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Vallourec aposta em projeto da Petrobras para ampliar parceria com a estatal

Empresa vai participar de licitação para piloto de captura e armazenamento de carbono

A licitação da Petrobras para o primeiro projeto-piloto de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês), que pretende captar até 100 mil toneladas de CO2 por ano em Macaé (RJ), será a próxima oportunidade explorada pela multinacional de tubos de aço de origem francesa Vallourec para ampliar a parceria com a estatal. O recebimento de propostas começou em 10 de setembro e vai até 8 de dezembro.

“Vamos participar dessa primeira licitação histórica, oferecendo as nossas soluções tecnológicas e tentando ser o mais competitivos possível para que, nesse momento que a Petrobras vai injetar CO2 de CCS no reservatório salino, utilize as soluções tubulares sem costura produzidas aqui em Belo Horizonte”, disse à Coluna o diretor-presidente da Vallourec South America, André Lacerda, referindo-se a uma das fábricas da empresa no Brasil.

Lacerda explica que assumir o risco do projeto – cuja contratação contempla, entre outras etapas, a interligação e o comissionamento (condicionamento, testes funcionais, pré-operação e operação assistida) das instalações – é justificável mesmo sem um ambiente regulatório claro para CCS no Brasil. “Mesmo sem toda a parte de legislação, isso tem que começar de alguma forma. E ninguém melhor do que por um gigante, como a Petrobras.”

Importação de tecnologia

Após assegurar em setembro seu maior contrato de fornecimento de produtos e serviços para as operações offshore da Petrobras, de até US$ 1 bilhão, a Vallourec vê espaço para iniciar a produção local do Cleanwell, tecnologia de aperto mecânico de tubos que dispensa lubrificantes. “Esse contrato vai possibilitar validar uma tecnologia nova. A Petrobras dando sinal verde de que é essa a tecnologia que quer, esse será o nosso próximo investimento no Brasil”, declarou Lacerda.

Entre as vantagens da tecnologia patenteada pela empresa, presente em 20 países, estão a redução do risco de contaminação do poço por excesso de lubrificante e a diminuição de acidentes na estação de trabalho. O contrato com a Petrobras prevê o uso do Cleanwell, mas com parte do serviço executado na França. “O nosso objetivo é desenvolver o Brasil para o mercado doméstico e para o da América do Sul e, assim, fortalecer a empresa também para exportação.”

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 23/09/2025, às 11:58

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