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Cidade de Minas confirma primeiro caso de febre amarela

Paciente apresenta sintomas leves e está vacinada, diz secretaria de Saúde

A cidade de Patos de Minas (MG), no Alto Paranaíba, confirmou o primeiro caso humano de febre amarela no município. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25/09) durante coletiva de imprensa pela secretária municipal de Saúde, Ana Carolina Magalhães Caixeta, e  pela superintendente regional de Saúde, Maíra Lemos de Castro. Segundo a secretária, a paciente é uma mulher que alterna a residência entre a cidade e a zona rural. O diagnóstico foi feito após exames descartarem dengue, zika e chikungunya. 

Com a confirmação do caso, a secretária municipal de Saúde afirmou que serão adotadas medidas sanitárias urgentes. Equipes de saúde atuarão em raios epidemiológicos no bairro Nova Floresta e nas comunidades de Sertãozinho e Arraial dos Afonsos, locais frequentados pela paciente. Entre as ações estão:

  • pulverização intradomiciliar e peridomiciliar para eliminar focos do mosquito transmissor;
  • visitas domiciliares para conferência de cartões de vacinação;
  • bloqueio vacinal de 100% da população, independentemente da localização.

“A vacinação é a principal medida de prevenção. Mesmo quem não mora nas áreas próximas deve procurar as unidades de saúde ou o vacimóvel para atualizar o cartão”, reforçou Lílian Marinho. Este é o primeiro caso humano registrado em Patos de Minas. A paciente está vacinada, apresenta sintomas leves e se recupera em casa; “a vacina foi determinante para evitar complicações”, afirmou Ana Carolina.

Para facilitar o acesso da população, a cidade terá um vacimóvel na Praça do Coreto funcionando de quinta-feira (25/9) a domingo (28/9), de 8h às 16h. No sábado (27/9), haverá mutirão de vacinação das 8h às 16h nos postos de saúde dos bairros Sorriso, Ipanema, Brasil, Abner Afonso e Panorâmico. Quem não encontrar o cartão de vacina poderá iniciar um novo esquema. Segundo Ana Carolina, “temos doses suficientes para toda a população e já solicitamos mais 20 mil doses para reforço, também pensando na região”.

Embora este seja o primeiro caso humano em Patos de Minas, já houve registros de macacos com suspeita de febre amarela. “É importante deixar claro: os macacos não transmitem a doença diretamente aos humanos. Caso encontre um animal doente ou morto, acione a zoonose. Não matem os macacos”, alertou a secretária.

Sintomas da febre amarela

  • Início súbito de febre
  • Dores no corpo em geral
  • Calafrios
  • Náuseas e vômitos
  • Dor de cabeça intens
  • Fadiga
  • Dores nas costas
  • Fraqueza

A maioria das pessoas melhora após esses sintomas iniciais, mas cerca de 15% podem apresentar um breve período sem sintomas e, então, desenvolver formas mais graves, com icterícia, alterações no fígado e nos rins e hemorragias gengivais.

Sobre a doença 

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, prevenível por vacina, de evolução rápida e gravidade variável, podendo ser mortal. É causada por um vírus transmitido por mosquitos e tem dois ciclos de transmissão: o urbano, por vetores como o Aedes aegypti, e o silvestre, por mosquitos de hábitos silvestres, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes. No ciclo silvestre, primatas não humanos são hospedeiros amplificadores e vítimas da doença, assim como os humanos, que são hospedeiros acidentais.

A doença é de notificação compulsória imediata. Todo caso suspeito, seja de humanos ou de primatas mortos, deve ser comunicado em até 24 horas às autoridades locais, que repassam a informação ao Ministério da Saúde. Ao identificar sintomas, é fundamental procurar uma unidade de saúde e informar sobre viagens recentes para áreas de risco, observação de macacos mortos, picadas de mosquito e histórico de vacinação.

Vacinação

A imunização é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. O SUS disponibiliza a vacina em todas as Unidades Básicas de Saúde, conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI). O esquema vacinal funciona assim:

  • Crianças menores de 5 anos: duas doses (primeira aos 9 meses e reforço aos 4 anos);
  • Pessoas de 5 a 59 anos não vacinadas: dose única;
  • Indivíduos que receberam apenas uma dose antes dos 5 anos: dose de reforço, independente da idade;
  • Pessoas com 60 anos ou mais: vacinação após avaliação médica;
  • Viajantes internacionais ou para áreas com circulação do vírus: dose com pelo menos 15 dias de antecedência da viagem.

FONTE: ESTADO DE MINAS

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