Alta dos combustíveis, energia e carne responde por mais da metade da inflação, mostra pesquisa

Levantamento aponta que IPCA acumulado em 12 meses estaria em 4,37% se excluídos combustíveis, energia e carne

inflação oficial do país tem como grandes vilões os combustíveis, a energia elétrica e a carne. Segundo um levantamento do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV), o peso desses itens no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) representa quase 50%.

No acumulado em 12 meses até agosto, o IPCA chegou a 9,68%. Descontados gasolina, etanol, diesel, gás de botijão, energia elétrica e carnes vermelhas, o índice estaria em 4,37%, dentro da meta estabelecida pelo governo federal para 2021.

“A inflação está concentrada em itens que são do consumo cotidiano das famílias e essa inflação claramente penaliza mais a baixa renda”, explica o economista e professor Robson Gonçalves, responsável pelo estudo.

O aumento no nível dos preços medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 10,42% no acumulado em 12 meses até agosto para famílias com renda de até cinco salários mínimos. Caso o preço desses itens tivesse se mantido estável, o INPC para esse grupo estaria em 4,91%.

“Essa inflação tem um aspecto que é difícil fugir dela. E a implicação disso que é que outros itens acabam sendo sacrificados para que se consiga pagar conta de energia, o botijão de gás, e assim por diante”, completou.

Gasolina e energia

Entre os mais de 400 itens e subitens analisados pelo IBGE para compor o índice, a gasolina e a energia elétrica são alguns dos que tem maior peso. O combustível representa 5,98% na taxa, enquanto a energia elétrica responde por 4,81%.

É por esse motivo que a disparada desses elementos impacta tanto na inflação do país e na perda do poder de compra do brasileiro.

“Os itens que mais estamos vendo aumento de preços são incompressíveis, ou seja, não tem como fugir deles. Você tem uma possibilidade de economia de energia elétrica muito limitada. Um motorista de aplicativo tem uma possibilidade quase nula de redução do consumo de gasolina ou etanol. As famílias têm uma possibilidade quase nula de redução de consumo de gás de cozinha”, disse o pesquisador.

Cesta básica dispara

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica de alimentos atualmente corresponde a 65,32% dos ganhos mensais de famílias com renda de um salário mínimo.

“Num contexto de aumento da energia elétrica, do botijão de gás e dos combustíveis, o consumidor acaba cortando a carne bovina por duas razões: primeiro porque está cara e, segundo, porque está sobrando menos dinheiro mesmo”, completou.

Inflação nos últimos anos

FONTE CAPITALIST

Inflação reduz em R$ 62 poder de compra do salário mínimo em 2021

Salário mínimo de R$ 1.100 adotado este ano já perdeu R$ 62 no poder de compra com alta acelerada da inflação

O atual salário mínimo, de R$ 1.100, perdeu R$ 62 no poder de compra em 2021. O motivo é a alta acelerada da inflação, que de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) já subiu 5,67% só neste ano. Em 12 meses, o acumulado chega a 9,68%.

Para os brasileiros mais pobres, a inflação aumentou 5,9%. Com base nesses dados, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula que o salário mínimo atual vale R$ 1.038.

O governo federal enviou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) para 2022, no qual está previsto um reajuste do piso nacional para R$ 1.169. O valor não representa ganho real, apenas visa evitar perdas inflacionárias.

Vilões do INCP

No caso das famílias de baixa renda, a alimentação é o que mais pesa. No geral, os combustíveis estão na ponta de cima do ranking de itens com maior alta. Veja o que ficou caro nos últimos meses:

  • Conta de luz (+10%)
  • Gás encanado (+14%)
  • Botijão de gás (+23%)
  • Carnes (+8,4%)
  • Frango (+11%)
  • Margarina (+15%)
  • Café (+17%)
  • Gasolina (+30%)
  • Etanol (+40%)

“A alta mais considerável aconteceu no grupo de alimentação, que é o que vai trazer a maior preocupação para as famílias de renda mais baixa. Cerca de 25% do orçamento deles é com alimentação”, afirmou Ilmar Silva, economista do Dieese.

FONTE CAPITALIST

Inflação sobe e ameaça substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil

A alta da inflação que beira os dois dígitos ameaçam a substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil. O índice inflacionário foi divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A apuração é feita através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que deve encerrar o ano em 9,1%. Por outro lado, a projeção feita pelo Governo Federal através do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) é de 6,2%.

É preciso ter em mente que a inflação é a base utilizada para o reajuste de uma série de preços, portanto, afeta diretamente na definição do orçamento anual e manejo das contas públicas. Por esta razão, a inflação pode travar o progresso de apreciação do Auxílio Brasil

A intenção do presidente da República, Jair Bolsonaro, é elevar a verba para o Auxílio Brasil em R$ 18 bilhões em comparação ao atual orçamento do Bolsa Família. No entanto, este aumento está vinculado à apreciação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios. 

A PEC dos precatórios prevê o parcelamento de dívidas judiciais em até dez anos. A primeira parcela seria o equivalente a 15% do valor total, posteriormente as próximas parcelas seriam anuais até que todo o débito fosse quitado dentro do prazo de nove anos. 

Se a proposta for aprovada, será possível poupar os gastos dispostos no Orçamento para 2022 em até R$ 33,5 bilhões. No entanto, caso a inflação realmente seja fixada no patamar indicado, a correção de benefícios previdenciários e assistenciais como o BPC, aposentadorias, PIS/PASEP, seguro desemprego e mais, irão se sobrepor a esta reserva.

Na prática, não seria possível fazer nenhuma poupança com foco no investimento do Auxílio Brasil. É preciso ter em mente que, quando o projeto do Orçamento de 2022 foi elaborado, o Governo Federal levou em conta o índice inflacionário da época, que era de 6,2%.

Mas vale lembrar que mesmo assim, o texto não fazia menção a uma verba majoritária destinada ao novo programa de transferência de renda. 

Diante dos nítidos impasses, o próprio Governo Federal por meio da equipe econômica já enxerga a defasagem da situação econômica e do mercado, esperando previsões e um resultado concreto ainda mais alto.

Se o cenário Ibre realmente se confirmar, o PLOA realmente precisará ser editado para que seja capaz de incluir novos gastos na margem de R$ 23 bilhões. 

Se os esforços forem mútuos, precisos e favoráveis devido à aceitação da PEC dos precatórios, o parcelamento das dívidas resultaria no saldo de R$ 10,5 bilhões. O montante é nitidamente inferior à proposta feita para custear o Auxílio Brasil, que no futuro pode receber um investimento de R$ 53 bilhões.

Auxílio Brasil

A futura transferência de renda é a proposta de Jair Bolsonaro para deixar sua marca na gestão do Brasil. Isso quer dizer que o programa tem sido usado como uma estratégia de campanha para a reeleição presidencial em 2022. 

A intenção do Governo Federal é lançar o programa até o mês de novembro deste ano. O prazo foi estabelecido em virtude do término do auxílio emergencial que fará o pagamento da sétima e última parcela no mês de outubro deste ano. 

Mas para isso, é preciso que o texto seja aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal em até 120 após a data de recebimento. Este é o prazo necessário para a proposta não perder a validade, lembrando que 2022 é ano eleitoral, o que impede a apreciação de qualquer sugestão que envolva o investimento de recursos da União. 

Inflação sobe e ameaça substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil
Inflação sobe e ameaça substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil. (Imagem: Exame)

O texto do Auxílio Brasil sugere os seguintes benefícios complementares:

Benefício Primeira Infância: será direcionado a famílias que em sua composição possuem crianças de zero a 36 meses incompletos.

Benefício Composição Familiar: é voltado a jovens com idade entre 18 a 21 anos incompletos, com o intuito de incentivar este grupo a continuar os estudos e concluir, pelo menos, um nível de escolaridade formal.

Benefício de Superação da Extrema Pobreza: se mesmo após adquirir o direito aos benefícios mencionados acima, a família não superar a condição de extrema pobreza, ela poderá receber um outro auxílio financeiro de acordo com a composição familiar.

Auxílio Esporte Escolar: voltado a adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos integrantes de famílias beneficiárias do Auxílio Brasil e que se destacam em competições oficiais do sistema de jogos escolares realizados por todo o Brasil. 

Bolsa de Iniciação Científica Júnior: paga a estudantes que tiverem um bom desempenho em competições acadêmicas e científicas. Será disponibilizada em 12 parcelas mensais sem limite de beneficiários por família. 

Auxílio Criança Cidadã: será disponibilizado para os pais ou responsáveis de crianças de zero a 48 meses com fonte de renda, mas que não encontrou vaga em creches públicas ou privadas da rede conveniada. 

Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: pago a beneficiários do Auxílio Brasil que comprovarem vínculo empregatício formal. 

Benefício Compensatório de Transição: destinado a famílias que recebiam o Bolsa Família, mas que perderam uma parte do benefício em virtude da transferência de cadastro para o Auxílio Brasil. Será disponibilizado somente durante o prazo de implementação do novo programa.

FONTE FDR.COM

Preço médio da gasolina sobe pela 6ª semana seguida nos postos do Brasil

Pesquisa do Mercado Mineiro foi realizada entre os dias 9 e 13 de setembro

Em Belo Horizonte, o litro da gasolina está acima dos seis reais. De acordo com uma pesquisa do site Mercado Mineiro, o preço varia entre R$ 6,07 a R$ 6,49, uma diferença de R$ 0,42. O levantamento foi feito entre os dias 9 e 13 de setembro. 

Ainda segundo o Mercado Mineiro, o valor médio atual da gasolina na capital é de R$ 6,23, registrando um aumento de, aproximadamente, R$ 0,13 em relação ao mês anterior, quando o preço médio estava em R$ 6,10. Já comparado a janeiro deste ano, quando o valor da gasolina estava em R$ 4,64, o aumento é de 34%. 

Nas cidades da Região Metropolitana de BH, os preços também seguem altos. Em Betim, o litro da gasolina comum pode ser encontrada entre R$ 6,20 e R$ 6,39. Já em Contagem, o litro mínimo registrado foi de R$ 6,06. O valor máximo encontrado no município foi de R$ 6,33.

O preço do etanol varia entre R$ 4,57 e R$ 4,99, o que simboliza uma diferença de pouco mais de 9% em BH e na Região Metropolitana. No último mês, o valor subiu 9,74%, ou seja, R$ 0,42 pelo litro. De janeiro até agora, o etanol subiu 47,52%, passando, em média, de R$ 3,21 para R$ 4,74. 

Conforme estudo realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), Gás Natural e Biocombustíveis, o preço médio da gasolina na semana encerrada no dia 11 de setembro subiu para R$ 6,05 por litro, contra R$ 6 por litro na semana anterior, o que representa uma alta de 0,86%.

Nos mais de quatro mil postos pesquisados pela ANP, o preço máximo do litro chegou a R$ 7,18 e o mínimo foi de R$ 5,15. 

FONTE ITATIAIA

Afinal, por que tudo está tão caro no Brasil?

Saiba o que aconteceu nos últimos dias para contribuir com o aumento dos preços e impactar ainda mais o bolso do brasileiro

O brasileiro está cansado de observar os efeitos da inflação na sua rotina. Todos os dias, os preços aumentam mais e a percepção de que “tudo está caro” cresce entre os consumidores do país. Mas quais são os principais motivos que contribuíram  com esse fenômeno nos últimos dias?

Inflação puxada pela gasolina

Em agosto, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chegou a 0,87%. Esse é o maior nível para o mês desde 2020.

Já a inflação acumulada em 12 meses atingiu 9,68%, patamar mais alto desde fevereiro de 2016, quando chegou a 10,36%. A alta expressiva foi puxada pelos combustíveis, liderados pela gasolina, que subiu 1,24% em relação a julho, para 2,96%.

O preço da gasolina disparou nove vezes somente em 2021, acumulando avanço de 31,09% até agosto. O litro chega a ultrapassar os R$ 7 em algumas localidades. Já o diesel subiu 28,02% no mesmo período, segundo dados do IPCA.

Vale lembrar que a inflação mede o aumento dos preços de uma cesta de bens e serviços essenciais para os brasileiros. Dentre essas categorias estão: alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação.

Crise hídrica e suas consequências

A falta de chuvas é outro motivo que está causando dor de cabeça no país. Com a seca e o descuido de grandes empresas e da população, os reservatórios chegam a níveis baixíssimos e surge a necessidade de racionar água.

Mais do que reduzir a quantidade de água disponível para a população, a crise hídrica impacta a produção dos alimentos, reduzindo a oferta de produtos e aumentando os preços. Outro fator é que as usinas hidrelétricas são responsáveis pela produção de 62% da energia do Brasil. Sem água, o fornecimento é comprometido e a conta de luz aumenta.

Nessa cadeia, quem sente no bolso é o consumidor. Diretamente ligadas, a crise hídrica e a inflação pesam nas contas e deixam milhões de brasileiros sem acesso aos itens básicos para eu dia a dia.

FONTE CAPITALIST

Valor do INSS pode chegar a R$ 6.843 a partir de 2022; Entenda

Aumento no pagamento da aposentadoria considerou os índices da inflação a 6,2%. Contudo, percentual pode chegar a 7% em 2021

O governo federal enviou ao Congresso Nacional a proposta de reajuste do salário mínimo 2022. A mais recente projeção aponta um aumento de R$ 69 no piso nacional, que valerá R$ 1.169 a partir do ano que vem.

O valor, no entanto, ainda pode mudar, sobretudo em razão das recentes oscilações da inflação. Isso porque a correção do salário mínimo é feita com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Tendo em vista que a previsão inflacionária deste ano é 7%, o cálculo do novo salário mínimo, a R$ 1.169, considerou apenas a média de 6,2%. Ou seja, o piso nacional ainda pode sofrer reajustes até dezembro.

Aumento da aposentadoria

Os reajustes do salário mínimo influenciam de maneira direta o valor dos benefícios governamentais. Entre eles podemos citar os abonos e os auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com destaque para as aposentadorias.

Conforme rege a lei, o valor do piso repassado aos aposentados brasileiros não pode ficar abaixo de um salário mínimo, hoje a R$ 1.100. No entanto, não só os beneficiários com valor mínimo terão reajuste nos benefícios, mas também aqueles com ganhos em folha superiores.

Segurados que recebem o valor do teto do INSS passarão a ganhar R$ 6.843,07 a partir de janeiro de 2022, caso o reajuste de R$ 1.169 seja mantido. A inflação definitiva do INPC só será divulgada em janeiro do próximo ano, período em que a confirmação da correção é finalmente apresentada.

Sendo assim, com base nos cálculos da mais recente proposta do governo federal, os salários dos aposentados do INSS ficarão reajustados da seguinte forma:

  • Mínimo sobe de R$ 1.100 para R$ 1.169;
  • Médio aumenta de R$ de 3.500 para R$ 3.717;
  • Teto vai de R$ 6.443,57 para R$ 6.843,07.

Resumindo: se concretizadas as previsões, os acréscimos no salário mínimo serão de R$ 69 e R$ 399, considerando ambos os públicos de beneficiários.

FONTE CAPITALIST

Inflação encosta em dois dígitos após maior alta em 21 anos, puxada por gasolina

IPCA sobe 0,87% em agosto e 9,68% no acumulado em 12 meses

inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), atingiu 0,87% em agosto, puxada pela gasolina. A taxa é a maior para o oitavo mês do ano desde 2000, quando o indicador alcançou 1,31%. 

O resultado ocorreu após avanço ainda mais forte em julho, de 0,96%, informou nesta quinta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

A taxa de agosto ficou acima das expectativas do mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam variação de 0,71% no mês passado. 

Conforme o IBGE, o IPCA encostou em dois dígitos no acumulado de 12 meses, alcançando a marca de 9,68%. Assim, ampliou a distância frente ao teto da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central). No acumulado até julho, a variação estava em 8,99%. 

O teto da meta de inflação em 2021 é de 5,25%. O centro é de 3,75%. 

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em agosto, com destaque para o segmento de transportes. Puxado pelos combustíveis, esse grupo registrou a maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 ponto percentual) no índice geral do mês. A gasolina subiu 2,80% e teve o maior impacto individual (0,17 p.p.). Etanol (4,50%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%) também ficaram mais caros no mês. 

“O preço da gasolina é influenciado pelos reajustes aplicados nas refinarias de acordo com a política de preços da Petrobras. O dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final”, disse André Filipe Guedes Almeida, analista da pesquisa do IBGE. 

A segunda maior contribuição (0,29 p.p.) entre os grupos veio de alimentação e bebidas (1,39%), que acelerou em relação ao mês anterior (0,60%). Na sequência, veio habitação (0,68% e 0,11 p.p.), cujo resultado ficou abaixo do registrado em julho (3,10%). A variação de habitação ainda foi impactada pela alta da energia elétrica (1,10%), mesmo com a desaceleração do item em relação ao mês anterior (7,88%). 

No acumulado, a inflação está acima de 10% em oito das 16 capitais ou regiões metropolitanas pesquisadas. A maior taxa em 12 meses foi registrada em Curitiba (PR), de 12,08%. Em seguida, aparecem Rio Branco (AC), com 11,97%, e Campo Grande (MS), com 11,26%. ​ 

A escalada do IPCA ganhou corpo ao longo da pandemia. Em um primeiro momento, houve disparada de preços de alimentos e, em seguida, avanço de combustíveis. Alta do dólar, estoques menores e avanço das commodities ajudam a explicar o comportamento dos preços. 

Não bastasse essa combinação, a crise hídrica também passou a ameaçar o controle da inflação neste ano. É que a escassez de chuva força o acionamento de usinas térmicas, o que eleva os custos de geração de energia elétrica. O reflexo é a luz mais cara nos lares brasileiros

Em uma tentativa de frear a inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) passou a subir a taxa básica de juros (Selic). Em agosto, o colegiado confirmou alta de 1 ponto percentual na Selic, para 5,25% ao ano. 

Os preços em patamar alto, em um ambiente de juros maiores, desemprego acentuado e renda fragilizada, jogam contra o consumo das famílias e os investimentos das empresas. 

O mercado financeiro vem subindo suas projeções para a inflação. A estimativa mais recente é de IPCA de 7,58% ao final de 2021. A previsão aparece no boletim Focus publicado pelo BC na segunda-feira (6). 

Para parte dos analistas, o país corre o risco de embarcar em um período de estagflação nos próximos meses. O fenômeno é caracterizado por combinar fraqueza econômica e preços em alta. 

“A conjunção de crise hídrica com elevação forte dos juros causa sensação de estagflação iminente”, apontou recente relatório da consultoria MB Associados.

da Folhapress

FONTE YAHOO FINANÇAS

Inflação de julho aumenta para todas as faixas de renda

Pelo quarto mês consecutivo, a inflação das famílias de renda muito baixa ficou acima da inflação dos mais ricos. De acordo com o Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado hoje (13) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), houve aumento da inflação na margem de junho para julho para todas as faixas de renda, só que esse incremento foi maior para as famílias de renda muito baixa (1,12%), contra 0,88% das famílias de renda alta.

A economista Maria Andreia Lameiras, pesquisadora do Ipea, disse à Agência Brasil que a diferença para a parcela mais pobre da população tem ocorrido porque os produtos que têm subido muito nos últimos meses são os que pesam muito na cesta de consumo dos mais pobres. “Você tem aí alimentos, energia elétrica e gás de cozinha. Isso tudo pressiona mais a inflação dos mais pobres, porque o percentual da renda gasto com esses itens é maior do que para os mais ricos”.

Maria Andreia explicou que o impacto da alta inflacionária nos mais ricos acaba sendo menor, porque o peso desses itens consumidos na cesta dos mais ricos é menor. Ela destacou também que, em julho, houve queda no preço dos planos de saúde (1,4%) e isso contribuiu para aliviar a inflação dos mais ricos. “Por isso, deu essa diferença.”

Acumulado

No acumulado do ano até julho, a pesquisa mostra que o grupo que registrou a maior alta foi o de famílias da classe média baixa que recebem entre R$ 2.471,09 e R$ 4.127,41 por mês, para as quais a variação atingiu 5% no ano.

Para o grupo de renda muito baixa, que recebe até R$ 1.650,50, a inflação de janeiro a julho foi de 4,8%, enquanto que para as famílias de maior renda, que recebem por mês mais de R$ 16.509,66, a inflação acumulada alcançou 4,28%.

Maria Andreia informou que o aumento se deve à alta de alimentos, energia elétrica, gás de cozinha, tanto em botijão como encanado, gasolina, que pega um pouco a classe média. “Quando olhamos a classe média e média-baixa, elas acabam tendo uma inflação maior.”

Nos últimos doze meses, vemos o retorno da inflação mais alta para as famílias de renda muito baixa (10,1%), a maior desde 2016 (10,6%), enquanto as famílias de renda alta têm inflação menor (7,1%). “O período de 12 meses ainda está muito contaminado por alimentos”. A pesquisadora do Ipea observou que no segundo semestre de 2020, que está na conta de 12 meses, o grupo alimentos cresceu muito, e isso afetou a cesta dos mais pobres.

Para os mais ricos, não só os alimentos pesam menos, como  também tem o efeito da pandemia. Como resultado das medidas de restrição e circulação muito grandes, impostas pelas autoridades para conter a disseminação do novo coronavírus, o setor de serviços jogou muito para baixo a inflação dos mais ricos, com reflexos inclusive na educação, que teve descontos de mensalidades no segundo semestre. “Além disso, gastos com serviços pessoais e recreação deram um alívio na inflação dos mais ricos. Por isso, ela fica mais alta para os mais pobres”, disse a economista.

Reajustes

Os reajustes que causaram maiores impactos em julho para as famílias de renda muito baixa foram os das tarifas de energia elétrica (7,88%), gás de botijão (4,17%), carnes (0,77%), aves e ovos (2,84%), leite e derivados (1,28%).

Para os mais ricos, o principal foco foram os reajustes da gasolina (1,6%), das passagens áreas (35,2%) e do transporte por aplicativo (9,4%). Em 12 meses, a alta inflacionária para as famílias de renda muito baixa reflete as variações de 16% dos alimentos no domicílio, de 20,1% da energia elétrica e de 29,3% do gás de botijão, sinaliza a pesquisa do Ipea.

Edição: Maria Claudia

FONTE AGENCIA BRASIL

Salário mínimo terá a maior alta em 2022 por conta da inflação

Constituição determina uma correção anual no valor do salário mínimo para conter as perdas geradas pela inflação

salário mínimo de 2022 terá o maior reajuste registrado desde 2016 por conta da inflação, que está próxima de 7%. Embora o valor deva chegar a R$ 1.177 no próximo ano, o novo valor não representará ganho real no para os trabalhadores se a inflação permanecer nesse patamar.

Isso significa que a alta não aumenta o poder de compra dos brasileiros. Ou seja, com o novo valor do piso nacional, não será possível adquirir mais produtos do que atualmente. O reajuste servirá apenas para compensar as perdas com o aumento dos preços dos produtos.

A Constituição determina uma correção anual no valor do salário mínimo para manter esse poder de compra. Veja os últimos reajustes feitos desde 2016:

  • 11,6% em 2016: R$ 880;
  • 6,48% em 2017: R$ 937;
  • 1,81% em 2018: R$ 954;
  • 4,61% em 2019: R$ 998;
  • 4,7% em 2020: R$ 1.045; e
  • 5,22% em 2021: R$ 1.100).

Projeto de Lei Orçamentária Anual

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) contendo uma nova estimativa de reajuste do salário mínimo deve ser enviado pelo governo ao Congresso até o dia 31 de agosto. Na primeira versão, prevista no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLOA), a alta seria de 6,2%, com o piso chegando a R$ 1.168,20.

O governo Bolsonaro não oferece aumento real no salário mínimo, garantindo apenas o necessário para cobrir a inflação. Entretanto, neste ano o valor não conseguiu dar conta da inflação acumulada no ano passado, e o piso nacional ficou R$ 2 abaixo do necessário.

FONTE CAPITALIST

Renda familiar é a menor desde 2005 em meio a inflação; Entenda!

O poder de compra da renda dos brasileiros está diminuindo e isso é visível quando pensamos no valor de itens essenciais, como a própria cesta básica. De cada R$ 100 do orçamento das famílias brasileiras, sobra apenas R$ 41,22 para gastar em consumo, pagamentos de dívidas e investimentos, o que demonstra a “queda da renda” das famílias brasileiras, mais especificamente no poder de compra desta renda.

A renda tem sido pressionada pela alta do preço dos alimentos, em especial do leite e da carne, além de reajustes da energia elétrica e combustíveis. A carne de primeira já foi cortada do prato de diversas famílias e substituída por algo mais barato. Nesse sentido, pagar o gás de cozinha vem sendo uma dificuldade extra dos brasileiros.

O preço do quilo da carne é uma das maiores reclamações do brasileiro atualmente. No primeiro momento, muitos começam a cortar na quantidade. Depois disso, muitos foram praticamente cortando o alimento e substituindo ele no cardápio por outras proteínas mais baratas, como o ovo.

Muitos brasileiros pelo país que estão com dificuldade de fechar a conta do mês através da renda atual. A maior parte está sendo gasta com produtos essenciais, como combustível e alimentos, sobrando pouco ou nenhum dinheiro para construir uma reserva de emergência ou para investir. As famílias não tinham um aperto financeiro tão grande desde 2005, quando de R$ 100, sobrava R$ 40,98 apenas, em média.

Valor do Auxílio Emergencial não é suficiente para a cesta básica

O valor do novo Auxílio Emergencial foi bastante criticado por muitos brasileiros, principalmente por que agora não é mais pago um valor mínimo de R$ 600, mas sim de apenas R$ 150 para a maior parte dos beneficiários, o que é visto como “insuficiente” para a maior parte dos que recebem, para muitos não dando nem para cobrir o preço da cesta básica.

O auxílio de R$ 1.200 ajudou bastante a muitas mães brasileiras solteiras no ano de 2020. Com a mudança para R$ 375, ficou bem mais complicado arcar com as mesmas despesas no mês, sobretudo para pessoas que pagam aluguel ou dentre os que estão entre os milhões de desempregados que existem atualmente no Brasil.

Combinação de fatores pressiona a renda dos brasileiros

O orçamento dos brasileiros tem sido afetado por uma série de fatores, como a própria alta dos preços dos alimentos que vem ocorrendo, principalmente no que se refere ao período desde 2020, por conta dos efeitos da pandemia na economia do país. Além disso, aconteceu um aumento considerável no valor do combustível e também da energia elétrica.

De acordo com uma pesquisa que foi realizada pela Tendências e que foi divulgada pelo portal de notícias G1, a situação é ainda mais dramática para as classes D e E, em que aumento dos preços é sentido ainda mais.

Para as classes mais baixas, neste momento, a situação fica ainda mais complicada na proteção da renda. Além da queda no orçamento, o desemprego também está em níveis recordes no país, passando de 14,6% e atingindo níveis históricos no número total de cerca de 14,8 milhões de brasileiros.

FONTE NOTICIAS CONCURSOS

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