Um desabafo de uma mãe. No dia 02 de outubro de 2025 (quinta-feira), por volta das 14h, meu filho, menor de apenas 15 anos, deslocava-se pela Rua Alexandrina Nogueira de Queiroz, próximo à Escola Júlia Miranda Nogueira, em Lafaiete, a caminho de um simples corte de cabelo, quando foi surpreendido por um ato de covardia e racismo que jamais poderia ser tolerado. A mãe registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil nesta manhã (3) em busca de reparção e risco.
Uma moradora adulta da mesma rua abordou e encurralou meu filho, passando a atacá-lo com ofensas raciais cruéis e humilhantes, chamando-o de “preto fedido” e “macaco”. Como se não bastasse a violência verbal, a agressora tentou também atacá-lo fisicamente, chegando a apanhar uma pedra para atingi-lo.
Temendo por sua integridade, meu filho conseguiu correr e, em desespero, encontrou uma viatura policial. Para sua surpresa e para a minha total indignação, ao pedir socorro, ouviu de um dos policiais apenas a recomendação para que ligasse para o 190, não recebendo qualquer ajuda imediata.
É inaceitável que, em pleno século XXI, um adolescente negro seja exposto a tamanha violência e humilhação, sem que o mínimo de proteção lhe seja assegurado. Como mãe, manifesto aqui minha revolta e pedido de justiça. Não se trata apenas de um ataque contra meu filho, mas de um crime que fere a dignidade humana e a própria sociedade. Racismo é crime, e não pode ser silenciado.