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As cores vermelho, amarelo e verde nos semáforos não foram escolhidas por acaso

Muito antes de regularem o trânsito nas ruas, as cores dos semáforos surgiram nas ferrovias e foram escolhidas com base em visibilidade e segurança.

Vermelho, amarelo e verde. Essas cores do semáforo que controlam o trânsito nas ruas do mundo todo não foram escolhidas aleatoriamente.

Quantas vezes você para no vermelho e arranca no verde, sem pensar muito? Esse comportamento é automático para a maioria dos motoristas.

Mas já parou para se perguntar por que essas três cores — vermelho, amarelo e verde — foram escolhidas para regular o trânsito? A explicação vai além do acaso. Tem origem na história ferroviária e em testes práticos de visibilidade.

Tudo começou com os trens

Antes de chegar às ruas, os semáforos nasceram no setor ferroviário. Desde a década de 1830, as ferrovias já utilizavam sinais luminosos.

As primeiras luzes eram movidas a gás e usavam três cores: vermelho para parar, verde para cautela e branco para seguir.

O problema surgiu com a cor branca. À distância, podia ser confundida com outras luzes, como postes ou faróis. Isso causava acidentes graves.

Um dos mais emblemáticos aconteceu em 1914, quando a lente vermelha caiu de um sinal e a luz que era para indicar “pare” ficou branca. O resultado foi uma colisão entre dois trens.

Por causa disso, a cor verde foi promovida de “atenção” para “siga”. E o branco saiu de cena de vez.

William Potts e o semáforo moderno

A aplicação dos semáforos nas ruas começou em 1920. William L. Potts, um policial da cidade de Detroit, foi o responsável por adaptar o conceito ferroviário para o trânsito urbano.

Ele criou um sistema de quatro vias com três luzes, adotando as cores já utilizadas nas ferrovias, mas ajustando suas funções. Assim, nasceu o modelo de semáforo que conhecemos hoje.

Por que essas cores?

A escolha das cores tem base científica. Não foi uma decisão aleatória. Cada cor tem um comprimento de onda específico que interfere na forma como a enxergamos.

Vermelho: sinal de alerta: A cor vermelha é usada há séculos para indicar perigo. Além disso, possui o maior comprimento de onda do espectro visível. Isso significa que pode ser vista de longe, mesmo em condições ruins. Ideal para a função de “parar”, já que antecipa riscos com mais eficiência.

Verde: o sinal de liberdade: Originalmente usada para indicar cautela, a cor verde foi adotada como “siga” depois que a luz branca foi retirada. Tem grande visibilidade e contrasta bem com o vermelho, o que ajuda a evitar confusões na interpretação do sinal.

Amarelo: alerta com visibilidade: O amarelo tem o segundo maior comprimento de onda. Isso o torna visível mesmo em locais pouco iluminados.

Durante muito tempo, chegou a ser usado como cor principal de parada, até que os avanços tecnológicos tornaram a luz vermelha mais eficiente à noite. Hoje, o amarelo é usado como alerta, para indicar que o sinal está prestes a mudar.

A adoção dessas cores se consolidou após anos de testes e ajustes. A escolha levou em conta a visibilidade, o contraste e a resposta dos motoristas. A combinação entre vermelho, amarelo e verde não é apenas tradição: é resultado de experiência prática e ciência da percepção visual.

Essa padronização ajuda a manter a ordem e a segurança no trânsito em todo o mundo.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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