O empresário suspeito de atirar e matar um gari de 44 anos negou que tenha cometido o assassinato. O homem, casado com uma delegada da Polícia Civil, disse que estava em uma empresa em Betim, na hora do crime, ocorrido nessa segunda-feira (11). No entanto, ele segue preso, já que a Polícia Civil (PC) garante ter elementos suficientes para comprovar a autoria. Dentre eles, a placa do carro, imagens, calibre da arma e o relato de testemunhas.
A PC deu detalhes sobre o caso nesta quarta-feira (12). Informações apuradas pelos investigadores possibilitaram a identificação do suspeito “pelo tipo físico”, segundo informaram delegados do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Além da placa do carro – um BYD de cor cinza – e da descrição das testemunhas, a PC aponta a semelhança entre a arma utilizada no crime e a encontrada no apartamento do suspeito, mesma casa da delegada, como indício. Por ter o mesmo calibre, a arma foi encaminhada para perícia, que tem o prazo de dez dias para realizar os exames necessários.
Diretor de uma grande empresa do ramo de alimentos, o homem foi preso horas após o crime. Ele é investigado por homicídio duplamente qualificado e ameaça, direcionada à motorista do caminhão durante a briga de trânsito.
O crime ocorreu após discussão de trânsito no bairro Vista Alegre, na região Leste de BH, enquanto a vítima trabalhava. O corpo de Laudemir de Souza Fernandes foi enterrado nesta quarta em Contagem, na Grande BH. A despedida ficou marcada por indignação de familiares e amigos e clamor por justiça.