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A estrada trilha de 16 km que exige um 4×4 e muita coragem para chegar a um dos lugares mais bonitos de Minas Gerais

A temida estrada 4×4 para a Janela do Céu não é mais a mesma. Descubra por que o desafio agora é outro e como a pavimentação da estrada trilha mudou tudo

A fama da estrada trilha de 16 quilômetros para chegar a um dos lugares mais bonitos de Minas Gerais, o Parque Estadual do Ibitipoca, sempre foi parte da aventura. Relatos sobre a necessidade de um carro 4×4 e muita coragem para encarar lama e pedras soltas povoam grupos de viagem. Contudo, a realidade para quem planeja visitar o local em 2025 é drasticamente diferente e exige um novo tipo de preparação.

O que muitos conhecem como a desafiadora estrada trilha de Ibitipoca é, na verdade, uma confusão entre dois desafios distintos: a estrada de acesso ao vilarejo e a longa trilha de caminhada dentro do parque. E a grande notícia é que o primeiro obstáculo, a estrada, foi praticamente neutralizado por uma grande obra de pavimentação, mudando para sempre a forma de chegar a este paraíso.

A pavimentação da estrada de acesso (LMG-871)

Por décadas, a estrada LMG-871, que liga o município de Lima Duarte à vila de Conceição do Ibitipoca, foi o verdadeiro filtro de visitantes. Seus 27 km de terra se transformavam em um pesadelo de lama na época das chuvas, tornando a tração 4×4 um item quase obrigatório. Carros comuns atolados eram uma cena frequente, o que consolidou a mística do lugar como um refúgio de difícil acesso.

Essa realidade, no entanto, é coisa do passado. Em fevereiro de 2023, começaram as obras de pavimentação de um trecho crítico de quase 13 km com blocos de concreto. Segundo informações de abril de 2025, 93% da obra já estava finalizada, com a nova previsão de entrega para junho de 2025. Na prática, isso significa que carros de passeio convencionais agora podem chegar à vila com segurança durante todo o ano, sem a necessidade de um veículo especial.

O verdadeiro desafio de 16 km, o Circuito Janela do Céu a pé

A estrada trilha de 16 km que exige um 4x4 e muita coragem para chegar a um dos lugares mais bonitos de Minas Gerais

Com o acesso veicular resolvido, a verdadeira natureza do famoso percurso de 16 km se revela: ele não é uma estrada para carros, mas sim o Circuito Janela do Céu, uma trilha de trekking para ser feita a pé. Este é, hoje, o principal desafio físico de Ibitipoca.

A caminhada é longa e exigente, classificada como de nível difícil e com duração média de 6 a 8 horas, ida e volta. O trajeto é marcado por subidas e descidas íngremes, terreno rochoso e longos trechos sob o sol. Portanto, a “coragem” necessária em 2025 não é mais para enfrentar a lama com um carro, mas sim para superar o cansaço e os desafios físicos da montanha com as próprias pernas.

O novo papel do 4×4, explorando o entorno do parque

Se o 4×4 não é mais essencial para chegar a Ibitipoca, qual a sua função agora? Ele se transformou na chave para uma aventura complementar: explorar o vasto entorno do parque. Diversas agências no vilarejo oferecem passeios em veículos preparados que levam a lugares inacessíveis por dentro do parque.

Esses roteiros percorrem estradas de terra secundárias para chegar a atrativos em propriedades privadas. Um dos passeios mais famosos é o que leva à parte de baixo da cachoeira da Janela do Céu, permitindo ver a queda d’água de uma perspectiva monumental. É crucial entender que esses passeios não substituem a caminhada até o topo; eles oferecem uma experiência diferente e paga à parte.

Como planejar sua viagem a Ibitipoca em 2025?

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A aventura em Ibitipoca mudou. O desafio de encarar a estrada trilha deu lugar a uma necessidade de planejamento logístico e preparo físico. Com o acesso facilitado, a tendência é que o parque atinja seu limite diário de 1.000 visitantes com mais frequência.

Portanto, a dica mais importante para 2025 é comprar seu ingresso online com antecedência no site da concessionária Parquetur para garantir a entrada. Além disso, lembre-se de que a charmosa vila de Conceição do Ibitipoca continua com sua infraestrutura rústica: não há postos de gasolina, bancos ou caixas eletrônicos. Abasteça o carro e saque o dinheiro que precisar em Lima Duarte, a última cidade antes de subir a serra.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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