Projeto desenvolvido por promotores cria uma rede de entidade para atender famílias atingidas pela pandemia

O Ministério Público de Lafaiete, através dos Promotores de Justiça da família, Edgard Augusto Alves Santos e Aléssia Alves de Alvarenga Santa Bárbara, desde o ano de 2017, desenvolvem o  Projeto “Família  Presente”. Ele possui o objetivo originário de empoderamento, conscientização dos núcleos familiares para que reconheçam suas responsabilidades e exerçam com autonomia e liberdade suas escolhas, na busca de uma sociedade mais justa. Tal trabalho, predominantemente feito nas escolas, materializava-se com reuniões com diretores, professores, alunos e pais/responsáveis.

Ministério público de Lafaiete engaja na formação de uma rede de assistência social / DIVULGAÇÃO

No decurso desse projeto, no ano de 2019 foi verificada a necessidade de que alguns núcleos familiares em situação vulnerável fossem atendidos de uma forma específica, pelo qual foi criada uma rede formada pelo Ministério Público, entidades da sociedade civil e poder público.

Assim, ante a Pandemia COVID-19, os Promotores de Justiça entenderam por bem acionar essa rede já formada, buscando ainda agregar novos parceiros, para a construção de uma atuação  conjunta coordenada,  cooperativa, no auxílio às famílias  de demais necessitados em situação de vulnerabilidade, por meio de duas frentes: fornecimento de meios de subsistência e higiene para as famílias e disseminação de informações de natureza educativa acerca das medidas de higiene e isolamento.

Quem compõe a rede?

Os órgãos compõem essa rede são os Promotores de Justiça da Família, os órgãos públicos afins e entidades da sociedade civil que apoiam famílias e outros indivíduos em situação de desestruturação e vulnerabilidade social.

As redes de apoio estão sendo construídas e nosso objetivo é agregar todos os órgãos e entidades que atuem em prol dos necessitados, o que vai ocorrer de forma progressiva.

Atualmente já integram a rede, além do Ministério Público:  Secretaria Municipal de Assistência Social, Polícia Militar, Central da Solidariedade, Fraternidade Feminina Estrela de Queluz, Movimento Familiar Cristão, Só Amor, Centro Adolescente Ativo, Conselho Tutelar, Famocol, Polícia Civil, Poder Judiciário (CEJUSC), Defensoria Pública, Rede Solidária, Câmara de Vereadores, Secretaria de Assistência Social, Conselho Central Imaculada Conceição (Vicentinos), Conselho Sagrado Coração de Jesus (Vicentinos), Grupo Espírita André Luiz, Lions Clube Lafaiete Centro, Lions Clube Alvorada, Paróquia N. Sra. da Conceição e Rádio Queluz, Paróquia São João, Clube do Bem,  Loja Maçônica Fraternidade  Lafaietense, Bazar do Bem, Mãos Ajudadoras, Viralize Amor, Igreja Presbiteriana Betel, Fraternidade Feminina Loja Maçônica Fraternidade Lafaietense, Matemática e Solidariedade, Obra Santa Filomena, Voluntários Anônimos, Associação Rompendo em Fé,  dentre outros.

Noticiamos que a rede para a atuação emergência está ainda sendo formada  e vários colaboradores vão ainda ser agregados, estando ainda em andamento  esse processo. As entidades e órgãos que ainda não integram a rede e que se identifiquem com a proposta estão convidadas a integra-las, pelo que reconhecemos e honramos o grandioso trabalho de todos, mesmo os não mencionados, demonstrando a grande generosidade e amor ao próximo da comunidade lafaietense.

Quais os fundamentos do trabalho da rede?

Foram estabelecidas algumas diretrizes para a atuação, dentre estas: ação cooperativa, colaborativa e participativa; o Ministério Público atuará apenas como intermediário, agregador e fomentador da rede, não recebendo doações ou as distribuindo, o que ficará a cargo das entidades parceiras, órgãos públicos e voluntários; respeito absoluto entre os participantes,  e à forma de atuação de cada um;  impessoalidade e apartidarismo; manutenção da autonomia de cada entidade para trabalhar na  sua comunidade, com seus grupos, plataformas e outras formas de ação;  será  procedida ainda à conscientização da comunidade, doadores e beneficiários do grande valor da ajuda arrecadada/recebida, pelo que orientamos a todos os envolvidos quanto à responsabilidade em manter a prestação de contas e de  que a fiscalização do emprego das doações ficará a cargo de cada doador e das entidades.

Muitas pessoas estão necessitando de doações. Assim a rede irá dividir informações, compartilhar experiências, cooperar em ações, para que todos os necessitados possam ser assistidos e sejam evitadas doações em duplicidade.

As doações poderão ser dirigidas  diretamente às entidades componentes da rede, da confiança do doador, ou diretamente à rede, neste caso,  sem qualquer arrecadação de dinheiro, sendo entretanto mantido o direito de cada entidade, individualmente, fazê-lo.

A rede irá conectar, agregar todos os que já estão trabalhando.

Há outros objetivos da rede além da doação de alimentos e produtos de higiene?

Ao lado da assistência material, a rede também objetiva a disseminação de informações acerca dos cuidados necessários nesse período de pandemia.  A urgência da situação vivida pelas famílias exigiu que a ação tivesse início em caráter experimental, tendo o objetivo de ser aprimorada, para que vá além desta ação emergencial.

Além do mais, tem a rede o objetivo que vai além da doação mas um a eficaz promoção social. Pretende a rede fomentar essa conexão a fim de que  a assistência prestadas pelos grupos e órgãos vá além da necessidade imediata  e possa capacitar aquela família na resolução de seus problemas, por exemplo com capacitação profissional, ajuda psicológica,  assistência jurídica, encaminhamentos a serviços públicos,   e outros. E esse compartilhamento de ações acredita-se possa proporcionar essa ação qualificada.

Quais os meios de contato  da rede? Como um doador ou alguém que necessite pode acionar a rede?

Entidades e órgãos públicos,  que se interessarem em participar da rede podem solicitar esse ingresso.

Também doadores que se dispuserem a colaborar com a Rede Família são muito bem vindos. As pessoas podem contribuir acionando as entidades participantes ou entregando suas doações diretamente a Rede da Familia, no quartel da PMMG, que as repassará às entidades, de forma organizada e coordenada.

Nossos contatos:

  • Instagram e facebook  da Rede Familia ( Redefamiliaclmp )

Temos ainda pelo instagram  os  sites de cada uma das entidades participantes e respectivos telefones.

A Rede Família conta ainda com  números dos  celulares de plantão, que são: 98597 9192; 98359 9734 e 97183 6558.

  • Telefone do Ministério Público, 3763 80 88, segunda a sexta, 12 as 18 horas, só informar que quer falar sobre a rede ou pelo e-mail: pjclafaiete@mpmg.mp.br.
  • Para os pedidos de doações de cestas da Rede Família, precisamos seja informado o nome completo do necessitado, seu endereço completo, CPF  e outros dados que possam possibilitar  o cadastramento dessa família e inclusive permitir uma melhor assistência, seguindo no anexo o formulário que pode ser retirado no Ministério Público ou apenas respondidas as indagações.

Grupo já reúne mais de 50 costureiras voluntárias e já distribuiu mais 15 mil máscaras as entidades, hospitais em Lafaiete e região

Quando a solidariedade, ação social, engajamento e protagonismo falam mais alto. Ainda no mês de março, tão logo iniciadas as ações de combate ao covid 19 em Lafaiete, o bloco carnavalesco Burrinho na Sombra, liderados pelo casal Lília e Neco, iniciou um agrupamento de pessoas, na sua maioria mulheres, para confeccionarem máscaras  que pudessem contribuir com  a urgência do momento.
Na ocasião, estes equipamentos de proteção sequer ainda eram aconselhadas para todos da população, mas indicados apenas para agentes da linha de frente dentro dos hospitais, postos e postos socorro. Não querendo desanimar a iniciativa, o Vereador e Teatrólogo, Geraldo Lafayette, através da Secretária Municipal de Saúde Rita de Cássia, acertou que as máscaras seriam entregues à medida que confeccionadas e distribuídas nos PSFs, para que fossem entregues a idosos em suas residências e assim tivessem a sua utilidade. Mas durou pouco.  A pandemia se espalhou e logo o Ministério da Saúde orientou para que todos usassem máscaras. Cresceram a demanda e a necessidade de mais voluntários. Aí, nesse momento inicia uma nova etapa do pequeno grupo criado pelo casal Lílian e Neco.
Surgiram as parceiras para um projeto maior: o grupo Só amor, o Instituto Meraki e o Centro Cultural Casa do Teatro abraçaram a causa. A Secretária de Saúde doou os primeiros materiais, máquinas de costura foram emprestadas e o trabalho cresceu em uma grande rede de solidariedade, somando e compartilhados as tarefas.
Além de máscaras iniciaram a confecção de capotes, toucas, protetores de pés e para muitos lugares. Com foco principal no Pronto Socorro, logo começou o atendimento, na medida do possível, com doações para Hospital e Maternidade São José, Clinica de Hemodiálise, Hospital Queluz, Hospital São Camilo, Asilo Carlos Romeiro, Asilo de Porto Firme, diversos CRAS, Crevipi, Pastoral da Criança, Agentes de endemias, Central de Vacinação, Odontologia Municipal e por último o Hospital São Vicente.
Foi preciso aumentar o número de costureiras voluntárias e montar na sede da Casa do Teatro uma pequena central de distribuição e recolhimento de material com auxílio de um carro cedido pela Prefeitura Municipal.  No mesmo local montou-se uma pequena oficina de costura onde em quatro máquinas revezam pessoas que sem aglomeração doam o seu tempo diário em favor do combate ao vírus.
Paralelo, campanhas envolvendo o grupo estão sendo realizadas com entrega de cestas básicas todas munidas de máscaras; distribuição de kits de álcool gel e máscaras principalmente nas adjacências da sede da Casa do Teatro, distribuição de rosas e máscaras em homenagem às mães por diversos bairros da cidade, no domingo dia 10 de maio.
Enfim. Apenas dessa matéria – porque o trabalho continua – já são atualmente com mais de 50 costureiras e costureiros voluntários espalhados por toda a cidade, trabalhando para um só objetivo. Já alcançamos a marca de 15.000 máscaras confeccionadas e distribuídas e temos um estoque contínuo de duas mil máscaras, para qualquer emergência. Mais de 1 mil capotes já foram confeccionados e distribuídos e seguimos no intuito de colaborar com a Vida e a Saúde de Conselheiro Lafaiete e região.
Querendo participar com doações de TNT, tecidos, elástico, linhas recebemos e muito agradecemos. Basta ligar 31 9 8789 6231 ( Lilian) ou 9 9315 2429 (Geraldo Lafayette) que buscaremos no dia, local e hora que marcarem.

https://youtu.be/WQJ-SKeoz5s

Mãe Lu: exemplo de amor ao próximo, generosidade, engajamento social; ela distribui dezenas de refeições aos carentes de Lafaiete

Além da alimentação, Mãe Lu leva o amor e distribui carinho/REPRODUÇÃO
Mãe Lu distribui diariamente dezenas de marmitex aos carentes/REPRODUÇÃO

Ela é um anjo que desceu do céu para espalhar alegria, fraternidade, caridade, generosidade e amor. Talvez todos estes adjetivos não sintetizem a fé e a solidariedade que movimentam a vida de Luciana Beatriz, mais conhecida por “Mãe Lu”.
Em silêncio, ela promove uma revolução do bem em Lafaiete e poucos conhecem. “Olha, eu não gosto de ficar divulgando o que faço”, observou quando foi contactada para uma entrevista. Após quebrar a resistência, ela se abriu para falar um pouco de sua vida e do seu grupo “A Missão”.
Com algumas restrições, já que a reportagem não encerra sua trajetória de promoção da caridade e de espalhar o bem com suas ações humanas e sociais.
Nossa jóia rara mora no Bairro Morro da Mina, é casada, mãe de três filhos. E a há mais de um ano, após aposentar-se, Mãe Lu, nome carinhoso dado pelos seus assistidos, resolveu assumir mais um desafio em sua vida: ela “adotou” ao menos uns 50 “filhos” espalhados pela cidade.
Juntamente com alguns voluntários, ela iniciou uma ação solidária distribuindo diariamente refeições. A maioria de seus assistidos se encontra na Praça Tiradentes e ao entorno da rodoviária.
Ao engajar na ação social, ela viu seu trabalho crescer e buscou apoio em comércios quando de 15 refeições saltou para mais de 35 pratos ao dia.
“O nosso trabalho vem aumentando e estamos buscando estrutura para atender a todos com muito amor e carinho. Eu amo o que faço”, sintetizou Mãe Lu.
Todas as refeições são feitas com muito zelo em sua própria residência, quando diariamente se revezam entre 2 a 5 pessoas. Contam com a fidelidade de parceiros que abraçaram a causa doando gêneros alimentícios e descartáveis (colheres e marmitex).
Juntamente com uma das voluntárias, Mãe Lu todos os dias, faça sol,faça chuva levama alimentação as mais diferentes pessoas em situação de drama social.
Pandemia
Mãe Lu ressaltou que não é só a pandemia que está massacrando o ser humano, e sim o descaso, a falta de amor ao próximo, a conscientização para com as necessidades do próximo. “A situação está precária, vivemos tempos em que a pobreza mostrou seu lado mais cruel, está tomando conta das ruas. Se eu pudesse ajudaria a todas as pessoas que precisam de carinho, alimentação e um lar”, assinalou. Para ela, a pandemia vai nos revelar o lado bom do ser humano em meio a tanto caos. “A solidariedade está movimentando e tocando as pessoas que estão deixando o individualismo e comodismo para agirem pelo bem comum. Todos nós podemos ajudar de alguma forma alguém que precisa”, contou.
As origens
Mãe Lu nasceu de uma família de classe média que foi morar em São Paulo para assim fazer a vida e trabalhar. De espírito movido pela generosidade, seus pais possuíam um abrigo e cuidavam de crianças abandonadas.
Tudo feito voluntariamente ao longo de mais de 30 anos. Contavam com o apoio de uma rede de voluntários e assim que as crianças atingiam a maioridade deixavam o abrigo para tocarem sua vida de forma independente e novos assistidos se revezavam no local.
Mãe Lu conta que tem aos menos 24 irmãos adotados, todos espalhados pelo Brasil e o exterior. “Sempre mantenho contato com eles. Desde cedo fui criada neste ambiente de amor ao próximo, de extrema dedicação e abnegação dos meus pais. Nasci e vivi presenciando diversas dificuldades de pessoas em situação de pobreza. O que me move é a caridade e o amor ao próximo”, assinalou.

 

Nota da redação: esta matéria foi uma sugestão de uma assídua internauta de nome Ana Paula. Ao ler diversas matérias das ações sociais de empresários e grupos em prol da fila dos beneficiário da Caixa. ele se tocou pelo trabalho de Mãe Lu. Pela conspiração do bem o texto foi postando hoje (10), quando se comemora o Dia das Mês.

E nossa guerreira Mãe Lu distribui suas refeições neste dia.

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