Em nota, a Copasa afirmou que as oscilações no abastecimento do município estão sendo causadas “em razão do longo período de estiagem, que vem provocando a redução da vazão dos mananciais utilizados pela empresa para a captação de água, especialmente dos córregos Água Limpa e Santa Cruz”. Em relação à região citada pelo morador na sede da Copasa, a empresa disse que o referido bairro estava sendo abastecido no decorrer desta terça-feira.
“Para minimizar esses impactos, a empresa segue com o Plano de Manobras, que divide a cidade em setores, garantindo o abastecimento de todas as regiões, mesmo que de forma alternada”, informou a Copasa, acrescentando que os moradores podem ter acesso ao documento no site da companhia. “Caso algum morador esteja com problemas no abastecimento, a empresa solicita que a ocorrência seja registrada pelos canais de atendimento, informando o endereço completo, para que as equipes façam uma vistoria in loco”, frisou.
Copasa na mira da Justiça
No último dia 17, a Copasa foi multada em R$ 2,5 milhões pela Justiça devido aos recorrentes problemas de abastecimento apontados por moradores de Lavras. Antes disso, no dia 9 do mesmo mês, a companhia já havia recebido uma multa de igual valor pelo mesmo problema. As decisões são da 2ª Vara Cível da Comarca de Lavras. Questionada a respeito, a Copasa informou que “não comenta processos judiciais em trâmite”.
Com informações da TV Alterosa*
FONTE ESTADO DE MINAS