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Música lírica ocupa o Museu de Congonhas com entrada gratuita acontece amanhã (18)

Apresentação do Coral Lírico de Minas Gerais leva repertório clássico e brasileiro ao público da histórica cidade mineira

No dia 18 de junho, às 19h, o Museu de Congonhas recebe um espetáculo singular que une tradição, arte e espiritualidade. A apresentação do projeto “Lírico em Concerto”, realizada pelo Coral Lírico de Minas Gerais, encerra uma série de concertos em espaços culturais do estado e marca a chegada da música lírica à cidade histórica, conhecida por seu patrimônio barroco e religiosidade.

Gratuito e aberto ao público, o concerto oferece uma rara oportunidade para os moradores e visitantes de Congonhas vivenciarem a música de câmara em um ambiente alternativo ao teatro tradicional. A proposta do projeto é justamente essa: levar a música clássica a espaços simbólicos e acessíveis, promovendo encontros entre a arte e a comunidade em locais que fazem parte da história e da identidade mineira.

Com um repertório diversificado, o espetáculo transita entre a música coral brasileira e clássicos da ópera europeia. A apresentação começa com “Dona Nobis”, composição do mineiro Carlos Alberto Pinto Fonseca, seguida por trechos de óperas como “Sansão e Dalila”, de Camille Saint-Saëns; “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni; e “Tosca”, de Giacomo Puccini. Obras como “Diálogo das Carmelitas”, de Francis Poulenc, e “Os Pescadores de Pérolas”, de Georges Bizet, também fazem parte do programa.

Outro destaque é a execução de “Xirê-Ogum”, também de Fonseca, que remete a cantos de guerra africanos, evocando as raízes afro-brasileiras presentes na formação cultural de Minas Gerais. Para o maestro André dos Santos, regente do Coral, o concerto propõe uma reflexão sobre a fé e o sagrado, temas universais que ressoam com a identidade da cidade.

Congonhas, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1985, é mais do que o cenário: torna-se parte ativa da narrativa artística proposta pelo projeto. A cidade abriga o célebre conjunto do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, com obras de Aleijadinho, e reafirma, com essa iniciativa, seu papel como guardiã e difusora da cultura mineira.

A realização é fruto de parceria entre o Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais, a Fundação Clóvis Salgado e a Fundação Municipal de Cultura Lazer e Turismo de Congonhas (FUMCULT), com apoio de instituições privadas por meio das Leis de Incentivo à Cultura.

O Coral Lírico de Minas Gerais, fundado em 1979, é reconhecido como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado e tem se dedicado à formação de plateia por meio de ações itinerantes, como esta.

Por Secretaria de Comunicação/Prefeitura de Congonhas

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