As autoridades da União Europeia apresentarão na quarta-feira (17/03) o “passaporte verde” para a covid-19, um certificado de saúde visando facilitar as viagens dentro do bloco europeu antes das férias de verão, anunciou o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton.
“Estamos trabalhando para que seja feito antes de junho”, disse neste domingo no programa Le Grand Rendez-vous, das emissoras Europa 1 e CNEWS, em parceria com o jornal financeiro Les Echos, acrescentando ser essencial fazer todo o possível para “preservar a temporada turística”.
Do “passaporte verde”, constará se o indivíduo “foi vacinado contra a covid-19, se já recuperou [de uma infecção], ou se teve resultado negativo no teste”, adiantou Thierry Breton, citado pela agência France Press.
Considerações de privacidade
Segundo o comissário europeu, o certificado será em formato eletrónico ou impresso, a fim de respeitar os cidadãos que não queiram armazenar as informações concernentes em seus smartphones – o que “é um direito deles”, defendeu.
A iniciativa já fora apresentada no início de março pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a qual garantiu que o certificado “respeitará a proteção de dados, segurança e privacidade”.
A ideia de criar um certificado digital para permitir a retomada do setor das viagens e do turismo começou a ser abordada no início do ano. A China foi a primeira nação a lançar um “passaporte de vírus”, em 9 de março, em caráter facultativo. Os Estados Unidos também estudam um esquema semelhante de comprovação de imunidade ao novo coronavírus.