A imagem da negligência toma forma em um terreno tomado pelo lixo, mato alto e animais peçonhentos no bairro Queluz, em Conselheiro Lafaiete. A área, localizada na Avenida Dona Mariana Guimarães, nas proximidades do número 350 e no final da Rua Carijós, tornou-se um símbolo do descaso do poder público com a população.
Segundo moradores, o local — que aparece na planta do bairro como uma rua sem saída — foi limpo apenas uma vez quando a Prefeitura chegou a cercar o espaço com tela e instalar uma placa orientando a população a denunciar o descarte irregular de lixo. Desde então, nenhuma nova ação foi realizada.



Com o tempo, a situação se agravou. O mato tomou conta, o lixo se acumulou, e o espaço se transformou em criadouro de mosquitos e abrigo para animais perigosos. “No mês passado, uma mulher e uma criança foram picadas por escorpião. Já colocaram fogo no terreno de madrugada e, por pouco, as chamas não atingiram as casas”, relata um morador, que teme pela segurança da família. A infestação de mosquitos da dengue, aranhas e outros bichos é constante e vem assustando os moradores.
Diante da ausência de respostas por parte da administração municipal, a comunidade decidiu tornar o problema público na esperança de que alguma providência seja tomada. “A gente já procurou ajuda várias vezes, mas ninguém fez nada. Agora só com denúncia mesmo para alguém agir”, desabafa um dos moradores.
A população cobra da Prefeitura de Lafaiete ações urgentes de limpeza, fiscalização e controle de zoonoses no local, antes que mais tragédias aconteçam. Em tempos de combate à dengue e valorização da saúde coletiva, a omissão não pode ser a resposta.