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Anpaq e o IBI protocolam no IPHAN pedido de Reconhecimento de Patrimônio Cultural e imaterial para a Cachaça de Alambique no Brasil

O “Manifesto da Cachaça” foi assinado pela Associação Nacional da Cachaça de Alambique (Anpaq), cujo Presidente é o piranguense, Sérgio Peixoto, e pelo IBI (Instituto Brasileiro de Integração) e protocolado no IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) no dia 31 de maio de 2025, durante o 2º Festival da Cachaça de Brasília, realizado no Estádio Mané Garrincha.
O documento é um apelo pela preservação e sobrevivência da cachaça, considerada patrimônio nacional. Ele destaca que a cachaça é uma bebida genuinamente brasileira, com mais de 500 anos de história, gerando mais de 600io mil empregos diretos e indiretos.
O Festival da Cachaça de Brasília contou com a presença de mais de 17 mil pessoas e teve como objetivo promover e fortalecer o setor produtivo local, além de debater temas relevantes para a cadeia produtiva da cachaça.
O movimento inédito de valorização cultural foi assinado por mais de 100 produtores e lideranças do setor cachaceiro brasileiro solicitando o reconhecimento do método de produção da cachaça de alambique como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Tradição e identidade

A cachaça de alambique, produzida artesanalmente em destiladores de cobre, representa uma tradição secular transmitida oralmente e por meio da prática entre gerações de mestres produtores, famílias, comunidades tradicionais, quilombolas e agricultores familiares. O método envolve conhecimentos sobre fermentação natural, destilação cuidadosa, cortes precisos de cabeça, coração e cauda, uso tradicional do cobre e escolha de madeiras para envelhecimento, conferindo singularidade e qualidade ao produto final.

Reconhecimento e salvaguarda

O manifesto destaca que reconhecer o método de produção da cachaça de alambique como patrimônio cultural imaterial é reconhecer a contribuição histórica, social, econômica e simbólica de milhares de brasileiros que mantêm viva essa tradição. Além disso, é um passo essencial para sua salvaguarda, valorização, proteção legal e fomento à continuidade das práticas culturais a ela associadas.

Próximos passos

O IPHAN analisará o pedido conforme os critérios estabelecidos pelo Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, e pela Portaria IPHAN nº 274, de 13 de agosto de 2009. Caso aprovado, o método de produção da cachaça de alambique será registrado como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, garantindo sua preservação e valorização para as futuras gerações.

A iniciativa conta com o apoio de diversas instituições, pesquisadores e representantes da sociedade civil, reforçando o compromisso com a proteção e promoção do patrimônio cultural brasileiro.

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