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Irajá defende legalização dos cassinos por impacto econômico

A possível legalização dos cassinos físicos no Brasil voltou com força à pauta política e econômica. Especialmente após a recente tentativa de aumentar a alíquota do imposto cobrado sobre as apostas online, de 12% para 18% da receita bruta de jogos (GGR, em inglês).

Enquanto o país já arrecada cifras consideráveis com esse modelo digital – R$ 814 milhões apenas em maio e mais de R$ 3 bilhões no acumulado do ano, segundo a Receita Federal – a proposta de regularizar os jogos de azar em sua forma presencial ganha respaldo por seus potenciais impactos fiscais e sociais.

O senador Irajá (PSD-TO), relator do Projeto de Lei 2234/22, tem sido uma das principais vozes em defesa da legalização dos cassinos. Segundo ele, o Brasil não pode “se dar ao luxo de assistir essa atividade funcionar de forma ilegal e clandestina” enquanto deixa de arrecadar impostos e gerar empregos.

De acordo com suas estimativas, o mercado regulado pode render ao Estado cerca de R$ 20 bilhões por ano. “Se converter isso em postos de saúde, seriam mais de 10 mil construídos todos os anos”, argumenta Irajá, em recente entrevista ao site ND Mais. Além disso, a legalização poderia atrair mais de R$ 100 bilhões em investimentos privados e gerar até 1,5 milhão de empregos, entre diretos e indiretos.

A fala do senador reflete uma tentativa clara de reposicionar o debate sobre a legalização dos cassinos. Em vez de tratar os jogos como tabu, propõe encará-los como oportunidade econômica: “A gente sabe que existe bingo funcionando no Brasil inteiro, tem jogo do bicho funcionando, tem cassinos clandestinos também… e o governo não arrecada impostos, não reverte isso em benefício da sociedade brasileira”, reforça.

Cassino é sucesso com o jogo Aviator

Hoje, o jogo online já é permitido no país, com empresas licenciadas sob regulamentação do Ministério da Fazenda. Uma dessas empresas é a KTO, que atua com forte presença no segmento de apostas esportivas e cassino online.

Os dados divulgados pela bet revelam as preferências dos jogadores brasileiros: entre os tipos de jogo, os caça-níqueis dominam com mais de 93% da atividade no cassino, seguidos pelos crash games, categoria na qual o jogo Aviator se destaca como líder absoluto, com 12,50% de popularidade.

No lado esportivo, os números da KTO em março de 2025 mostram que o futebol representa impressionantes 73,43% dos usuários ativos e 85,10% das apostas no site, confirmando sua supremacia. Na sequência, o basquete aparece com 18,01% de participação dos usuários, e o tênis também ganha destaque com crescimento constante.

Desafios às bets autorizadas

Foto: Pexels

Apesar desse sucesso, a nova regulamentação tem imposto desafios às bets autorizadas. Uma das medidas mais sensíveis foi a proibição de promoções com bônus prévios para novos usuários, o que afetou as estratégias de aquisição de clientes.

Essa mudança tem forçado as plataformas a intensificar os esforços para evitar a fuga dos apostadores, investindo em programas de fidelização e experiências exclusivas. Estudo sobre estratégias de retenção realizado pela ENV Media destaca que 75% dos consumidores preferem marcas que oferecem algum tipo de recompensa, como cashback, prêmios e eventos especiais.

A KTO tem se destacado nesse cenário com duas iniciativas notáveis: a Liga do Milhão e o Clube KTO. A primeira é voltada para o público das apostas esportivas e premia os usuários mais certeiros com apostas grátis diárias e uma chance de concorrer a R$ 1 milhão em dezembro.

Já o Clube KTO, focado em cassino, distribui prêmios em dinheiro diariamente aos melhores colocados em rankings internos. Ambas as ações não apenas mantêm os jogadores engajados, como também estabelecem um padrão elevado de fidelização num mercado cada vez mais competitivo.

Discussão além de moralismo

A discussão em torno da legalização dos cassinos físicos, portanto, está longe de se limitar ao moralismo ou aos receios com a ludopatia. Ela toca em questões fiscais, estruturais e tecnológicas, além de tratar da modernização de um setor já em plena operação, ainda que na sombra.

Um ano após votação apertada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde foi aprovado, o projeto pode finalmente ser apreciado em plenário. Para o senador Irajá, é melhor que o Estado traga essa realidade à luz e a coloque sob controle do poder público. Afinal, como ele próprio pontua: “É melhor deixar isso ocorrer de forma ilegal ou trazer isso para o controle do poder público? Esse é o nosso principal ponto”.

Enquanto o jogo Aviator continua seu reinado entre os crash games e o futebol mantém seu posto de paixão nacional em bets como a KTO, o Brasil se encontra diante de uma encruzilhada decisiva entre regulamentar de vez os cassinos físicos ou continuar deixando bilhões de reais passarem despercebidos.

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