Prefeito de Ouro Preto presta homenagem à cantora Dona Jandira

O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, prestou uma homenagem em vídeo para cantora Dona Jandira que ficou emocionada e grata. Quando Angelo Oswaldo era secretário de cultura do Estado, ele participou de um movimento que possibilitou a ida de Dona Jandira para se apresentar em terras lusitanas. Na última sexta-feira (15), a cantora foi homenageada no Sesc Palladium, em Belo Horizonte. Em novembro, Dona Jandira também recebeu um tributo no Memorial Vale, na praça da Liberdade.

Moradora de Ouro Preto, a estudante de Letras da UFOP Luciane Yamamoto considera importante reverenciar a representatividade de Dona Jandira. “Pensar que o corpo de uma mulher preta canta e encanta, reflete o meu corpo preto também. Conheço a Dona Jandira do Maletta, um lugar que sente orgulho dessa cantora maravilhosa”, argumenta Luciane.

Para o renomado diretor de teatro Maurílio Romão, Dona Jandira traduz o estado de espírito mineiro que canta sempre por liberdade. “Ela tem um apelo cênico e poético muito potente. A primeira vez que ouvi Dona Jandira cantar, fiquei parado para contemplar. Ela emergiu como uma diva, como uma artista bem colocada”, analisa Romão que é graduado em direção teatral pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

De acordo com o prefeito de Ouro Preto, a cantora é uma legítima representante do que há de melhor nas raízes musicais brasileiras. “Dona Jandira é a voz que vem da alma do Brasil. Essa grande cantora, radicada em Minas Gerais, se transformou em uma das grandes vozes que evocam toda cultura popular brasileira. Por isso, quando secretário de cultura do Estado, participei de um movimento que a levou a Portugal como uma legítima representante do que há de melhor nas nossas raízes musicais. E agora ela continua sendo homenageada. Uma presença importante no cenário musical mineiro. Nosso aplauso à querida Dona Jandira”, relata Angelo.

Prestes a comemorar 85 anos, a cantora ficou emocionada com a homenagem do prefeito de Ouro Preto. “Angelo Oswaldo faz parte do avanço das políticas culturais no Brasil. É um grande gestor e um defensor da arte e do patrimônio cultural brasileiro. Ele ajudou muitos artistas.  Se não fosse o empenho dele, não teria como ir a Portugal levar um pouco de nossa música. Fiquei muito agradecida e emocionada com as palavras e as ações do Angelo”, desabafa Dona Jandira.

Reportagem: Éverlan Stutz

Vídeo: Relato do prefeito de Ouro Preto Angelo Oswaldo 

Foto: Dona Jandira na homenagem BH é Bamba

Dona Jandira vai ser homenageada no Sesc Palladium

O show, em homenagem à Dona Jandira, será no teatro Sesc Palladium, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, 15 de dezembro, às 20h

Dona de uma voz singular e impregnada de emoção, a cantora e violonista Dona Jandira emana gratidão diante das homenagens que tem recebido. Nascida em Maceió, a artista se consagrou nos palcos mineiros, aos 64 anos. No ano passado Dona Jandira organizou uma exposição no Centro Cultural da UFMG para comemorar os 20 anos de sua trajetória profissional, interpretando obras de expressivos compositores do cenário musical brasileiro, como Noel Rosa, Mario Lago, Tom Jobim, Paulinho da Viola, Lupicínio Rodrigues e Chico Buarque. Mas Dona Jandira não se limita a cantar apenas compositores consagrados. Desde a década de 1990, quando morava no charmoso distrito de Itatiaia, em Ouro Branco, a cantora deu voz a novos compositores. Dona Jandira criou o projeto Encontro de Compositores, com o objetivo de promover a integração de compositores e intérpretes, propiciando o crescimento dos valores artísticos e a descoberta de novos talentos.

E para agradecer a generosidade de Dona Jandira, o cantor e compositor Moisés Pescador vai celebrar a vida da intérprete por meio do projeto “Salve o Compositor”, no teatro de bolso do Sesc Palladium, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, 15 de dezembro, às 20h. Dona Jandira foi a responsável por incentivar Moisés a subir em um palco, pela primeira vez, na capital. “Ela foi sempre a maior incentivadora de minha carreira. Dona Jandira representa a minha base. Ela revela a reconexão com nossa ancestralidade africana e traz a cultura popular no querer ajudar, na doação”, explica Moisés.

Outro compositor que também é grato pelas oportunidades proporcionadas pela cantora é Clever Bambú. Morador de Ouro Branco, Bambú teve sua música “Boletim de artista” gravada no primeiro CD de Dona Jandira. Ele também dividiu o palco com a artista na gravação do DVD “Dona Jandira ao Vivo”. O DVD contou com participações de Luiz Melodia, Paulinho Pedra Azul, Sergio Moreira e Marco Lobo. “Dona Jandira, além de uma grande intérprete, tem um coração abençoado e generoso. É uma cantora que todo compositor gostaria de ter uma música cantada por ela”, relata Bambú

O médico, cantor e compositor Alvair Sampaio, de Conselheiro Lafaiete, participou do Encontro de Compositores e cantou com Dona Jandira no programa “Terra de Minas” a canção “Samba em prelúdio”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes. “Dona Jandira é uma excelente cantora. Ela brinca com a divisão da música. Essa facilidade de alterar essas divisões traz uma pegada do jazz nas interpretações dela”, analisa Sampaio.   

Em novembro, Dona Jandira foi homenageada no Memorial Vale, na praça da Liberdade.  De acordo com a curadora do Memorial Mulheres Juliana Nogueira, o convite foi feito para que a cantora realizasse o show dela e também para reverenciar uma mulher negra e a representatividade da artista na cena musical de Minas Gerais. “Dona Jandira é uma cantora espetacular. É uma rainha que ocupa o lugar de destaque onde as mulheres devem estar”, argumenta Juliana. 

A professora aposentada Vera Fonseca conhece Dona Jandira há nove anos e reconhece o bom humor da cantora. “Na intimidade, ela é Dona Menina, de sorriso largo. Dona Jandira gosta de brincar, mas sabe enfrentar e resolver as adversidades da vida com maestria”, destaca Vera.

Dona Jandira gravou o CD “Afinidades”, em parceria com o renomado pianista, compositor e arranjador Túlio Mourão. Prestes a completar 85 anos, a cantora fica muito emocionada com as homenagens. “Não tenho palavras para agradecer. Mesmo com poucos recursos, consegui ajudar muitas pessoas com o dom que Deus me concedeu. É um agradecimento eterno. Agradeço a todos os compositores que me deram a oportunidade de interpretar letras belíssimas e melodias que suavizam a lida cotidiana”.

SERVIÇO:

Evento: Salve o Compositor 

Pauta: Moisés Pescador Celebra a Vida de Dona Jandira

Data: 15 dezembro de 2023

Horário: 20h

Local: Sesc Palladium 

Endereço: Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro, Belo Horizonte

Ingressos disponíveis no Sympla. ️

https://bileto.sympla.com.br/event/88776

Reportagem: Éverlan Stutz

Fotos/Créditos:

Moisés Pescador pede benção à Dona Jandira

Moisés Pescador e Dona Jandira celebram a música

Fotos: Marcela Dutra

Fotos/Créditos:

A curadora Juliana Nogueira e Dona Jandira no Memorial da Vale

A secretária de cultura de BH Eliane Parreiras e Dona Jandira  

Fotos: Júnia Garrido

Dona Jandira presta homenagem às mulheres na Globo Minas

 A cantora Dona Jandira foi convidada para prestar uma homenagem em uma série de depoimentos com mulheres inspiradoras na Semana Internacional da Mulher. O vídeo com o depoimento de Dona Jandira foi veiculado nesta  segunda-feira, 6 de março, na Globo Minas. O depoimento da cantora será reprisado na programação da emissora, no horário de 6h às 9h30min, no Bom Dia Minas. 

No vídeo, Dona Jandira fala que teve que adiar o sonho de ser cantora por causa dos preconceitos da época. A cantora e violonista iniciou sua carreira profissional como intérprete aos 64 anos, quando morava em Itatiaia, distrito de Ouro Branco. “Meu nome é Jandira Célia. Tenho atualmente 84 anos. Sou cantora, professora aposentada, mulher negra e nordestina. Mulheres, não desistam de seus sonhos. Ser mulher é ser resistente”. 

Reportagem: Éverlan Stutz 

Fotos: Michele Marise 

Dona Jandira é homenageada em Maceió em encontro de personalidades da música

A homenagem faz parte da celebração dos 111 anos do Teatro Deodoro, localizado na capital alagoana. Uma placa foi colocada no local em homenagem às cantoras que fizeram história em palcos brasileiros

Nascida em Maceió em 24 de dezembro de 1938, a cantora e violonista Dona Jandira retornou às origens no último domingo, 21 de novembro, com o show O Tempo não Destrói os Talentos, Aperfeiçoa! A presença de Dona Jandira marcou a primeira apresentação dela em palcos alagoanos após uma carreira consagrada em Minas Gerais. A cantora morou em Itatiaia, distrito de Ouro Branco, e despontou no cenário musical mineiro após os sessenta anos. O show contou com a participação de alagoanas ilustres como Wilma Miranda, Leureny Barbosa e Selma Britto.

A iniciativa faz parte da celebração dos 111 anos do Teatro Deodoro. No início do século XX, Maceió avançava significativamente em sua arte e cultura ao receber o teatro que se tornaria um dos mais importantes do Brasil: o Deodoro. Localizado no centro da capital alagoana, o prédio chama a atenção por sua beleza, imponência, grandiosidade e representatividade artística, cultural, histórica e arquitetônica. “Fiquei altamente emocionada e lisonjeada no palco de minha terra natal, no Teatro Deodoro, onde grandes artistas se apresentaram, fiquei sem palavras para agradecer”, relata a cantora. O músico e produtor José Dias Guimarães acompanhou e deu suporte à homenagem prestada em Alagoas à Dona Jandira.

Natural de Conselheiro Lafaiete, a professora aposentada Karminha Primo acompanha o trabalho de Dona Jandira e considera a artista uma diva da MPB. “Gosto da forma como ela canta. Dona Jandira é fantástica, uma senhora simples, de um valor artístico imensurável, uma guerreira. Ela merece todas as homenagens”, explica Karminha.

Nascido e criado no aglomerado da Serra, o compositor e estudante universitário Lico Vieira diz que Dona Jandira expressa a cultura negra de resistência. “É uma pessoa especial, uma artista brilhante que interpreta a força da nossa música, da nossa gente”.

Confira o show O Tempo não Destrói os Talentos, Aperfeiçoa no link: O tempo não destrói os talentos… Aperfeiçoa!

Solidariedade, resistência e engajamento: Dona Jandira faz apresentação e emociona o público em BH

De Itatiaia, em Ouro Branco, dona de uma voz poderosa e singular, a cantora encontra tempo e disposição para contribuir em causas sociais e cedeu o cachê para ajudar nas atividades da Fio de Luz, uma organização não-governamental que fabrica perucas para doação a pacientes em tratamento de câncer


Aos 82 anos, a cantora e violonista Dona Jandira encontra forças para lutar em tempos pandêmicos e mostra o melhor de sua arte, permeada pela vontade de resistir a uma crise sanitária que afetou diretamente a classe artística.  Cidadã honorária de Belo Horizonte, cidade que a acolheu desde que despontou como um nome expressivo do samba mineiro, Dona Jandira cantou e encantou o público na apresentação realizada na última quinta-feira, 7 de outubro, no espaço Cantin Noir. A cantora morou no distrito de Itatiaia, em Ouro Branco, e é uma das fundadoras da Associação Cultural Os Bem-te-vis. Protagonista de sua história, com uma voz poderosa e singular, a cantora encontra tempo e disposição para contribuir em causas sociais. Dona Jandira cedeu o cachê para ajudar nas atividades da Fio de Luz, uma organização não-governamental que fabrica perucas para doação a pacientes em tratamento de câncer.

Para o presidente da Fio de Luz, Edimilson Marques, a disponibilidade de artistas como Dona Jandira faz a diferença. “Ela conheceu nosso trabalho e quis nos ajudar, o nome disso é amor, amor ao próximo e respeito a dor das pessoas que sofrem com os danos causados pelo câncer”, relata Marques.  A produção ficou a cargo da Esperanza Tour e Eventos, uma empresa que desenvolve projetos sociais em Belo Horizonte e em outros municípios mineiros. De acordo com diretor da empresa Marco Haddad, o engajamento de Dona Jandira contribui para ampliar a visibilidade da campanha Outubro Rosa. “Promover o diálogo e a conscientização pela música é essencial no contexto que estamos vivenciando. As experiências vividas em momentos de lazer possuem uma grande aproximação entre as pessoas”, explica Marco.    

O turismólogo e ferroviário aposentado Eduardo Alves acompanha o trabalho de Dona Jandira há seis anos e, desde então, tornou-se fã e amigo da artista. “Ela tem uma voz particular, me lembra as cantoras do rádio. Fui em Itatiaia conhecer o trabalho social dela e fiquei emocionado. Mesmo com toda dificuldade enfrentada pelos artistas na pandemia, ela fez a doação do cachê para uma causa social nobre”, diz Eduardo.  

O produtor cultural e jornalista Júlio Anastácio conheceu Dona Jandira cantando na noite da capital e destaca a representatividade da cantora. “Ela conquistou os artistas das montanhas, dividindo o palco com muitos deles. Dona Jandira é uma figura marcante, uma mulher negra, nordestina, que foi consagrada depois dos sessenta anos e continua firme em seu propósito artístico”, argumenta Anastácio.

Dona Jandira destacou a importância da contribuição de todos com a campanha Outubro Rosa. “Temos que resistir à realidade atual que anda muito conturbada. Colaboro com trabalhos sociais há muito tempo e, neste momento, a solidariedade passa a ser essencial. Agradeço aos músicos que me acompanham e ao público pelo carinho e receptividade”.    

Fotos: Michele Mavise

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