Entenda o que diz o Código de Trânsito Brasileiro, quanto custa a infração em 2025 e por que esse hábito ainda compromete segurança e meio ambiente. Desde a entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro, em 1997, jogar qualquer objeto pela janela do veículo deixou de ser apenas um comportamento inadequado. A prática passou a ser enquadrada como infração de trânsito, com impactos diretos no bolso do motorista, na pontuação da CNH e na segurança coletiva. Ao longo dos anos, órgãos de trânsito e ambientais reforçaram a fiscalização, transformando o tema em pauta recorrente nas cidades e nas rodovias.
O descarte de bitucas de cigarro, embora pareça irrelevante à primeira vista, passou a ser tratado como risco viário e ambiental. Por isso, o hábito ganhou atenção especial de Detrans estaduais, guardas municipais e secretarias de meio ambiente, sobretudo a partir da intensificação das campanhas educativas e ações de fiscalização após 2020.
O que a legislação de trânsito estabelece sobre o descarte de lixo
A base legal está no artigo 172 do CTB, que proíbe arremessar objetos ou substâncias na via pública capazes de sujar, causar danos ou comprometer a segurança. Nesse contexto, bitucas de cigarro são consideradas resíduos, assim como copos, papéis e embalagens. Portanto, qualquer lançamento desse tipo para fora do veículo caracteriza infração, mesmo quando o carro está parado. Além disso, a autuação pode ocorrer por diferentes meios. Agentes de trânsito, guardas municipais, registros por câmeras urbanas e denúncias formais podem embasar a multa, conforme normas municipais e estaduais. Dessa forma, o condutor não depende apenas de uma abordagem direta para ser penalizado.
Multa e pontos na CNH entraram em vigor este ano
Por se tratar de infração grave, jogar bituca de cigarro pela janela gera consequências imediatas. Segundo a tabela nacional de infrações vigente em 2025, o motorista recebe multa correspondente à categoria grave e 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação. A infração também fica registrada no prontuário do condutor. O cenário se torna mais sério quando o descarte resulta em danos adicionais. Se a bituca provocar incêndios, prejuízos a terceiros ou enquadramento ambiental, o motorista pode enfrentar sanções administrativas complementares e, em casos específicos, responsabilização criminal, conforme a legislação ambiental brasileira aplicada pelas autoridades competentes.

Impactos ambientais e riscos à segurança viária
Apesar do tamanho reduzido, a bituca de cigarro concentra substâncias tóxicas e pode levar anos para se decompor. Dados recorrentes de secretarias municipais de limpeza urbana e meio ambiente apontam que esse resíduo contribui para problemas estruturais e ambientais nas cidades.
Entre os principais impactos, destacam-se o risco de incêndios, especialmente em períodos de estiagem, o entupimento de bueiros, que agrava enchentes, e o impacto sobre a fauna urbana, já que pequenos animais podem ingerir resíduos contaminantes. Além disso, o descarte irregular eleva o custo da limpeza pública, pressionando orçamentos municipais.
Como evitar a infração no dia a dia do motorista
Evitar a multa exige mudanças simples de comportamento. Manter cinzeiros portáteis com tampa dentro do veículo permite apagar e armazenar a bituca até o descarte correto. Essa prática reduz odores, evita fumaça e elimina o risco de lançamento na via. Em trajetos longos, o planejamento de paradas em locais apropriados facilita o descarte adequado. Já em áreas urbanas, a recomendação é apagar completamente o cigarro e usar lixeiras, evitando jogá-lo no chão ou em ralos, o que amplia riscos ambientais.
Mudanças de hábito e reflexos no trânsito e no meio ambiente
Pequenas atitudes individuais geram efeitos coletivos relevantes. Deixar de jogar bituca de cigarro pela janela contribui para reduzir incêndios, enchentes e poluição, além de tornar o trânsito mais seguro. A combinação entre fiscalização, informação e conscientização, defendida há anos por órgãos de trânsito e ambientais, mostra resultados progressivos.
Quando motoristas e passageiros compreendem que a bituca não é um lixo comum, o espaço urbano se torna menos vulnerável a problemas evitáveis. Sendo assim, até que ponto mudanças simples de comportamento podem transformar a segurança viária e a preservação ambiental nas cidades brasileiras?





