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Lafaiete expõe realidade dura: 42 pessoas vivem nas ruas e Auxílio-Moradia vira única porta de saída

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) trouxe à tona um retrato atualizado e contundente da população em situação de rua na cidade. A resposta ao Requerimento nº 817/2025 revelou números, estratégias e limitações que escancaram os desafios do município diante da crescente vulnerabilidade social. O mapeamento mais recente, realizado em 14 de outubro de 2025, identificou 42 pessoas vivendo nas ruas de Lafaiete. Desse total, a imensa maioria é do sexo masculino: 33 homens contra 9 mulheres. Os dados coletados incluem nome, idade, sexo e naturalidade, mas permanecem em sigilo absoluto, conforme determina a legislação de proteção à privacidade.

Centro POP: o coração do atendimento

Todas as ações voltadas para essa população são centralizadas no Centro POP, unidade especializada da SMDS que realiza acompanhamento, registro e articulação das políticas sociais para esse público. O órgão realiza um mapeamento mensal para subsidiar as estratégias do município e identificar onde essas pessoas dormem, circulam e buscam apoio.

Entre as ações desenvolvidas, estão:

  • Busca ativa e tentativa de reintegração familiar;
  • Emissão de documentos pessoais;
  • Encaminhamentos para tratamento de saúde;
  • Acompanhamento psicossocial contínuo;
  • Oferta de alimentação emergencial;
  • Abordagens noturnas e execução do plano de contingência para o frio.

Auxílio-Moradia: a única estratégia de proteção disponível

Apesar dos esforços, o município admitiu que não possui serviço de alta complexidade, como abrigos ou casas de acolhimento específicas para pessoas em situação de rua.
Com isso, a principal estratégia tem sido o benefício eventual de auxílio-moradia, concedido por até dois anos, segundo a Resolução nº 73/2025 do Conselho Municipal de Assistência Social.

Atualmente:

  • 11 pessoas recebem o auxílio-moradia;
  • Destes, duas são mulheres;
  • O benefício contempla gestantes e puérperas, embora, no momento, não haja nenhum caso registrado.
    A SMDS reforçou que, se houver identificação de gestantes em situação de rua, o atendimento será tratado com “prioridade absoluta”.

A resposta oficial foi assinada pela Secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Aline da Silva Gonzaga Melo, que destacou o compromisso da pasta em intensificar as ações de enfrentamento às vulnerabilidades.

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