O extraordinário legado de Jacinto Melo: distribuindo amor pela natureza em forma de mudas de árvores frutíferas nativas

Em um gesto verdadeiramente notável, no dia 25 de novembro, o visionário Jacinto Melo, um verdadeiro guardião da natureza residente em Queluzito, MG, compartilhou seu amor pela flora do Brasil ao receber calorosamente o grupo Plantadores Alto Paraopeba em seu sítio. Jacinto não apenas abriu as portas de seu paraíso verde, mas também distribuiu mais de 400 mudas de árvores frutíferas nativas, incluindo espécies raras como gabirobas, araçás, bacuparis e uma variedade de jabuticabas.

Um apaixonado incansável desde a infância, Jacinto dedicou-se com fervor durante a pandemia para preservar e propagar essas plantas, assegurando que espécies ameaçadas de extinção possam florescer na região do Alto Paraopeba. Sua dedicação e amor pela natureza não se limitaram apenas à distribuição de mudas, mas estenderam-se à preparação de um almoço, onde ele habilmente preparou alimentos cultivados em seu próprio sítio, oferecendo assim um banquete de sua própria colheita.

O grupo Plantadores Alto Paraopeba, concebido pelo biólogo e advogado João Luís Lobo, reúne entusiastas da natureza com a missão de espalhar o verde pela região, promovendo a preservação e a propagação de espécies nativas.

A ação memorável do Sr. Jacinto não apenas evidencia a importância crucial de preservar o meio ambiente, mas também serve como um exemplo inspirador para todos que compartilham a paixão pela natureza. A genialidade e a dedicação de Jacinto Melo não só impactaram o presente, mas também deixaram uma marca para o futuro com as mudas frutas do seu trabalho já tendo sido plantadas em Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Entre Rios e Ouro Branco. Este evento foi tão significativo que já está sendo planejado um segundo encontro para 2024, demonstrando o compromisso contínuo e a paixão incansável desses defensores da natureza.

SAT – Sociedade Amigos de Tiradentes – uma história de amor à cidade de Tiradentes

 Cidade pequenina,

       Cheia de encantos,

Onde a criança brinca nos Quatro Cantos.

Ruas de pedras largas,

Morros que levam à Matriz,

Turistas de quaisquer lugares

Visitam o chafariz.

Serra de São José,

Um monumento natural,

Rica em minérios,

Calçada no matagal.

Cidade pequenina,

Mas grande no meu coração,

Aqui estou desde menina

E não te esqueço – não!

                     Agda Barbosa, Minha Cidade.

Na década de 1970, teve o início do turismo em Tiradentes, impulsionado pelo artesanato em prata, produzido em diversas oficinas. Tudo era incipiente e sazonal em consequência do calendário, com maior fluxo de turistas no Carnaval, Semana Santa e férias de julho. Ao prever o crescimento turístico na cidade, o casal John Parsons e Anna Maria Parsons articularam a criação de uma instituição para desenvolver projetos socioculturais; para tal, foram mobilizados diversos amigos. Coube ao advogado Paulo André Rohmann a elaboração dos “Estatutos” e então se fundou a SAT – Sociedade Amigos de Tiradentes, em 19 de janeiro de 1980.

A SAT teve colaboradores locais, de várias cidades brasileiras e inclusive do exterior. Um dos primeiros projetos realizados pela ONG foi o Projeto de Obras Emergenciais, que executou intervenções em diversas edificações do núcleo antigo de Tiradentes. O projeto visava evitar a ruína completa dos imóveis e a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Para cada casa, ocorria avalição, podia ser o caso de se consertar o telhado, o assoalho, reparar o beiral, construir banheiro ou outras pequenas obras. Não era gratuitamente, a SAT comprava os materiais, executava as obras e cada proprietário recebia um carnê e pagava prestações sem ajuste. Vale ressaltar que naquele tempo a inflação era galopante e tudo se desvalorizava rapidamente.

Carnê de pagamento da obra realizada no imóvel da Rua Direita, onde atualmente funciona o Museu Martir, Tiradentes, 1987. Acervo: Ladislau e Tânia.
Imóvel da Rua Direita, que recebeu obra do Projeto de Obras Emergenciais, executado  pela SAT, em 1987, atualmente abriga o Museu Martir. Fotografia: Luiz Cruz.

 Um dos apoiadores do Projeto de Obras Emergenciais foi a Fundação Roberto Marinho, na ocasião o superintendente era José Carlos Barbosa de Oliveira. Além da SAT realizar obras em imóveis particulares, socorreu ainda a Casa da Madeira (ou Casa das Almas) da Matriz de Santo Antônio, os Passos da Paixão e a sede do Aimorés Futebol Clube, que se encontravam em péssimas condições de conservação. O Pocinho da Matriz foi reconstituído através de seus recursos e sua coordenação. O Sobrado Ramalho, que pertencia ao Espólio Joaquim Ramalho, também recebeu intervenção com recursos obtidos pela SAT.

Desde seus primeiros passos, a instituição apoiou as Folias de Reis e São Sebastião, com a aquisição de roupas; incentivou e financiou o resgate das Pastorinhas, inicialmente com Maria Madalena Lopes Silva (Tia Lena), posteriormente coordenada por Alice Lima Barbosa. Mais tarde a SAT apoiou e financiou outro grupo de Pastorinhas, no bairro Várzea de Baixo, sob a coordenação de Ana de Menezes. Em diversos momentos a SAT colaborou com a Sociedade Orquestra e Banda Ramalho, na reestruturação, no fornecimento do primeiro uniforme para os músicos, aquisição de novos instrumentos e contratação de professores para a formação de novos musicistas. 

Pastorinhas da Várzea de Baixo, sob a coordenação de Ana de Menezes.  Década de 1990. Ação apoiada pela SAT.  Fotografia: Luiz Cruz.

Sob a organização da SAT, ocorreu um evento simbólico para o processo de redemocratização do Brasil; no período de ditadura militar, Tiradentes teve seus prefeitos nomeados. Para a realização da eleição do novo prefeito, após o tempo de obscuridade, a SAT promoveu no Antigo Fórum o encontro O que o Povo Quer, o debate sobre as propostas dos candidatos: João Madalena, Luiz José da Fonseca, Mauro Barbosa e Nivaldo Andrade; os moderadores foram o advogado Paulo André Rohmann e o padre José Nacif.

Apoiou os eventos religiosos, em especial a Semana Santa e o Natal dos Pobres.

Numa grande mobilização dos membros da SAT, com o apoio de Yves Alves, José Luiz Alqueres e Mário Bering, conseguiu a aprovação junto à CEMIG do Projeto de Iluminação Subterrânea de Tiradentes, quando os postes e a fiação aérea foram retirados e instalados os lampiões. Nessa ocasião, foi produzido um álbum de litografias, na Casa de Gravura Largo do Ó, intitulado Tiradentes sem Postes, assinado pelo artista Marcos José. Ainda, para se celebrar o 50º Aniversário do IPHAN, a SAT participou das celebrações, conveniada com o Ministério da Cultura e a Casa de Gravura Largo do Ó, editou um álbum com litografias de Carlos Scliar, Carlos Bracher e José Nemer.

A SAT foi a proponente do projeto que resultou na criação e execução das obras do Centro Cultural Yves Alves. A Prefeitura de Tiradentes tentou por diversas vezes a aprovação e a obtenção de recursos para sua construção; porém, somente após a intervenção de Yves Alves se conseguiu verba para tal, junto à Fundação Roberto Marinho. Dessa forma, executou-se o projeto arquitetônico idealizado por Glauco Campello e se equipou o Centro Cultural. Nesse período, a SAT recebeu intenso apoio de Joaquim Falcão, José Luiz Alqueres, Silvia Finguerut, Lúcia Bastos e Nilzio Barbosa. Toda coordenação local ficou a cargo de Luiz Cruz.

Guarita, construída no Terreno Maria Joana, propriedade de SAT.  Fotografia: Luiz Cruz.

Uma das principais preocupações da SAT foi a sustentabilidade do turismo em Tiradentes. Com as constantes ameaças das mineradoras em explorar a Serra de São José, graças ao Yves Alves, que localizou o mapa de registros minerais junto ao DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, teve início a campanha de proteção ambiental. Aqui, torna-se necessário enfatizar a ação do presidente do IHGT – Instituto Histórico e Geográfico de Tiradentes, Eros Conceição, que logo encaminhou ao IPHAN a solicitação de tombamento federal da Serra de São José, em 1979 – processo em andamento até o presente. A partir de 1980, a SAT e o IHGT se uniram na campanha em defesa ambiental local.

Missa da Procissão Ecológica à Serra de São José, 8 de fevereiro de 1987, celebrante padre Luiz Sver. Fotografia: Eros Conceição, acervo: Luiz Cruz.
Missa da Procissão Ecológica à Serra de São José, 8 de fevereiro de 1987, celebrante padre Luiz Sver. Fotografia: Eros Conceição, acervo: Luiz Cruz.

Em 1987, em consequência das severas ameaças das mineradoras à Serra de São José, foi promovida a Procissão Ecológica à Serra de São José. Naquele momento, a compreensão da necessidade de se preservar um monumento natural era reduzida, tanto que para realizar a procissão, tornou-se necessário contar com escolta militar, devido às ameaças que os organizadores sofreram. No alto da serra, o padre Luiz Sver celebrou a Missa Ecológica, ocorrida a 8 de fevereiro desse ano. Segundo Sver, foi a mais emocionante que havia presidido em sua vida. Depois, outras missas ecológicas foram celebradas no Terreno Maria Joana, ou Terreno do Mangue, pelo padre José Nacif, que, como pároco e sócio da SAT, participou de diversas manifestações em defesa da serra. A Procissão Ecológica à Serra de São José se conformou no marco histórico da proteção desse bem natural.

Missa da Procissão Ecológica à Serra de São José, 8 de fevereiro de 1987, celebrante padre Luiz Sver. Fotografias: Eros Conceição, acervo: Luiz Cruz.

Caminhada Ecológica à Serra de São José, para a celebração de Missa Ecológica, presidida pelo padre José Nacif, no Terreno do Mangue. Fotografia: Eros Conceição, acervo Luiz Cruz.
Missa da Ecológica no Terreno Maria Joana, Serra de São José, propridade da SAT, década de 1980, celebrante padre José Nacif. Fotografia: Eros Conceição, acervo: Luiz Cruz.
Celebração da Palavra, coordenação do padre José Nacif, Trilha do Carteiro, com o apoio do Corpo de Bombeiros Voluntários de Tiradentes, SAT e IHGT, década de 1990.  Fotografia: Luiz Cruz. 

Ainda na década de 1980, a SAT apoiou muitos eventos culturais como concertos, exposições, cortejos. Foi nessa década e na seguinte que Tiradentes vivenciou momentos culturais intensos e com a ampla participação dos moradores. Dentre os eventos, devemos destacar a Semana do Meio Ambiente, o Verão Cultural e o Inverno Cultural. Tudo isso com o amplo apoio do IHGT, da Casa de Gravura Largo do Ó, Escola Estadual Basílio da Gama, Instituto Cultural Biblioteca do Ó, CAT – Corporação dos Artesãos de Tiradentes, do IPHAN, FEAM / IEF e da Prefeitura.

O presidente da SAT, John Parsons, na E.E. Basílio da Gama, abertura da 1ª Semana do Meio Ambiente de Tiradentes, 1987. Fotografia: Eros Conceição, acervo: Luiz Cruz.

Em diversos momentos, a SAT contou com o apoio técnico da ESAL, atual UFLA – Universidade Federal de Lavras, da FUNREI, atual UFSJ e da UFMG. Especialmente para se compreender o potencial conformado pela Serra de São José e tantos impactos que usos inadequados na área acarretavam sobre seus biomas: Mata Atlântica e Cerrado, como os incêndios florestais, a presença de cavalos, a retirada de plantas nativas, a caça, os desmatamentos, os parcelamentos de solo, a prática de esportes radicais – em especial a ação de motoqueiros que provocaram ravinamentos que progrediram para acentuados processos de erosão do solo do chapadão. 

Acelerado processo de ravinamento do terreno do Chapadão, Serra de São José, em consequência do uso das trilhas por motoqueiros. A SAT contou com o apoio da FEAM para o estudo deste impacto, década de 1990. Fotografia: Luiz Cruz.

Aconteceu, no Antigo Fórum, no dia 16 de julho de 1988, o primeiro Recital de Textos sobre o Meio Ambientes, sob a coordenação de Luiz Cruz, organização textual Sibila Müllet, cenário, iluminação e som de Eros Conceição. Outros recitais ocorreram, mas este marcou para sempre a produção de poesia e de crônicas sobre o tema o Meio Ambiente e a cidade de Tiradentes.

Entre 1989 e 1990 – a SAT apoiou o Projeto Levantamento Arbóreo da Serra de São José, numa iniciativa dos profissionais da atual Flona-Ritápolis, José Nivaldo de Menezes e Moacir Barbosa. Através desse projeto tivemos conhecimento da variedade de espécies dos biomas e dos diversos ambientes, com compõem a Serra de São José.

Em 1992, quando se criou a Brigada Voluntária de Combate a Incêndio de Tiradentes, a SAT equipou os primeiros 20 brigadistas, com uniformes e equipamentos para a prevenção e o combate aos incêndios florestais na Serra de São José. A Brigada foi transformada em Corpo de Bombeiros Voluntários de Tiradentes e desenvolveu amplo trabalho no entorno da Serra de São José, reconhecido nacionalmente ao receber por suas vezes o Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade, concedido pelo Ministério da Cultura, através do IPHAN.

Em 1994, após roubo de parte do acervo da Capela de São João Evangelista, a SAT promoveu campanha para a instalação de alarmes nas igrejas de Tiradentes.

Finalmente, trataremos do Terreno Maria Joana, ou Terreno do Mangue. No final da década de 1980, alguns dos imóveis do Espólio de Joaquim Ramalho foram a leilão judicial, dentre eles o Sobrado Ramalho e o referido terreno. A SAT promoveu campanha para arrecadar a importância para arrematar o Terreno Maria Joana, que tem expressiva importância por seus aspectos diversos, por abrigar rica biodiversidade, concentrar as principais cachoeiras da serra e os vestígios arqueológicos da área, como tanques de lavagem de ouro, arrimos, calçadas, muros de pedra seca, monturos etc.

O Terreno Maria Joana e as Cachoeiras do Mangue sempre foram utilizados para o lazer e o entretenimento. Cena com o padre José Bernardino (1892-1976), nossas tias Lena e Dodô, com meninas de Tiradentes, no Mangue. Década de 1950.Acervo: Gilson Resende, cópia arquivo Luiz Cruz.

O Terreno Maria Joana é área usada tradicionalmente pela comunidade do entorno da serra, para o lazer e o entretenimento, por isso faz parte da memória afetiva dos inúmeros usuários, com os seus momentos familiares, seus piqueniques e seus costumes antigos. Como a SAT não conseguiu o total dos recursos para participar do leilão, contou com a parceria do IEF – Instituto Estadual de Florestas/MG para a complementação e a efetivação do arremate. Então, para que não haja dúvida, torna-se necessário enfatizar que tal terreno foi arrematado em hasta pública, com recursos levantados pela campanha promovida por John Parsons e a complementação financeira do IEF/MG, de acordo com:

Termos de Arrematação de 22.04.1987, extraída dos Autos do Alvará para venda, requerida por Joaquim Ramalho Filho e outros, processo nº 8236, extraída pelo Cartório do 2º Ofício desta Comarca, devidamente assinada pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Cível, Dr. Aloisio Silva, coube ao arrematante Sociedade de Amigos de Tiradentes CGC 19.547.637/0001-20, o imóvel constante da presente matrícula pelo maior lance oferecido que foi de Cz$291.000,00. O referido é verdade, dou fé. São João del-Rei, 05.09.1991, o Oficial Substituto: (assinado Marcelo de Carvalho).

Após o arremate do Terreno Maria Joana, de significativa extensão, com limites indo da porteira da divisa com Carlos Kuernes até a “estrada que vai para São João del-Rei”, a SAT procedeu a demarcação do terreno e promoveu diversos encontros para tratar da destinação e apropriação da área. Esse terreno pertencia à Prefeitura de Tiradentes, que o vendeu, conforme as assinaturas, do vendedor – o prefeito José de Freitas e o comprador Joaquim Ramalho, em escritura devidamente registrada no Registro de Imóveis de São João del-Rei, a 8 de março de 1932.

Associados da SAT e convidados na atividade de demarcação do Terreno Maria Joana, logo após a arrematação da área em leilão judicial, década de 1980. Fotografia: Eros Conceição, acervo Luiz Cruz.
Cópia da escritura original do Terreno Maria Joana, com as assinaturas do prefeito José de Freitas, vendedor e do comprador Joaquim Ramalho. Fotografia: Eros Conceição, acervo Luiz Cruz.

Encontro Técnico para tratar do tema Serra de São José, em pé: Geraldo Paulino Santana (diretor do IEF/MG), John Parsons, Ozanan Conceição, Maria Isabel Câmara, Fernando Rocha Pitta; sentados: Ana Maria Simões, Carlos Fernando de Moura Delfim Dimas Guedes e Cássio Eduardo Rosa Resende (promotor). Sede do IHGT, década de 1990. Fotografia: Eros Conceição, acervo: Luiz Cruz.

 Em diversas ocasiões, a SAT contou com a presença e apoio de diretores do IEF/MG. Uma das primeiras ações foi construir a Guarita no terreno, para a prevenção e o combate aos incêndios, bem como visar a segurança geral da área. Para tanto manteve um funcionário que cuidou da edificação e da área. Lamentavelmente, a Guarita foi vandalizada, roubaram os equipamentos e até a porta. Conseguiram destruir a laje de cobertura e sobrou a estrutura de pedra que não puderam destruir. Para a instalação do Parque Municipal Frei Veloso, na Cachoeira do Bom Despacho, a SAT contou com a orientação do IEF/MG e a planta acabou sendo criada a seis mãos, com a participação de John Parsons, Maria Isabel Câmara e Luiz Cruz. Tal planta se encontra registrada no Escritório Técnico do IPHAN, em Tiradentes.

Libélula e beija-flor (estrelinha-ametista) registrados no Terreno Maria Joana, propriedade da SAT. Fotografias: Luiz Cruz. 

Assim que a SAT adquiriu o Terreno Maria Joana, entrou com pedido de “REINTEGRAÇÃO DE POSSE” de parte da área, na Cachoeira do Bom Despacho. O processo transcorreu e a JUSTIÇA determinou a reintegração favorável à proprietária – a Sociedade Amigos de Tiradentes. Essa ocupação clandestina acarretava diversos problemas de segurança e constantemente ocorriam tiroteios bem ao sopé da Serra de São José. Acompanhamos todo o processo e intimados pela JUSTIÇA comparecemos e defendemos os interesses da SAT. Em decorrência da “REINTEGRAÇÃO DE POSSE”, sofremos diversas ameaças e por certo período circulamos pela serra somente em grupos, para evitar problemas de segurança.

Ocupação clandestina da área da Cachoeira do Bom Despacho, integrante do Terreno Maria Joana, de propriedade da SAT, Serra de São José, década de 1990. Fotografias: Luiz Cruz. 

Intimação judicial referente à Reintegração de Posse, de área da Cachoeira do Bom Despacho, proposta pela SAT, proprietária do Terreno Maria Joana, 2001. Arquivo: Luiz Cruz. 

Logo em seguida, a Prefeitura Municipal de Tiradentes, realizou intervenções no terreno, com a construção do muro de pedra seca, alargamento de tanque, com muro de contenção das margens, escadas e o desassoreamento do córrego. Os recursos foram oriundos do PNMA – Programa Nacional de Meio Ambiente em Núcleos Históricos, do antigo IBAMA, que teve início na década de 1980, na gestão do prefeito Mauro Barbosa e a execução na administração do prefeito Nilzio Barbosa.

Obra de construção do muro de pedra seca na Cachoeira do Bom Despacho,  com recursos do PNMA/IBAMA, execução Prefeitura de Tiradentes, década de 1990. Fotografia: Luiz Cruz.
Obra de desassoreamento e contenção das margens de tanque na  Cachoeira do Bom Despacho, Serra de São José, com recursos do PNMA/IBAMA,  execução Prefeitura de Tiradentes, década de 1990. Fotografia: Luiz Cruz.
Informativo Inconfidências, edição comemorativa do 20º Aniversário da SAT. Acervo: Luiz Cruz.

No ano de 2000, a SAT completou 20 anos de atividades desenvolvidas em prol de Tiradentes, seu patrimônio cultural e ambiental. Foi publicada edição especial de seu informativo Inconfidências, com a colaboração de sócios da entidade. Na programação, destacou-se a exposição de fotografias de Eros Conceição que registrou todos os imóveis contemplados pelas intervenções do Projeto de Obras Emergenciais da SAT e os aspectos paisagísticos da cidade. Atualmente esse registro veio a ser uma preciosidade, pois nos revela a precariedade da conservação do núcleo antigo de Tiradentes e sua acentuada transformação arquitetônica e urbanística.

Já em 2001, quando a SAT era presidida por Dalma Fernandes Ferreira, a instituição encaminhou solicitação de intervenção, quando a Estrada Antiga, no sopé da Serra de São José seria asfaltada. Após avaliação dos órgãos competentes, em especial DER/MG e IPHAN, o asfalto foi substituído por “calçamento de paralelepípedo”. 

Obra do calçamento da Estrada Velha, entre Tiradentes e Santa Cruz de Minas, com paralelepípedo, 2002. Fotografia: Luiz Cruz.

No final da década de 1990, a SAT e demais instituições de Tiradentes acompanharam e contribuíram para a elaboração do Zoneamento Ecológico-Econômico da Área de Proteção Ambiental (APA) São José, MG, elaborado por equipe técnica de primeira linha, com ampla participação das comunidades dos municípios que abrangem a Serra de São José. Foram realizadas audiências públicas para que todos os segmentos pudessem se manifestar e compreender as propostas do zoneamento. O projeto teve apoio financeiro da FNMA – Fundo Nacional de Meio Ambiente e execução da Fundação Alexander Brandt. Na audiência de entrega do “Zoneamento”, ocorrida na UFSJ, o representante do IEF/MG deixou a cópia sobre a mesa. Ou seja, o órgão estadual ignorou o expressivo investimento aplicado para a proteção e a ordenação das UCs da Serra de São José. 

Zoneamento Ecológico-Econômico da Área de Proteção Ambiental (APA) São José, MG. Construído pela Fundação Alexander Brandt, com o apoio financeiro do  FNMA, 2000. Cópia: acervo Luiz Cruz. 

Os trabalhos desenvolvidos pela SAT propiciaram a melhoria da qualidade de vida da comunidade, elevou a autoestima e o senso de pertencimento da população. Porém, com o incremento do turismo e a exposição da cidade na mídia, acabou por atrair a atenção de interessados em adquirir imóveis na cidade. Com isso, tivemos aspectos positivos e negativos, o conjunto arquitetônico acabou preservado, mas a população foi aos poucos para o entorno. Chegou a tal especulação imobiliária e os grandes investimentos, tudo a promover direta e indiretamente a processo de gentrificação – ou melhor, de esvaziamento do núcleo arquitetônico e urbanístico antigo de Tiradentes. Agora, no momento, ocorre outro tipo de gentrificação com a instalação dos condomínios fechados. Investimentos que se distanciam profundamente da realidade do lugar, a ocupar o entorno e comprometer a biodiversidade, os recursos hídricos, a mobilidade, a falta de estrutura para o saneamento e o tratamento dos resíduos. Com isso há crescimento, sem contemplar o desenvolvimento sustentável e saudável para a comunidade.

Borboleta registrada no Terreno Maria Joana, de propriedade da SAT, Serra de São José, Tiradentes. Fotografia: Luiz Cruz. 

No dia 10 de maio de 2023, quando fazíamos uma caminhada no Alto da Serra de São José, através de uma ligação telefônica, descobrimos que o Terreno Maria Joana iria a leilão judicial no dia 22 desse mês, a partir das 10h. Tal fato foi em decorrência de multa, por um incêndio criminoso no Terreno Maria Joana, através de BO efetuado pela Polícia Militar do Meio Ambiente de Minas Gerais.

Ao longo do tempo o IEF/MG negociou com a presidência da SAT, depois, sem conseguir notificar a presidência, o processo foi para a justiça e rolou à revelia. Todo os trâmites legais do processo, todos os nomes que os oficiais de justiça tiveram contatos, ficaram devidamente registrados lá, em suas 282 páginas.

Após o momento que soubemos da ocorrência do leilão judicial, procuramos a Prefeitura, tratamos do assunto com o prefeito Nilzio Barbosa e o secretário de governo Rogério de Almeida. Ocorreu então a desapropriação do Terreno Maria Joana e o leilão foi suspenso temporariamente. No Decreto N.º 4.218, de 18 de maio de 2023, que fez a desapropriação do Terreno Maria Joana, destinou-se o imóvel:

Art. 1º. Fica declarado de Utilidade Pública, para fins de desapropriação, amigável ou judicial, o imóvel abaixo discriminado, de propriedade Sociedade Amigos de Tiradentes:

I – Terreno rural com 9.68.00 hectares, Lugar denominado “Maria Joana”, s/n, Zona Rural Tiradentes MG. MARÍCULA 5443 CRI de São João del-Rei/MG, área da edificação não consta. DESCRIÇÃO: Trata-se de um terreno rural com 9.68.00 hectares de terra de campo, com as medidas e confrontações descritas na matrícula, conforme certidão de registro de imóvel, que passa a fazer parte do presente Decreto:

Art. 2º. A declaração de utilidade pública objetiva a desapropriação do imóvel referido no art. 1º para fins de implantação do Parque Arqueológico da Serra de São José.

Art. 3º. O imóvel desapropriado deverá ser avaliado na forma da Lei e as despesas decorrentes da desapropriação a que se refere o presente Decreto correrão à conta da dotação orçamentária constante do orçamento vigente.

Art. 4º. Este Decreto entre em vigor na data da sua publicação.

Tiradentes, 18 de maio de 2023.

Nilzio Barbosa

Prefeito Municipal

Portanto, com a desapropriação, o terreno teria destinação já assegurada.

Ao longo de duas décadas consecutivas a SAT teve diretorias muito atuantes e que contribuíram sobremaneira para a proteção do patrimônio cultural e ambiental de Tiradentes.

 1ª Diretoria – 1980Presidente: John ParsonsVice-Presidente: João Evangelista Lourenço e Manoel Batista Morais
 2ª Diretoria – 1984Presidente: John ParsonsVice-Presidente: Joaquim Ramalho Filho
 3ª Diretoria – 1989Presidente: John ParsonsVice-Presidente: Alberto José dos Santos
 4ª Diretoria – 1992Presidente: Olinto Rodrigues dos Santos FilhoVice-Presidente: Jânio Caetano de Abreu
 5ª Diretoria – 1997Presidentes: Luiz CruzVice-Presidente: Lucy Gonçalves Fontes Hargreaves
 6ª Diretoria – 1999Presidente: Dalma Fernandes FerreiraVice-Presidente: John Parsons
 7ª Diretoria – 2004Presidente: Gustavo DiasVice-Presidente: John Parsons

Com o passar do tempo, a SAT conquistou muitos associados colaboradores, tanto tiradentinos quanto admiradores da cidade; não há como deixar de se registrar a importância do casal John Parsons e Anna Maria Parsons, de Ângelo Oswaldo Araújo, José Luiz Alqueres, Celso Nucci Filho, Maria Coleta de Oliveira,   Cláudio de Moura e Castro, Margarida Ramos, Sibila Müllet, Joaquim Falcão, Silvia Finguerut, Paulo André Rohmann, Eros Roberto Grau, Lucy Gonçalves Fontes Hargreaves, Arlindo Daibert, Yves Alves, Dalma Fernandes Ferreira, José Carlos Barbosa de Oliveira, José Nacif, José Pedro de Oliveira (SOS Mata Atlântica), Jânio Caetano de Abreu, Luiz Carlos Barbosa, Eros Conceição e tantos outros. Alguns dos associados cumpriram suas missões e partiram para a eternidade, outros ainda vivem e continuam a colaborar com Tiradentes e suas demandas para a salvaguarda do patrimônio.

A SAT desenvolveu projetos PIONEIROS e deixou pegadas positivas. A última diretoria, não convocou AGO – Assembleia Geral Ordinária e nem AGE – Assembleia Geral Extraordinária; segundo os seus “Estatutos”, para ocorrer eleição, a presidência deve convocar as assembleias, eleger nova diretoria e empossar. A SAT não foi extinta, para tal também deveria ocorrer em AGO ou AGE. A SAT não poderia desfazer de seu patrimônio sem seguir as determinações estatutárias. Seu endereço continua sendo Rua da Câmara, 124, Sobrado Ramalho, Centro, Tiradentes-MG.

Anúncio do Leilão Judicial do Terreno Maria Joana, de propriedade da SAT, na Serra de São José, 10 de maio de 2023. Fotografia: Luiz Cruz.

Após grande mobilização da sociedade e da imprensa, o prefeito Nilzio Barbosa, o secretário Rogério de Almeida e Douglas Veloso, estiveram em reunião na Secretaria de Estado do Meio Ambiente, com a secretária Marília Carvalho de Melo e a diretora do IEF/MG, Maria Amélia de Coni de Moura Mattos Lins. Decidiu-se pela “adjudicação”, ou seja, a extinção da multa, mas a propriedade acabou nas mãos do IEF/MG. O vasto terreno Maria Joana, o “coração” da Serra de São José, a troco de uma multa por um incêndio criminoso na propriedade da SAT, provocado pelos donos de cavalos que sempre soltaram os animais lá. Ou seja, o órgão estadual ficou com a propriedade, venceu a parada, pela bagatela de R$126.821,26.

Tiradentes que praticamente desfez de todos os seus terrenos, perdeu a oportunidade ímpar de assegurar uma área espetacular em tantos aspectos, para implantar projetos socioculturais e ambientais.

Então, só nos resta indagar:

– quem em Tiradentes confia no governo de Minas Gerais, que é devastador e pró-mineração?

– qual é a credibilidade que o IEF/MG construiu ao longo dos anos, aqui, desde a criação da APA São José, em 16/2/1990, do RVS da Libélulas em 5/11/2004 e do Mosaico de UCs, em 16/5/2007?

– terá alguém para acompanhar os próximos incêndios florestais, para que a Polícia Militar do Meio Ambiente/MG e o IEF/MG tenham o mesmo rigor que teve com sua parceira de projetos, a SAT?

– por que no leilão judicial uma mineradora poderia ter arrematado o Terreno Maria Joana pelo valor R$126.821,26, mas mesmo a SAT perdendo a titularidade da propriedade do imóvel e ao entrar a Prefeitura de Tiradentes na tentativa da salvaguarda da área o seu valor seria reajustado, com o valor da multa cheia, para acima de R$400.000,00? Este é senso de JUSTIÇA no Brasil?

– qual instituição estará disposta a fazer parceria com o IEF/MG que está mais para Joaquim Silvério dos Reis do que para Joaquim José da Silva Xavier?

Soltura de cavalos no Terreno Maria Joana, durante gravações da Rede Globo, em apoio à campanha “Salve o Mangue”, maio de 2023. Fotografia: Luiz Cruz.

No papel e para o Estado de Minas Gerais a Serra de São José está devidamente protegida, mas a realidade nos revela situação oposta. Pior, com as mineradoras de olho nesse tesouro vivo e assim que o movimento ambiental enfraquecer, farão novas demonstrações de seus interesses e de suas garras devastadoras.

O tal “Decreto de Desapropriação do Terreno Maria Joana”, publicado em 18 de maio de 2023, citado acima, caiu por terra.

Esse libelo poderia ter um desfecho mais favorável a Tiradentes. Conseguimos evitar que o Mangue caísse nas mãos de uma mineradora ou fosse transformado em mais um “resort”, mas perdemos a titularidade da propriedade. Aqui, então, precisamos registrar gratidão ao prefeito Nilzio Barbosa e ao Rogério de Almeida pelos esforços envidados e por terem abraçado a causa. Gratidão aos profissionais dos diversos meios de comunicação pelo apoio e também por tantos apreciadores que revelaram o encantamento pela Serra de São José.

Agora só nos resta aguardar e torcer para que o TOMBAMENTO FEDERAL pelo IPHAN se efetue. Ainda bem que, pelas eleições limpas e democráticas nos livramos do desgoverno, o inimigo número 1 do Meio Ambiente no Brasil.

Resistir é preciso!

No momento, com tanta comoção pelo risco da perda do Terreno do Mangue, por que não se convoca um AGO – Assembleia Geral Ordinária e se realiza a revitalização da SAT? Instituição tão necessária, principalmente nesses tempos em que a cidade de Tiradentes fica mais POBRE e perde seus elementos identitários e memoráveis, além de passar por processos distintos e severos de gentrificação?

Luiz Antonio da Cruz

FONTE LUIZ CRUZ TIRADENTES

Por que os homens traem mesmo amando?

Saiba se o amor tem alguma influência nessa situação

Uma das primeiras perguntas que uma pessoa que foi traída faz é: ele não me ama mais? Bom, a resposta para essa pergunta depende. Pode não parecer, mas muitos homens continuam amando suas parceiras, mesmo depois de as terem traído diversas vezes. Quer saber porque isso acontece? Então, faça a leitura deste texto na íntegra!

Qual dos dois lados para de amar primeiro depois da traição?

Depois de descobrir uma traição, muitas mulheres se sentem perdidas e machucadas. Com razão, já que uma das pessoas em que elas mais confiavam traiu sua confiança. Após o choque e a raiva iniciais, é normal que elas se afastem dessa pessoa e se desapaixonem, enquanto o homem, arrependido, continua amando a parceira. 

Contudo, também existe possibilidade de homens se desapaixonarem primeiro e buscarem outras pessoas ao trair a parceira. O uso de sites como o OnlyFans é bem comum entre aquelas pessoas que utilizam formas online de conhecer pessoas… Também é possível ser sugar daddy de pessoas interessadas em sites. 

O amor acaba quando há traição?

Não! Deixar de amar alguém não é um requisito para trair. Na verdade, a maioria dos traidores continua amando suas esposas e namoradas enquanto traem. Inclusive, isso explica porque eles não se separam antes de conhecer outras pessoas. 

Então, é possível afirmar que a traição não é sinônimo de falta de amor, mas sim, falta de respeito. 

Ao entrar em um relacionamento com uma pessoa, ambas as partes do casal se comprometem a serem fiéis um com o outro. Dessa maneira, quando alguém vai atrás de outras pessoas pelas costas do parceiro, isso é uma demonstração clara de falta de respeito e consideração.

Apesar de o traidor ainda continuar amando quem ele traiu, nem sempre esse amor faz bem. Portanto, é preciso ter muita cautela ao lidar com esse tipo de situação. É importante prezar sempre pelo amor próprio e não se deixar enganar por alguém que já quebrou a sua confiança uma vez.

PM promove campanha de natal – Doe um brinquedo e ganhe amor

Foi realizada nesse domingo, dia 11 de dezembro, a entrega dos brinquedos da Campanha de Natal “Doe um Brinquedo e Ganhe Amor” que aconteceu em parceria com a Clínica Hidrosolar e vários colaboradores voluntários. Foram feitas entregas nos Bairros Sion, São José, Moinhos, Rochedo e São João.
Foram distribuídas balas, doces, pipocas, pirulitos e mais de 350 brinquedos para crianças carentes que terão seu Natal mais feliz.
Contamos ainda com as ilustres participações do Papai Noel, Mamães Noel e o Daren nosso mascote do PROERD.
Aproveitamos para agradecer a todos que fizeram suas doações e contribuíram para a realização desse evento.

Mãe Lu: exemplo de amor ao próximo, generosidade, engajamento social; ela distribui dezenas de refeições aos carentes de Lafaiete

Além da alimentação, Mãe Lu leva o amor e distribui carinho/REPRODUÇÃO

Mãe Lu distribui diariamente dezenas de marmitex aos carentes/REPRODUÇÃO

Ela é um anjo que desceu do céu para espalhar alegria, fraternidade, caridade, generosidade e amor. Talvez todos estes adjetivos não sintetizem a fé e a solidariedade que movimentam a vida de Luciana Beatriz, mais conhecida por “Mãe Lu”.
Em silêncio, ela promove uma revolução do bem em Lafaiete e poucos conhecem. “Olha, eu não gosto de ficar divulgando o que faço”, observou quando foi contactada para uma entrevista. Após quebrar a resistência, ela se abriu para falar um pouco de sua vida e do seu grupo “A Missão”.
Com algumas restrições, já que a reportagem não encerra sua trajetória de promoção da caridade e de espalhar o bem com suas ações humanas e sociais.
Nossa jóia rara mora no Bairro Morro da Mina, é casada, mãe de três filhos. E a há mais de um ano, após aposentar-se, Mãe Lu, nome carinhoso dado pelos seus assistidos, resolveu assumir mais um desafio em sua vida: ela “adotou” ao menos uns 50 “filhos” espalhados pela cidade.
Juntamente com alguns voluntários, ela iniciou uma ação solidária distribuindo diariamente refeições. A maioria de seus assistidos se encontra na Praça Tiradentes e ao entorno da rodoviária.
Ao engajar na ação social, ela viu seu trabalho crescer e buscou apoio em comércios quando de 15 refeições saltou para mais de 35 pratos ao dia.
“O nosso trabalho vem aumentando e estamos buscando estrutura para atender a todos com muito amor e carinho. Eu amo o que faço”, sintetizou Mãe Lu.
Todas as refeições são feitas com muito zelo em sua própria residência, quando diariamente se revezam entre 2 a 5 pessoas. Contam com a fidelidade de parceiros que abraçaram a causa doando gêneros alimentícios e descartáveis (colheres e marmitex).
Juntamente com uma das voluntárias, Mãe Lu todos os dias, faça sol,faça chuva levama alimentação as mais diferentes pessoas em situação de drama social.
Pandemia
Mãe Lu ressaltou que não é só a pandemia que está massacrando o ser humano, e sim o descaso, a falta de amor ao próximo, a conscientização para com as necessidades do próximo. “A situação está precária, vivemos tempos em que a pobreza mostrou seu lado mais cruel, está tomando conta das ruas. Se eu pudesse ajudaria a todas as pessoas que precisam de carinho, alimentação e um lar”, assinalou. Para ela, a pandemia vai nos revelar o lado bom do ser humano em meio a tanto caos. “A solidariedade está movimentando e tocando as pessoas que estão deixando o individualismo e comodismo para agirem pelo bem comum. Todos nós podemos ajudar de alguma forma alguém que precisa”, contou.
As origens
Mãe Lu nasceu de uma família de classe média que foi morar em São Paulo para assim fazer a vida e trabalhar. De espírito movido pela generosidade, seus pais possuíam um abrigo e cuidavam de crianças abandonadas.
Tudo feito voluntariamente ao longo de mais de 30 anos. Contavam com o apoio de uma rede de voluntários e assim que as crianças atingiam a maioridade deixavam o abrigo para tocarem sua vida de forma independente e novos assistidos se revezavam no local.
Mãe Lu conta que tem aos menos 24 irmãos adotados, todos espalhados pelo Brasil e o exterior. “Sempre mantenho contato com eles. Desde cedo fui criada neste ambiente de amor ao próximo, de extrema dedicação e abnegação dos meus pais. Nasci e vivi presenciando diversas dificuldades de pessoas em situação de pobreza. O que me move é a caridade e o amor ao próximo”, assinalou.

 

Nota da redação: esta matéria foi uma sugestão de uma assídua internauta de nome Ana Paula. Ao ler diversas matérias das ações sociais de empresários e grupos em prol da fila dos beneficiário da Caixa. ele se tocou pelo trabalho de Mãe Lu. Pela conspiração do bem o texto foi postando hoje (10), quando se comemora o Dia das Mês.

E nossa guerreira Mãe Lu distribui suas refeições neste dia.

Caso Mateus Leroy: Padre José Maria se manifesta e diz que “devemos manter espírito caritativo, mas aperfeiçoar mecanismos para controle de campanhas sociais”

O padre José Maria, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Lafaiete, divulgou nota acerca da repercussão da prisão de Mateus Leroy, acusado de usar indevidamente o dinheiro destinado ao tratamento de saúde do próprio filho, o garato João Miguel.

Nota Oficial

A Paróquia Nossa Senhora da Conceição e a Rádio Queluz FM vêm manifestar publicamente seu total e irrestrito apoio às pessoas de bem, generosas e verdadeiramente altruístas, que procuram ajudar a quem precisa, sobretudo quando se trata de crianças, ou desvalidas pela sorte ou marcadas em sua tenra idade pelos problemas congênitos de saúde.

Padre José Maria manifesta frustração com o caso, mas conclama sociedade e não esmorecer espírito de solidariedade em prol do próximo /CORREIO DE MINAS

A sublime tarefa de fazer o bem e praticar a caridade não podem se submeter aos mecanismos mercantilistas e matemáticos de um mundo cada vez mais marcado pelo individualismo e pelo egoísmo.
Mesmo diante das frustrações, decepções e transtornos emocionais que afetam até mesmo as pessoas que ajudamos, reafirmamos nosso compromisso em nos manter em atitude de ajuda e colaboração, ainda que nossos recursos não sejam tão substanciosos.

Outrossim, é preciso melhorar nosso modo de ajudar e colaborar com todas as necessidades de pessoas ou carentes ou desvalidas, seja através de campanhas mais abrangentes ou doações, melhorando nossa administração caritativa, procurando nos resguardar de eventuais e graves dolos que possam decorrer de atitudes abusivas ou desequilibradas, até mesmo das pessoas para as quais direcionamos nossa colaboração.

O que fizemos em prol da Campanha de João Miguel, podemos e devemos fazer em favor de TODA E QUALQUER PESSOA, aperfeiçoando nossa participação e procurando os meios jurídicos e judiciais de nos precaver de quaisquer problemas ou atitudes suspeitas de quem quer que seja.
Deus nos dê a graça de continuar abrindo nosso coração, sempre, para ajudar quem precisa. Precisamos de amar os irmãos, como nos ensina o Evangelho deste 16º Domingo Tempo Comum, com as mãos de Marta e o coração de Maria.

Nosso reconhecimento público e fraterno ao trabalho e ao esforço de toda a equipe capitaneada por esta jovem despretensiosa e pessoa admirável, DE CORAÇÃO SENSÍVEL E PESSOA ABNEGADA, Fabiana de Paula, que empregou seu tempo e, em muitas ocasiões, seus próprios recursos, nestes tempos tão difíceis para todos nós, na organização e na expansão da campanha tão amplamente divulgada, atingindo cidades de toda a nossa região.

Apesar de um amargo sentimento de frustração que atinge a todos nós, reafirmamos nosso propósito de jamais nos desanimar diante do sofrimento e das necessidades dos outros, NÃO NOS DEIXANDO ESCRAVIZAR PELO APEGO AOS BENS MATERIAIS, fazendo tudo e tão somente aquilo que estiver ao nosso alcance.

Pe. José Maria Coelho da Silva, Pároco da Matriz e Diretor da Rádio Queluz FM.

Leia mais:

Pai de João Miguel é preso sob suspeita de desviar dinheiro de campanha do filho

Morre o jornalista Douglas Couto

Faleceu neste sábado (29) o jornalista Douglas Couto, 37 anos. Natural de Lafaiete, Douglas atuou em algumas das principais redações de Minas Gerais, como O Tempo, Hoje em Dia, Diário do Comércio e assessorias de comunicação. O jornalista morava em Mariana e morreu em decorrência de uma insuficiência renal e hepática no Hospital Lifecenter, em Belo Horizonte, onde estava internado desde 3 de junho.

Jornalista deixa um legado de profissionalismo, de amor à vida e às pessoas/REPRODUÇÃO

Atualmente trabalhava na Fundação Renova. Formado pela UNIPAC Lafaiete em janeiro de 2008, cidade na qual tinha também vínculos familiares, Douglas foi homenageado pela Universidade ao final do curso pelo exemplo e dedicação.

Uma das marcas do jornalista era exatamente o engajamento, profissionalismo e rede de parcerias que criou tanto pessoal quanto profissionalmente.

A paixão de Douglas Couto pelo jornalismo começou antes mesmo da faculdade. Desde a infância era aficionado pela informação. Foi um grande “embaixador” da Primaz das Minas Gerais. Carregava Mariana no coração por onde passava, conquistando a todos com sua empatia e espontaneidade. Entre os principais trabalhos de Douglas estão as coberturas dos principais fatos que marcaram e marcam as cidades históricas de Ouro Preto e Mariana. Foi um dos principais entrevistadores do Arcebispo de Mariana, Dom Luciano Mendes, até seu falecimento em 2006.

O CORREIO DE MINAS expressa condolências aos familiares e amigos de Douglas. Um ser humano que legou um grande exemplo de companheirismo, abnegação e amor às pessoas.

O velório acontece na Câmara Municipal de Mariana, a partir das 16h. O sepultamento vai ocorrer amanhã (30) às 8h, no distrito de Furquim.

 

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Amigos lembram o legado, o amor, a generosidade e os ideais libertários de José Odilon; sepultamento ocorre amanhã à tarde

“Quem passou pela vida em branca nuvem. E em plácido repouso adormeceu, Quem não sentiu o frio da desgraça. Quem passou pela vida e não sofreu. Foi espectro de homem, e não homem. Só passou pela vida, não viveu”.

 

Estes versos carregados de intensidade social e emoção expressam a passagem neste cosmos do ativista político, cultural, ambientalista, humanista e psicólogo José Odilon Rodrigues em sua trajetória humana de 69 anos em que percorreu os abismos, as contradições, desigualdades, as finitudes  e alegrias humanas.

Insatisfeito, corajoso, persistente, engajado, combatente, Zé Odilon, descendente direto do Conselheiro Lafaiete, que empresta o nome a cidade, deixa um legado de superação de que é possível pensar um mundo melhor no qual generosidade e a doação são atributos transformadores da humanidade.  “Ele deixou um legado de amor e até a sua morte ele nos uniu em torno dele”, assinalou Rogério Goulart, amigo pessoal. Mais que a dor, Rogerinho lembra o recado deixado por seu amigo. “O mundo perdeu a humanidade e generosidade que encontramos em José Odilon. Sujeito acima da média, poeta e voltado às causas sociais. Ele deixa um legado de amor ao próximo”, afirmou. Nestes 60 dias, Rogerinho trabalhou incansavelmente nas buscas.

O ex vereador e amigo pessoal, Ricardo Aleixo, o “bijinho” conta passagens de Odilon nas décadas de 60 e 70 quando participaram da fundação do lendário grupo lafaietense “Queluz de Minas”. “Hippie, Odilon era idealista e lutava pelas causas coletivas e deixa uma mensagem de amor ao próximo. Militante de esquerda, desenvolveu projetos sociais nas cidades de Três Marias com os pescadores, e trabalhou na gestão do ex prefeito de Belo Horizonte na gestão do prefeito Célio e Castro. Era uma pessoa que não se acomodava”, assinalou.

O poeta Osmir Camilo, rememora a lucidez, a inquietude e o espírito coletivo de José Odilon em seu protagonismo cultural e ambiental, sem deixar de ressaltar os valores pessoais de alto quilate. “Era uma pessoa honrada, honesta e fora do comum. Tinha um coração  aberto. Uma pessoa doada. Era um paizão de uma sensibilidade acima da média”, ressaltou.

Osmir e Odilon são fundadores do Partido Verde em 1996 e criaram a ONG( Liga Ecológica Santa Matilde (Lesma). “Ele era amigo pessoal do Manuelzão, célebre personagem de Guimarães Rosa no livro Sagarana”, contou. “Mais que retórica, era uma pessoa engajada em todas as dimensões sejam como profissional, ser humano e pai de família”.

Mais que amigo

O caricaturista lafaietense, Jorge Inácio, hoje radicado em Jacareípe (ES) contou os anos que conviveram na infância em Lafaiete e adolescência na Capital Mineira na década de 70, anos de chumbo do regime militar. “A gente era mais que amigo. Vivíamos e viajamos muito de carona. Era um irmão. Um ser humano de alta grandeza”, assinalou, lembrando os ideais libertários do colega.

Velório e sepultamento

O corpo de José Odilon Rodrigues será velado entre 15 às 16 horas, no Cemitério Jardim, amanhã, dia 9, no cemitério Éden em Lafaiete.

Anjos de Patas: Exemplo de solidariedade e compaixão!

 

Comércio local em Congonhas dá exemplo de solidariedade e compaixão aos animais abandonados. Deixando-os à vontade a entrarem na loja.

 

Deixe você também!

 

Adoções

 

Auspedagem domiciliar Soninha Santiago
Amor e respeito aos animais

 

ONG APARC – Congonhas!
Seja um voluntário! Um colaborador!

Siga o instagram da ONG: @aparcongonhasmg

Rifa ONG APARC – sorteio 20/04

 

Feira de adoção ONG APARC – Congonhas

 

Os Babá Cão – Especialista em comportamento animal

 

 Sempre que puder ajude um animal abandonado!

Dica de português!

 

Espaço Cultura!

Com Cláudia Guimarães, escritora.

 

Os pilares da terra, Ken Follett.

Um mergulho na Inglaterra do século XII através da saga da construção de uma catedral gótica. Emocionante, complexo, pontilhado de coloridos detalhes históricos, Os Pilares da terra, de Ken Follett, é um clássico que traça o painel de um tempo conturbado, varrido por conspirações, intrincados jogos de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural. O livro, que há mais de 20 anos conquista novos leitores e já vendeu mais de 18 milhões de exemplares em 30 idiomas.

Você encontra para empréstimo na biblioteca Casa de Guimarães.

Contatos pelo Facebook: https://www.facebook.com/Casa-de-Guimar%C3%A3es-580855678727390/

 

Por: Ully Danielly

 

 

Anjos de Patas: Casal viaja o mundo alimentando cães abandonados!

Hoje compartilhando esse artigo incrível de um casal que viaja o mundo alimentando cães abandonados.

Os paulistas Sérgio Medeiros e Eleni Alvejan, ele nascido em 1973 em São Caetano do Sul, apaixonado por comida, dirigir pra ele é uma terapia, ela nascida em 1972 em São Bernardo do Campo, apaixonada por gastronomia, fotografia e animais, estão conhecendo o mundo e alimentando cães abandonados desde 2015.

 

“Juntos desde 1994, já passamos poucas e boas juntos. A felicidade sempre esteve dentro de nós, o tamanho do seu sorriso define como você quer que seja seu dia, viver, aprender, ajudar, sem julgar, agradecer e não fugir dos medos, saber enfrentar, isso é o que nos motiva. Olhar para frente e para cima, buscar o que não se pode ver, estar disposto a estender a mão, porque um dia você oferece mas vai chegar o dia que você vai ter que saber receber. Nossa única missão aqui é ser feliz”, contam no site do projeto “Mundo cão”.

 Projeto “Mundo cão”

 

“Em 2013 compramos nossa Land Rover Defender, agregamos um trabalho voluntário com animais de rua que tínhamos desde alguns anos e nossa primeira expedição foi pela Patagônia, num mês de férias de nossas vidas comuns. Depois disso nada mais foi igual, todo sentido mudou, saímos para o mundo, a princípio com data de retorno, coisa que hoje já não temos mais e  transformamos uma viagem em estilo de vida; Desde fevereiro de 2015 estamos no mundão, buscando experiências, vivendo sem rotina, fazendo muitos amigos, vivendo com muito menos, mas muito mais felizes. Venham conhecer nossa história e viajar com a gente”.

 

A ideia

 

 Durante sete anos,  tivemos a grande alegria de prestar assistência voluntária aos moradores de rua do ABC Paulista, região onde nascemos e vivemos em São Paulo, numa pequena ação entre amigos levávamos roupas, cobertores, lanches e café com leite todas as manhãs de domingo,  a maioria destas pessoas tinham consigo seu companheiro de luta, começamos alimentar esse animaizinhos também, assim surgiu o  “PROJETO MUNDO CÃO”.  Essa ação segue até hoje com os pais do Sérgio em SP.

 

“A ideia de uma mudança de vida e cair na estrada veio durante este período, tínhamos empregos convencionais, uma vida estável, mas buscávamos um estilo de vida mais leve, queríamos viajar… Com muito esforço compramos nossa “Mundrunga”, fizemos as primeiras adaptações e caímos na estrada para uma experiência de  30 dias de viagem.

Foram 15.000 quilômetros pelo Brasil, Argentina e Chile, saímos de São Paulo em 21 de dezembro de 2013 e retornamos em 21 de janeiro de 2014,  junto com nossas roupas, panelas e máquinas fotográficas levamos um enorme saco de ração.  Nosso projeto começava tomar forma, alimentamos muitos cachorros durante este trajeto e voltamos felizes com a certeza que era isso que buscávamos para nossas vidas”.

Cães são os melhores amigos do homem, os homens nem sempre são amigos dos cães, conheça nosso projeto social; Viajamos alimentando animais abandonados e fazendo trabalhos voluntários em abrigos.

Dedicamos toda essa aventura a alguns anjos que temos no céu, um deles nos ensinou muito sobre a pureza e a evolução dos animais e com o olhar mais puro do que nunca nos deixou numa manhã ensolarada após 16 anos de amor e companheirismo.

Veja mais sobre esse projeto sensacional: http://projetomundocao.com.br/site/

Fontes: Projeto mundo cão e Mochileiros.com.

 

 

Adoções 

 

 

Auspedagem domiciliar Soninha Santiago
Amor e respeito aos animais

 

ONG APARC – Congonhas! 

Seja um voluntário! Um colaborador!

Siga o instagram da ONG: @aparcongonhasmg

 

Rifa ONG APARC

 

Feira de adoção ONG APARC – Congonhas

 

  

Os Babá Cão – Especialista em comportamento animal

 

 Sempre que puder ajude um animal abandonado!

Dica de português!

 

 

Espaço Cultura!

Com Cláudia Guimarães, escritora.

 

Tremendo de coragem, Sérgio Klein

Esta história não começa com era uma vez, mas bem que poderia ser assim. Era uma vez Biel e sua turma, que viviam recebendo aviõezinhos de papel com mensagens terroristas e morriam de medo de apanhar depois da aula. De quem? A turma rival era de peso: além do chefe, conhecido como Bola, e sua temível barriga, havia os gêmeos amestrados, com jeito e apelido de pit bull. No meio da briga aparece um esqueleto que some do laboratório da escola para virar ator de teatro. E tem também um avô viajante e mágico, um professor que transforma a aula em espetáculo e uma bicicleta meio tímida mas que adora filosofar…

Você encontra para empréstimo na biblioteca Casa de Guimarães.

Contatos pelo Facebook: https://www.facebook.com/Casa-de-Guimar%C3%A3es-580855678727390/

Por: Ully Danielly

 

 

 

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