O tempo não ameniza a dor das famílias de vítimas da tragédia da Vale em Brumadinho. Ontem, dia 25, completou 60 dias em que o mar de lama deixou um rastro sem precedentes na história recente do Brasil, como a maior tragédia ambiental do país. Inúmeras homenagens ocorreram em Brumadinho, mas a revolta não cala.
Segundo oficiais, que foram atualizados pela Defesa Civil no fim de semana, apontavam para 91 desaparecidos, ainda não identificadas e 214 pessoas mortas.
Mortos na região
A tragédia da Vale deixou ao menos 9 vítimas na região. O maquinista Anderson Sthica, Gustavo Souza Júnior, Felipe José de Oliveira Almeida e Edson Rodrigues dos Santos, todos oriundos ou com ligação com Lafaiete.
De Congonhas foram contabilizados 3 mortos: Jonatas Limas Nascimento, Josiane Santos e Rodney Oliveira. De Barbacena, Wanderson Oliveira Valeriano.
O engenheiro de Minas, o ouro-branquense, Vinicius Henrique Leite Ferreira, 40 anos, estava na lista dos funcionários da Vale encontrados.
Desaparecidos
Dois desaparecidos ainda permanecem sem identificação: Pedro Sena, de Lafaiete, Luiz Carlos da Silva Reis, de Congonhas.
Pedro Bernardino de Sena é casado, 47 anos, pai de 3 filhos e mora no Bairro Siderúrgico. Ele é supervisor da terceirizada Reframax.
O mecânico congonhense Luiz Carlos da Silva Reis está na lista de desaparecidos. Ele mora no Bairro Bom Jesus e tem uma filha de 5 anos.
Familiares dos dois trabalhadores fizeram testes de DNA para identificação dos corpos. Está é a principal dor e agonia quando ainda resta a esperança de poder oferecer dignidades ás vítimas e seus familiares.
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