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Mãe faz apelo por justiça após filho de 15 anos sofrer ataques racistas e novas ameaças em Lafaiete

Uma mãe de Conselheiro Lafaiete voltou a pedir justiça pelo filho de 15 anos, que sofreu um ataque racista no dia 2 de outubro de 2025, na Rua Alexandrina Nogueira de Queiroz, próximo à Escola Júlia Miranda Nogueira. O caso, registrado na Polícia Civil no dia seguinte, continua sem solução — e, segundo ela, as ameaças persistem. De acordo com a mãe, o adolescente caminhava para cortar o cabelo quando foi surpreendido por uma moradora adulta da mesma rua. A mulher teria encurralado o garoto e passado a atacá-lo com ofensas raciais brutais, chamando-o de “preto fedido” e “macaco”. A vítima ainda relatou que a agressora tentou agredi-lo fisicamente, chegando a pegar uma pedra para atingi-lo.

Desesperado, o jovem conseguiu correr e buscar ajuda junto a uma viatura policial que passava pelo local. No entanto, segundo o relato da mãe, o que recebeu foi apenas a orientação para “ligar para o 190”, sem que qualquer providência imediata fosse tomada para protegê-lo.

Ameaças continuam mais de um mês após o crime

Passadas semanas, a mãe afirma que a mulher continua circulando pela rua nos horários em que o adolescente vai para a escola. “Ela fica escondida, esperando. Eu tenho muito medo. Ela disse que depois que fizer o que quer fazer, não vai adiantar nada a gente quebrar o vidro da casa dela”, desabafa. Com medo e insegurança, a família teme permitir que o jovem continue indo às aulas para terminar o ano letivo. “Até hoje, nada foi resolvido. Meu filho segue com medo. Eu também. Estamos desamparados”, lamenta.

Apelo no mês da Consciência Negra

Às vésperas do Dia da Consciência Negra, a mãe faz um apelo emocionado. “Meu filho ainda sofre pelos ataques que teve e pelas ameaças que continua recebendo. Peço justiça por ele. Racismo é crime, e não pode ser silenciado.” O caso reacende a discussão sobre a vulnerabilidade de jovens negros e a necessidade de respostas mais rápidas e efetivas do poder público em situações de violência racial. A família aguarda andamento das investigações e medidas de proteção.

Obs. As fontes são mantidas em sigilo.

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