Começa amanhã (16) as celebrações de Ouro Branco dos seus 300 anos de história, com olhar voltado para a inovação

Ouro Branco celebra 300 anos de história, com olhar voltado para a inovação

PASSADO, PRESENTE E FUTURO

Ouro Branco celebra 300 anos de história, com olhar voltado para a inovação

Uma das mais belas cidades de Minas Gerais prepara uma grande festa para 2024. Ouro Branco, localizada há 100 km de Belo Horizonte, comemora, no dia 16 de fevereiro, 300 anos de fundação do povoado. Para celebrar esse marco na história de Minas Gerais e do Brasil, serão realizados diversos eventos, shows musicais, entrega de honrarias e homenagens para personalidades e autoridades que contribuíram para o desenvolvimento da cidade.

Destaque em gestão e qualidade de vida
O município tem 38.724 habitantes, distribuídos em 32 bairros e 19 comunidades rurais. No âmbito da gestão pública, a cidade é pautada pela Governança e Madala ODS’s e figura a 53ª posição no Ranking Firjan de Gestão Fiscal em Minas Gerais e a 402ª no Brasil. Ouro Branco ainda está no ranking das 20 cidades responsáveis por mais da metade do PIB de Minas Gerais.

História

povoado de Santo Antônio de Ouro Branco teve sua origem nos finais do século XVII, provavelmente em 1694, como consequência do processo de ocupação iniciado com as primeiras bandeiras que, subindo o Rio das Velhas à procura de ouro, desbravaram a região, assentando-se ao pé da Serra de Ouro Branco, também denominada, na época, Serra do Deus (te) Livre (tombada pelo IEPHA em 07/11/1978). Ouro Branco foi uma das mais antigas freguesias de Minas, tornada colativa pelo alvará de 16 de fevereiro de 1724, expedido pela Rainha Maria I, durante o governo de Dom Lourenço de Almeida. O ouro de tonalidade clara possuía valor econômico inferior em relação à extração praticada em Ouro Preto (daí o nome Ouro Branco). Pela má qualidade das jazidas auríferas e dificuldades de exploração, a atividade mineradora retrocedeu.

Em 12 de dezembro de 1953, a cidade deixa de ser distrito de Ouro Preto e passa a ser elevada à categoria de município, obtendo sua emancipação política. Nesse período, Ouro Branco já possuía considerável importância econômica e prosperidade de sua população advinda da agricultura, usina hidrelétrica e produção de talco.

Desde o início, foram vários ciclos econômicos. O primeiro deles foi o Ciclo do Ouro. Com o declínio da produção aurífera, Ouro Branco se voltou para a agricultura. Primeiro veio o Ciclo da Uva e depois o Ciclo da Batata. Atualmente, a atividade preponderante é a industrial, desde a implantação da então Aço Minas Gerais S.A em 1976, atual Gerdau, que inaugurou o Ciclo do Aço. A Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. Em 2008, se iniciou o Ciclo do Conhecimento, com a chegada do Campus Alto Paraopeba da UFSJ e campus do IFMG.

300 anos da Paróquia de Santo Antônio

A Paróquia da Igreja Católica de Santo Antônio, que é Orionita (Dom Orione) também celebra os 300 anos da chegada da Igreja Católica em nossa cidade (1724-2024). 

Pontos Turísticos

Além de uma vasta rede hoteleira e de restaurantes, a cidade possui uma diversidade de belezas naturais e culturais, sendo uma excelente opção para o turismo de aventura e cultural. O Parque Estadual da Serra do Ouro Branco e Monumento Natural de Itatiaia são tombados pelo IEPHA e possuem diversas cachoeiras, além de uma rica fauna e flora da Serra do Espinhaço e Quadrilátero Ferrífero. A comunidade de Itatiaia é um dos locais mais frequentados. Seus bares e restaurantes se misturam com a tradição e cultura do artesanato local. A Igreja Matriz de Santo Antônio, em Itatiaia, é uma das mais antigas de Minas Gerais e tem registros de 1714.

Nas margens da Estrada Real, a Fazenda de Carreiras, antigo pouso dos tropeiros e ponto da cobrança do Quinto da Coroa Portuguesa, é mais um dos atrativos da Estrada Real. Na região central, casarões antigos compõem o conjunto arquitetônico junto com a Igreja Matriz de Santo Antônio, rica em pedra sabão e que possui peças do trabalho de Mestre Ataíde, datados de 1774. 

Tradição em Eventos

O Festival da Batata, realizado no mês de outubro, atrai milhares de pessoas que conferem de perto os pratos típicos e shows musicais na Praça de Eventos. Outro evento tradicional é a Etapa Internacional de Mountain Bike Chaoyang Estrada Real que reúne mais de 4 mil atletas que percorrem as trilhas do circuito urbano e rural. A Semana do Desenvolvimento Econômico também já está consolidada. Em 2023, foram mais de 8 mil visitantes, 800 horas de capacitação, 120 estandes e 95 expositores.

E assim, Ouro Branco segue sua vocação e se mantém de portas abertas para turistas e novos empreendimentos. São 300 anos de história e um grande futuro pela frente!

ESTRADA REAL- MG 129, Ouro Branco-Ouro Preto 

Ouro Branco faz parte da Estrada Real, caminho traçado originalmente durante o Ciclo do Ouro e do Diamante.  A estrada servia de ligação entre o litoral e o interior da colônia e, ao longo dela, foram construídos boa parte dos bens que hoje compõem nosso patrimônio histórico e cultural.

Ao longo da Estrada Real, muito da história de Minas Gerais se passou. Local de conspiração dos Inconfidentes, ali também foram expostas as partes esquartejadas do alferes Tiradentes.

Vários vilarejos e povoados surgiram em sua extensão. A Rua Santo Antônio, principal via do Centro Histórico do município, fica no traçado da Estrada Real.

Atualmente, o trajeto todo asfaltado, 30 km, faz a ligação entre Ouro Branco e Ouro Preto e possui diversos atrativos turísticos como lugarejos, cachoeiras e trilhas. Ao longo da via estão o Parque Estadual da Serra do Ouro Branco e o Monumento Natural Estadual de Itatiaia.

Parque Estadual: No século XVIII era também conhecida como Serra do Deus-te-livre, em razão dos saques realizados por escravos fugitivos aos viajantes da Estrada Real e devido à dificuldade de travessia. A Serra do Ouro Branco é o marco inicial sul da Cadeia do Espinhaço. Tem aproximadamente 1.614 hectares e uma altitude que varia de 1250 a 1568 metros. Abriga ecossistemas dos mais ricos do mundo, os campos rupestres. É uma importante área de recarga das Bacias dos Rios Paraopeba e Doce, apresenta uma grande quantidade de nascentes e cursos d’água, que, em sua maioria, formam o Lago Soledade. Além disso, suas nascentes fornecem toda a água que é consumida pela cidade de Ouro Branco. A vegetação presente em toda área que compõem a serra de Ouro Branco, é caracterizada por um mosaico de formações vegetacionais que se desenvolvem em solo arenoso e pedregoso de origem quartzítica. Esse mosaico é constituído de cinco formações: Grupos Graminóides, Afloramentos Rochosos, Matas de Galerias e Capões, Campos Brejosos e Campos de Velózias (Canela-de-Ema). Essa diversidade ambiental condiciona uma flora rica, diversificada e endêmica (ocorrência restrita). O maciço guarda sítios arqueológicos do caminho velho e do novo da Estrada Real, além de fazendas centenárias e diversos casarios da época.

CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA DO ALTO DA SERRA

A capela Nossa Senhora Aparecida foi edificada como pagamento de graça concedida a mãe do Sr. Nego Ferreira, que reuniu esforços junto à comunidade e ergueu a capela em 1959. A partir dessa data, a capela passou a ser destino de peregrinações e local de procissões e festa religiosa, dando origem a Festa da Serra.

ITATIAIA – Monumento Natural Estadual de Itatiaia

Belíssimas paisagens, cachoeiras e uma diversidade imensa da flora, a Serra de Itatiaia é uma área de grande diversidade biológica. Importantíssima, abriga endemismos de flora rupestre nos afloramentos rochosos e alta relevância na cadeia do espinhaço, demonstra ainda riqueza de fauna e de outros elementos da flora. Beleza cênica e paisagística, sítios de importância histórica e abrigo de um acervo fantástico de ruínas do ciclo do ouro.

Se considerarmos a chegada dos primeiros Bandeirantes, Borba Gato ficou uma temporada em Itatiaia, para plantação de grãos e pesquisas minerais, em 1675.

Igreja Matriz de Santo Antônio (Itatiaia)

Construída por iniciativa das Irmandades dos Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Benedito, data do começo do século XVIII, sendo uma das primeiras igrejas construídas na região.

Pousada de Itatiaia

Lugarejo acolhedor que retrata a receptividade do povo mineiro. O local fica às margens da Estrada Real e possuiu bares e restaurantes aconchegantes, com comidas típicas (um deles indicado pelo Guia 4 Rodas), e uma paisagem deslumbrante.

FAZENDA CARREIRAS

Localizada na margem da Estrada Real, entre Ouro Branco e Conselheiro Lafaiete, a Fazenda Carreiras é uma construção típica do período colonial. Caracterizada pela arquitetura rural que data de meados do século XVIII: paredes de pau-a-pique, telhado entrelaçado com cipó amarrando as estruturas de madeira, pisos de tábua corrida, trancas reforçadas, sala para guarda valores, uma grande varanda contornando todos os cômodos. Na entrada principal da casa foi preservado o guichê que era utilizado para o comércio do ouro e a cobrança do Quinto do Ouro, imposto cobrado pelo governo durante o Brasil Colônia. Não podemos esquecer que a Estrada Real está diretamente ligada aos acontecimentos políticos da Inconfidência Mineira e ao surgimento de várias fazendas ao longo do seu trajeto, que serviam de posto de abastecimento, troca e venda para os tropeiros e viajantes, além de hospedagem. E foi dentro nesse contexto que foi instalada a Fazenda Carreiras. Uma das versões para o nome dado à fazenda, segundo a tradição oral, é que ali era um local de criação, venda ou troca de cavalos.

A denominação teria se originado das “carreiras” que os tropeiros davam nos animais para testar a sua força e resistência. Uma curiosidade: os moradores antigos do município de Ouro Branco denominam a casa como Fazenda Tiradentes ou Casa Velha de Tiradentes, pois acredita-se que o Inconfidente teria pernoitado ali durante uma viagem de São João Del Rei à Vila Rica, em 1788.

O desenho do povoado caracteriza as ocupações mineiras no período da exploração do ouro. Segundo Augusto de Lima Junior (1968), os povoados mineiros começavam por um rancho de tropas onde os mineradores iam fazer suas compras nas mãos dos comboieiros que traziam as mercadorias de consumo da Bahia, do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Ao redor desses ranchos, fixavam as casas de venda e, sobretudo aos domingos, os religiosos celebravam missas, batizados e casamentos, que deram origem às capelas sucedidas pelas grandes igrejas: no princípio, constituíam-se em um cruzeiro e um altar rústico, posteriormente transformados em templo definitivo. Espalhados pelas montanhas e vales, os mineradores construíam casas junto às capelas e, aos sábados, vinham pernoitar com suas famílias. Aos domingos, assistiam à missa e faziam suas compras.

CASARÕES HISTÓRICOS

O Centro Histórico de Ouro Branco possui casarões do Século XVIII, com arquitetura colonial, entre eles, a antiga casa paroquial. Conforme inscrição em pedra no local, sua construção foi concluída em 1759.

IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO

A cidade guarda bens históricos, como a Igreja Matriz de Santo Antônio. A construção, iniciada nos primeiros anos do século XVIII, foi concluída, provavelmente, em 1779. Todo esse tempo é justificável, visto que as obras em igrejas de certa importância, nos tempos coloniais, duravam anos. Grande patrimônio histórico e religioso, a igreja passou por reformas introduzidas por Aleijadinho. Também recebeu o talento do pintor marianense Manoel da Costa Ataíde, o “Mestre Ataíde”.

Seguem as obras de restauração da Igreja Matriz de Santo Antônio. O trabalho vem sendo acompanhado por uma equipe técnica do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. O fim das obras está previsto para o 1º semestre de 2023.

PARQUE ESTADUAL SERRA DO OURO BRANCO

É um paredão que corta a região com 1.568 metros de altitude. Tem como destaque sua imponência e beleza paisagística, além de importante sítio histórico com inúmeras ruínas da época do Ciclo do Ouro. É uma das serras com maior biodiversidade da Cadeia do Espinhaço, refúgio de várias espécies ameaçadas de extinção. Também é local de belas cachoeiras e piscinas naturais. É tombada pelo IEPHA como conjunto paisagístico – Decreto 19.530, de 07 de novembro de 1978. No alto da serra, largo e plano, coberto por vegetação rasteira, temos uma ampla vista das cidades de Ouro Branco, Congonhas e Conselheiro Lafaiete.

É considerada o marco inicial sul da Cadeia do Espinhaço, que compreende um grupo de serras com altitudes variáveis, ao longo de 1.100 km de extensão, até a Bahia. Essa cadeia abriga um dos mais ricos ecossistemas do mundo, os campos rupestres.

A Serra do Ouro Branco é uma importante área de recarga das bacias do Rio Paraopeba e Rio Doce. Apresenta uma grande quantidade de nascentes e cursos d’água, que, em sua maioria, formam o Lago Soledade. Além disso, fornece toda a água que é consumida pela cidade de Ouro Branco.

Ambos os gêneros que eles formam, Barbacenia e Vellosia, são chamados no país por canela de ema, e são, na falta de lenha combustível, preferidos por sua considerável quantidade de resina; parece que só crescem no micaxisto quartzítico e são tidos pelo povo como sinal característico da riqueza dum terreno em ouro e diamantes.

FLORA DE NOSSA TERRA  ORQUÍDEAS

A Serra do Ouro Branco abriga 75 espécies da família Orchidaceae, algumas endêmicas, como a Hadrolaelia brevipedunculata (ameaçada de extinção), distribuídas em 36 gêneros. Números que, em comparação às demais áreas da Cadeia do Espinhaço e regiões montanhosas do leste de Minas Gerais, representam 17% das espécies e 34% dos gêneros pertencentes a essa família e que são encontrados nessas regiões. Esses dados comprovam a elevada riqueza de orquidáceas encontradas em nossa Serra e, por ser uma área relativamente pequena quando comparada a outras serras, toda a sua relevância ambiental. A Serra do Ouro Branco representa um verdadeiro refúgio de biodiversidade e é, portanto, uma área prioritária para conservação.

CAPELA DE SANTANA E A CASA SEDE DA FAZENDA PÉ DO MORRO

Localizada aos pés da Serra do Ouro Branco, a Fazenda Pé do Morro e seu casarão, exemplar da arquitetura rural colonial brasileira, está localizada junto à Estrada Real, entre Ouro Branco e Ouro Preto. Sua origem está relacionada ao abastecimento da crescente sociedade mineradora da região, tendo também servido de abrigo a viajantes e contrabandistas de ouro. A construção data do século XVIII e, por sua importância patrimonial, foi tombado pelo IEPHA em dezembro de 2009.

Em 1746, Domingos Pinheiro, Provedor da Fazenda Real, organizou uma lista dos homens mais abastados da Capitania e oito deles pertenciam à freguesia de Ouro Branco.  Antônio Dutra Gonçalves, Constantino Barbosa da Cunha, Capitão Mor Domingos Moraes, Capitão Domingos Moreira Fernandes, Gervásio Ferreira da Silva, Manoel Gomes da Cruz, Manoel Fernandes da Costa e Capitão Manoel de Sá Tinoco. Alguns relatos mostram que Ouro Branco chegou a ter mais de 32 estalagens para receber os viajantes que pousavam aqui antes de seguir para Ouro Preto.

CAPELA DE SÃO VICENTE DE FERRER

A capela de São Vicente de Ferrer está localizada na comunidade do Morro do Gabriel, pequeno povoado localizado na zona rural de Ouro Branco. A capela apresenta características marcantes da arquitetura colonial religiosa da 1ª fase do barroco mineiro. Além disso, sua implantação em um terreno em aclive promove um acentuado grau de teatralidade, característico do estilo barroco. O bem em questão, apesar de afastado da sede do município, é de grande importância religiosa, social, cultural e histórica para a comunidade de Ouro Branco. O imaginário em torno da antiguidade da capela é mais um dos elementos que compõem a identidade do povo de Morro do Gabriel.

CLIMA

Predominante na cidade é o tropical de altitude. Os verões são quentes e chuvosos, com céu predominantemente encoberto. O mês mais chuvoso em Ouro Branco é dezembro, com média de 264 milímetros de precipitação de chuva. Fevereiro é o mês mais quente, com temperaturas diárias máximas de 28° C e mínimas de 19° C, em média.  A estação chuvosa termina no início do mês de abril. Os invernos são secos, com temperatura agradável e céu quase sem nuvens. O mês menos chuvoso em Ouro Branco é julho, com média de 6 milímetros de precipitação de chuva. Julho também é o mês mais frio, com temperaturas diárias máximas de 23 °C e mínimas de 11 °C, em média.

Pode-se dizer que, durante o ano inteiro, o clima é morno. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 11 °C a 28 °C e raramente é inferior a 8 °C ou superior a 31 °C. A melhor época do ano para visitar Ouro Branco e realizar atividades turísticas gerais ao ar livre, é do meio de abril ao início de outubro.

1.568 METROS DE ALTITUDE, área aproximada de 1.614 hectares e 20km de extensão a sudeste.

Por Assessoria de Comunicação

O que é a Quarta-Feira de Cinzas?

Tradicionalmente, é a data que marca o fim da folia e o início de um tempo de recolhimento — como se fosse necessária uma fronteira entre a festa da carne e o período de penitência chamado de quaresma. Para católicos praticantes, a Quarta-Feira de Cinzas é uma celebração rica em significado e necessária para a preparação rumo à Páscoa, 40 dias mais tarde.

Nas missas, há um momento em que o padre e seus ministros abençoam cada um colocando um pouquinho de cinzas sobre a cabeça ou fazendo uma cruz na testa. Há duas possibilidades de frase a serem ditas neste momento, cabendo ao sacerdote decidir. “Convertei-vos e crede no Evangelho” é um lembrete da necessidade cristã de mudança de vida, de abrir mão dos prazeres em prol de uma experiência mais próxima de Deus; “Das cinzas vieste, às cinzas retornarás” recorda a brevidade da vida.

“As duas possibilidades são válidas porque esses são os dois sentidos principais das cinzas”, afirma à BBC News Brasil o vaticanista Filipe Domingues, vice-diretor do Lay Centre, em Roma, e professor na Pontifícia Universidade Gregoriana, também em Roma.

“Esse dia nasceu como uma manifestação de devoção popular entre os séculos 3º e 4º. Os cristãos, nesse dia, para se prepararem para a quaresma, impunham sobre si as cinzas em sinal de penitência pública”, explica à reportagem a vaticanista e historiadora Mirticeli Medeiros, pesquisadora de História do Cristianismo na Pontifícia Universidade Gregoriana.

Para o historiador, teólogo e filósofo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, a celebração surgiu “nas comunidades cristãs primitivas” como referência ao início do período de preparação para a Páscoa.

“Nasce junto com esse costume de se guardar os 40 dias do que chamamos de quaresma”, diz ele, à BBC News Brasil. “É um período que marca momentos de reflexão, de arrependimento, de renovação espiritual.”

Papa Gregório, em imagem pintada por Francisco de Zurbarán

O rito foi oficializado na liturgia pelo para Gregório Magno (540-604), na virada do século 7º. “Foi chamada por ele de ‘capite ieiunii’, ou seja, o dia em que se começava o jejum”, pontua Medeiros.

A pesquisadora conta que, conforme relatos antigos, no início a cerimônia era realizada em Roma sempre “em silêncio” e pessoalmente pelo papa, “que organizava uma procissão nos arredores da Basílica de Santa Anastácia e Santa Sabina”.

Referências bíblicas

“As cinzas carregam duas simbologias. A primeira é a ideia da efemeridade da vida, do fato de que quando Deus disse [no Antigo Testamento] de que das cinzas viemos e às cinzas voltaremos, era para lembrar que o ser humano é pequeno diante da grandeza de Deus”, contextualiza Domingues.

“A segunda questão é a do arrependimento, da penitência. Aí é uma leitura cristã, já do Novo Testamento, porque Cristo, segundo os evangelhos canônicos questionou algumas tradições do mundo judaico […], o legalismo de alguns doutores da lei. [Nesse contexto], no período da quaresma ele começa com essa reflexão interna da importância do arrependimento, da penitência, de reformular o que nós somos e como estamos vivendo”, afirma Domingues.

Assessor da Comissão dos Movimentos Eclesiais da Diocese de Itabira, em Minas Gerais, o padre Eugênio Ferreira de Lima lembra à BBC News Brasil que inúmeras referências bíblicas baseiam esse costume litúrgico. “Nelas, o uso das cinzas aparece tanto para a purificação e a penitência quanto para lembrar a relatividade da vida”, interpreta ele.

No livro do Gênesis, o primeiro do Antigo Testamento, há a reprodução de um diálogo que Deus teria tido com Adão explicando a ele como seria a vida fora do Éden. “No suor do teu rosto comerás o pão, até voltares ao solo, pois dele foste tirado. Sim, és pó e ao pó voltarás”, diz o versículo.

Mais adiante, no mesmo livro, há uma passagem em que Abraão afirma “vou ousar falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza”.

‘Quarta-Feira de Cinzas’, óleo sobre tela feita pelo pintor Karl Spitzweg, no século 19

Já no livro de Jó, um versículo orienta “repetis à exaustão máximas de cinza, torres de argila são vossas defesas”. No segundo livro de Samuel, diz-se que “Tamar tomou cinza e derramou sobre a cabeça, rasgou sua túnica de princesa, pôs as mãos na cabeça e afastou-se gritando”.

“Ele se agarra à cinza, seu coração enganado o desvia: ele não se verá libertado”, lê-se em Isaías.

“E também como sinal de arrependimento, em [no livro de] Jonas, o povo se veste de cinzas, cobre a cabeça de cinzas em sinal de arrependimento e penitência”, comenta o padre Lima. “Eles proclamaram um jejum e se vestiram de sacos, desde os grandes até os pequenos […]. Ele se levantou do trono, tirou o manto real, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza”, diz o trecho bíblico.

No livro dos Números, está escrito que “para este homem impuro, tomar-se à cinza do brasileiro do sacrifício pelo pecado”.

O sacerdote explica que, no Novo Testamento, há relatos que associam passagens de Jesus à simbologia das cinzas. Quando ele lamenta sobre as cidades da Galileia que não se renderam à sua palavra, diz que “cobertas de saco e cinza, elas se teriam convertido”, segundo narração do Evangelho de Mateus.

Na carta aos Hebreus, diz-se que “a cinza de novilha esparzida sobre os seres maculados os santificam, purificando-lhe os corpos”.

“Ou seja, as cinzas são o convite que a Igreja faz para refletirmos sobre a brevidade e a relatividade de nossa vida aqui na Terra, dizendo o que realmente somos: humanos que vamos morrer”, pontua o padre. “Somos chamamos a entrar nesse tempo da quaresma dedicando mais tempo para a palavra da Deus e para abrir o coração e perceber a presença do Cristo no meio de nós: o Cristo que passa fome, que é torturado, que é injustiçado, que tem necessidade de roupa, de casa, de comida.”

“É uma simbologia muito bonita”, comenta o teólogo Moraes. “Marca o início de um período que conclama ao autoexame, à autorreflexão, à busca por uma renovação espiritual.”

Do que são feitas

Segundo a tradição católica, as cinzas utilizadas nessa missa de Quarta-Feira que marca o início da quaresma são obtidas a partir da queima de um produto de outra missa, realizada no ano anterior. “Pela práxis oficial, as cinzas provém das folhas do domingo de Ramos, celebrado no ano precedente. Acrescentam a elas agua benta e incenso”, diz a historiadora Medeiros.

Domingues vê também simbologia nessa origem do material. “Eles queimam os ramos usados na liturgia do ano passado e essas cinzas são guardadas para o ano seguinte. Isso mostra o ciclo da liturgia e da vida cristã, que nunca acaba, fecha um ciclo e começa outro”, acrescenta ele.

Padre Lima conta que funciona assim: “uma quantidade razoável daqueles ramos bentos no Domingo de Ramos é guardada, conservada e queimada para se transformar nas cinzas que, depois, são abençoadas na missa e, no momento certo do ritual da Quarta de Cinzas, todos os fiéis são convidados a se apresentarem para serem assinalados com elas”.

Ele enfatiza que o momento não é de ânimo negativo. “Não é tristeza. É penitência, é conversão, é mudança de vida. É preciso lembrar isso”, comenta.

Fronte com a cruz feita de cinzas em missa de Quarta-Feira de Cinzas

Outras igrejas cristãs

De acordo com o teólogo e professor Moraes, a tradição da Quarta-Feira de Cinzas não foi incorporada pelas igrejas protestantes e evangélicas.

“As igrejas do protestantismo histórico, algumas são mais litúrgicas, outras menos. Todas reconhecem o período da Páscoa e, portanto, o período que a antecede, esses 40 dias da quaresma. Mas varia de intensidade [conforme a denominação religiosa]. Numa igreja litúrgica, às vezes o pastor cita que iniciamos o período da quaresma, algumas igrejas usam cores específicas”, conta.

“Já as evangélicas pentecostais e neopentecostais geralmente são muito pouco litúrgicas, é um espontaneísmo muito grande então dificilmente você vai encontrar uma valorização desse período de tempo em relação à observância da quaresma”, acrescenta ele.

Moraes afirma que, em geral, os cristãos não católicos não têm nenhum ritual próprio para a Quarta-Feira de Cinzas.

FONTE BBC NEWS BRASIL

4 jovens brasileiras que estão fazendo história na ciência

Neste Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, conheça as trajetórias de Beatriz e Isabella Toassa, Júlia Castro e Roberta Duarte.

De Ada Lovelace e Marie Curie à Bertha Lutz e Jaqueline Goes, as mulheres sempre desempenharam papéis essenciais para a ciência e inovação. Porém, seus nomes foram apagados de muitas histórias e suas capacidades foram descredibilizadas no mercado de trabalho. De acordo com um relatório da Unesco publicado em 2023, apenas 30% dos cientistas ao redor do mundo são mulheres.

No caso do Brasil, as mulheres cientistas sofrem com a exclusão em cargos de liderança. Visto que elas constituem 43,7% dos pesquisadores no país, segundo dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Os números desanimadores não impediram que as jovens Beatriz Toassa, 13 anos, e Isabelle Toassa, 12 anos, irmãs e cientistas mais jovens do Brasil, começassem sua jornada. Ou Júlia Castro, eleita Under 30 de 2023 na categoria de Ciência e Educação por seu trabalho com a vacinação no Brasil. Assim como Roberta Duarte, doutoranda em Astrofísica pela Universidade de São Paulo (USP), que acumula mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, onde atua como divulgadora científica.

Além das trajetórias individuais, algumas empresas também desenvolvem projetos para impulsionar as carreiras de mulheres na ciência. O Centro de Inovação para o Brasil e a América Latina da P&G, localizado em Louveira (SP), conta com “quase 60% de cientistas mulheres” — e 56% delas ocupam cargos de liderança.

Conheça as 4 jovens brasileiras que estão fazendo história na ciência e tecnologia:

Isabella e Beatriz Toassa, 12 e 13 anos

No futuro, elas desejam estudar fora do Brasil e democratizar o acesso à educação de qualidade. “A Bia quer fazer medicina em Harvard e a Bella quer engenharia no MIT”, menciona Stefanie Toassa, mãe das meninas.

“Nós começamos a gostar de ciência quando fizemos a prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica”, contam as meninas, que, à época, frequentavam a primeira etapa do ensino fundamental. “Na primeira vez que fizemos a prova, não conseguimos ganhar a medalha. Então, decidimos estudar todos os dias com as provas dos anos anteriores.”

Com apenas 10 e 11 anos, elas conquistaram a sonhada medalha e sentiram o impacto positivo dos estudos. “Depois, em 2021, criamos o nosso canal no YouTube, o @duplabigbang, e a oportunidade de levar a ciência para milhares de outras crianças. Hoje, o canal é o maior de divulgação científica para crianças no Brasil.”

“Seguindo a ordem cronológica, em 2022, veio o convite para a Academia Brasileira de Jovens Cientistas (ABJC), quando nos tornamos oficialmente as cientistas mais jovens do Brasil”, compartilham as irmãs, que, em 2023, foram nomeadas como primeiras embaixadoras mirins do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Emocionada, Stefanie Toassa, mãe de Isabella e Beatriz, relembra: “A Bia nasceu quando eu tinha apenas 20 anos, ganhando pouco, e a gente mudou nossa vida por meio da educação. Ver elas levantando essa bandeira é um orgulho indescritível.”

Roberta Duarte, 27 anos

As inspirações da astrofísica são Taylor Swift, “ela é minha companhia enquanto trabalho”, e Thaisa Storchi Bergmann, “a mãe da pesquisa sobre buracos negros no Brasil”.

“Eu queria ser astrônoma desde criança”, conta Roberta Duarte, astrofísica, divulgadora científica com mais de 200 mil seguidores nas redes e doutoranda pela Universidade de São Paulo (USP). “Hoje, minha área de pesquisa é a intersecção entre inteligência artificial e astrofísica, especificamente problemas relacionadas a buracos negros.”

O início da jornada de Roberta foi desafiador. Ela saiu de casa sozinha com apenas 17 anos, quando começou a graduação em Física no campus da USP no interior de São Paulo. Mas foi assim que ela deu seus primeiros passos para realizar o sonho de estudar o universo.

Durante o mestrado, a pesquisadora começou a trabalhar com IA. “O meu artigo do mestrado, a primeira simulação de um buraco negro feito por inteligência artificial, foi reconhecido no Brasil e no mundo — uma grande motivação para seguir em frente.”

A astrofísica, que está há 10 anos na área, afirma que o caminho não é fácil, mas que as mulheres precisam ocupar espaços na ciência, que ainda é dominada por homens. “É possível ser mulher nesses espaços, e a gente precisa disso.”

Júlia Castro, 29 anos

“Eu cresci cercada de mulheres fortes e trabalhadoras, que, apesar de não desfrutarem da oportunidade de estudar tanto quanto eu, sempre me incentivaram. Elas são as minhas maiores inspirações”, diz a pesquisadora. Foto: Marcio Rodrigues

Considerada uma das 635 jovens cientistas mais promissoras do mundo, a Under 30 de 2023 começou sua missão no primeiro ano de faculdade, quando foi aprovada no programa de iniciação científica da Universidade Federal de Minas Gerais. Nascida em Viçosa (MG), a pesquisadora foi convidada para participar de um encontro com prêmios Nobel na Alemanha no ano passado, onde conversou com Rolf Martin Zinkernagel, cientista suíço laureado com o Nobel de Medicina de 1996 pela descoberta de como o sistema imunitário reconhece as células infectadas com vírus. 

O reconhecimento internacional é fruto de seu trabalho com a vacinação. “Conseguir desenvolver vacinas que obtiveram resultados promissores, como para Doença de Chagas e para COVID-19, foram momentos importantes de incentivo”, conta.

No entanto, as conquistas foram permeadas pelos desafios da pesquisa no Brasil. A falta de remuneração adequada é um dos principais fatores. “As bolsas sempre tiveram um valor aquém das necessidades.”

As dificuldades não a pararam. Ela continua em busca de “contribuir para a resolução de problemas de saúde pública de brasileiros e demais países tropicais, que são acometidos por doenças negligenciadas mundialmente”. 

Às demais jovens cientistas brasileiras, Castro deixa um recado: “Seja fiel à sua essência e acredite em si mesma. Coragem e ousadia, sempre.”

FONTE FORBES

Ouro Branco celebra 300 anos de história, com olhar voltado para a inovação

PASSADO, PRESENTE E FUTURO
Ouro Branco celebra 300 anos de história, com olhar voltado para a inovação

Uma das mais belas cidades de Minas Gerais prepara uma grande festa para 2024. Ouro Branco, localizada há 100 km de Belo Horizonte, comemora, no dia 16 de fevereiro, 300 anos de fundação do povoado. Para celebrar esse marco na história de Minas Gerais e do Brasil, serão realizados diversos eventos, shows musicais, entrega de honrarias e homenagens para personalidades e autoridades que contribuíram para o desenvolvimento da cidade.

Destaque em gestão e qualidade de vida

O município tem 38.724 habitantes, distribuídos em 32 bairros e 19 comunidades rurais. No âmbito da gestão pública, a cidade é pautada pela Governança e Madala ODS’s e figura a 53ª posição no Ranking Firjan de Gestão Fiscal em Minas Gerais e a 402ª no Brasil. Ouro Branco ainda está no ranking das 20 cidades responsáveis por mais da metade do PIB de Minas Gerais.

História

povoado de Santo Antônio de Ouro Branco teve sua origem nos finais do século XVII, provavelmente em 1694, como consequência do processo de ocupação iniciado com as primeiras bandeiras que, subindo o Rio das Velhas à procura de ouro, desbravaram a região, assentando-se ao pé da Serra de Ouro Branco, também denominada, na época, Serra do Deus (te) Livre (tombada pelo IEPHA em 07/11/1978). Ouro Branco foi uma das mais antigas freguesias de Minas, tornada colativa pelo alvará de 16 de fevereiro de 1724, expedido pela Rainha Maria I, durante o governo de Dom Lourenço de Almeida. O ouro de tonalidade clara possuía valor econômico inferior em relação à extração praticada em Ouro Preto (daí o nome Ouro Branco). Pela má qualidade das jazidas auríferas e dificuldades de exploração, a atividade mineradora retrocedeu.

Em 12 de dezembro de 1953, a cidade deixa de ser distrito de Ouro Preto e passa a ser elevada à categoria de município, obtendo sua emancipação política. Nesse período, Ouro Branco já possuía considerável importância econômica e prosperidade de sua população advinda da agricultura, usina hidrelétrica e produção de talco.

Desde o início, foram vários ciclos econômicos. O primeiro deles foi o Ciclo do Ouro. Com o declínio da produção aurífera, Ouro Branco se voltou para a agricultura. Primeiro veio o Ciclo da Uva e depois o Ciclo da Batata. Atualmente, a atividade preponderante é a industrial, desde a implantação da então Aço Minas Gerais S.A em 1976, atual Gerdau, que inaugurou o Ciclo do Aço. A Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. Em 2008, se iniciou o Ciclo do Conhecimento, com a chegada do Campus Alto Paraopeba da UFSJ e campus do IFMG.

300 anos daParóquia de Santo Antônio

A Paróquia da Igreja Católica de Santo Antônio, que é Orionita (Dom Orione) também celebra os 300 anos da chegada da Igreja Católica em nossa cidade (1724-2024). 

Pontos Turísticos

Além de uma vasta rede hoteleira e de restaurantes, a cidade possui uma diversidade de belezas naturais e culturais, sendo uma excelente opção para o turismo de aventura e cultural. O Parque Estadual da Serra do Ouro Branco e Monumento Natural de Itatiaia são tombados pelo IEPHA e possuem diversas cachoeiras, além de uma rica fauna e flora da Serra do Espinhaço e Quadrilátero Ferrífero. A comunidade de Itatiaia é um dos locais mais frequentados. Seus bares e restaurantes se misturam com a tradição e cultura do artesanato local. A Igreja Matriz de Santo Antônio, em Itatiaia, é uma das mais antigas de Minas Gerais e tem registros de 1714.

Nas margens da Estrada Real, a Fazenda de Carreiras, antigo pouso dos tropeiros e ponto da cobrança do Quinto da Coroa Portuguesa, é mais um dos atrativos da Estrada Real. Na região central, casarões antigos compõem o conjunto arquitetônico junto com a Igreja Matriz de Santo Antônio, rica em pedra sabão e que possui peças do trabalho de Mestre Ataíde, datados de 1774. 

Tradição em Eventos

O Festival da Batata, realizado no mês de outubro, atrai milhares de pessoas que conferem de perto os pratos típicos e shows musicais na Praça de Eventos. Outro evento tradicional é a Etapa Internacional de Mountain Bike Chaoyang Estrada Real que reúne mais de 4 mil atletas que percorrem as trilhas do circuito urbano e rural. A Semana do Desenvolvimento Econômico também já está consolidada. Em 2023, foram mais de 8 mil visitantes, 800 horas de capacitação, 120 estandes e 95 expositores.

E assim, Ouro Branco segue sua vocação e se mantém de portas abertas para turistas e novos empreendimentos. São 300 anos de história e um grande futuro pela frente!

ESTRADA REAL- MG 129, Ouro Branco-Ouro Preto 

Ouro Branco faz parte da Estrada Real, caminho traçado originalmente durante o Ciclo do Ouro e do Diamante.  A estrada servia de ligação entre o litoral e o interior da colônia e, ao longo dela, foram construídos boa parte dos bens que hoje compõem nosso patrimônio histórico e cultural.

Ao longo da Estrada Real, muito da história de Minas Gerais se passou. Local de conspiração dos Inconfidentes, ali também foram expostas as partes esquartejadas do alferes Tiradentes.

Vários vilarejos e povoados surgiram em sua extensão. A Rua Santo Antônio, principal via do Centro Histórico do município, fica no traçado da Estrada Real.

Atualmente, o trajeto todo asfaltado, 30 km, faz a ligação entre Ouro Branco e Ouro Preto e possui diversos atrativos turísticos como lugarejos, cachoeiras e trilhas. Ao longo da via estão o Parque Estadual da Serra do Ouro Branco e o Monumento Natural Estadual de Itatiaia.

Parque Estadual: No século XVIII era também conhecida como Serra do Deus-te-livre, em razão dos saques realizados por escravos fugitivos aos viajantes da Estrada Real e devido à dificuldade de travessia. A Serra do Ouro Branco é o marco inicial sul da Cadeia do Espinhaço. Tem aproximadamente 1.614 hectares e uma altitude que varia de 1250 a 1568 metros. Abriga ecossistemas dos mais ricos do mundo, os campos rupestres. É uma importante área de recarga das Bacias dos Rios Paraopeba e Doce, apresenta uma grande quantidade de nascentes e cursos d’água, que, em sua maioria, formam o Lago Soledade. Além disso, suas nascentes fornecem toda a água que é consumida pela cidade de Ouro Branco. A vegetação presente em toda área que compõem a serra de Ouro Branco, é caracterizada por um mosaico de formações vegetacionais que se desenvolvem em solo arenoso e pedregoso de origem quartzítica. Esse mosaico é constituído de cinco formações: Grupos Graminóides, Afloramentos Rochosos, Matas de Galerias e Capões, Campos Brejosos e Campos de Velózias (Canela-de-Ema). Essa diversidade ambiental condiciona uma flora rica, diversificada e endêmica (ocorrência restrita). O maciço guarda sítios arqueológicos do caminho velho e do novo da Estrada Real, além de fazendas centenárias e diversos casarios da época.

CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA DO ALTO DA SERRA

A capela Nossa Senhora Aparecida foi edificada como pagamento de graça concedida a mãe do Sr. Nego Ferreira, que reuniu esforços junto à comunidade e ergueu a capela em 1959. A partir dessa data, a capela passou a ser destino de peregrinações e local de procissões e festa religiosa, dando origem a Festa da Serra.

ITATIAIA – Monumento Natural Estadual de Itatiaia

Belíssimas paisagens, cachoeiras e uma diversidade imensa da flora, a Serra de Itatiaia é uma área de grande diversidade biológica. Importantíssima, abriga endemismos de flora rupestre nos afloramentos rochosos e alta relevância na cadeia do espinhaço, demonstra ainda riqueza de fauna e de outros elementos da flora. Beleza cênica e paisagística, sítios de importância histórica e abrigo de um acervo fantástico de ruínas do ciclo do ouro.

Se considerarmos a chegada dos primeiros Bandeirantes, Borba Gato ficou uma temporada em Itatiaia, para plantação de grãos e pesquisas minerais, em 1675.

Igreja Matriz de Santo Antônio (Itatiaia)

Construída por iniciativa das Irmandades dos Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Benedito, data do começo do século XVIII, sendo uma das primeiras igrejas construídas na região.

Pousada de Itatiaia

Lugarejo acolhedor que retrata a receptividade do povo mineiro. O local fica às margens da Estrada Real e possuiu bares e restaurantes aconchegantes, com comidas típicas (um deles indicado pelo Guia 4 Rodas), e uma paisagem deslumbrante.

FAZENDA CARREIRAS

Localizada na margem da Estrada Real, entre Ouro Branco e Conselheiro Lafaiete, a Fazenda Carreiras é uma construção típica do período colonial. Caracterizada pela arquitetura rural que data de meados do século XVIII: paredes de pau-a-pique, telhado entrelaçado com cipó amarrando as estruturas de madeira, pisos de tábua corrida, trancas reforçadas, sala para guarda valores, uma grande varanda contornando todos os cômodos. Na entrada principal da casa foi preservado o guichê que era utilizado para o comércio do ouro e a cobrança do Quinto do Ouro, imposto cobrado pelo governo durante o Brasil Colônia. Não podemos esquecer que a Estrada Real está diretamente ligada aos acontecimentos políticos da Inconfidência Mineira e ao surgimento de várias fazendas ao longo do seu trajeto, que serviam de posto de abastecimento, troca e venda para os tropeiros e viajantes, além de hospedagem. E foi dentro nesse contexto que foi instalada a Fazenda Carreiras. Uma das versões para o nome dado à fazenda, segundo a tradição oral, é que ali era um local de criação, venda ou troca de cavalos.

A denominação teria se originado das “carreiras” que os tropeiros davam nos animais para testar a sua força e resistência. Uma curiosidade: os moradores antigos do município de Ouro Branco denominam a casa como Fazenda Tiradentes ou Casa Velha de Tiradentes, pois acredita-se que o Inconfidente teria pernoitado ali durante uma viagem de São João Del Rei à Vila Rica, em 1788.

O desenho do povoado caracteriza as ocupações mineiras no período da exploração do ouro. Segundo Augusto de Lima Junior (1968), os povoados mineiros começavam por um rancho de tropas onde os mineradores iam fazer suas compras nas mãos dos comboieiros que traziam as mercadorias de consumo da Bahia, do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Ao redor desses ranchos, fixavam as casas de venda e, sobretudo aos domingos, os religiosos celebravam missas, batizados e casamentos, que deram origem às capelas sucedidas pelas grandes igrejas: no princípio, constituíam-se em um cruzeiro e um altar rústico, posteriormente transformados em templo definitivo. Espalhados pelas montanhas e vales, os mineradores construíam casas junto às capelas e, aos sábados, vinham pernoitar com suas famílias. Aos domingos, assistiam à missa e faziam suas compras.

CASARÕES HISTÓRICOS

O Centro Histórico de Ouro Branco possui casarões do Século XVIII, com arquitetura colonial, entre eles, a antiga casa paroquial. Conforme inscrição em pedra no local, sua construção foi concluída em 1759.

IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO

A cidade guarda bens históricos, como a Igreja Matriz de Santo Antônio. A construção, iniciada nos primeiros anos do século XVIII, foi concluída, provavelmente, em 1779. Todo esse tempo é justificável, visto que as obras em igrejas de certa importância, nos tempos coloniais, duravam anos. Grande patrimônio histórico e religioso, a igreja passou por reformas introduzidas por Aleijadinho. Também recebeu o talento do pintor marianense Manoel da Costa Ataíde, o “Mestre Ataíde”.

Seguem as obras de restauração da Igreja Matriz de Santo Antônio. O trabalho vem sendo acompanhado por uma equipe técnica do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. O fim das obras está previsto para o 1º semestre de 2023.

PARQUE ESTADUAL SERRA DO OURO BRANCO

É um paredão que corta a região com 1.568 metros de altitude. Tem como destaque sua imponência e beleza paisagística, além de importante sítio histórico com inúmeras ruínas da época do Ciclo do Ouro. É uma das serras com maior biodiversidade da Cadeia do Espinhaço, refúgio de várias espécies ameaçadas de extinção. Também é local de belas cachoeiras e piscinas naturais. É tombada pelo IEPHA como conjunto paisagístico – Decreto 19.530, de 07 de novembro de 1978. No alto da serra, largo e plano, coberto por vegetação rasteira, temos uma ampla vista das cidades de Ouro Branco, Congonhas e Conselheiro Lafaiete.

É considerada o marco inicial sul da Cadeia do Espinhaço, que compreende um grupo de serras com altitudes variáveis, ao longo de 1.100 km de extensão, até a Bahia. Essa cadeia abriga um dos mais ricos ecossistemas do mundo, os campos rupestres.

A Serra do Ouro Branco é uma importante área de recarga das bacias do Rio Paraopeba e Rio Doce. Apresenta uma grande quantidade de nascentes e cursos d’água, que, em sua maioria, formam o Lago Soledade. Além disso, fornece toda a água que é consumida pela cidade de Ouro Branco.

Ambos os gêneros que eles formam, Barbacenia e Vellosia, são chamados no país por canela de ema, e são, na falta de lenha combustível, preferidos por sua considerável quantidade de resina; parece que só crescem no micaxisto quartzítico e são tidos pelo povo como sinal característico da riqueza dum terreno em ouro e diamantes.

FLORA DE NOSSA TERRA  ORQUÍDEAS

A Serra do Ouro Branco abriga 75 espécies da família Orchidaceae, algumas endêmicas, como a Hadrolaelia brevipedunculata (ameaçada de extinção), distribuídas em 36 gêneros. Números que, em comparação às demais áreas da Cadeia do Espinhaço e regiões montanhosas do leste de Minas Gerais, representam 17% das espécies e 34% dos gêneros pertencentes a essa família e que são encontrados nessas regiões. Esses dados comprovam a elevada riqueza de orquidáceas encontradas em nossa Serra e, por ser uma área relativamente pequena quando comparada a outras serras, toda a sua relevância ambiental. A Serra do Ouro Branco representa um verdadeiro refúgio de biodiversidade e é, portanto, uma área prioritária para conservação.

CAPELA DE SANTANA E A CASA SEDE DA FAZENDA PÉ DO MORRO

Localizada aos pés da Serra do Ouro Branco, a Fazenda Pé do Morro e seu casarão, exemplar da arquitetura rural colonial brasileira, está localizada junto à Estrada Real, entre Ouro Branco e Ouro Preto. Sua origem está relacionada ao abastecimento da crescente sociedade mineradora da região, tendo também servido de abrigo a viajantes e contrabandistas de ouro. A construção data do século XVIII e, por sua importância patrimonial, foi tombado pelo IEPHA em dezembro de 2009.

Em 1746, Domingos Pinheiro, Provedor da Fazenda Real, organizou uma lista dos homens mais abastados da Capitania e oito deles pertenciam à freguesia de Ouro Branco.  Antônio Dutra Gonçalves, Constantino Barbosa da Cunha, Capitão Mor Domingos Moraes, Capitão Domingos Moreira Fernandes, Gervásio Ferreira da Silva, Manoel Gomes da Cruz, Manoel Fernandes da Costa e Capitão Manoel de Sá Tinoco. Alguns relatos mostram que Ouro Branco chegou a ter mais de 32 estalagens para receber os viajantes que pousavam aqui antes de seguir para Ouro Preto.

CAPELA DE SÃO VICENTE DE FERRER

A capela de São Vicente de Ferrer está localizada na comunidade do Morro do Gabriel, pequeno povoado localizado na zona rural de Ouro Branco. A capela apresenta características marcantes da arquitetura colonial religiosa da 1ª fase do barroco mineiro. Além disso, sua implantação em um terreno em aclive promove um acentuado grau de teatralidade, característico do estilo barroco. O bem em questão, apesar de afastado da sede do município, é de grande importância religiosa, social, cultural e histórica para a comunidade de Ouro Branco. O imaginário em torno da antiguidade da capela é mais um dos elementos que compõem a identidade do povo de Morro do Gabriel.

CLIMA

Predominante na cidade é o tropical de altitude. Os verões são quentes e chuvosos, com céu predominantemente encoberto. O mês mais chuvoso em Ouro Branco é dezembro, com média de 264 milímetros de precipitação de chuva. Fevereiro é o mês mais quente, com temperaturas diárias máximas de 28° C e mínimas de 19° C, em média.  A estação chuvosa termina no início do mês de abril. Os invernos são secos, com temperatura agradável e céu quase sem nuvens. O mês menos chuvoso em Ouro Branco é julho, com média de 6 milímetros de precipitação de chuva. Julho também é o mês mais frio, com temperaturas diárias máximas de 23 °C e mínimas de 11 °C, em média.

Pode-se dizer que, durante o ano inteiro, o clima é morno. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 11 °C a 28 °C e raramente é inferior a 8 °C ou superior a 31 °C. A melhor época do ano para visitar Ouro Branco e realizar atividades turísticas gerais ao ar livre, é do meio de abril ao início de outubro.

1.568 METROS DE ALTITUDE, área aproximada de 1.614 hectares e 20km de extensão a sudeste.

Nem iPhone, nem Galaxy: veja o celular mais vendido da história

O site VisualCapitalist publicou ranking dos 15 celulares mais vendidos da história, com base em dados da Omdia, Wikipedia e Yahoo Finance

Qual é o celular mais vendido da história? Você provavelmente arriscaria dizer algum modelo de iPhone, da Apple, ou Galaxy, da Samsung. E estaria errado. Por incrível que pareça, os aparelhos que encabeçam o pódio são: Nokia 1100 e Nokia 1110.

Para quem tem pressa:

  • Os dois celulares mais vendidos da história não são iPhone nem Galaxy, mas sim os modelos Nokia 1100 e Nokia 1110. É o que revela uma lista publicada pelo site VisualCapitalist, baseada em dados da Omdia, Wikipedia e Yahoo Finance;
  • A lista traz os 15 celulares mais vendidos, dos quais sete são da Nokia, sete são da Apple e um é da Samsung. O Nokia 1100 lidera (250 milhões de unidades vendidas), seguido pelo Nokia 1110 (248 milhões de modelos) e iPhone 6 e 6 Plus (222 milhões de unidades);
  • A maior rivalidade atual no mercado de celulares é entre Apple e Samsung. A Apple domina nos EUA, com 52% de participação de mercado, enquanto a Samsung lidera globalmente, com 22%, em comparação aos 19% da Apple.

Quem apontou o fato inusitado foi Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, numa rede social. Já a fonte da lista compartilhada por Igreja é o site VisualCapitalist, cuja base foram dados da Wikipedia, Yahoo Finance e Omdia, empresa especializada em análise de tecnologia.

Pódio dos celulares mais vendidos

O mundo atingiu a marca de 7,1 bilhões de celulares em 2021 – mais de 90% da população mundial. E entre os 15 aparelhos mais vendidos da história, sete são da Nokia, sete são da Apple e um é da Samsung.

O Nokia 1100, no topo da lista, teve mais de 250 milhões de modelos vendidos em seis anos, antes de ser descontinuado em 2009. O celular circulou ao mesmo tempo que os primeiros smartphones (Nokia E-series e iPhone). Depois, vem o Nokia 1110, com 248 milhões de modelos vendidos.

O iPhone aparece no ranking a partir da terceira posição, ocupado pela linha iPhone 6, com 222 milhões de unidades vendidas (considerando iPhone 6 e iPhone 6 Plus). Suas telas de 4,7 e 5,5 polegadas inauguraram a era dos smartphones de tela grande. E os continuam sendo os iPhones mais vendidos da Apple.

Apple vs Samsung: a rivalidade atual

apple samsung
(Imagem: tinhkhuong/Shutterstock)

O negócio principal da Apple mudou de computadores pessoais para celulares em relativamente pouco tempo. Em 2009, as vendas do iPhone contribuíram com cerca de 25% para as receitas da empresa. Já em 2023, metade da receita de US$ 383 bilhões da Apple veio dos seus celulares.

O iPhone domina rotineiramente os dez celulares mais vendidos todos os anos, como evidenciado pela pesquisa dos analistas de tecnologia Omdia. No entanto, os números de vendas da Samsung não ficam muito atrás.

Embora os modelos de negócios das duas empresas sejam diferentes, seus principais aparelhos são rotineiramente colocados um contra o outro: a Samsung vence em duração da bateria e opções de gama média e baixa, e a Apple vence em otimização e segurança. E ambas as marcas possuem sistemas avançados de câmeras.

A Apple governa o mercado de smartphones dos Estados Unidos, com 52% de participação de mercado. Já a Samsung supera a Apple globalmente, com participação de mercado de 22%, em comparação aos 19% da Apple.

FONTE OLHAR DIGITAL

Mega projeto bilionário: A construção mais cara da história que já empregou mais de 70 mil trabalhadores está saindo do papel

A China continua a impressionar com seus projetos ambiciosos, desenvolvendo agora um rio artificial que poderá se tornar a obra mais dispendiosa do mundo.

O ambicioso projeto de desvio de água na China, que se destaca como a construção mais cara do mundo, tem como objetivo mitigar a escassez de água na região árida e industrializada do norte do país. A iniciativa monumental visa redirecionar cerca de 44,8 bilhões de metros cúbicos de água potável anualmente para as áreas densamente povoadas do norte, fomentando significativamente o desenvolvimento socioeconômico dessa região. Sem duvidas, um dos mais ambiciosos projetos da indústria da construção civil desta década!

Novo rio artificial mais caro do mundo estará pronto até 2050

O grande empreendimento do rio artificial envolve a interligação dos principais rios da China ao longo das rotas Leste central e Oeste, desafiando limites de engenharia e enfrentando preocupações ambientais e logísticas.

A rota Leste inicia no Rio Yangtzé passando pelo Rio Yangtzé, pela passagem de Kedia chegando à cidade de Tianjin, no norte, por meio de vias navegáveis e tubulações. Já a rota Central parte do Rio Danube, fluindo por rios e vias navegáveis em direção a Pequim, no norte, passando por várias províncias incluindo Enan e Hubei. A rota Oeste conecta o rio Yangtzé à região noroeste da China, passando por áreas como Qinghai e Xinjiang, levando água a regiões propensas à seca.

A expectativa é que a construção mais cara do mundo seja concluída até 2050, proporcionando tranquilidade para milhões de pessoas e transformando a paisagem da China. A história do projeto do rio artificial remonta a resposta audaciosa do governo chinês à crescente escassez de água no norte do país com a rápida industrialização, aumento populacional e demandas agrícolas.

A região passava por uma crise hídrica grave ameaçando o abastecimento de água potável e o desenvolvimento socioeconômico. A construção mais cara do mundo, que começou há quase 50 anos, envolveu um extenso planejamento, pesquisa e construção.

Construção do Rio Artificial necessitou de 70 mil trabalhadores

A construção do projeto de transferência de água Sul e Norte na China foi amplamente financiada pelo governo chinês. Este é um grande projeto de infraestrutura incluído no plano de desenvolvimento nacional, portanto o financiamento provém, principalmente, do orçamento do governo Central.

A construção mais cara do mundo envolveu mais de 70.000 trabalhadores chineses utilizando mais de 200.000 toneladas de concreto e aço. Enfrentando desafios geográficos, como a travessia dos Rio Yellow e Yangtzé, foram construídos túneis subterrâneos para superar as barreiras naturais.

O projeto segue um cronograma complexo abrangendo fases como viabilidade, planejamento, licenciamento ambiental, aquisição de terras, escavação, construção de infraestruturas e conclusão das rotas. Comparando o projeto do Rio artificial chinês com a transposição do Rio São Francisco no Brasil, ambos visam solucionar problemas relacionados à disponibilidade de água em suas regiões específicas. No entanto, há diferenças significativas em escala, cronograma, gastos e estratégias adotadas.

Construção mais cara do mundo já gastou 79 bilhões de dólares

O projeto chinês é a construção mais cara do mundo com um orçamento estimado em 62 bilhões de Dólares, mais que o dobro do custo da barragem das Três Gargantas, enquanto o projeto brasileiro tem um orçamento inicial de cerca de R 10 bilhões de reais. Até 2014 mais de 79 bilhões de dólares haviam sido gastos, tornando-o um dos projetos de engenharia mais ambiciosos e caros da história humana.

Os impactos do projeto chinês abrangem aspectos positivos e negativos, visto que o desvio de água beneficia áreas no norte, aliviando a escassez hídrica e impulsionando o desenvolvimento econômico, mas há consequências ambientais como a perda de habitats e o reassentamento forçado de comunidades locais.

O futuro do projeto de Rio artificial enfrentará transformações e desafios com uma expansão planejada para atender às crescentes demandas por água no norte da China. Em conclusão o principal benefício deste projeto é atender as necessidades de água na região norte, que tende a sofrer com a escassez de água especialmente em grandes cidades como Pequim e Tianjin, isso apoia o crescimento econômico e o bem-estar da comunidade.

FONTE CLICK PETRÓLEO E GÁS

Maior concurso público da história sai em 1 semana

Uma oportunidade sem precedentes está chegando para aqueles que aspiram a uma carreira no serviço público brasileiro. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos anunciou que, em apenas uma semana, será lançado o edital para o maior Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) da história.

Este certame inovador selecionará 6.640 servidores para 21 órgãos públicos, marcando um momento histórico para as carreiras públicas no Brasil. Vamos explorar os detalhes dessa oportunidade única e entender como você pode se preparar para essa grande chance.

Um Concurso Público Sem Precedentes

Com a publicação dos editais prevista para o dia 10 de janeiro, o CPNU trará informações cruciais sobre blocos temáticos, conteúdos das provas, critérios de classificação e desclassificação, entre outros aspectos importantes. As inscrições estarão abertas de 19 de janeiro a 9 de fevereiro, com a realização da prova agendada para o dia 5 de maio. A aplicação das provas em 220 cidades de todo o Brasil é um feito inédito, exigindo uma preparação única e meticulosa.

Além de uma inscrição única válida para vários órgãos, o CPNU apresenta outras inovações, como a participação ativa dos órgãos de controle desde o início do certame. Há também um foco na igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos, democratizando o acesso a essas vagas.

O CPNU busca priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público. O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) abrange uma grande variedade de órgãos e, consequentemente, pode incluir uma ampla gama de matérias nos exames.

Estratégias para Candidatos

Com a proximidade do lançamento do edital, é essencial que os candidatos comecem a se preparar. Fique atento às especificações do edital, entenda os blocos temáticos e alinhe sua preparação aos conteúdos que serão abordados. Além disso, considere a realização de simulados e a busca por materiais de estudo que sejam condizentes com o perfil do concurso.

O CPNU representa uma oportunidade única para quem deseja ingressar no serviço público. A diversidade de cargos e a abrangência nacional do concurso oferecem possibilidades variadas para candidatos de diferentes áreas e especializações. Além disso, trabalhar no setor público pode trazer estabilidade, desenvolvimento profissional e a chance de contribuir para a sociedade de maneira significativa.

O Concurso Público Nacional Unificado é uma porta de entrada para uma carreira promissora no serviço público brasileiro. Com seu formato inovador e abrangente, ele tem o potencial de atrair uma grande diversidade de talentos e habilidades. Se você está considerando uma carreira no serviço público, este é o momento de se preparar e aproveitar essa oportunidade única. Fique atento aos detalhes do edital, prepare-se adequadamente e boa sorte!

FONTE NOTÍCIA DA MANHÃ

A História de Dom João Muniz, o Missionário da Saúde em Congonhas/MG

André Candreva

Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas (IHGC);

Sócio Efetivo da Academia de Letras e Artes de Congonhas (ACLAC);

Sócio Correspondente da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete (ACLCL);

Sócio Efetivo da Academia de Letras Brasil/RMBH/MG.

Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.

Dom João Muniz – O Missionário da Saúde

Dom João Muniz, nascido em 14/01/1900 no distrito denominado Chácara em Juiz de Fora, era filho de Joaquim Leal Muniz Maranhas e Olímpia Augusta Henriques de Campos Maranhas.

Estudou e foi ordenado padre redentorista na Holanda. De volta ao Brasil foi designado para a cidade de Congonhas na década de 1930, onde tornou-se professor do Seminário São Clemente e secretário do Santuário Senhor Bom Jesus. Nesse cargo, coordenou a remodelação e construção do prédio do Santuário, do hotel Santuário, as reformas das casas do “Beco dos Canudos”, das casas do lado esquerdo da Basílica e também da antiga Romaria. Teve uma atuação determinante no progresso e melhoria das instalações e benfeitorias do Santuário e de suas imediações.

Mas uma de suas maiores contribuições para Congonhas foi a demarcação do território do município na ocasião de sua emancipação em 1938.

Naquele momento foi realizada uma grande negociação política que contou com uma estratégia liderada por Dom Muniz, que garantiu ao futuro município de Congonhas, das áreas onde estava localizada uma grande jazida de minério de ferro.

No início da década de 1940 deixou Congonhas para assumir o bispado da cidade de Barra/BA, uma região muito pobre do nordeste brasileiro. Mais um grande desafio em sua caminhada. E o enfrentou com altivez e sabedoria.

Já como bispo de Barra, foi um dos precursores na luta para erradicação da malária naquela região. Em 1944 Dom João Muniz se empenhou para angariar fundos destinados à construção do Seminário da Diocese de Barra, no município de Correntina/BA. Organizou e promoveu em julho de 1950, a 2ª Semana do Fazendeiro do Médio São Francisco e a Exposição Agropecuária da região de Barra/BA, com a participação do Senador Novais Filho e do Ministro da Agricultura, Dr. Carlos Lobão Muniz de Souza.

Foi agraciado em 1950 com o Prêmio Nacional de Prevenção da Cegueira, conferido pela Liga Nacional de Prevenção da Cegueira, recebendo das mãos do Ministro da Saúde Pedro Calmon, pelo relevante serviço público prestado ao Brasil na prevenção da cegueira nas populações carentes, em especial na região do médio São Francisco.

Em 1951 Dom João Muniz esteve pessoalmente com o Presidente da República, Getúlio Vargas, no Palácio do Catete – Rio de Janeiro/RJ, onde cobrou maior interesse por parte do Governo Federal para as questões de ordem social do médio São Francisco, e também o apoio de Vargas para as comemorações da Semana do Lavrador na cidade de Barra/BA. Neste mesmo ano visitou o Papa Pio XII na Santa Sé, de quem recebeu benção especial pela sua boda de prata sacerdotal, comemoradas no Colégio Witten, da Congregação Redentorista, na Holanda.

No ano de 1954 recebeu o título de “Missionário da Saúde”, por ser o patrono espiritual das atividades do Serviço Nacional no Combate à Malária na região do semiárido baiano. E também por promover uma extensa campanha contra a esquistossomose nas cidades de Garanhuns, Caruaru e Recife, no estado de Pernambuco. Dom João Muniz é considerado um dos pioneiros dos serviços de assistência ao homem do campo, no interior do nordeste brasileiro.

Dom João Muniz resignou-se do bispado quando já não se sentia capaz de atuar com vigor nas causas urgentes daquele lugar. Retornou à Belo Horizonte onde voltou a ser padre redentorista. Permaneceu na capital mineira até a sua morte em 10 de dezembro de 1977, aos 77 anos.

A pedido da população do Município de Barra/BA foi sepultado dentro da Catedral da cidade como uma última homenagem e reconhecimento pelos trabalhos prestados.

Seminário aborda a história de Ouro Branco

Amanhã, dia 28 de novembro, será realizado o II Seminário sobre a História de Ouro Branco. O evento busca trazer reflexões sobre a história do município, algo que tem especial importância no contexto de celebração dos 70 anos de emancipação de Ouro Branco. Na ocasião será realizado o lançamento do livro infantil “As aventuras em Ouro Branco, Minas Gerais”, com a presença das autoras Rafaela Ribeiro e Alicia Silva. O livro é fruto de um trabalho de conclusão do curso de Graduação em Pedagogia e orientado pelos professores Rodolpho dos Santos e Denise Giarola. O evento é gratuito e aberto a toda população. Para saber mais, clique aqui!

Seminário aborda a história de Ouro Branco

Amanhã, dia 28 de novembro, será realizado o II Seminário sobre a História de Ouro Branco. O evento busca trazer reflexões sobre a história do município, algo que tem especial importância no contexto de celebração dos 70 anos de emancipação de Ouro Branco. Na ocasião será realizado o lançamento do livro infantil “As aventuras em Ouro Branco, Minas Gerais”, com a presença das autoras Rafaela Ribeiro e Alicia Silva. O livro é fruto de um trabalho de conclusão do curso de Graduação em Pedagogia e orientado pelos professores Rodolpho dos Santos e Denise Giarola. O evento é gratuito e aberto a toda população. Para saber mais, clique aqui!

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