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Livro “1855: Antes e Depois da Carta do Cacique Seattle”, de Neylor Aarão, reacende debate histórico e ambiental e movimenta o cenário cultural da região

O advogado ambientalista, documentarista e autor – e ex-secretário de Meio Ambiente de Congonhas e de Ouro Branco – Neylor Aarão lança neste mês uma de suas obras mais aguardadas: “1855: Antes e Depois da Carta do Cacique Seattle”, publicada pela Editora Telha (RJ). O livro, que será apresentado oficialmente em Ouro Branco (MG), nasce de um processo singular: mais de dez anos de pesquisas intermitentes, estudos, leituras, comparações documentais e reflexões profundas sobre as grandes narrativas ambientais que moldaram a história das Américas.

Neylor desenvolveu um estilo próprio e desafiador, marcado pela combinação entre sensibilidade, crítica estrutural e uma inquietude hiperativa que o impede de aceitar respostas fáceis ou narrativas prontas. Tornou-se conhecido, sobretudo, por rejeitar histórias simplificadas, contestar versões oficiais e denunciar processos que criam dificuldades artificiais para vender soluções ou maquiar a realidade. Em sua trajetória, desconstruiu estruturas ineficientes, iluminou contradições e expôs mecanismos desnecessários — modernizando e desburocratizando a gestão ambiental por onde passou.

Esse mesmo impulso investigativo e inovador — que recusa o óbvio, desafia o estabelecido e desenterra o que foi escondido — sustenta a espinha dorsal deste livro. “1855” é, assim, muito mais que um livro: é um projeto de vida, escrito nas madrugadas, revisado ao longo dos anos e maturado entre fases intensas de atuação pública e de trabalho profissional. O resultado é uma obra densa, provocadora e cuidadosamente construída.

Sinopse – uma viagem pela história oculta das Américas.

A chama que deu origem a este livro nasceu da inquietação persistente do autor diante do célebre texto atribuído ao Cacique Seattle. Ao ouvir em diversos eventos, e reler aquela mensagem — repetida incontáveis vezes como um mantra ambiental — Neylor se perguntava como um líder indígena do século XIX poderia expressar, com tamanha sensibilidade e lucidez, uma compreensão da relação entre ser humano e natureza que até hoje muitos de nós ainda não conseguimos enxergar com a profundidade necessária.

Essa curiosidade inicial se transformou em algo maior: entender quem foi Seattle, em que tempo viveu, quais conflitos enfrentou e como era o mundo antes e depois de sua existência.

A vontade de enxergar a história através dos olhos desse nativo americano, de compreender o ambiente que o moldou e a cultura que o sustentou, evoluiu para uma investigação que atravessou anos — e culminou neste livro.

Assim, “1855: Antes e Depois da Carta do Cacique Seattle” se transforma em uma jornada por camadas da história que raramente aparecem nos livros didáticos. A partir da famosa carta atribuída ao líder indígena, Neylor Aarão reconstrói o cenário turbulento do século XIX, quando nações nativas enfrentavam pressões violentas, políticas expansionistas e conflitos territoriais que redefiniriam para sempre o mapa das Américas.

Com escrita envolvente, Neylor desmonta mitos consolidados, escava sombras de arquivos esquecidos, confronta crônicas contraditórias e revela como narrativas de dominação, apagamento e romantização foram produzidas e reproduzidas ao longo dos séculos.

A carta — hoje símbolo global de respeito à natureza — é tratada aqui não como um monumento intocável, mas como um organismo vivo, reinterpretado, moldado e até distorcido por diferentes contextos históricos e interesses políticos.

O autor apresenta, com precisão cirúrgica, os caminhos que transformaram o texto original — se é que ele existiu como se imagina — em múltiplas versões adaptadas e remodeladas para atender a discursos culturais, ambientais e ideológicos.

Mais do que explicar o texto, o livro revela o terreno em que ele floresceu: a crise civilizatória americana, o avanço colonizador, o genocídio indígena, a manipulação política da história e a criação do mito ambiental como ferramenta de poder, pedagogia e persuasão emocional.

A obra conduz o leitor por perguntas fundamentais:

  • O que, afinal, foi dito em 1855?
  • O que aconteceu antes e depois desta data?
  • Quem escreveu — ou reescreveu — a primeira versão da carta?
  • Como ela se transformou em “manifesto mundial”?
  • O que foi apagado ao longo dessa trajetória?
  • E por que essa história importa tanto hoje?

Aarão constrói uma narrativa que é investigação, denúncia, reflexão e reconstrução histórica — sempre convidando o leitor a repensar o passado e compreender o presente.

Uma investigação de uma década que atravessa séculos.

A profundidade da sinopse leva naturalmente aos cinco eixos centrais da obra:

  1. O cenário político, cultural e territorial antes e depois de 1855: O autor mostra como a história das Américas foi moldada por omissões, interesses geopolíticos e leituras parciais.
  2. A ruptura definitiva do mito do “descobrimento”: Com base em robustas evidências científicas, o livro desmonta o mito do “descobrimento” como fundamento ideológico.
  3. O genocídio e a exploração dos povos originários: Neylor expõe, com força e responsabilidade, a dimensão do genocídio indígena e sua influência na formação das sociedades americanas.
  4. As múltiplas versões da famosa carta: O autor examina detalhadamente como cada versão foi moldada por interesses de sua época, criando uma narrativa que nem sempre corresponde aos fatos.
  5. A força simbólica que transformou a carta em mito global: A obra analisa como a carta se tornou um pilar do ambientalismo moderno e um ícone emocional da relação entre humanidade e natureza.

Impacto social e compromisso com a comunidade.

Com apoio cultural do Consórcio Ecotres ainda em 2024, o autor destinou 100% da renda dos primeiros 200 exemplares vendidos à Associação dos Catadores de Ouro Branco (ASCOB), fortalecendo uma das iniciativas socioambientais mais relevantes da região.

O livro já está disponível em pré-venda pela Editora Telha no endereço eletrônico:
https://editoratelha.com.br/product/1855-antes-e-depois-da-carta-do-cacique-seattle/

Próximo lançamento: “O Ambientalista – Os Maiores Crimes Ambientais do Brasil”.

Outra obra que está em fase final é “O Ambientalista – Os Maiores Crimes Ambientais do Brasil”, trazendo agora em livro, as investigações sobre os crimes ambientais que foram investigados da série documental de mesmo nome. Com prefácio de Hiram Firmino, editor da Revista Ecológico, o livro reafirma o compromisso do autor com precisão, ética e responsabilidade narrativa.

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