No final de 2024, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou um reajuste de 5,25% no piso regional. Essa decisão, tomada em 3 de dezembro, foi resultado de uma proposta do Executivo apresentada no início de novembro. O aumento busca mitigar os efeitos da inflação e assegurar que o estado continue competitivo em relação a outras regiões com características socioeconômicas semelhantes.
O projeto de lei que implementa o reajuste tem como foco equilibrar a valorização dos trabalhadores locais e evitar distorções no mercado de trabalho. O objetivo é promover a recuperação dos empregos formais nas categorias afetadas. O novo piso regional é aplicável a trabalhadores sem previsão salarial em convenções ou acordos coletivos, entrando em vigor imediatamente após a sanção, sem efeitos retroativos.
Quais são os novos valores do piso regional por categoria?
O reajuste no Rio Grande do Sul é organizado em cinco faixas salariais, cada uma destinada a diferentes grupos de trabalhadores. Os novos valores são os seguintes:
- Faixa I – R$ 1.656,52: Inclui trabalhadores na agricultura, pecuária, indústrias extrativas, empresas de pesca, empregados domésticos, turismo e hospitalidade, construção civil, indústrias de instrumentos musicais e brinquedos, estabelecimentos hípicos, motoboys, e empregados em garagens e estacionamentos.
- Faixa II – R$ 1.694,66: Abrange trabalhadores nas indústrias do vestuário, calçado, fiação, tecelagem, artefatos de couro, papel, papelão, cortiça, empresas de distribuição de jornais e revistas, serviços de saúde, asseio, conservação, limpeza, telecomunicações, hotéis, restaurantes, bares e similares.
- Faixa III – R$ 1.733,10: Destina-se a trabalhadores nas indústrias do mobiliário, químicas, farmacêuticas, cinematográficas, alimentação, comércio em geral, agentes autônomos do comércio, exibidoras e distribuidoras cinematográficas, movimentadores de mercadorias, comércio armazenador, e auxiliares de administração de armazéns gerais.
- Faixa IV – R$ 1.801,55: Envolve trabalhadores nas indústrias metalúrgicas, mecânicas, material elétrico, gráficas, vidros, cristais, cerâmica, artefatos de borracha, seguros privados, edifícios e condomínios, joalheria, lapidação de pedras preciosas, administração escolar, entidades culturais, recreativas, assistência social, orientação profissional, e trabalhadores fluviais e marítimos.
- Faixa V – R$ 2.099,27: Aplica-se a trabalhadores técnicos de nível médio, em cursos integrados, subsequentes ou concomitantes.

Qual é o impacto do reajuste no mercado de trabalho?
O principal objetivo do reajuste é valorizar os trabalhadores e promover a recuperação do emprego formal. Ajustar os salários conforme a inflação ajuda a evitar distorções no mercado de trabalho e assegura que os trabalhadores mantenham seu poder de compra. Esse aumento pode também estimular a economia local, já que salários mais altos geralmente resultam em maior consumo.
No entanto, o reajuste pode representar um desafio para algumas empresas, especialmente as menores, que podem ter dificuldades em absorver os novos custos salariais. O equilíbrio entre a valorização dos trabalhadores e a sustentabilidade econômica das empresas é crucial para um mercado de trabalho saudável.
Como o reajuste se compara a outros estados?
O reajuste do piso regional no Rio Grande do Sul é uma prática comum em estados com economias semelhantes, que também ajustam periodicamente seus pisos salariais para manter o poder de compra dos trabalhadores. Essa estratégia busca garantir que o estado permaneça competitivo e que a mão de obra local seja valorizada sem comprometer a saúde econômica das empresas.
O que é salário mínimo?
O salário mínimo é o menor valor que pode ser pago a um trabalhador formal no país, conforme definido por lei. Ele serve para garantir uma renda mínima que cubra as necessidades básicas dos trabalhadores, como alimentação, moradia e saúde. Além disso, protege contra a exploração salarial e serve como referência para outros pagamentos e benefícios.
Como o salário mínimo é definido no Brasil?
No Brasil, o salário mínimo é estabelecido pelo governo federal através de legislação específica. A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garantem o direito ao salário mínimo, que deve ser suficiente para atender às necessidades básicas dos trabalhadores e suas famílias. Para 2025, o salário mínimo foi fixado em R$ 1.518,00, representando um aumento em relação ao ano anterior.
FONTE: ESTADO DE MINAS