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Protegendo Congonhas: Unidos contra a expansão predatória da Mineração

Por Deputado Estadual Leleco Pimentel

Na última quinta-feira (10/10), tive a oportunidade de participar de uma audiência pública, junto à Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que discutiu os riscos da expansão da mineração no Complexo Casa de Pedra, em Congonhas. O evento foi marcado pela presença massiva da população, que, mesmo com a chuva, demonstrou força e união. O cenário é alarmante e exige de todos nós uma postura firme e decidida.

A maior barragem de rejeitos do mundo, localizada no município, é o epicentro de um debate que já está longe de ser técnico: trata-se de um enfrentamento entre o poder econômico da mineração e a segurança e a vida das comunidades locais. O que está em jogo é muito mais do que o impacto ambiental, que já é grande por si só. Estamos falando de um processo de especulação imobiliária que coloca em risco a segurança dos moradores e ameaça o seu modo de vida. Os danos à saúde e ao meio ambiente, que já são uma realidade, podem se agravar com a expansão de atividades mineradoras.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tem pressionado a população local, tentando forçar a venda de suas propriedades, utilizando estratégias que buscam desmobilizar a comunidade. A mineradora age com o intuito de ampliar suas atividades, sem considerar as consequências para a vida de quem ali reside há gerações. O esforço é claro: a CSN quer expandir suas operações, criar novas pilhas de rejeitos e aumentar os lucros sem olhar para os riscos de rompimento e os impactos ambientais que já pesam sobre Congonhas.

Diante deste cenário, nossa luta é clara e precisa ser forte. Através da nossa intervenção na Assembleia Legislativa, entregamos à Promotora de Justiça, Clarisse Perez Mendes, um pedido formal de representação contra o Decreto do Governador Romeu Zema, que visa desapropriar mais de 260 hectares da comunidade de Santa Quitéria, para que sejam usados na expansão das atividades mineradoras. Este Decreto, assinado em julho de 2024, enfraquece ainda mais a autonomia dos moradores e ameaça à integridade de sua terra.

Com apoio do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a presença da deputada Beatriz Cerqueira, reforçamos nossa resistência. O sentimento é claro: “Não vai calar a comunidade!”. A mobilização que vimos na audiência pública não foi só um protesto contra a mineração predatória, mas uma demonstração de força de um povo que se recusa a ser apagado. A comunidade de Santa Quitéria já está organizando esforços para anular os efeitos desse Decreto, e esse movimento tem que ser apoiado por todos.

As consequências da mineração predatória já são conhecidas e são devastadoras: barragens rompendo, comunidades destruídas, vidas perdidas, e uma natureza mutilada para sempre. Por isso, faço um apelo a todos os mineiros e mineiras: unam-se nessa luta. Precisamos de força, união e coragem para resistir às pressões de quem só vê números e lucros, sem enxergar o impacto real na vida das pessoas.

Vamos juntos proteger Congonhas. A resistência é a nossa maior força! A população de Congonha e região sofre com as nuvens de poeira, com medo do rompimento da barragem e agora, Zema e a CSN querem expulsar parte da população de Congonhas para aumentar os lucros e deixando mais pavor para os habitantes.

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