Reforma do Ensino Médio: um crime a ser barrado

Acelerada em São Paulo, ela fez da vida de 330 mil jovens um experimento cruel. Deixou de prepará-los para a universidade, sem oferecer formação técnica real. Um engodo – com cor e classe social. Só a revogação pode ser um começo de saída

O antropólogo, educador e político Darcy Ribeiro costumava dizer que, no Brasil, a educação básica pública de qualidade duvidosa não é propriamente um desvio de rota, uma disfunção, mas um projeto da elite nacional. Em diferentes momentos da nossa história, esse intento das camadas abastadas desvela-se sem filtro, revelando uma verdadeira arquitetura da destruição, boicote à nação.

A Reforma do Ensino Médio, apresentada como Medida Provisória 746/16 e aprovada como projeto de lei n.º 13.415/17, foi, já em seu nascedouro, apontada como um instrumento oficial de Estado que resultaria, necessariamente, no aumento das desigualdades educacionais, pois priva, em sua concepção, milhões de estudantes de acessarem os conhecimentos historicamente sistematizados pela humanidade e exigidos nos vestibulares das universidades brasileiras, públicas e privadas.

Escondidos atrás de estandartes que estampavam: flexibilização curricular, protagonismo estudantil com a possibilidade de escolher o que gostaria de cursar, aproximação entre o conhecimento e a realidade dos estudantes, modernização curricular, expansão do ensino técnico-profissional, etc., os adeptos da reforma saíram vencedores. Decidiu-se que o Novo Ensino Médio, denominado de NEM, entraria em vigor a partir de 2022; com a adequação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – principal porta de entrada para as universidades públicas – às novas determinações trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – parte da engrenagem que movimentou a Reforma do Ensino Médio – a partir de 2024.

Alheios às manifestações de rua de profissionais da educação e estudantes, além de centenas de pesquisas frisando que o NEM resultaria, inevitavelmente, num aumento das desigualdades educacionais, colocando em risco o direito à aprendizagem de mais de 7 milhões de estudantes da rede pública, secretários estaduais de educação, capsulados no Conselho Nacional de Secretários de Educação, o CONSED, “indumentaram-se” da vestidura de que “lei não se discute, lei se cumpre”, e programaram-se para a implantação do NEM a partir de 2022.

Para deleite da elite bandeirante, o então governador de São Paulo, João Dória Jr., anunciou, em 2020, que o Estado, protagonista em diferentes momentos da história do país, assumiria a vanguarda do atraso e se adiantaria na implementação do NEM, com a aprovação do Currículo Paulista e a indicação de 11 itinerários formativos de aprofundamento.

Experimentações curriculares questionáveis adotadas em 2019 e 2020, como o Programa Novotec, anunciavam o desastre da arquitetura do NEM. O Novotec ventilou a tese de que o estudante do Ensino Médio sairia com dupla formação, curso regular e técnico-profissional, o último com a grife das Escolas Técnicas Estaduais, as Etecs. Na prática, verificou-se que as diminutas horas destinadas à formação técnica eram insuficientes para habilitar um estudante a desenvolver atividade profissional em qualquer área. Cilada pedagógica anunciada por diferentes críticos. Consequência: frustração de milhares de estudantes.

Desarrumado desde a concepção, o NEM iniciou nas escolas paulistas em fevereiro de 2021. Com incertezas múltiplas, justificava-se “que todo período de transição é complicado”, “que a comunidade escolar deveria estar aberta ao novo, e não ser resistente à mudança”. Rapidamente, as críticas difundidas no contexto da aprovação da Reforma voltaram a fazer eco: as escolas não conseguiram ofertar os itinerários indicados pelos estudantes; houve quantidade interminável de disciplinas; impossibilidade de docentes prepararem material para tantas disciplinas; falta de material didático para os componentes curriculares da formação geral e dos itinerários formativos; disciplinas eletivas sem sustentação acadêmica; falta de professores para as diferentes disciplinas; docentes sem formação específica sendo obrigados a assumir determinados componentes curriculares; etc.

No final do primeiro semestre de 2022, o movimento estudantil organizado evidenciou as inúmeras incongruências do NEM na prática e passou a reivindicar a revogação da Reforma do Ensino Médio. Pipocaram pela imprensa convencional denúncias sobre disciplinas sem lastro acadêmico e a quantidade inadministrável de componentes curriculares, atingindo o surpreende número de 1.526 disciplinas diferentes país afora, colocando em risco o direito da educação básica para todos os estudantes, institucionalizando a fragmentação curricular na última etapa de ensino obrigatório.

Pesquisas na Rede Estadual de Ensino de São Paulo demonstram, já no final de 2022, grande desânimo por parte dos estudantes no que diz respeito à continuação dos estudos. Segundo o artigo 35º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/EN n.º 9.394/96), uma das finalidades do Ensino Médio é “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos” (grifos nossos). O NEM, com a determinação de que a Formação Geral Básica compreende, no máximo, 1.800 horas das 3.000 dessa etapa de ensino, arquitetou que os secundaristas teriam contato com os conhecimentos historicamente consolidados pela humanidade e exigidos nos principais vestibulares, com destaque para o Enem, somente na 1ª série e primeiro semestre da 2ª série. Ou seja, durante o restante do curso, compreendendo 18 meses, discentes acessarão os conteúdos diversos por meio dos Itinerários Formativos, esses sem, até o momento, referências nítidas e material didático de apoio, resultando, quase sempre, num esforço homérico de docentes para que os seus estudantes não fiquem sem os conteúdos essenciais para a vida em sociedade e continuação dos estudos.

A lei que versa sobre improbidade administrativa indica, no seu artigo 11º, que “constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade…” (grifo nosso). Entende-se que o governador e a Secretaria Estadual da Educação (SEDUC) estavam cientes que os estudantes concluintes do Ensino Médio neste final de 2023 no Estado de São Paulo não estudariam, neste novo modelo adotado, os conhecimentos básicos aplicados no Enem. Sabiam, certamente, que é praticamente impossível cumprir conhecimentos desenvolvidos em 2.400 horas durante 3 anos em 1.800 horas dentro de 1 ano e meio. Por conseguinte, verifica-se em diferentes escolas que muitos estudantes do 3º ano do Ensino Médio paulista, um universo de mais ou menos 330 mil, abdicaram de fazer a principal prova que permite acesso ao ensino superior brasileiro por intuir que não adiantava fazer o exame, pois estavam há mais de um ano sem ver Biologia, Física ou Química; ou Filosofia, Geografia, História e Sociologia. E que o estudante do terceiro ano do ensino particular continuava a estudar todas essas disciplinas. Que a universidade não era para ele. Que estava se organizando para trabalhar.

No rigor técnico-jurídico, apesar de ter punição, a improbidade não é um crime, é um ilícito administrativo com sanção. Portanto, ímprobo e não criminoso. Recorre-se aqui, entretanto, ao conceito social de crime, que não é o mesmo do conceito jurídico, transcende a simples violação de norma legal. Associa-se muito mais ao reflexo de expectativas, valores e ética de determinada sociedade em um período histórico específico. Diferentes estudos revelaram um aumento significativo dos estudantes egressos da rede pública da Educação Básica nas principais universidades brasileiras, todas públicas. Quase 70% da totalidade e mais de 50% de negros. O estudante pobre brasileiro, que tem cor, é preto, é preta, é pardo, é parda, estava entrando na universidade pública. Os sistemas de políticas de ações afirmativas contribuíram para esta mudança. Estabeleceu-se, mesmo eivados de contradições, horizontes diferentes para esses estudantes secundários: cursar o ensino superior. Agora estão frustrados, enganados e humilhados no Estado de São Paulo. Assim, pode-se afirmar que a ação dos responsáveis pela educação paulista da época é possivelmente criminosa, na medida em que frustrou centenas de milhares de estudantes à viabilidade de acesso ao ensino superior. No mínimo, caracteriza-se como desonestidade com um contingente de 330 mil concluintes do Ensino Médio.

O atual governo, na contramão daquilo que já se concluiu no restante do mundo, que a tecnologia é um importante instrumento de apoio pedagógico, mas não substitui a interação presencial e o livro impresso, disponibilizou, agora no segundo semestre, uma plataforma denominada “Prepara São Paulo”, espécie de cursinho pré-vestibular on-line, com assiduidade semelhante à aula em emenda de feriado. Servindo mais para atacar um problema do ensino superior brasileiro do que atender a demanda e o dolo cometido contra os sonhos de 330 mil jovens, o governo do Estado tirou da cartola, feito mágico da Caravana Rolidei do filme “Bye bye Brasil”, 15 mil vagas para o chamado “Enem Paulista” ou Provão Paulista – antigo SARESP (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), que ganha agora status de selecionar para as grandes universidades paulistas. Serão ofertadas 1.500 vagas para a USP, 934 para a Unesp, 325 para a Unicamp, 2.620 para a Univesp (on-line) e 10 mil para as Fatecs. Não é objeto do presente texto, mas as instituições de ensino superior brasileiras vivem crise estrutural de falta de estudantes, especialmente nos cursos presenciais. Há tempos registramos o mesmo número de alunos nesse nível de ensino: cerca de 8 milhões. Não conseguimos aumentar, apesar do quase imensurável universo de brasileiros sem um diploma de graduação. Ao mesmo tempo, nota-se que aqueles que decidem cursar uma faculdade escolhem o EaD, hoje com mais de 50% dos matriculados nesse nível de ensino. Cursos superiores presenciais correm, velozmente, o risco de desaparecerem. O “Enem Paulista”, além de ser uma afronta à política pública bem-sucedida do Enem, é um suspiro às universidades e às faculdades paulistas.

Pretendesse de fato corrigir o dolo cometido pelos gestores anteriores, o atual governo paulista deveria garantir vagas nas melhores universidades do Brasil (“com casa, comida e roupa lavada”) a todos os 330 mil estudantes da Rede Estadual de Ensino que se viram confundidos, frustrados, enganados, humilhados e excluídos pela decisão dos antigos administradores do Ensino Médio do Estado de São Paulo. Não se pode caracterizar essa arquitetura de destruição como desvio de rota ou mera disfunção. Soa como intencional. Darcy Ribeiro já nos ensinou isso. Projeto da elite para precarizar a Educação Básica, frustrando a perspectiva de vida, de futuro, de país. Um crime!

FONTE OUTRAS PALAVRAS

Reforma do Ensino Médio: um crime a ser barrado

Acelerada em São Paulo, ela fez da vida de 330 mil jovens um experimento cruel. Deixou de prepará-los para a universidade, sem oferecer formação técnica real. Um engodo – com cor e classe social. Só a revogação pode ser um começo de saída

O antropólogo, educador e político Darcy Ribeiro costumava dizer que, no Brasil, a educação básica pública de qualidade duvidosa não é propriamente um desvio de rota, uma disfunção, mas um projeto da elite nacional. Em diferentes momentos da nossa história, esse intento das camadas abastadas desvela-se sem filtro, revelando uma verdadeira arquitetura da destruição, boicote à nação.

A Reforma do Ensino Médio, apresentada como Medida Provisória 746/16 e aprovada como projeto de lei n.º 13.415/17, foi, já em seu nascedouro, apontada como um instrumento oficial de Estado que resultaria, necessariamente, no aumento das desigualdades educacionais, pois priva, em sua concepção, milhões de estudantes de acessarem os conhecimentos historicamente sistematizados pela humanidade e exigidos nos vestibulares das universidades brasileiras, públicas e privadas.

Escondidos atrás de estandartes que estampavam: flexibilização curricular, protagonismo estudantil com a possibilidade de escolher o que gostaria de cursar, aproximação entre o conhecimento e a realidade dos estudantes, modernização curricular, expansão do ensino técnico-profissional, etc., os adeptos da reforma saíram vencedores. Decidiu-se que o Novo Ensino Médio, denominado de NEM, entraria em vigor a partir de 2022; com a adequação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – principal porta de entrada para as universidades públicas – às novas determinações trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – parte da engrenagem que movimentou a Reforma do Ensino Médio – a partir de 2024.

Alheios às manifestações de rua de profissionais da educação e estudantes, além de centenas de pesquisas frisando que o NEM resultaria, inevitavelmente, num aumento das desigualdades educacionais, colocando em risco o direito à aprendizagem de mais de 7 milhões de estudantes da rede pública, secretários estaduais de educação, capsulados no Conselho Nacional de Secretários de Educação, o CONSED, “indumentaram-se” da vestidura de que “lei não se discute, lei se cumpre”, e programaram-se para a implantação do NEM a partir de 2022.

Para deleite da elite bandeirante, o então governador de São Paulo, João Dória Jr., anunciou, em 2020, que o Estado, protagonista em diferentes momentos da história do país, assumiria a vanguarda do atraso e se adiantaria na implementação do NEM, com a aprovação do Currículo Paulista e a indicação de 11 itinerários formativos de aprofundamento.

Experimentações curriculares questionáveis adotadas em 2019 e 2020, como o Programa Novotec, anunciavam o desastre da arquitetura do NEM. O Novotec ventilou a tese de que o estudante do Ensino Médio sairia com dupla formação, curso regular e técnico-profissional, o último com a grife das Escolas Técnicas Estaduais, as Etecs. Na prática, verificou-se que as diminutas horas destinadas à formação técnica eram insuficientes para habilitar um estudante a desenvolver atividade profissional em qualquer área. Cilada pedagógica anunciada por diferentes críticos. Consequência: frustração de milhares de estudantes.

Desarrumado desde a concepção, o NEM iniciou nas escolas paulistas em fevereiro de 2021. Com incertezas múltiplas, justificava-se “que todo período de transição é complicado”, “que a comunidade escolar deveria estar aberta ao novo, e não ser resistente à mudança”. Rapidamente, as críticas difundidas no contexto da aprovação da Reforma voltaram a fazer eco: as escolas não conseguiram ofertar os itinerários indicados pelos estudantes; houve quantidade interminável de disciplinas; impossibilidade de docentes prepararem material para tantas disciplinas; falta de material didático para os componentes curriculares da formação geral e dos itinerários formativos; disciplinas eletivas sem sustentação acadêmica; falta de professores para as diferentes disciplinas; docentes sem formação específica sendo obrigados a assumir determinados componentes curriculares; etc.

No final do primeiro semestre de 2022, o movimento estudantil organizado evidenciou as inúmeras incongruências do NEM na prática e passou a reivindicar a revogação da Reforma do Ensino Médio. Pipocaram pela imprensa convencional denúncias sobre disciplinas sem lastro acadêmico e a quantidade inadministrável de componentes curriculares, atingindo o surpreende número de 1.526 disciplinas diferentes país afora, colocando em risco o direito da educação básica para todos os estudantes, institucionalizando a fragmentação curricular na última etapa de ensino obrigatório.

Pesquisas na Rede Estadual de Ensino de São Paulo demonstram, já no final de 2022, grande desânimo por parte dos estudantes no que diz respeito à continuação dos estudos. Segundo o artigo 35º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/EN n.º 9.394/96), uma das finalidades do Ensino Médio é “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos” (grifos nossos). O NEM, com a determinação de que a Formação Geral Básica compreende, no máximo, 1.800 horas das 3.000 dessa etapa de ensino, arquitetou que os secundaristas teriam contato com os conhecimentos historicamente consolidados pela humanidade e exigidos nos principais vestibulares, com destaque para o Enem, somente na 1ª série e primeiro semestre da 2ª série. Ou seja, durante o restante do curso, compreendendo 18 meses, discentes acessarão os conteúdos diversos por meio dos Itinerários Formativos, esses sem, até o momento, referências nítidas e material didático de apoio, resultando, quase sempre, num esforço homérico de docentes para que os seus estudantes não fiquem sem os conteúdos essenciais para a vida em sociedade e continuação dos estudos.

A lei que versa sobre improbidade administrativa indica, no seu artigo 11º, que “constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade…” (grifo nosso). Entende-se que o governador e a Secretaria Estadual da Educação (SEDUC) estavam cientes que os estudantes concluintes do Ensino Médio neste final de 2023 no Estado de São Paulo não estudariam, neste novo modelo adotado, os conhecimentos básicos aplicados no Enem. Sabiam, certamente, que é praticamente impossível cumprir conhecimentos desenvolvidos em 2.400 horas durante 3 anos em 1.800 horas dentro de 1 ano e meio. Por conseguinte, verifica-se em diferentes escolas que muitos estudantes do 3º ano do Ensino Médio paulista, um universo de mais ou menos 330 mil, abdicaram de fazer a principal prova que permite acesso ao ensino superior brasileiro por intuir que não adiantava fazer o exame, pois estavam há mais de um ano sem ver Biologia, Física ou Química; ou Filosofia, Geografia, História e Sociologia. E que o estudante do terceiro ano do ensino particular continuava a estudar todas essas disciplinas. Que a universidade não era para ele. Que estava se organizando para trabalhar.

No rigor técnico-jurídico, apesar de ter punição, a improbidade não é um crime, é um ilícito administrativo com sanção. Portanto, ímprobo e não criminoso. Recorre-se aqui, entretanto, ao conceito social de crime, que não é o mesmo do conceito jurídico, transcende a simples violação de norma legal. Associa-se muito mais ao reflexo de expectativas, valores e ética de determinada sociedade em um período histórico específico. Diferentes estudos revelaram um aumento significativo dos estudantes egressos da rede pública da Educação Básica nas principais universidades brasileiras, todas públicas. Quase 70% da totalidade e mais de 50% de negros. O estudante pobre brasileiro, que tem cor, é preto, é preta, é pardo, é parda, estava entrando na universidade pública. Os sistemas de políticas de ações afirmativas contribuíram para esta mudança. Estabeleceu-se, mesmo eivados de contradições, horizontes diferentes para esses estudantes secundários: cursar o ensino superior. Agora estão frustrados, enganados e humilhados no Estado de São Paulo. Assim, pode-se afirmar que a ação dos responsáveis pela educação paulista da época é possivelmente criminosa, na medida em que frustrou centenas de milhares de estudantes à viabilidade de acesso ao ensino superior. No mínimo, caracteriza-se como desonestidade com um contingente de 330 mil concluintes do Ensino Médio.

O atual governo, na contramão daquilo que já se concluiu no restante do mundo, que a tecnologia é um importante instrumento de apoio pedagógico, mas não substitui a interação presencial e o livro impresso, disponibilizou, agora no segundo semestre, uma plataforma denominada “Prepara São Paulo”, espécie de cursinho pré-vestibular on-line, com assiduidade semelhante à aula em emenda de feriado. Servindo mais para atacar um problema do ensino superior brasileiro do que atender a demanda e o dolo cometido contra os sonhos de 330 mil jovens, o governo do Estado tirou da cartola, feito mágico da Caravana Rolidei do filme “Bye bye Brasil”, 15 mil vagas para o chamado “Enem Paulista” ou Provão Paulista – antigo SARESP (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), que ganha agora status de selecionar para as grandes universidades paulistas. Serão ofertadas 1.500 vagas para a USP, 934 para a Unesp, 325 para a Unicamp, 2.620 para a Univesp (on-line) e 10 mil para as Fatecs. Não é objeto do presente texto, mas as instituições de ensino superior brasileiras vivem crise estrutural de falta de estudantes, especialmente nos cursos presenciais. Há tempos registramos o mesmo número de alunos nesse nível de ensino: cerca de 8 milhões. Não conseguimos aumentar, apesar do quase imensurável universo de brasileiros sem um diploma de graduação. Ao mesmo tempo, nota-se que aqueles que decidem cursar uma faculdade escolhem o EaD, hoje com mais de 50% dos matriculados nesse nível de ensino. Cursos superiores presenciais correm, velozmente, o risco de desaparecerem. O “Enem Paulista”, além de ser uma afronta à política pública bem-sucedida do Enem, é um suspiro às universidades e às faculdades paulistas.

Pretendesse de fato corrigir o dolo cometido pelos gestores anteriores, o atual governo paulista deveria garantir vagas nas melhores universidades do Brasil (“com casa, comida e roupa lavada”) a todos os 330 mil estudantes da Rede Estadual de Ensino que se viram confundidos, frustrados, enganados, humilhados e excluídos pela decisão dos antigos administradores do Ensino Médio do Estado de São Paulo. Não se pode caracterizar essa arquitetura de destruição como desvio de rota ou mera disfunção. Soa como intencional. Darcy Ribeiro já nos ensinou isso. Projeto da elite para precarizar a Educação Básica, frustrando a perspectiva de vida, de futuro, de país. Um crime!

FONTE OUTRAS PALAVRAS

Lula vai anunciar poupança para estudantes do ensino médio na próxima semana; saiba mais

Segundo informações, o presidente deve anunciar em breve o projeto de poupança para estudantes de ensino médio e mais planos. Confira!

Na próxima semana, o presidente Lula vai anunciar um programa que tem como intuito beneficiar os estudantes de baixa renda que concluírem o ensino médio. A ideia é que eles recebam uma poupança para usar como quiserem, seja para investir em uma faculdade, abrir um negócio ou viajar pelo mundo.

A medida faz parte das promessas de campanha de Lula, que contou com o apoio da ministra do Planejamento, Simone Tebet, para viabilizar o projeto. Confira todos os detalhes sobre o assunto a seguir.

Governo vai disponibilizar poupança para estudantes do ensino médio? Veja proposta de Lula

O valor da poupança ainda está sendo definido, mas a estimativa é de que seja em torno de R$ 1 mil por ano para cada aluno. O objetivo é incentivar a permanência na escola e reduzir a evasão escolar, que afeta principalmente os jovens de baixa renda.

O presidente, durante uma live realizada nas redes sociais, juntamente com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda enfatizou que acredita que os jovens precisam trabalhar, se dedicar aos estudos, e não só ficarem presos à tela do celular.

Outro projeto do governo

Além da poupança, o governo federal também está elaborando um projeto para dar mais segurança aos trabalhadores de aplicativo, como os motoristas do 99 e do Uber. A ideia é garantir direitos como seguro, assistência e previdência para essa categoria, sem tirar a autonomia dos profissionais..

“Não queremos que a pessoa deixe de ser autônoma, o que queremos é dar um pouco de seguridade a ela, quando o carro quebra, quando a mulher fica doente”, explicou Lula.

Brasil como referência na questão energética

O presidente também se mostrou otimista com o papel do Brasil na questão energética mundial. Ele afirmou que o país pode ser um líder na produção de energia limpa e renovável, assim como a Arábia Saudita foi na era dos combustíveis fósseis.

“Estamos sendo olhados pelo mundo como um país que pode mudar a história da questão energética do planeta Terra.” Lula finalizou a fala com o seguinte pedido: “Vamos desenrolar o Brasil, vocês que fazem análise econômica.”

FONTE SEU CRÉDITO DIGITAL

Lula vai anunciar poupança para estudantes do ensino médio na próxima semana; saiba mais

Segundo informações, o presidente deve anunciar em breve o projeto de poupança para estudantes de ensino médio e mais planos. Confira!

Na próxima semana, o presidente Lula vai anunciar um programa que tem como intuito beneficiar os estudantes de baixa renda que concluírem o ensino médio. A ideia é que eles recebam uma poupança para usar como quiserem, seja para investir em uma faculdade, abrir um negócio ou viajar pelo mundo.

A medida faz parte das promessas de campanha de Lula, que contou com o apoio da ministra do Planejamento, Simone Tebet, para viabilizar o projeto. Confira todos os detalhes sobre o assunto a seguir.

Governo vai disponibilizar poupança para estudantes do ensino médio? Veja proposta de Lula

O valor da poupança ainda está sendo definido, mas a estimativa é de que seja em torno de R$ 1 mil por ano para cada aluno. O objetivo é incentivar a permanência na escola e reduzir a evasão escolar, que afeta principalmente os jovens de baixa renda.

O presidente, durante uma live realizada nas redes sociais, juntamente com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda enfatizou que acredita que os jovens precisam trabalhar, se dedicar aos estudos, e não só ficarem presos à tela do celular.

Outro projeto do governo

Além da poupança, o governo federal também está elaborando um projeto para dar mais segurança aos trabalhadores de aplicativo, como os motoristas do 99 e do Uber. A ideia é garantir direitos como seguro, assistência e previdência para essa categoria, sem tirar a autonomia dos profissionais..

“Não queremos que a pessoa deixe de ser autônoma, o que queremos é dar um pouco de seguridade a ela, quando o carro quebra, quando a mulher fica doente”, explicou Lula.

Brasil como referência na questão energética

O presidente também se mostrou otimista com o papel do Brasil na questão energética mundial. Ele afirmou que o país pode ser um líder na produção de energia limpa e renovável, assim como a Arábia Saudita foi na era dos combustíveis fósseis.

“Estamos sendo olhados pelo mundo como um país que pode mudar a história da questão energética do planeta Terra.” Lula finalizou a fala com o seguinte pedido: “Vamos desenrolar o Brasil, vocês que fazem análise econômica.”

FONTE SEU CRÉDITO DIGITAL

Lula diz que vai criar poupança para alunos do Ensino Médio; ENTENDA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (21), que o governo criará uma poupança para estudantes do Ensino Médio. A ideia é que a quantia guardada seja retirada pelos alunos ao término dos estudos. O objetivo, segundo Lula, é evitar a evasão escolar.

Durante o programa “Conversa com o Presidente”, que contou com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lula avaliou o Desenrola, além de comentar o desemprego entre os jovens, principalmente recém-formados.

“Nós temos milhares de jovens que fizeram o ProUni e que depois não arrumam emprego. Isso é um problema que nós temos que resolver. Eu tenho neto com 25 anos que não tem profissão. Nós precisamos dizer para essa juventude como é que a gente vai fazer para criar para eles oportunidade de trabalho.”

“Esse é um problema que nós temos que resolver, porque essa juventude tem que trabalhar. Você imagina, o cara não trabalha, desiste de estudar e tem um celular na mão, o celular passa a ser uma bomba atômica, porque esse cara tá com raiva de todo mundo. Esse cara não acredita em ninguém, ele tá perdendo a esperança, coisa que nenhum ser humano pode”, declarou Lula antes de comentar a criação da poupança, cujo anúncio oficial deve ocorrer na próxima semana.

Em seguida, o presidente disse estar negociando a situação dos motoristas de aplicativo, a fim de garantir “um pouco de seguridade” para os trabalhadores.

“Estamos articulando a questão do Uber, para dar legalidade para o pessoal do Uber. Não queremos que a pessoa deixe de ser autônoma. O que queremos é dar um pouco de seguridade para ela quando o carro quebra, quando a mulher fica doente“, explicou o mandatário.

FONTE TERRA BRASIL NOTÍCIAS/ CNN BRASIL

Lula diz que vai criar poupança para alunos do Ensino Médio; ENTENDA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (21), que o governo criará uma poupança para estudantes do Ensino Médio. A ideia é que a quantia guardada seja retirada pelos alunos ao término dos estudos. O objetivo, segundo Lula, é evitar a evasão escolar.

Durante o programa “Conversa com o Presidente”, que contou com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lula avaliou o Desenrola, além de comentar o desemprego entre os jovens, principalmente recém-formados.

“Nós temos milhares de jovens que fizeram o ProUni e que depois não arrumam emprego. Isso é um problema que nós temos que resolver. Eu tenho neto com 25 anos que não tem profissão. Nós precisamos dizer para essa juventude como é que a gente vai fazer para criar para eles oportunidade de trabalho.”

“Esse é um problema que nós temos que resolver, porque essa juventude tem que trabalhar. Você imagina, o cara não trabalha, desiste de estudar e tem um celular na mão, o celular passa a ser uma bomba atômica, porque esse cara tá com raiva de todo mundo. Esse cara não acredita em ninguém, ele tá perdendo a esperança, coisa que nenhum ser humano pode”, declarou Lula antes de comentar a criação da poupança, cujo anúncio oficial deve ocorrer na próxima semana.

Em seguida, o presidente disse estar negociando a situação dos motoristas de aplicativo, a fim de garantir “um pouco de seguridade” para os trabalhadores.

“Estamos articulando a questão do Uber, para dar legalidade para o pessoal do Uber. Não queremos que a pessoa deixe de ser autônoma. O que queremos é dar um pouco de seguridade para ela quando o carro quebra, quando a mulher fica doente“, explicou o mandatário.

FONTE TERRA BRASIL NOTÍCIAS/ CNN BRASIL

Alunos da Escola Estadual “Chiquinho de Paiva” participarão da 42° Mostra de Foguetes no Rio de Janeiro

Na próxima semana, os alunos da Escola Estadual “Chiquinho de Paiva” (Lucas Gabriel da Silva, Júlio César S. Paiva, João Pedro M.O.Silva) e a professora de geografia Márcia M. Cunha, participarão da 42° Mostra de Foguetes. Após participarem do lançamento na escola, os estudantes foram convidados para fazê-lo de forma coletiva e concorrer a medalhas junto com outras escolas do Brasil. O evento acontecerá no Rio de Janeiro. Toda comunidade escolar se orgulha de ver a dedicação e gosto na elaboração e construção do foguete. A participação da nossa escola é importantíssima, visto que a primeira vez que nossa escola e cidade participará de uma competição de nível científico nacional. Os alunos participarão do evento com estudantes e professores de todo Brasil. O evento terá a participação especial do Astrônomo Prof. Dr. João Batista Garcia Canalle. Coordenador da OBA/MOBFOG/JORNADA DE FOGUETES. Será uma semana de muito aprendizado para todos envolvidos no projeto, assim relata Márcia Moreira da Cunha, professora responsável por acompanhar os alunos neste projeto. Nossa cidade se orgulha de todos os envolvidos no projeto.

Fonte: Capela News

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Na próxima semana, os alunos da Escola Estadual “Chiquinho de Paiva” (Lucas Gabriel da Silva, Júlio César S. Paiva, João Pedro M.O.Silva) e a professora de geografia Márcia M. Cunha, participarão da 42° Mostra de Foguetes. Após participarem do lançamento na escola, os estudantes foram convidados para fazê-lo de forma coletiva e concorrer a medalhas junto com outras escolas do Brasil. O evento acontecerá no Rio de Janeiro. Toda comunidade escolar se orgulha de ver a dedicação e gosto na elaboração e construção do foguete. A participação da nossa escola é importantíssima, visto que a primeira vez que nossa escola e cidade participará de uma competição de nível científico nacional. Os alunos participarão do evento com estudantes e professores de todo Brasil. O evento terá a participação especial do Astrônomo Prof. Dr. João Batista Garcia Canalle. Coordenador da OBA/MOBFOG/JORNADA DE FOGUETES. Será uma semana de muito aprendizado para todos envolvidos no projeto, assim relata Márcia Moreira da Cunha, professora responsável por acompanhar os alunos neste projeto. Nossa cidade se orgulha de todos os envolvidos no projeto.

Fonte: Capela News

Escola Municipal Dr. Rui Pena recebeu alunos, pais e comunidade em grande festividade

No último sábado a E.M. “Dr. Rui Pena- CAIC” recebeu a Comunidade Escolar e estudantes da creche ao Fundamental II, para a “Festa Julina”. O evento já tradicional na escola, foi elaborado para um dia repleto de alegrias, união, comemorações e muita emoção.
A proposta agradou toda comunidade estudantil e também aos pais e moradores da região que lotaram a escola com a presença de quase duas mil pessoas.
De acordo com a Diretora Flávia Teodoro, “o CAIC se enche de orgulho por poder proporcionar momentos como esse.” Ela agradeceu aos Servidores pelo empenho e brilhantismo e aos familiares pela participação e confiança em seu trabalho e finalizou parabenizando os alunos pelas lindas apresentações e aos servidores por toda dedicação, trabalho ímpar e carinho com os educandos.

Escola Municipal Dr. Rui Pena recebeu alunos, pais e comunidade em grande festividade

No último sábado a E.M. “Dr. Rui Pena- CAIC” recebeu a Comunidade Escolar e estudantes da creche ao Fundamental II, para a “Festa Julina”. O evento já tradicional na escola, foi elaborado para um dia repleto de alegrias, união, comemorações e muita emoção.
A proposta agradou toda comunidade estudantil e também aos pais e moradores da região que lotaram a escola com a presença de quase duas mil pessoas.
De acordo com a Diretora Flávia Teodoro, “o CAIC se enche de orgulho por poder proporcionar momentos como esse.” Ela agradeceu aos Servidores pelo empenho e brilhantismo e aos familiares pela participação e confiança em seu trabalho e finalizou parabenizando os alunos pelas lindas apresentações e aos servidores por toda dedicação, trabalho ímpar e carinho com os educandos.

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