Mesmo após a falência, uma famosa montadora chinesa insiste em ficar no Brasil. Entenda a estratégia, as dificuldades e o futuro da Neta Auto.
A Neta Auto, famosa montadora de carros chinesa que vai a falência após entrar em recuperação judicial na China em 2025.
A empresa, controlada pela Hozon Auto, no Rio de Janeiro e reorganizar estratégias para seguir competindo no mercado local.
A montadora aposta em ajustes de preços, novas ações de marketing e reestruturação logística, porque considera o Brasil um mercado estratégico para sua atuação internacional.
Assim, mesmo diante da crise, a montadora afirma que não pretende abandonar o país, ainda que as dificuldades financeiras e operacionais desafiem diariamente seu plano de consolidação.
Desafios imediatos no Brasil: vendas baixas e pressão financeira
A realidade da Neta Auto no mercado brasileiro reflete o cenário global da empresa.
Embora a concessionária local ofereça descontos agressivos para tentar girar o estoque, os resultados seguem muito aquém do esperado.
Até junho de 2025, apenas 51 veículos foram comercializados no Brasil, número considerado insuficiente para sustentar a operação.
Além disso, problemas financeiros e o não cumprimento de compromissos com fornecedores têm colocado em risco a continuidade das atividades no país.
Esses fatores, somados à baixa demanda, criam um ambiente ainda mais desafiador para uma montadora que tenta se reposicionar globalmente.
Para tentar frear a crise, a Neta Auto iniciou uma revisão completa de suas estratégias.
A marca intensificou investimentos em marketing e recalibrou preços, com o objetivo de reduzir o estoque parado e melhorar sua presença internacional.
Apesar disso, a instabilidade gerada pela recuperação judicial continua limitando seu avanço.
Famosa montadora de carros chinesa vai a falência, mas não quer desistir do Brasil: planos de recuperação
Enquanto tenta resistir no mercado nacional, a Hozon Auto controladora da Neta também enfrenta um cenário complexo.
As dívidas globais são significativas e impactam diretamente a operação brasileira.
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Embora não haja dados específicos sobre o montante no país, sabe-se que a estrutura local funciona com capacidade reduzida e enfrenta entraves logísticos, incluindo veículos retidos.
O plano de recuperação da empresa prevê a retomada da produção dos modelos X e L, mas o modelo Aya ficará de fora.
Essa decisão limita a variedade oferecida ao consumidor brasileiro, dificultando a competitividade da marca num mercado já dominado por outras fabricantes asiáticas.
Ainda assim, a Neta mantém ambições importantes. Entre elas está o projeto de expandir sua presença no Brasil por meio da montagem local em regime CKD um sistema no qual o veículo chega desmontado e é montado na fábrica brasileira.
Contudo, esse plano enfrenta obstáculos relevantes.
A falta de capital, somada aos desafios logísticos que a empresa já enfrenta, coloca em risco a viabilidade dessa operação.
Expectativas para o futuro: Brasil segue como aposta estratégica
Mesmo em meio às incertezas, a empresa reafirma que não pretende deixar o país.
A famosa montadora de carros chinesa vai a falência, mas não quer desistir do Brasil porque enxerga o território nacional como uma oportunidade de expansão em meio ao crescimento do mercado de veículos elétricos.
A Neta Auto acredita que poderá reorganizar sua estrutura e superar as dificuldades financeiras para transformar o Brasil em um dos pilares de sua atuação internacional.
No entanto, o sucesso dessa estratégia depende diretamente da recuperação judicial na China e da capacidade de equilibrar suas contas globalmente.
Enquanto isso, consumidores e especialistas acompanham com cautela os próximos passos da marca, que tenta atravessar a maior crise de sua história sem abandonar seu plano de expansão na América do Sul.

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