Nova ferramenta do DER-MG mostra em tempo quase real as condições das estradas mineiras. Zona da mata é a pior região em termos de pontos críticos
As estradas administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) possuem 59 pontos críticos, sendo que a maioria (51) está com meia pista bloqueada e apenas 11 obras em andamento para a sua correção.
É o que mostra o novo sistema online de mapeamento e monitoramento das ocorrências nas rodovias à disposição no site do órgão. Confira o recorte feito nesta terça-feira (02/04) pela reportagem para um panorama (Tabela abaixo).
A região que concentra mais pontos críticos é a Zona da Mata, somando 19 bloqueios parciais. São oito erosões de pistas, quatro abatimentos de pistas, quatro rompimentos de bueiros, uma obra de arte (ponte, viaduto etc.) danificada, uma queda de barreira e um abatimento de aterro. No total são 16 vias com tráfego em meia pista e três interditadas com passagem por variante.
O Vale do Rio Doce é a segunda região com mais pontos críticos, de acordo com o levantamento do DER-MG, somando 13 áreas com problemas de trafegabilidade. Dessas, nove foram causadas por erosões nas pistas, duas por drenagens viárias obstruídas e outras duas por rompimento ou abatimento no aterro da pista. Todas se encontram com metade da pista interrompida.
A Grande Belo Horizonte está em terceiro lugar com mais pontos considerados críticos, somando nove locais. São três abatimentos de pistas, dois danos a obras de arte, duas erosões de pista, uma queda de barreira e um rompimento de bueiro. Dessas, sete vias têm tráfego em meia pista e duas estão bloqueadas, com contorno feito por variante.
O mapeamento do DER-MG mostra que há também dois pontos interrompidos. Um deles é na MG-335, em Mercês da Água Limpa, nos Campos das Vertentes, e não há desvio por variante. O fechamento da via se deve a um atoleiro e as obras estão a iniciar. O dano ocorreu em 27 de março de 2024 e a previsão para a conclusão é no dia 26 de março do mesmo ano.
As coisas vão demorar mais no segundo bloqueio total, na BR-430, em Igaratinga, no Centro-Oeste, onde uma ponte caiu. Também não a contorno por variante. Uma nova passagem está em fase de Projeto/Estudo Técnico Preliminar. O desmoronamento da ponte ocorreu em 15 de janeiro de 2024 e a data prevista para a conclusão é 17 de novembro de 2026.
Na Grande BH e regional de Belo Horizonte os piores pontos críticos são duas vias interrompidas, com passagens feitas em variantes. Uma delas, na MG-443, em Ouro Branco, onde ocorreu um abatimento da pista no dia 20 de março de 2024. A correção definitiva está em Projeto/Estudo Técnico Preliminar e deve ter a liberação em 17 de novembro de 2026.
O outro segmento bloqueado na regional, mas com passagem por variante, é na MG231, entre Cordisburgo e Santana do Piratama, onde uma ponte também cedeu, no dia 23 de fevereiro de 2024. O reparo também se encontra na fase de Projeto/Estudo Técnico Preliminar e também deve ter a liberação após obras em 17 de setembro de 2026.
FERRAMENTA PARA VIAJANTES
Com o mapeamento e monitoramento das ocorrências nas rodovias as viagens devem se tornar mais seguras, segundo expectativa do DER-MG. “Por meio de um mapa, antes de começar a viagem, o motorista poderá verificar o tipo de ocorrência registrada em determinado ponto do trajeto e visualizar as fotos daquele local”.
As informações contidas no mapa, que o motorista pode consultar, são inseridas por meio de aplicativo por servidores do DER-MG, que atuam nas 40 Unidades Regionais, e percorrem diariamente as rodovias mineiras de todo o estado de Minas de Gerais.
“Além das informações disponíveis para o cidadão sobre as condições das rodovias, os dados coletados em campo passam a favorecer o planejamento dos investimentos em infraestrutura viária e trazem mais transparência para os usuários”, afirma o departamento.
“O aplicativo facilita, ainda, o mapeamento das ocorrências mais constantes em determinado trecho e aponta as medidas prioritárias de manutenção e conservação das vias, o que acarreta mais eficiência ao uso dos recursos públicos”, informa o DER-MG.
“Antes esse tipo de cadastro era realizado de forma mais sistêmica e muito mais trabalhosa. Hoje, a equipe que vai a campo consegue registrar as ocorrências com o celular na mão, mesmo que esteja offline, e, em poucos minutos, a informação chega em nosso sistema gerencial e no painel da transparência”, explica Rodrigo Colares, responsável pela Assessoria Estratégica do DER-MG.
Condições das estradas
DER-MG mostra estado das rodovias estaduais
Trafegabilidade das pistas
Pista interrompida 2
Meia pista 51
Pista interrompida com variante 6
Obras e intervenções
Obra a iniciar 18
Obra em andamento 11
Obra em projeto 30
Total 59
Local Pontos críticos
Zona da Mata 19
Vale do Rio Doce 13
Grande BH 9
Campos das Vertentes 5
Vale do Rio Jequitinhonha 4
Oeste 2
Sul/Sudoeste 2
Vale do Rio Mucuri 2
Norte de Minas 2
Sul/Sudoeste 1
Causas dos pontos críticos
Danos Quantidade
Erosão de pista 29
Abatimento de pista 8
Rompimento de bueiro 6
Obra de arte (ponte etc) 6
Rompimento de aterro 4
Queda de barreira 3
Obstrução de drenagem 2
Atoleiro 1
Conforme a pesquisa DATATEMPO, a avaliação, que é de quase 70%, é maior entre mulheres que ganham até dois salários-mínimos, chegando a 73%
A maioria da população de Minas Gerais avalia que, hoje, o salário é insuficiente para manter uma boa qualidade de vida. A avaliação é de 68,7% dos entrevistados pela pesquisa DATATEMPO entre 23 de outubro e 21 de novembro. Somente 26,1% apontam que os vencimentos são o bastante para ter uma qualidade de vida considerada boa. Outros 4,8% nem concordam, nem discordam.
A insatisfação é maior entre mulheres que ganham até dois salários-mínimos, ou seja, até R$ 2.640 – o salário-mínimo, que, hoje, é de R$ 1.320, deve aumentar para R$ 1.412 em 2024. A percepção entre as mulheres é quase dez pontos percentuais superior à dos homens. Enquanto 73,2% das mulheres avaliam que o poder aquisitivo é insuficiente, a avaliação entre homens é de 63,8%.
Unanimidade entre mulheres e homens de todas as faixas etárias, a avaliação é maior entre pessoas com idade entre 45 e 59 anos, em que a insatisfação chega a 71%. Entre aqueles da faixa etária entre 25 e 34 anos, o número é de 68,8%. Já a avaliação entre pessoas com idade entre 35 e 44 anos é de 67,9%. O índice chega a 67,5% entre homens e mulheres com 60 anos ou mais, e a 67,1% entre jovens de 18 a 24 anos.
Em todas as 12 regiões de Minas, a maioria da população concorda ou concorda totalmente que o salário é insuficiente para manter uma boa qualidade de vida. A insatisfação é acima da média do Estado no Rio Doce, onde 72,2% dos moradores avaliam que o atual poder de compra é insuficiente para manter uma boa qualidade de vida. Lá, apenas 24,8% estão satisfeitos com os vencimentos mensais. Só 3% são indiferentes à avaliação.
A única região onde a insatisfação está abaixo da média é o Oeste de Minas, onde, mesmo assim, 61,5% dos entrevistados avaliam que, hoje, o salário é insuficiente para manter uma boa qualidade de vida. Lá, a percepção de que, por outro lado, os vencimentos são suficientes também está acima da média, já que 34,6% estão satisfeitos. Por outro lado, 3,6% são indiferentes.
Com margem de erro de 1,41 ponto percentual para mais ou para menos, o nível de confiança da pesquisa DATATEMPO é de 95%. Foram feitas 4.804 entrevistas domiciliares nas 12 regiões de Minas Gerais.
Percepção de preços mais caros também é maior entre mulheres
A avaliação de 68,7% de que, hoje, o salário é insuficiente para manter uma boa qualidade de vida está relacionada à percepção de que os preços estão mais caros. Para 78,7% dos entrevistados, os preços estão mais altos no dia a dia em Minas Gerais. A percepção é maior entre as mulheres de 18 a 34 anos. Se 73,2% dos homens avaliam que os preços estão mais caros, 83,8% das mulheres têm a mesma percepção. Apenas 20,7% dos entrevistados consideram que os preços se mantiveram estáveis.
As áreas onde a avaliação é mais alta estão atreladas aos alimentos. Para 85,3% da população, os preços estão mais altos nos supermercados. Os açougues e os sacolões vêm logo em seguida, com, respectivamente, 33,2% e 23,1%. Apenas depois aparecem, por exemplo, os combustíveis, que, para 17,6% dos entrevistados, estão mais caros, e a conta de energia, com uma avaliação de 15,6%.
As dificuldades para pagar despesas básicas com alimentação e moradia já atingem 43% da população de Minas Gerais. Já 4,3% nem concordam, nem discordam que têm problemas para arcar com estas despesas. Outros 52,5% ainda discordam ou discordam totalmente de que há dificuldades para bancar despesas com alimentação e moradia. Só 0,2% não soube ou não respondeu.
A avaliação de preços mais caros vem a reboque da percepção sobre a inflação, que, para 61,9%, está alta. O acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até o último mês de novembro é de 4,03% e a estimativa do Banco Central é de que chegue a 4,53% até o fim de dezembro. Para 27,6%, a inflação está média, e, para 6,1%, está baixa. Os 4,4% restantes não sabem ou não responderam.
Para 40%, economia de Minas está igual a um ano atrás
A reboque da reeleição do governador Romeu Zema (Novo) e da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 40,2% dos entrevistados avaliam que a situação econômica de Minas Gerais não mudou nos últimos 12 meses. A exceção são os moradores do Norte de Minas e as pessoas com 60 anos ou mais, já que, para a maioria deles, a economia do Estado melhorou em relação a um ano atrás.
Enquanto apenas 32,6% dos entrevistados classificam a situação econômica de Minas como melhor, a avaliação cresce para 42,5% levando-se em consideração apenas o Norte. Lá, 33% apontam que a economia permanece a mesma, e outros 21,2% avaliam que piorou em relação a um ano atrás. Aliás, ao menos 40,5% da região se diz esperançosa em relação ao Estado.
A avaliação da situação econômica pessoal não foge à regra da situação econômica de Minas Gerais. Se 40,2% consideram a economia do Estado igual a um ano atrás, 39,2% apontam que as finanças pessoais também. A percepção é diferente apenas entre quem considera que a situação econômica piorou. Enquanto 24,8% avaliam que a situação econômica de Minas piorou, 27,6% apontam que a situação econômica pessoal piorou.
Transição religiosa está entre as principais mudanças ocorridas no país nestes 200 anos de Independência
O Brasil está passando por um processo de transição religiosa que se desdobra em quatro movimentos: declínio absoluto e relativo das filiações católicas; aumento acelerado das filiações evangélicas; crescimento do percentual das religiões não cristãs; aumento absoluto e relativo das pessoas que se declaram sem religião. Portanto, o século XXI, em termos da configuração religiosa, será completamente diferente dos 500 anos anteriores.
O Brasil foi concebido no seio das conquistas das grandes navegações da Europa cristã. Como mostrou Celso Furtado na primeira frase do livro Formação Econômica do Brasil: “A ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansão comercial da Europa” (Furtado, 2005, p. 10). Mas, além dos interesses econômicos, é preciso destacar que o Brasil nasceu e cresceu umbilicalmente ligado à religião católica, especialmente ao catolicismo da Península Ibérica.
O projeto colonizador português estabeleceu como uma de suas metas prioritárias a conquista espiritual do Novo Mundo. Por exemplo, o capitão-mor, Pedro Alvares Cabral, era cavaleiro da Ordem de Cristo:
“Na véspera da partida da armada de Cabral, dia 8 de março de 1500, domingo, na capela da Ermita de São Jerônimo, à margem do rio Tejo, em Lisboa, houve uma cerimônia religiosa, na qual o bispo Diogo Ortiz benzeu a bandeira da Ordem de Cristo, passando-a em seguida para Dom Manuel I e este para Pedro Álvares Cabral. Estavam presentes a Corte, os banqueiros que financiariam grande parte do empreendimento e os capitães da frota. Como acontecia em todas as viagens marítimas portuguesas, havia capelães a bordo. No caso de Cabral, vieram oito franciscanos e o frei Dom Henrique Soares de Coimbra, um frade para cada 150 tripulantes” (César, 2000, p. 19-20).
As velas das naus de Pedro Alvares Cabral estampavam a Cruz de Malta (cruz de oito pontas na forma de quatro “Vs”, cujo desenho é baseado em cruzes usadas desde a Primeira Cruzada). O primeiro nome do Brasil foi Ilha de Vera Cruz. Após novas explorações, descobriu-se que se tratava de um continente e o nome foi alterado para Terra de Santa Cruz. Foi também aos pés de uma cruz e com uma plateia luso-ameríndia, que foi oficializada a Primeira Missa, rezada por Frei Henrique de Coimbra, no domingo, 26 de abril de 1500.
A Igreja Católica foi uma Instituição onipresente no processo de colonização brasileira e não deixou de se apresentar portadora de uma Missão em relação à Sociedade. O Brasil colônia era uma possessão portuguesa e católica. Assim, a tentativa de implantar a França Antártica, no Rio de Janeiro, entre 1555 e 1560, liderada por Nicolas de Villegagnon (de filiação protestante e que foi colega de João Calvino na universidade em Paris), mobilizou os comandos portugueses para impedir a chegada de forças concorrentes em termos nacionais e religiosos (Alves et. al. 2017).
Em 1548 chegaram os primeiros missionários Jesuítas e iniciou-se a catequese no Brasil. Os padres José de Anchieta e Manoel da Nobrega foram os principais jesuítas missionários que vieram ao Brasil neste período. Para viabilizar o processo de catequização dos indígenas no Brasil, foram organizados aldeamentos, que também eram chamados de missões ou reduções. Além dos jesuítas, também vieram com o objetivo de catequizar a população nativa, padres de outras ordens religiosas como os franciscanos, os beneditinos e os carmelitas. A cidade de São Paulo, por exemplo, foi fundada na Aldeia de Piratininga, em 25 de janeiro de 1554, sendo que o Pátio do Colégio dos Jesuítas é o marco inicial do nascimento da maior cidade do Brasil.
Contra os “indígenas hostis”, foi aplicada a ideia das “guerras justas”. Para tanto se recorreu ao imaginário de práticas indígenas bárbaras, tais como o canibalismo, a poligamia etc. A difusão da cruz e da mensagem bíblica entre as populações indígenas era uma necessidade essencial na legitimação da conquista do selvagem vivendo em uma sociedade dita “sem fé, sem lei e sem rei”. De acordo com Oliveira e Freire (2006):
“O projeto colonial português envolveu uma política indigenista que fragmentava a população autóctone em dois grupos polarizados, os aliados e os inimigos, para os quais eram dirigidas ações e representações contrastantes (…) Os povos e as famílias indígenas que se tornavam aliados dos portugueses necessitavam ser convertidos à fé cristã, enquanto os ‘índios bravos’ (como eram chamados nos documentos da época) deviam ser subjugados militar e politicamente de forma a garantir o seu processo de catequização. Este tinha por objetivo justificar o projeto colonial como uma iniciativa de natureza ético-religiosa preparando a população autóctone para servir como mão-de-obra nos empreendimentos coloniais” (p. 35).
A Igreja Católica também foi cúmplice do sistema escravocrata. O Brasil foi o maior território escravista da América, com quase 5 milhões de cativos africanos, o que representa 40% do total de africanos escravizados que embarcaram para o Novo Mundo. Foi o país que mais tempo demorou para acabar com o tráfico negreiro, em 1850, e o último a acabar com a própria escravidão, em 1888. Como mostrou Laurentino Gomes:
“Há toda uma ideologia construída, inclusive de fundo religioso, para dizer que os africanos eram selvagens, bárbaros, pagãos, praticantes de religiões demoníacas, e que, portanto, a melhor coisa que poderia acontecer com o africano era ser escravizado para se incorporar a suposta civilização europeia que se instalava nos trópicos. Era muito comum nas discussões do parlamento brasileiro a ideia de que a escravidão era a redenção dos escravos. O Padre Antônio Vieira, no final do século 17, defendia a ideia de que era uma graça divina que os escravos tivessem tido a oportunidade de serem escravizados para se incorporar a Igreja Católica” (Gomes, 20/11/2019).
Tudo isto deixou marcas profundas na história brasileira, marcando as desigualdades e os preconceitos que persistem até os dias atuais. Após a Independência, a Constituição brasileira de 1824 reafirmou o catolicismo como religião oficial do Estado brasileiro. Somente após a Proclamação da República, em 1889, foi decretada a separação entre Igreja e Estado e foi reconhecido o caráter laico do Estado, com garantia da liberdade religiosa. O monopólio religioso começou a se enfraquecer a partir do século XX.
Terremoto nos 500 anos de hegemonia católica
O catolicismo se tornou uma das principais marcas identitárias do Brasil. Existia quase um monopólio perfeito no país, pois a Igreja Católica era a única instituição religiosa reconhecida oficialmente até o início da República e se manteve amplamente hegemônica durante a maior parte do século XX. Ser brasileiro era, praticamente, sinônimo de ser católico.
Em termos quantitativos, a Itália era o país com o maior contingente de católicos do globo até 1950. Mas, na segunda metade do século XX, o Brasil se tornou a principal joia do Vaticano, com o maior número de pessoas filiadas ao catolicismo. Ainda no ano de 2022, dos dez países mais populosos do mundo (China, Índia, EUA, Indonésia, Paquistão, Brasil, Nigéria, Bangladesh, Rússia e México), apenas os dois países latino-americanos professam de forma majoritária a religião católica apostólica romana. Sem embargo, em termos absolutos, o Brasil supera o México e é o maior país católico do mundo.
O primeiro censo demográfico ocorrido no Brasil foi realizado em 1872 (cinquenta anos após a Independência) e indicou que 99,7% da população de 9,9 milhões de habitantes eram católicas. Nota-se que a maioria dos escravos e dos indígenas foi classificada como católicos. Apenas 0,1% (cerca de 10 mil pessoas) foram registradas como evangélicas (especialmente migrantes europeus que vieram para o Brasil originários de países protestantes).
Nos 98 anos seguintes, a população total brasileira passou para 93,1 milhões de habitantes em 1970, sendo 85,5 milhões de católicos (91,8%), 4,8 milhões de evangélicos (5,2%), 2,1 milhões de outras religiões (2,3%) e 702 mil de sem religião (0,8%), conforme a tabela abaixo. Observa-se que todos os grupos religiosos cresceram em termos absolutos, mas só os católicos diminuíram em termos relativos, passando de 99,7% para 91,8%, uma perda de cerca de 1% por década.
Todavia, a lenta redução do percentual de católicos brasileiros se acelerou bastante nas décadas seguintes. O número de católicos era de 121,8 milhões (83%) em 1991, 124,9 milhões (73,6%) em 2000 e 123,3 milhões em 2010. Percebe-se que o número absoluto de católicos atingiu o valor máximo no ano 2000 e, pela primeira vez na história brasileira, o número absoluto de católicos caiu na década inaugural do século XXI. Além disto, o decrescimento relativo que estava em 1% por década, passou para 1% ao ano. Concomitantemente, entre 1991 e 2010, os evangélicos passaram a crescer 0,63% ao ano, as outras religiões cresceram 0,38% ao ano e os sem religião cresceram 0,43% ao ano. Portanto, o Brasil está ficando mais diversificado em termos religiosos e o monopólio católico está sendo substituído, pelo menos por enquanto, por uma maior pluralidade.
A queda das filiações católicas é um fato histórico sem precedentes entre os grandes países do mundo e a rapidez da queda surpreende muitos estudiosos. É certo que a Igreja Católica tem uma tremenda dívida com diversos setores da sociedade brasileira, particularmente com os indígenas, os negros e as mulheres que sempre foram excluídas das estruturas misóginas da hierarquia eclesiástica. As práticas, os rituais e os ensinamentos do catolicismo tinham boa receptividade junto à população quando o Brasil era um país pobre, rural, tradicional, com baixas taxas de escolaridade e com restrita mobilidade social e espacial. O declínio católico ocorreu concomitantemente à aceleração de três mudanças estruturais que transformaram a sociedade brasileira.
A primeira está relacionada com as alterações no âmbito econômico. O Brasil abandonou a estrutura primário-exportadora, com um grande setor de subsistência e com o predomínio de relações informais de trabalho, baixa monetarização da economia e reduzida integração regional. Especialmente após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil se transformou em uma economia industrial e de serviços, com ampliação do leque ocupacional, com incorporação da mulher no mercado de trabalho, com avanços quantitativos na educação e ampliação e diversificação do consumo. Houve também avanço das telecomunicações e do acesso à informação (rádio, televisão, telefone/celular, internet etc.). A política social deixou de ser “questão de polícia” (como era a regra na República Velha) e foi construído, mesmo com limitações, um sistema amplo de proteção social (Previdência, legislação trabalhista, seguro-desemprego, ensino público, SUS, Bolsa Família etc.). Com a Constituição de 1988, o sistema institucional de assistência social, em grande parte, substituiu as práticas do clientelismo e da caridade, garantindo uma maior autonomia para as camadas excluídas da sociedade.
A segunda grande mudança na configuração da sociedade brasileira aconteceu com a transição urbana, pois a maioria da população que estava atada aos condicionantes da vida agrária e rural se deslocou progressivamente para o meio urbano e para as grandes cidades. A população rural que representava 63,8% da população total em 1950 caiu para 15,7% em 2010, enquanto a população urbana passou de 36,2% para 84,3% no mesmo período. Ademais, o meio urbano era muito influenciado pela sociabilidade rural antes da Segunda Guerra, mas a modernização do campo e o crescimento cultural das cidades, cada vez mais globalizadas, mudaram a dinâmica de formação da opinião pública e os parâmetros da convivência interpessoal.
A terceira grande mudança no comportamento de massa no Brasil está relacionada com o aprofundamento da transição demográfica. As mortes precoces, que eram consideradas inevitáveis (e justificadas pelo fatalismo religioso), diminuíram significativamente e a expectativa de vida ao nascer, que estava abaixo de 30 anos no final do século XIX, chegou a 76 anos em 2019. A Taxa de Fecundidade Total que era de mais de 6 filhos por mulher na maior parte da história brasileira, começou a cair depois de 1970 e chegou a 1,7 filho por mulher (abaixo do nível de reposição). As pessoas e as famílias passaram a ter mais controle sobre a vida e a morte, minimizando as adversidades do ciclo de vida.
Mas, a doutrina oficial da Santa Sé, expressa na encíclica Humanae Vitae, publicada pelo Papa Paulo VI, em 1968, defende a família tradicional, proíbe o divórcio e a união de pessoas do mesmo sexo, condena os métodos contraceptivos modernos, recomenda o ato sexual apenas com base na finalidade procriativa. Estas orientações têm provocado um distanciamento dos fiéis, em especial, o afastamento dos jovens que anseiam por maior liberdade na definição das práticas sexuais e reprodutivas.
Transição religiosa: Brasil mais plural e os evangélicos ultrapassando os católicos
A Igreja Católica não conseguiu acompanhar o ritmo das mudanças do novo Brasil, pois tem uma estrutura centralizada, hierarquizada, lenta e muito avessa às inovações. Em um mundo se expandindo em acelerado movimento, o Vaticano continuou olhando para o retrovisor sem conseguir responder os novos desafios à frente. Por exemplo, os católicos possuem igrejas no centro de praticamente todas as cidades do país, mas não conseguem marcar presença forte na expansão demográfica da periferia das grandes metrópoles. A falta de padres e a distância em relação aos fiéis dificulta a propagação da doutrina católica e inviabiliza a agregação de amplas parcelas da população nas atividades cotidianas da igreja. O clericalismo atua em detrimento do contato dos padres com a sua base religiosa e, juntamente com as denúncias de corrupção e os escândalos de pedofilia, contribui para deslegitimar a autoridade católica e para afastar um número crescente de fiéis.
Já os evangélicos começaram a crescer no Brasil pós-transicional. Enquanto a Igreja Católica é tratada no singular, os evangélicos são analisados no plural, pois existem dezenas de denominações sem uma estrutura centralizada e com mensagens e práticas diferenciadas. Seguindo as regras do marketing, os evangélicos customizam a pregação, adaptando a mensagem ao perfil do público a ser conquistado. Os evangélicos têm conseguido alcançar multidões mais amplas na medida em que possuem grande descentralização e autonomia, rápida formação de pastores, cultos dinâmicos, musicais e alegres e a combinação de mega templos em grandes avenidas, com a abertura de mini templos perto das comunidades. Um marco do crescimento evangélico no Brasil tem sido o uso intensivo das diversas mídias (jornais, rádios, televisão, internet, redes sociais, WhatsApp etc.) e a presença atuante na política (especialmente na Frente Parlamentar Evangélica).
O sociólogo Max Weber é famoso, dentre outras coisas, por evidenciar que a ética protestante se encaixa melhor com o espírito do capitalismo. Assim, as transformações estruturais da economia brasileira foram na contramão dos ensinamentos católicos, ao mesmo tempo em que criam uma afinidade eletiva com as correntes nacionais de cunho protestante. Sem dúvida, as diversas denominações evangélicas brasileiras tendem a ser mais liberais e mais favoráveis à iniciativa privada do que os católicos, além disto, uma grande parte dos evangélicos pentecostais professa a teologia da prosperidade, uma doutrina que defende que a bênção financeira é o desejo de Deus e que a fé, o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material dos fiéis e das igrejas.
Os contrastes entre católicos e evangélicos no engajamento com os compromissos da igreja são marcantes. Pesquisa do Instituto Datafolha (21/07/2013) mostrou que 28% dos católicos costumavam ir à missa uma vez por semana e 17% costumavam ir à missa e outros serviços religiosos mais de uma vez por semana. Entre os católicos, 34% tinham o hábito de contribuir financeiramente com a Igreja, com um valor médio mensal de R$ 23. Todavia, entre os evangélicos pentecostais (que em média são mais pobres do que os católicos), 63% iam à igreja mais de uma vez por semana, 52% contribuíam financeiramente com um valor médio de R$ 69,10 mensais. Entre os evangélicos não pentecostais, 51% iam à igreja mais de uma vez por semana e 49% contribuíam financeiramente, com um valor médio de R$ 85,90 mensais. Portanto, os evangélicos brasileiros são mais presentes no dia a dia da igreja e contribuem com maior aporte financeiro.
Pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2017), sobre o imaginário social dos moradores da periferia de São Paulo, retratou como o neopentecostalismo e o empreendedorismo popular estão correlacionados, reforçando os valores liberais do faça você mesmo, do individualismo, da competitividade e da eficiência. Em outras palavras, boa parte da população pobre da periferia de São Paulo não ficava imobilizada diante das ineficiências das políticas públicas e do apoio estatal.
Em geral, os estudos mostram que as igrejas evangélicas, em maior proporção, promovem a inserção produtiva e o sucesso nos negócios, além de funcionarem como Estado de bem-estar social informal para as parcelas pobres e excluídas do sistema produtivo. A postura em relação à caridade é bem diferente daquela dos católicos. Com base na doutrina do poder do Espírito Santo, os evangélicos, em vez de ajudar materialmente os necessitados, preferem atuar promovendo a conversão, para que a pessoa em condição socialmente desfavorável adquira novos hábitos diante dos desafios cotidianos da vida (como se diz, ensinando a pescar ao invés de dar o peixe). Por um lado, o ingresso de novos convertidos na igreja evangélica muitas vezes contribui para a redução do alcoolismo, da criminalidade, do uso de drogas, além de diminuir a violência doméstica e os desajustes familiares. Por outro lado, há diversas lideranças evangélicas envolvidas em escândalos de corrupção, charlatanismo e abusos sexuais.
O fato é que a correlação de forças entre os dois grandes grupos cristãos está se alterando e a transição religiosa tem se acelerado no Brasil nas últimas décadas, seja em função do maior ativismo evangélico ou pela lentidão da reação católica. O gráfico abaixo apresenta os percentuais do panorama religioso brasileiro de 1940 a 2010 (com base nos censos demográficos do IBGE) e uma projeção das tendências atuais e futuras até 2032. Nota-se que, entre 1991 e 2010, o percentual de católicos brasileiros passou de 83,3% para 64,6% (uma queda anual de 1% ao ano), o percentual de evangélicos subiu de 9% para 22,2% (um aumento de 0,7% ao ano), o percentual das outras religiões passou de 3,1% para 5,2% (aumento de 0,1% ao ano) e o percentual de pessoas se declarando sem religião subiu de 4,6% para 8% (aumento de 0,2% ao ano).
Em um momento de transformações tão intensas, somente se pode lamentar que o IBGE não tenha incluído o quesito religião em nenhuma de suas pesquisas domiciliares na década de 2010 e a lacuna de dados se agravou com adiamento do censo demográfico para o segundo semestre de 2022. Sem embargo, existem outras pesquisas, tais como aquelas do Latinobarômetro, Pew Research Center e Datafolha, que fornecem pistas sobre o ritmo da transição religiosa no Brasil.
Assim, com base nas evidências disponíveis entre 2010 e 2022, realizamos uma projeção cobrindo o período 2010 a 2032, assumindo os seguintes pressupostos: continuidade da queda das filiações católicos no ritmo de 1,2% ao ano e aumento anual de 0,8% dos evangélicos, de 0,15% das outras religiões e 0,23% das pessoas autodeclaradas sem religião.
O resultado desta projeção está apresentado no mesmo gráfico que mostra os católicos com 49,9% das filiações religiosas em 2022 (pela primeira vez abaixo de 50%) e com 38,6% em 2032, e os evangélicos apresentando percentuais de 31,8% e 39,8% no mesmo período. Ou seja, os evangélicos devem ultrapassar os católicos nos próximos 10 anos e contribui para isto o fato de estarem mais bem posicionados, em termos de dinâmica demográfica, na população urbana, pobre, jovem e feminina. As demais religiões devem passar de 5,2% em 2010 para 8,5% em 2032 e o grupo sem religião deve passar de 8% para 13,1% no mesmo período. Sendo assim, haverá mudança na hegemonia entre os dois grandes grupos cristãos, em um quadro de maior de maior concorrência e pluralidade religiosa.
Projeções são sempre sujeitas a revisões, mas o cenário religioso brasileiro na primeira metade do século XXI apresenta uma grande novidade em relação aos 500 anos anteriores, pois o monopólio de um grupo foi substituído por um maior equilíbrio entre as diversas alternativas de crenças. Já não existe nenhuma maioria absoluta, sendo que católicos e evangélicos devem ficar, cada um, com cerca de 40% das filiações em 2032. As outras religiões e as pessoas sem religião devem ter, em conjunto, um peso acima de 20% na mesma data. Sem dúvida é um panorama mais plural e democrático.
O lado negativo acontece em decorrência do aumento da intolerância religiosa, do uso político inescrupuloso da religião, da polarização sectária e dos ataques ao Estado laico. Não cabe no escopo deste artigo analisar todas as implicações do desenvolvimento das Frentes Parlamentares formadas com base na religião e nem o avanço das pautas do conservadorismo moral e do fundamentalismo religioso, que em vários aspectos, colocam em risco os princípios básicos da democracia e atacam, principalmente, os direitos sexuais e reprodutivos da população (Alves; Cavenaghi, 2019).
O futuro da transição religiosa está em aberto, embora, como quase tudo na vida seja marcado por incertezas, podendo desaguar na encruzilhada de um futuro utópico ou distópico. Política e fé podem conviver em paz e em um ambiente de respeito, liberdade e progresso para todas as pessoas ou pode desembocar em uma Teocracia, por exemplo, com um Supremo Tribunal Federal “terrivelmente evangélico”. O filme “Divino amor” do cineasta Gabriel Mascaro, imagina um Brasil majoritariamente evangélico em 2027, predominantemente neopentecostal, triunfalista, individualista e adepto da teologia do domínio, onde o carnaval seria substituído por uma celebração gospel denominada “festa do amor supremo”, com a família no centro de tudo, numa triste escatologia teológica.
Mas nem tanto ao céu, nem tanto à terra. O Brasil, ao longo da história, não tem mostrado propensão para seguir, ininterruptamente, posturas extremistas. Qualquer que seja a nova arquitetura religiosa no século XXI espera-se uma convivência pacífica com base na laicidade de um Estado democrático de direito consolidado. Talvez possamos imaginar o futuro como escreveu Clarice Lispector (1984, p.22):
“Perguntaram-me uma vez se eu saberia calcular o Brasil daqui a vinte e cinco anos. Nem daqui a vinte e cinco minutos, quanto mais vinte e cinco anos. Mas a impressão-desejo é a de que num futuro não muito remoto talvez compreendamos que os movimentos caóticos atuais já eram os primeiros passos afinando-se e orquestrando-se para uma situação econômica mais digna de um homem, de uma mulher, de uma criança”.
Referências:
ALVES, JED et. al. Cambios en el perfil religioso de la población indígena del Brasil entre 1991 y 2010, CEPAL, CELADE, Notas de Población no 104, enero-junio de 2017, p: 237-261
ALVES, JED. CAVENAGHI, S. La transición religiosa y el crecimiento del conservadurismo moral en Brasil. In: CAREAGA, GLORIA. Sexualidad, Religión y Democracia en América Latina, 2019
CÉSAR, E. M. L. História da evangelização do Brasil: dos jesuítas aos neopentecostais, Viçosa: Ultimato, 2000.
FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. SP: Companhia Editora Nacional, 32. ed., 2005.
GOMES, L. Infelizmente, a história da escravidão é contada por pessoas brancas. El País, 20/11/2019
OLIVEIRA, J. P.; FREIRE, C. A. da R. A. Presença Indígena na Formação do Brasil, Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, LACED/Museu Nacional, 2006.
FPA. Percepções e Valores Políticos nas Periferias de São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 2017
Prefeitura Municipal de Ouro Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulga o Boletim Epidemiológico sobre o Coronavírus. No dia 01/08, às 14h15, são 1331 casos notificados de pessoas residentes em OB.
A Prefeitura de Ouro Branco, por meio da Secretaria de Saúde, informa que foram confirmados 3 (três) novos casos de Covid-19 de pessoas residentes em Ouro Branco nesse sábado, dia 01/08. Essas pessoas (54,52 e 39 anos), passam bem, e seguindo os protocolos do Ministério da Saúde, fazem isolamento social em sua residência.
Internados confirmados
Segue internada em CTI Hospital Bom Jesus em Congonhas pessoa de 88 anos. Segue internada em CTI Rede Hospitalar de Belo Horizonte pessoa de 41 (caso confirmado anteriormente – transferência por plano de saúde). Saiu do CTI e foi transferida para Clínica Médica Rede Hospitalar de BH pessoa de 64 anos que estava internada (caso confirmado anteriormente – transferência por plano de saúde).Também segue internada (caso confirmado anteriormente) em CTI Rede Hospitalar de Ouro Branco pessoa de 64 anos.
Óbito suspeito investigado
Segue em investigação o óbito que ocorreu na sexta-feira, dia 26/06. O paciente morador de Ouro Branco, sexo masculino, 84 anos, estava internado há mais de 1 mês e que o exame havia confirmado para Covid-19. O paciente apresentava histórico de complicações de saúde (outras questões além do Covid), seu quadro teve piora, vindo a falecer. O óbito é investigado pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde. A Prefeitura de Ouro Branco e a equipe da Secretaria Municipal de Saúde manifestam pesar e se solidarizam com a família.
Perfil dos casos confirmados em Ouro Branco:
Por sexo:
Número de mulheres:83
Número de homens:111
Por faixa etária:
Menor de 1 ano: 0
1 a 9 anos: 2
10 a 19 anos: 7
20 a 29 anos: 28
30 a 39 anos: 69
40 a 49 anos: 40
50 a 59 anos: 29
Mais de 60 anos: 19
Informações sobre Saúde Pública na Central de Informações sobre o Coronavírus 3938-1168 e 3938-1169.
Prestes a confirmar em convenção PROS Lafaiete deverá concorrer no pleito de 2020 com o número de gênero ao contrário do que normalmente acontece. Em um trabalho realizado durante os últimos quatro anos a direção municipal do PROS Lafaiete conseguiu reunir um forte grupo de lideranças de vários setores da sociedade Lafaietense, onde chegou-se a incrível composição de 70% mulheres e 30% de homens pré-candidatos à vereador(a).
Segundo a presidente do PROS a advogada Cláudia Lisboa também conhecida como Claudinha, apesar do ineditismo na proporção de pré candidatos ao cargo de vereador é preciso ressaltar que os 30% de pré candidatos do sexo masculino também são de altíssimo nível e pelos nossos cálculos devemos conseguir um mínimo de duas cadeiras no legislativo. Além disso, temos também em nosso quadro de filiados pessoas ilustres que poderão figurar em uma composição em uma chapa majoritária. Como estamos em plena articulação, não vamos nos precipitar para falar em nomes no momento, mas é certo que o PROS será protagonista neste pleito, pois estamos trabalhando neste projeto há quadro anos, antes mesmo de sermos convidados para assumir o PROS de nossa cidade, o nosso projeto político já estava sendo construído. É preciso frisar que é lamentável como a cidade vem sendo administrada, o povo já não aguenta mais historinhas e justificativas tolas por não ver as coisas acontecerem aqui. Cidades com orçamento inferior ao de Lafaiete estão desbravando e realizando. Diferente daqui, lá usa-se a criatividade e a coragem para substituir a falta de recursos e o resultado tem sido incrível. Esse debate é que levaremos para as ruas, afirma a presidente do PROS.
A convenção que definirá a composição da chapa de vereador(a), bem como a participação em uma eventual chapa majoritária está previamente marcada para a primeira quinzena de julho, sem ainda contar com a data e local para a realização da reunião, visto que o PROS Lafaiete está aguardando os desdobramentos da situação do enfrentamento a transmissão da COVID-19.
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