O Banco Central do Brasil está reformulando o projeto Drex, sua moeda digital de banco central (CBDC), anunciada originalmente em agosto de 2023. A iniciativa que prometia revolucionar o setor financeiro brasileiro passará a ter um foco restrito à infraestrutura de crédito, sem o uso de tecnologia blockchain.
Prevista para 2026, a implementação empregará tecnologias tradicionais em vez da blockchain Hyperledger Besu. Essa escolha visa acelerar a verificação de ativos usados como garantias, favorecendo instituições financeiras com processos mais ágeis.
Mudança de direção
Inicialmente imaginado para acesso direto pelo cidadão, o Drex não será uma moeda digital usada pelo público geral no lançamento. O Banco Central optou por fasear o projeto, priorizando atividades de back-office e deixará para avaliar a incorporação de blockchain em uma fase futura ainda sem data definida.
A decisão de mudar a abordagem tecnológica visa garantir mais controle e escalabilidade, mantendo privacidade e programabilidade.
Por que o Banco Central alterou o curso?
O projeto Drex sofreu mudanças devido à complexidade em garantir privacidade plena com o uso de tecnologia blockchain. O atual foco é otimizar serviços financeiros nos bastidores, proporcionando eficiência em áreas como a concessão de crédito com garantia.
Essa decisão visa preparar o sistema para possíveis avanços no futuro, sem comprometer sua operatividade atual.
Cenário internacional
No cenário global, a reorientação do Drex acompanha uma tendência de cautela quanto às moedas digitais. Países como Bahamas, Jamaica e Nigéria já lançaram CBDCs voltadas para o varejo, enquanto diversos outros, incluindo China e Suécia, permanecem em fases de teste.
O Brasil, portanto, enquadra-se em uma abordagem similar, reforçando a prudência quanto à adoção rápida de moedas digitais em larga escala.
FONTE: MIX CONTEÚDOS DIGITAIS