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POLÊMICA PROSSEGUE EM RIO ESPERA (MG): silêncio imposto pela Justiça, após reclamação de dentista, ganha destaque em MG; suspensão fica restrita entre 0h30 e 4h15

O barulho do sino de uma igreja foi parar na Justiça: de um lado, a Paróquia Nossa Senhora da Piedade, de Rio Espera, no Vale do Piranga, em Minas Gerais; do outro, um dentista que reclama dos badalos do equipamento tocados, inclusive, de madrugada — descumprindo as leis de silêncio. A disputa foi divulgada com primeira mão pelo site do CORREIO DE MINAS, ganhando repercussão na mídia regional e destaque em jornais da Capital, como Estado de Minas, Rádio Itatiaia, e nível nacional, no Correio Brasilense, em canais de TV aberta.

Conforme informações reveladas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) divulgadas nessa quarta-feira (6), o cirurgião dentista ajuizou a ação afirmando que mora ao lado da paróquia e que sua família com duas crianças vem sendo perturbadas pelo som do sino. Ele sustentou que, apesar de já ter sido firmado acordo com o pároco, as badaladas permanecem. Assim, ele requereu a interrupção do toque do sino durante a madrugada, limitando-o ao intervalo das 7h às 19h.

Diante disso, a juíza Célia Maria Andrade Freitas Corrêa, da 4ª Vara Cível da Comarca de Conselheiro Lafaiete, acatou parcialmente pedindo pela suspensão do relógio, determinando a suspensão do sino entre 0h30 e 4h15, como havia sido acordado anteriormente. Agora, a paróquia tem 15 dias para apresentar a defesa.

Nas redes sociais, na última sexta-feira (31), a paróquia se manifestou a partir de um documento assinado pelo padre Jackson de Souza Braga, réu na ação, dizendo que o mesmo tentou conciliar o funcionamento do relógio com o respeito às leis de silêncio inúmeras vezes para evitar seus badalos a noite e madrugada.

Contudo, segundo o padre,”trata-se de um relógio centenário, com uma mecânica complexa, sendo um trabalho atípico com a mistura de digital, elétrica e mecânica”. Assim, ele alega a dificuldade para resolver o problema.

Ainda de acordo com a nota, o padre sugeriu que fosse feita a doação de um equipamento que permitiria o funcionamento dos sinos do relógio durante o dia, sem que tocassem à noite. “No entanto, apesar dos esforços para conciliar as necessidades envolvidas, não foi possível alcançar uma solução satisfatória para ambas as partes”, disse. Enquanto o processo corre na justiça, o funcionamento do sino está suspenso.

A decisão judicial já motivou a campanha “SOS – Todos pelo funcionamento do relógio da Igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade”.  A campanha é para que a autoridade judicial se sensibilize com o clamor da comunidade, revoltada com essa decisão, afinal desde da inauguração da igreja Matriz em 25 setembro 1959 o relógio está em funcionamento e é uma referência e relíquia histórica.

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