Nos dias 13 e 14 de setembro, o coração rural de Joselândia, distrito de Santana dos Montes, vai bater mais forte. É chegada a hora da Festa do Cavalo, uma celebração que vai muito além das rédeas e da marcha: é o encontro de famílias, a força do campo, o cheiro da terra molhada e o orgulho de quem carrega nas botas a alma de Minas Gerais.
No sábado, a partir das 11h, cavaleiros e amazonas se reúnem no Sítio Geraldo Zé Pinto para a tradicional cavalgada, que percorre estradas de chão entre morros, matas e histórias. Lá, um almoço de recepção aguarda os participantes — mais que uma refeição, um momento de partilha e reencontro.
Mas é no domingo, a partir das 10h, que Joselândia se transforma. A poeira levanta com o Concurso de Marcha, que reúne mais de 20 categorias, exaltando a beleza e a elegância do cavalo marchador, com suas variações de raça, idade e andamento. É a cultura rural em sua essência: cuidadosa, apaixonada, viva.
Por trás de cada tropa bem apresentada, há famílias inteiras envolvidas — e ao redor da pista, uma festa ainda maior se espalha. Ambulantes, barraqueiros, quitandeiras e produtores locais aproveitam o movimento para vender doces, salgados, queijos, artesanato, bebidas e delícias típicas da roça. A festa movimenta a economia local, gera renda e valoriza o esforço de quem, com simplicidade e dignidade, sustenta a cultura do interior.
A premiação é farta e respeitosa, reconhecendo o trabalho de criadores e cavaleiros:
🏆 Campeões dos campeões (marcha picada e batida): R$ 1.000 + faixa
🥈 Reservados dos campeões: R$ 500 + faixa
🐎 Demais categorias:
– Campeão: R$ 400 + faixa
– Reservado: R$ 300 + faixa
– 3º lugar: R$ 150 + faixa
– 4º lugar: R$ 100
As inscrições custam R$ 100, e todos os exames exigidos pelo IMA são obrigatórios para garantir a segurança dos animais e do público.
Com o olhar atento do jurado Ramon Isone, da Equipe Hezequiel Reis, a Festa do Cavalo de Joselândia é um encontro entre o passado e o presente. Mais que um evento, é uma celebração da vida no campo, onde cada relincho ecoa como um canto de pertencimento.
Em tempos de pressa e concreto, Joselândia convida a respirar mais devagar, ouvir o trote dos cavalos e sentir orgulho da nossa raiz.
