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Profissão técnica paga mais de R$ 8 mil, enfrenta escassez crítica de mão de obra no Brasil e oferece curso gratuito do zero com formação rápida

Profissão em alta combina salários elevados, falta de especialistas e expansão de cursos gratuitos que permitem ingresso rápido no mercado.

A carreira de soldador especializado se consolidou como uma das profissões técnicas que combinam salários acima de R$ 8 mil nas faixas mais altas, falta de profissionais qualificados e expansão de cursos gratuitos para iniciantes.

A demanda vem principalmente de setores como indústria naval, óleo e gás, energia, construção metálica e siderurgia, que disputam mão de obra treinada e têm pressa para preencher vagas em obras e projetos em andamento.

Soldador especializado e mercado industrial

O soldador especializado trabalha unindo, cortando e reparando estruturas metálicas em contextos industriais.

Esse profissional participa da montagem de dutos, plataformas, estruturas de galpões, torres, tanques, navios, pontes e equipamentos pesados.

As atividades seguem normas rígidas de segurança e qualidade.

Na prática, ele executa soldas em diferentes posições e condições de trabalho.

Muitas vezes atua em altura, espaços confinados ou ambientes de alta exigência técnica, como refinarias, usinas, plataformas offshore e plantas de processamento de minérios e metais.

Além da habilidade manual, precisa interpretar desenhos e projetos, entender especificações de materiais e seguir procedimentos padronizados para garantir a integridade das peças.

Em vários segmentos, o soldador é peça-chave para que a linha de produção não pare.

Uma solda mal executada pode comprometer a operação de um equipamento, gerar retrabalho, aumentar custos e até provocar acidentes graves.

Por isso, empresas priorizam profissionais que dominam processos específicos e comprovam experiência em projetos industriais complexos.

Salários acima de R$ 8 mil e especializações

Embora o salário médio nacional de soldadores esteja em torno de R$ 3,2 mil por mês, funções especializadas podem pagar bem acima desse valor.

Em grandes obras, contratos com adicionais por periculosidade, turnos e localidade remota elevam significativamente a remuneração.

Na soldagem subaquática, por exemplo, há referências de ganhos mensais entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, com relatos pontuais de remunerações próximas a R$ 20 mil.

Nesse nicho, o profissional precisa acumular certificações de mergulho, domínio de técnicas submersas e resistência física para atuar em condições extremas.

Outras ocupações ligadas à área também aumentam o teto de ganhos.

Inspetores de solda certificados recebem entre R$ 5 mil e R$ 9 mil.

Engenheiros de soldagem podem atingir faixas de R$ 7 mil a R$ 18 mil mensais em setores como energia, naval, petroquímico e automotivo.

A soma de responsabilidade, risco operacional e escassez de mão de obra qualificada explica por que as faixas superiores da carreira ultrapassam o patamar de R$ 8 mil.

Escassez de mão de obra e alta demanda

O setor de soldagem aparece entre as áreas com maior dificuldade de contratação.

Apesar da queda do desemprego em vários segmentos, empresas que dependem de qualificação técnica relatam falta de trabalhadores preparados.

A exigência física e a necessidade de atualização constante fazem com que parte dos profissionais migre para funções administrativas, supervisão, inspeção ou outras áreas técnicas.

Esse movimento abre novas vagas operacionais e mantém a falta crônica de soldadores experientes.

Cursos gratuitos e formação do zero

Programas públicos, instituições do Sistema S e plataformas privadas têm ampliado a oferta de cursos gratuitos de soldagem, inclusive para iniciantes.

Municípios e estados oferecem capacitação por meio de carretas-escola e centros de formação móvel.

Os cursos apresentam processos como eletrodo revestido, MIG, MAG e TIG, com turmas presenciais, carga horária intensiva e certificados do Senai.

Alguns duram menos de um mês em regime intensivo.

Também existem alternativas online gratuitas ou de baixo custo, que ensinam fundamentos de soldagem, segurança, tipos de processos e uso básico dos equipamentos.

Formação inicial e conteúdos essenciais

Os cursos para iniciantes reúnem três blocos principais.

O primeiro aborda segurança do trabalho e uso de EPIs, incluindo riscos de queimaduras, choques, inalação de fumos metálicos e acidentes com equipamentos.

O aluno aprende a utilizar máscara de solda adequada, luvas, aventais e botas.

O segundo bloco apresenta as técnicas de soldagem.

São explicadas as diferenças entre eletrodo revestido, MIG/MAG, TIG e oxicorte.

A prática em laboratório ocupa boa parte da carga horária, com repetição de cordões, ajustes de posição e correção de defeitos comuns.

O terceiro bloco trata de leitura e interpretação de desenhos e projetos, noções de materiais, dilatação térmica e qualidade de juntas.

Instrutores reforçam a importância de seguir procedimentos e normas, já que muitas empresas exigem rastreabilidade de soldas.

Perspectivas de carreira e evolução profissional

Quem entra na área geralmente começa como ajudante ou soldador júnior.

O trabalho inicial costuma ocorrer em oficinas, serralherias ou empresas de manutenção.

Com experiência, cursos de aperfeiçoamento e certificações, é possível migrar para grandes obras e setores industriais de maior complexidade.

A trajetória inclui etapas como soldador especializado, líder de equipe, inspetor de solda e, para quem busca ensino superior, até engenharia de soldagem.

Em cada avanço profissional, aumentam responsabilidade e remuneração, especialmente em empresas com alto padrão de segurança e grandes investimentos industriais.

Com a continuidade da expansão de obras de infraestrutura, demanda energética e manutenção industrial, o mercado segue oferecendo oportunidades e valorização para quem se qualifica.

FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS

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