Somente com o voto contrário da Vereadora Nilma Aparecida (PT), a Câmara deu um aval, quase que absoluto, na aprovação do Projeto de Lei que autoriza um mega investimento que promete transformar a cidade: um empréstimo de até R$ 56 milhões com a Caixa Econômica Federal, dentro do programa FINISA – Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento. O recurso será usado para pavimentação e recapeamento de ruas, obras de drenagem e saneamento, reformas e construções de prédios públicos, além de modernização da iluminação com tecnologia LED e implantação de energia solar.
Entre as principais demanda estão a reconstrução da ponte na MG 129, interditada desde novembro de 2024, a conclusão do asfaltamento do morrão do 1º Maio. Os dois investimentos vão impactar diretamente na melhoria da mobilidade urbana e destravar o trânsito.
E não para por aí! O pacote também inclui revitalização de praças, construção de parques, quadras esportivas, pontos de ônibus, ciclovias e obras de contenção de encostas, além da aquisição de veículos, caminhões e maquinários pesados para reforçar a estrutura do município. Segundo o prefeito Sávio Rodrigues Fontes, o projeto é um marco para o futuro de Ouro Branco. “Temos responsabilidade fiscal e credibilidade no mercado. Isso nos permite buscar investimentos em condições vantajosas e trazer melhorias reais para a cidade”, afirmou o chefe do Executivo. O prefeito destacou que o município não contratará o valor total de imediato, mas poderá acessar o crédito de forma gradual, conforme sua capacidade financeira e administrativa. A prefeitura aposta no aumento de arrecadação — impulsionado pelo novo georreferenciamento urbano — para garantir a sustentabilidade das operações.
Discussões
Antes da votação e discussões, o líder empresarial, Perinho, marcou presença na Tribuna Popular e alertou sobre o endividamento do município. “Não podemos ficar pegando empréstimos para consertar obras mão executadas. Precisamos romper este círculo vicioso”, alertou o Vereador Neymar Magalhães (Cidadania). “É uma vergonha a situação da MG 129, um dos principais acessos a Ouro Branco”, completou. Branca Castilha (União) lembrou que há uma demanda de 500 vagas para as creches. “Temos uma grande demanda reprimida e com estes recursos podemos concluir mais uma unidade para atender nossas crianças”. Ela também citou que as administrações anteriores usaram este mecanismo para executar as obras.
“Os recursos virão após apresentação dos projetos e medição. Tudo será fiscalizado, caso contrário a Caixa não libera o empréstimos. Outra coisa: ele não vai usar o dinheiro todo de uma vez”, citou o Vereador Warley Pereira (Republicanos). O Vereador Nelinho analisou números da arrecadação que, até setembro, caiu mais de 5%. “Sem estes recursos, o prefeito não consegue fazer obras para beneficiar a população”, argumentou. “Pedimos agilidade imediata na execução dos projetos para resolvermos nossas demandas”, disse o Vereador Lan (PSDB).