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Caso de suposto abuso sexual infantil em Lafaiete tem novos desdobramentos com troca de notas entre defesa e família da vítima

O caso de suposto abuso sexual contra uma criança de seis anos, atribuído a um médico, de 34 anos, pediatra em Conselheiro Lafaiete, ganhou novos desdobramentos nesta semana. A divulgação de notas oficiais pelas partes da defesa do profissional e dos representantes legais da família da vítima ampliaram o debate público em torno da investigação, que segue em curso sob responsabilidade da Polícia Civil de Minas Gerais.

Defesa nega acusações e fala em “denúncia absurda”

Em nota assinada pela advogada Amanda Bernardes, a defesa do médico, repudiou as acusações, classificando-as como “falsas, absurdas e irresponsáveis”. O comunicado reforça que ele possui dez anos de atuação profissional sem qualquer histórico de infração ética ou criminal e que jamais respondeu a processos judiciais, administrativos ou disciplinares.

A defesa também destacou que o exame físico realizado na criança seguiu “procedimento padrão” de atendimentos pediátricos. Ainda segundo a nota, a revogação da prisão do médico teria ocorrido pela ausência de provas materiais que sustentassem a acusação. A equipe jurídica alertou para o risco de julgamentos públicos precipitados, que podem prejudicar a reputação do profissional e a estabilidade emocional de sua família. O texto finaliza informando que eventuais tentativas de difamação serão tratadas judicialmente.

Família da criança contesta versão da defesa

A resposta veio por meio dos advogados que representam a família da criança, em especial do defensor Felipe Rodrigues Pires, que divulgou nota de repúdio ao conteúdo apresentado pela defesa do médico. O comunicado rechaça a narrativa de que os prejuízos enfrentados pela criança seriam fruto da exposição do caso, destacando que os danos decorrem do ato denunciado, e não da sua publicização.

“A família da vítima é composta por pessoas humildes, sensíveis, e que merecem respeito, acolhimento e apoio irrestrito por parte da sociedade. Desacreditar o relato espontâneo e genuíno de uma criança é negligenciar nossa obrigação legal e moral de proteger os seus direitos, conforme estabelecido pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”, cita a nota para a elucidação plena dos fatos e responsabilização de quem de direito.

A nota também refuta a alegação de que a denúncia seria “leviana” ou “espetaculosa”, sustentando que há elementos técnicos e jurídicos que justificam a continuidade da investigação. Os advogados reforçam a importância de respeitar o relato da criança, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e manifestam total confiança no trabalho da Polícia Civil.

Inquérito segue sob sigilo

A Polícia Civil informou que as investigações seguem sob sigilo. A corporação reafirmou que o inquérito segue em ritmo contínuo e com a devida seriedade. A unidade hospitalar onde ocorreu o atendimento, vinculada à Unimed Lafaiete, informou que forneceu às autoridades todas as imagens e documentos solicitados e que acompanha o caso com a “atenção e diligência que a gravidade exige”.


O que se sabe até agora:

  • A defesa nega qualquer irregularidade no atendimento e aponta conduta ética ao longo da carreira;
  • A família da criança contesta a versão da defesa e pede respeito à fala da vítima;
  • A Polícia Civil segue com investigações em sigilo, realizando novas diligências técnicas.

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