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Com rastro de destruição, Prefeitura de Lamim (MG) decreta calamidade pública após “cabeça d’agua”

O município de Lamim, localizado no Vale do Pirangas, em Minas Gerais, decretou ontem (3), Situação de Emergência após ser atingido por fortes chuvas no dia 31 de janeiro. Em aproximadamente 40 minutos, o volume de, chuva chegou a 120 mm, causando o transbordamento de ribeirões e alagamentos que afetaram tanto a zona urbana quanto a rural da cidade, deixando ao menos 11 desalojados/desabrigados, queda de pontes e interdições de entradas rurais e ruas.

O fenômeno conhecido como “cabeça d’água” no ribeirão que corta o centro do município resultou na destruição e danificação de diversas estruturas, incluindo pontes e bueiros. Entre os principais danos, destacam-se a destruição completa de uma ponte na comunidade rural Pouso Alegre e o comprometimento de um tubulão metálico na comunidade Cafezal. A situação também afetou diretamente a infraestrutura da cidade, com deslizamentos de terra colocando residências em risco e interrompendo vias importantes, como a MG-132.

Outro grande impacto foi a destruição da barragem de contenção de água, responsável pelo abastecimento de água potável da região central. Com isso, parte significativa da população está sem fornecimento de água. O telhado do Hospital Municipal Divino Espírito Santo e da Unidade Básica de Saúde Vereador José Camilo Nogueira também sofreu danos agravados pelas chuvas, comprometendo o atendimento à população.

Segundo a prefeitura, até o momento, 13 pessoas estão desalojadas e foram acolhidas por parentes e amigos, enquanto outras cinco estão desabrigadas e necessitam de abrigo temporário. Ao todo, cerca de 3.000 pessoas foram afetadas diretamente pelo desastre, com casas e comércios invadidos pela água, vias obstruídas e falta de serviços essenciais. A prefeitura mobilizou equipes para atuar no restabelecimento da normalidade e garantir segurança aos moradores.

Diante da gravidade da situação, o prefeito Waldiney de Souza Campos assinou o decreto de situação de emergência, permitindo a mobilização de órgãos municipais e a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre. O decreto também dispensa a necessidade de licitação para aquisição de bens e serviços essenciais ao atendimento da emergência, dentro das condições estabelecidas pela legislação federal.

Ações

As autoridades municipais seguem monitorando a situação e atuando para minimizar os impactos causados pelas chuvas. Equipes da Defesa Civil e da Polícia Militar estão em campo auxiliando os moradores e buscando soluções para restabelecer o acesso às áreas isoladas. Os dados sobre os prejuízos continuam sendo atualizados e novas medidas podem ser adotadas conforme a necessidade.

Na Rua Vereador José Nogueira Assis Reis, devido ao alagamento, os militares procederam a remoção de um casal de idosos até a residência de parentes.

Na localidade do Córrego do Bendito também houve considerável alagamento, atingindo outra residência, e os militares em conjunto com a Defesa Civil procederam a remoção de uma família ao prédio do asilo municipal e residência de familiares. Também foram resgatados animais domésticos, móveis e pertences pessoais. Na localidade de Matadouro, uma família foi realocada em casas de parentes e os militares auxiliaram na retirada de móveis e pertences pessoais.

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