A cidade que recebe turistas o ano todo

(Por Arnaldo Silva) São Tomé das Letras, no Sul de Minas, recebe todos os dias turistas que vem de todo o Brasil e também do mundo. Chegam ônibus, moto homes, caravanas, vans e até de motos. Mas por que a cidade recebe tanta gente assim? (foto acima de Marcelo Melo Fotografias)

São Tomé das Letras é uma mistura da mineiridade de nossas típicas cidades interioranas, com tradições, cultura e culinária mineira, mas também, seu ar rústico, sua arquitetura em pedra, sua altitude de 1227 metros, bem como sua exuberante natureza, as formações rochosas, o misticismo e supostas aparições de Ovnis. Esses são os diferenciais que tanto atraem turistas para a cidade. A cidade é singular, totalmente única no Brasil. (foto acima de Sérgio Mourão e abaixo, de Rinaldo Almeida, um ponto de ônibus na cidade)

Tem também o artesanato riquíssimo em qualidade e detalhes, em sua maioria voltada para temas místicos, como incensários, magos, apanhadores de sonhos, camisetas estilizadas, sinos do vento, duendes, panelas e lembranças feitas de pedra, encontrados tanto na rua, quanto em diversas lojas da cidade. A arte dos artesãos letrenses impressiona. Dificilmente alguém sai de São Tomé das Letras sem levar o artesanato local para casa.

Quem vem a São Tomé, busca sossego, tranquilidade, arte, meditação, contato com a natureza e também com Extraterrestres. Segundo os místicos, a cidade é considerada um dos sete pontos energéticos da Terra. Por isso São Tomé das Letras atrai tantos adeptos do esoterismo, sendo essa crença, uma das responsáveis pela fama de “Cidade Mística” que São Tomé tem. Tanto é que a cidade respira o esoterismo e misticismo em sua arte, artesanato e arquitetura. (foto acima de Alexandra Dias, o Vale das Borboletas)

A cidade é tranquila, muito aconchegante, com ótimas opções gastronômicas e uma rede hoteleira muito boa, com pousadas decoradas com a identidade mística local (na foto acima e abaixo, de Vânia Pereira, a Pousada dos Anjos), com artesanato, símbolos esotéricos presentes nas fachadas e até mesmo nos quartos.

Além de muito conforto, muitas pousadas contam com lareiras, já que o inverno na região é bem rigoroso. É nos feriados e principalmente no inverno que a cidade fica mais movimentada. Fora das altas temporadas, o turista nem precisa agendar com antecedência reservas nos hotéis e pousadas de São Tomé. São muitas opções, dezenas. Para quem quer contato pleno com a natureza e acampar, a cidade tem ainda opções de camping. 

Além de sua beleza arquitetônica (foto acima de Jerez Costa), o turista tem várias opções de passeios como conhecer o charmoso distrito de Sobradinho, a Gruta São Tomé, Gruta do Carimbado, a Rua do Amendoim, Casa da Pirâmide, formações rochosas que lembram feições humanas como a Pedra da Bruxa, as cachoeiras da Lua, Eubiose, Véu de Noiva, Paraíso, Borboletas, Antares entre outras. Têm ainda corredeiras como Shangri-lá, a de Sobradinho e agora, descobriram o Poço Secreto, outra opção de lazer para os letrenses e turistas. (na foto abaixo de Lucas Vieira, a Cachoeira da Lua)

Para chegar a esses lugares, o caminho é por estrada de terra, mas em boas condições de tráfego. Trilheiros em motos e bikes são comuns pela região, já que existem muitas trilhas. 

O grande prazer do turista é subir na pirâmide (na foto acima de Jorge Nelson) e ficar contemplando as estrelas ou sentado sobre as formações rochosas de quartzito, mineral abundante na região. O pôr do sol em São Tomé é mágico. Geralmente, no segundo sábado de cada mês, acontece no local o “Pôr do Rock” com apresentações de banda de rock ou mesmo os turistas que levam seus instrumentos, cantam e dançam livremente.         

À noite em São Tomé têm ainda como destaque seus bares, muito aconchegantes, com música ao vivo e muito procurada pelos turistas. (fotografia acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro e abaixo de Robson Rodarte/@robson.rodarte, a Pirâmide em noite estrelada)         

A cidade é pequena, com menos de 10 mil habitantes e o turista pode conhecer toda a cidade e suas belezas naturais num de semana, mas quem vai a São Tomé, volta, porque se encanta com a magia e encantos naturais da cidade.

Estar em São Tomé das Letras é como se estivéssemos numa pacata cidade mineira, misturada com o charme das construções medievais em pedra sobre pedra, a beleza natural mineira e a magia Celta. É um pouco de tudo isso, por isso encanta tanto e atrai tanta gente de todo o Brasil e do mundo. (foto acima e abaixo de Vânia Pereira e abaixo de John Brandão/@fotografoaventureiro)            

São Tomé das Letras fica a 308 km de Belo Horizonte, pela BR 381. Quem vem do Rio de Janeiro são 340 km, pelas BRs 116 e 354 e de São Paulo, são 350 km, pela BR 381. A cidade faz divisa com os municípios de Três Corações, Cruzília, São Bento Abade, Conceição do Rio Verde, Baependi e Luminárias.

FONTE CONHEÇA MINAS

Mineiridade que corre nas veias

(Por Arnaldo Silva) Em Minas, visita é logo convidado para entrar e ir pra cozinha, pra tomar um cafezinho passado na hora. Seja na hora do almoço ou no jantar, chegou visita, vai logo pra cozinha. Se quiser, pode ficar, pode pousar. Sempre tem uma cama sobrando para receber as visitas. (na foto acima de Luís Leite em Vargem Bonita MG)

Mineiro é assim, recebe as visitas tão bem que impressiona.
Se conhece, trata bem demais, se não conhece, desconfia um pouco mas logo se solta e o visitante já é de casa, quase compadre e vai logo para a cozinha tomar uns goles de café e jogar uma boa prosa fora, ouvindo os nossos melhores causos. Casa de mineiro não tem sala, tem cozinha. (acima de @shakalcarlos, tradicional fazenda mineira no Caminho da Luz, Zona da Mata)

O maior prazer do mineiro é levar sua visita para cozinha comer queijo, pão de queijo, biscoitos, bolos, broas, rosquinhas e claro, tomar muito café, feito na hora, no coador de pano. (na foto acima do Cantinho de Minas em São João Batista do Gloria MG)         

Mas tem gente que não entende o nosso mineirês e o nosso jeito de ser. Não falamos errado, falamos do nosso jeito. É um sotaque, um dialeto falado desde o povoamento de nossas Minas Gerais, há uns 300 anos e valorizamos muito as nossas tradições e origens. Nas 12 regiões geográficas de Minas, mesmo com algumas diferenças, nosso sotaque, tradições, história e cultura são valorizadas e passadas de geração a geração.

Aqui não tem mar e nos perguntam o que fazemos num lugar sem mar. Se Minas não tem mar, o problema é do mar que não tem Minas. Nós vivemos super bem entre nossas montanhas, nossas cachoeiras, rios, cidades encantadoras, históricas e com nossa vasta e riquíssima culinária. (na foto acima do J. Camilo, o Lago de Três Marias MG)         

Quem não é mineiro, não entende isso. Nós não estamos em Minas, somos Minas Gerais. Minas faz parte da gente. Minas é o nosso sangue, é um trem que corre em nossas veias.         

O que nos diferencia é que somos parte integrante de nosso Estado, de nossas belezas, de nossa cultura, de nossa riqueza gastronômica.         

O mineiro, mesmo que não viva em Minas, sabe com, certeza que Minas Gerais vive nele.          

Mineiro tem orgulho de Minas porque ser mineiro é bom demais!

FONTE CONHEÇA MINAS

Os 10 mais belos alvoreceres de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Alvorada, o nascer do sol, amanhecer, aurora, alva da manhã, é um dos mais extasiantes espetáculos naturais do mundo, que acontece na direção leste de cada cidade. Em alguns lugares são divinos, inspira poetas, escritores e artistas que pintam a beleza do alvorecer em suas telas. Minas Gerais tem o privilégio de ter o céu mais azul, o pôr do sol mais emocionante e o nascer do sol mais extasiante. Em dezenas de cidades mineiras, principalmente nas de maior altitude, o espetáculo da alvorada é fascinante. Destacamos 10. Conheça:


01 – Serra da Piedade

          A 55 km de Belo Horizonte, está uma das mais belas alvoradas do mundo. Do alto da Serra da Piedade, em Caeté, a beleza do nascer do sol é simplesmente extasiante, ainda mais emoldurado pela arquitetura barroca da menor Basílica do Mundo, a Basílica Menor de Nossa Senhora da Piedade. A sensação de todos que vão à Serra da Piedade é de estar acima das nuvens, literalmente. (Fotografia acima de autoria de Henrique Caetano) 
02 – O alvorecer na terra do poeta

          O amanhecer do sol em Ipoema, o charmoso distrito de Itabira, terra do poeta Carlos Drumond de Andrade, é impressionante! Do alto do Morro Redondo, a vista é incrível, impactante, emocionante, imperdível! (fotografia acima de Sérgio Mourão)
03 – Os lírios do Vale

          Durante a primavera, em outubro, os campos de lírios no Vale do Jequitinhonha começam a florir e em Itinga, a beleza da aurora, com a simplicidade e magia dos lírios nativos, é de deixar de queixo caído. Um espetáculo que poucos tem o privilégio de ver. Só indo mesmo no Vale, em Itinga para presenciar o encontro dos raios da manhã, com a beleza dos lírios do campo. (Fotografia de Ernani Calazans)
04 – O teto do sertão mineiro

          A 2052 metros de altitude, o sol desponta no “teto do sertão mineiro”, como é chamado o Pico do Itambé, na Cordilheira do Espinhaço, entre o Serro e Santo Antônio do Itambé, no Alto Jequitinhonha. Subir até o alto do pico e contemplar o espetáculo do despontar dos primeiros raios solares da manhã sobre as nuvens é algo indescritível! A impressão é de que estamos no topo do céu. (fotografia acima de Tiago Geisler)
05 – Serra de Lavras          Sentar sobre os verdes campos das serras de Lavras, na região do Campo das Vertentes, é um sensação impressionante, ainda mais com os raios do alvorecer. A sensação é de estar sentado no paraíso com tamanha beleza à frente! (fotografia acima de Rogério Salgado)
06 – A Serra do Salto

          As serras entre Itutinga, Carrancas e Itumirim,na região do Campo das Vertentes, formam um complexo de belezas sem igual. A que vemos acima, Serra do Salto, em Itutinga, (fotografada pelo Gilson Nogueira) é um show a qualquer hora do dia, mas nos primeiros raios da manhã é show demais!
07 – O mirante do Jacroá

          O amanhecer do sol em Marliéria, no Vale do Aço, é um dos mais lindos de toda a região. Sua beleza é tão fulgurante, que todos os dias, dezenas de pessoas sobem até o Pico do Jacroá para admirar a beleza da alva da manhã. Do alto se vê o Parque do Rio Doce, maior reserva de Mata Atlântica de Minas. É tanta gente procurando que foi necessário fazer um mirante para dar mais conforto e segurança às pessoas que subiam até o pico para contemplar a beleza do nascer do sol. A vista é tão incrível que se perde no horizonte, num mar de montanhas douradas. (Fotografia de Elvira Nascimento)
08 – A luz matutina em Carvalhos

          Trilhas, cachoeiras, picos, altitude e muito frio. Essa é Carvalhos, no Sul de Minas. Os raios da luz da manhã suavizam as temperaturas sempre baixas. No inverno é um espetáculo por toda a região a chegada do sol. Um visual de extasiar! (fotografia de Mônica Rodrigues)
09 – O Pico da Bandeira

          Encarar os 2892 metros de altitude do Pico da Bandeira em Alto Caparaó, na Zona da Mata, não é tarefa fácil, mas compensa. O topo de Minas, o lugar mais alto de nosso estado, é incrível! No inverno os termômetro variam entre 0 a 10 graus negativos. Uma emoção congelante, mas gratificante. Não dá nem para descrever tamanha beleza da vista do alto do Pico da Bandeira. Imagina o êxtase da moça da foto, a Naira Cler, contemplando esse mar de nuvens. É uma paz, um silêncio apenas quebrado pelo barulho do vento.
10 – O Pico do Boné

          A névoa matutina cobre as montanhas, aos poucos revelando, com o surgimento dos primeiros raios do sol, um dos mais belos lugares do Brasil. Esse lugar é o Pico do Boné, no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, em Araponga, na Zona da Mata Mineira. São 1870 metros de altitude, com o topo com cerca de 15 metros quadrados. Do topo pode-se ter uma ampla visão em 360 graus do redor. Serras, montes, névoa, o sol nascendo, pode se ver tudo! Um espetáculo que vale a pena ser visto. (fotografia acima de Pedro Henrique)

Poro Arnaldo Silva

7 cidades para conhecer no sul de Minas Gerais

“Minas Gerais é um estado de espírito”, é o que dizem por aí. E de fato, as cidades do sul de Minas Gerais são um convite ao descanso e lazer, seja pelas belezas naturais, pelo valor histórico ou pela gastronomia.
E a mineirada está mesmo associada à comida: é pão de queijo, cachaça, queijos dos mais variados, broa de fubá e aquele “cafezin”. Sem falar naquela prosa a qualquer hora do dia. Não dá pra resistir, né?!

As cidades do sul de Minas Gerais guardam um charme especial, um jeitinho gracioso de levar a vida em meio a serras, montanhas, águas medicinais, queijos, cavalos e cachoeiras, muitas cachoeiras!
Se você pensa em visitar o estado, precisa conferir nossas dicas de cidadezinhas mineiras cheias de encanto, o tipo de turismo que oferecem e, quem sabe, conciliar a visita a mais de uma.
Cidades no sul de Minas: 7 destinos imperdíveis para fazer turismo Conheça destinos turísticos para visitar no Sul de Minas Gerais. Veja como chegar, pousadas e o que fazer em cada um.

  1. Caxambu
  2. São Lourenço
  3. Cruzília
  4. Baependi
  5. Carrancas
  6. São Thomé das Letras
  7. Aiuruoca

Cidades para conhecer no sul de Minas Gerais:

Caxambu

Caxambu, uma das cidades co Circuito das Águas
Balneário hidroterápico no Parque das Águas

Caxambu é uma das cidades que fazem parte do Circuito das Águas em Minas Gerais.
É conhecida como um dos maiores complexos hidrominerais do mundo e suas águas têm, comprovadamente, propriedades medicinais. O parque da águas é o principal atrativo da cidade que fica na rota do Caminho Velho da Estrada Real.
Caxambu é o lugar ideal para quem busca paz e sossego para passear com a família. Confira como chegar, veja informações úteis e dicas do que fazer e visitar.

São Lourenço

São Lourenço também está na rota do Circuito das Águas e é uma das cidades mais visitadas do sul de Minas Gerais.
É cercada pela Serra da Mantiqueira e tem o Parque das Águas como cartão-postal. O Parque tem 490 mil m², com área para toda a família, crianças, idosos.
A cidade tem uma ampla rede hoteleira que recebe turistas de todo o mundo, seja a procura de suas fontes de águas medicinais, em busca de dias tranquilos, curtindo um friozinho de serra ou aproveitando os vários eventos culturais que rolam durante todo o ano.
Descubra tudo que o parque oferece aos visitantes.

Cruzília

Diferente das vizinhas ao redor, Cruzília não é uma das cidades turísticas mais conhecidas de Minas.
Lá, os grandes atrativos são os queijos premiados (e maravilhosos!) e a criação do cavalo Mangalarga Marchador, uma das raças mais nobres do mundo. A cidade abriga um museu dedicado à história da criação dos cavalos na cidade, berço da raça no país.
Sobre os queijos? Ah, só de falar já dá água na boca. Os laticínios de Cruzília são famosos em todo o Brasil pela fabricação de queijos especiais.
Quatro deles são os campeões em feiras espalhadas pelo país. Se você for conhecer Cruzília, com certeza vai sair com as sacolas cheias e com muita vontade de voltar.
Confira abaixo tudo que tem no museu e quais queijos são produzidos nessa cidade do Caminho Velho da Estrada Real.

Principais Atrações: Museu Mangalarga Marchador, Empório Laticínios Cruzília, Matriz São Sebastião, Fazenda São Pedro, Mirante e Monumento Santa Cruz, entre outros.

Baependi

Também no Caminho Velho da Estrada Real, em Baependi, além da religiosidade, ainda é possível encontrar boa comida e várias cachoeiras.
A religiosidade vem do Santuário de Nhá Chica, que ganhou esse nome após a beatificação de Francisca Paula de Jesus, em 2013. A missionária viveu na cidade e foi considerada a “mãe dos pobres” em Baependi e região.
Além da Igreja, que guarda os restos mortais da beata, também existe um museu na casinha simples onde ela vivia e onde é possível saber mais sobre a história de Nhá Chica.
Já as cachoeiras estão ao redor da cidade e atraem ecoturistas interessados em praticar canyoning, rapel, isso sem falar nas trilhas e picos para quem gosta de caminhadas, cavalgadas, montanhismo e escaladas.
Confira algumas cachoeiras da cidade que valem a pena a visita e outras dicas do que fazer lá.

Principais Atrações: Santuário Nhá Chica, cachoeira do Espraiado, cachoeira da Juju, cachoeira do Gamarra, entre outras.

Carrancas

Você gosta de trilhas, aventuras, cachoeiras? Então vai adorar Carrancas.
O destino no sul de Minas com cerca de 4 mil habitantes tem ar bucólico do interior e ecoturismo pulsante. É uma das nossas cidades preferidas no Sul de Minas.
As dezenas de cachoeiras ao redor da cidade levam turistas de várias partes do mundo em busca de contato com
a natureza e diversão em meio a paisagens incríveis.
Dá para passear com a família, aproveitar com os amigos ou fazer aquele programinha de casal, já que Carrancas
oferece uma boa carta de restaurantes e eventos ligados à gastronomia.
Isso sem falar naquele friozinho charmoso da serra da Mantiqueira.
Descubra os complexos de cachoeiras nessa deliciosa cidade do sul de Minas Gerais.

Principais Atrações: Complexo da Toca e suas cachoeiras, como o Poço do Coração, Complexo da Zilda e suas cachoeiras, Complexo da Ponte, Complexo da Vargem Grande, e suas cachoeiras, como a das Esmeraldas, Complexo Tira Prosa e suas cachoeiras, entre outras.

São Thomé das Letras

“Tem que ver pra crer”, já dizia um antigo samba enredo. São Thomé é dessas cidades em que você só acredita vendo.
As cachoeiras e o misticismo são o ponto alto dessa cidade no sul de Minas Gerais, que é cercada por várias comunidades autossustentáveis e que cultuam a natureza.
A arquitetura da cidade, toda feita de pedras, impressiona os turistas mais desavisados e encanta quem busca o sossego da “montanha mágica”.
Durante o ano, São Thomé comemora dois principais eventos que deixam a montanha movimentada: a festa da cidade, em agosto, e o réveillon.
Mas a nossa dica é fugir dos feriadões, já que a cidade vem sendo muito procurada nos últimos anos e suas ruazinhas estreitas quase não dão conta de tantas pessoas.
Olha só as cachoeiras, grutas e atrativos da região de São Thomé.

Principais Atrações: Pirâmide, Pedra da Bruxa, Ladeira do Amendoim, cachoeira Véu da Noiva, cachoeira Paraíso, cachoeiras Eubiose, do Flávio, Vale das Borboletas, Antares, Gruta do Labirinto, Gruta do Sobradinho, entre outras.

Aiuruoca

Simplicidade, acolhimento e gratidão, palavras que descrevem muito bem Aiuruoca, uma das nossas preferidas entre as cidades do sul de Minas para visitar.
Com cerca de 6 mil habitantes, o destino é a porta de entrada para o Pico do Papagaio, uma formação rochosa com 2.105 metros de altitude.
O mar de morros é o principal atrativo da cidade, que também é cheia de cachoeiras e casa do Vale do Matutu, uma APA (área de proteção ambiental) onde os moradores vivem em perfeita harmonia com a natureza.
Uma delícia de lugar para relaxar e esquecer dos problemas, definitivamente.
Descubra algumas experiências incríveis para viver lá, como chegar, quais cachoeiras visitar e muito mais.

Principais Atrações: Vale do Matutu, cachoeira dos Garcias, Pico do Papagaio, cachoeira das Fadas, cachoeira do Fundo, cachoeira dos Macacos, cachoeira Deus me livre, entre outras.

FONTE VIDA SEM PAREDES

10 razões para conhecer Capitólio, em Minas Gerais

A cidade de Capitólio (MG), localizada nas proximidades da Serra da Canastra, é um agradabilíssimo polo turístico de Minas Gerais. Lá, o visitante poderá contemplar as belezas naturais, fazer trilhas, degustar as delícias da culinária local e muito mais.  Se você busca tirar o máximo proveito do contato com a natureza e marcou viagem para o município mineiro, ótimo: você trará excelentes recordações. Caso ainda esteja na dúvida, não pense duas vezes.

O esplêndido cenário natural possui cânions com mais de 20 metros de altura da represa de furnas, cachoeiras, grutas e exuberante vegetação. Pronto para passear de lancha, escunas e desbravar esse paraíso do maior estado do região sudeste? O Viajali apresenta 10 razões para você conhecer Capitólio e conferir de perto todas essas maravilhas mineiras.

1. Em Capitólio, você pode passear de barco pelo Lago de Furnas

Obba Coema

OBBA COEMA

Identificado como o ‘Mar de Minas’, o  lago artificial de furnas tem 1440 km² e está entre os mais extensos do mundo. É maravilhoso passear por ele de escuna, lancha, catamarã e apreciar os cânions, as quedas d’águas e as piscinas naturais do entorno. As pousadas da região promovem esses passeios pelas embarcações. Dá uma olhada nesse visual e responda: vale ou não vale a pena?

2. E mergulhar na Cachoeira Lagoa Azul

Pinterest

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Você gosta de conferir de pertinho e banhar-se em lindas quedas d’água? Então deverá conhecer a convidativa Cachoeira Lagoa Azul, que forma uma piscina de águas marcadas por tons azuis e esverdeados, onde o visitante poderá se refrescar a vontade. Nas proximidades há um restaurante para repor as energia e satisfazer o paladar, é claro!

3. Que tal subir o Morro do Chapéu?

Visite Minas

VISITE MINAS

Os adeptos do montanhismo, trilhas,  montain bike ou até quem topa passar por qualquer esforço físico para ser recompensado com o visual,  poderá subir o Morro do Chapéu, que com seus 1293 metros, é um dos locais mais altos de Capitólio. No ponto alto do morro, há diferentes espécies de animais, muitas flores e algumas nascentes de rio, sem contar que a vista da área urbana de Capitólio e do Lago de Furnas é de tirar o fôlego. Aventura, calmaria e muitos registros fotográficos: não deixe essa escalada de fora do seu passeio!

4. Em Capitólio você vai conhecer o Parque Nacional da Serra da Canastra

Ze Viagem

ZE VIAGEM

O Parque Nacional da Serra da Canastra possui uma das reservas naturais mais bonitas do Brasil. Além da fauna e flora em seus tons mais exuberantes, a região tem cachoeiras com mais de 100 metros de altura – entre elas a cachoeira Casca D’anta com incríveis 180 metros – e é onde está localizada a nascente do famoso Rio São Francisco.

Se você está cansado da vida urbana e quer sentir a natureza pura, viva e suntuosa, não pode deixar de visitar esse parque, que é um verdadeiro orgulho nacional.

5. Os fãs de trekking têm muita atividade em Capitólio

Panoramio

PANORAMIO

É claro que na belíssima região de terrenos acidentados opções de trilhas não faltam. E a trilha do sol é, sem dúvidas, um dos lugares mais especiais de Capitólio: os caminhos bem sinalizados são preenchidos por belas vegetações e algumas quedas d’águas, a mais famosa delas é a Cachoeira do Grito.

6. Admire-se com o Balneário Escarpas do Lago

Receptivo

RECEPTIVO

O Balneário escarpas do Lago possui uma enorme marina fluvial, considerada a maior da América Latina. Os passeios de lanchas pela límpida praia de água doce entre os cânions de Capitólio são imperdíveis. Nessa região há centenas de casas de veraneio, lindas e luxuosas.

7. Divirta-se na trilha dos macacos

Hotel Engenho da Serra

HOTEL ENGENHO DA SERRA

Como o próprio nome sugere, na trilha há vários macacos pendurados em galhos de árvores e outros bichos como preás, gambás, lontras e uma infinidade de borboletas e pássaros. É super divertido curtir uma trilha – ou mesmo fazer um passeio de leve com as crianças – pela mata preservada, onde a vida animal dá o ar da graça.

8. A Cascata Eco Parque tem muito a oferecer

Cachoeiras e Cascatas

CACHOEIRAS E CASCATAS

Situado próximo à BR MG050, o Cascata Eco Parque é outro show de belezas naturais de Capitólio, mas é válido ficar atento ao ponto alto da atração: uma trilha em que na ida o visitante passa por cima de cachoeiras e, na volta, por dentro delas e por irresistíveis piscinas naturais. Imagina como são bons esses banhos refrescantes em dias bem ensolarados!

9. Tome um banho delicioso na Cachoeira do Lobo

Panoramio

PANORAMIO

Localizada na área da pousada e camping do Lobo, a cachoeira tem cerca de 15 metros de altura e a água é verdinha. Há uma cobrança de 10 reais por pessoa para acessá-la e o valor é utilizado para a manutenção e preservação da área. A foto já dá uma mostra de que o valor é muito baixo pelo tanto que você irá se divertir.

10. A culinária local é divina

Ronco do Bugio

RONCO DO BUGIO

Relacionar Minas Gerais com comidas deliciosas é um algo comum e inescapável, pois quem já visitou o estado sabe que é um dos principais centros gastronômicos do país. É claro que a culinária de Capitólio é incrível e, depois de tantos passeios, você não pode deixar de apreciar deliciosos pratos à base de peixe nos diferentes restaurantes da cidade.

Uma dica: escolha a tilápia com queijo e uma traíra desossada com arroz à grega e batata frita. Se sua preferência for outra, fica tranquilo, afinal, assim como diversão, comida boa não falta em Capitólio.

FONTE VIAJALI

Os picos mais altos de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) As montanhas de Minas Gerais impressionam pela imponência e beleza natural, atraindo amantes da natureza e praticantes de esportes radicais. Aventurar-se pelas alturas das montanhas, até chegar ao pico, é uma aventura e tanto, que requer muita disposição e claro um bom preparo físico. (foto acima de Marcelo Botosso o Pico da Pedra da Mina, em Passa Quatro, Sul de Minas e abaixo, de Paulo Santos, paisagem de Itamonte, no Sul de Minas, vista do alto Pico das Agulhas Negras no Parque do Itatiaia)

Listamos os mais altos picos de Minas Gerais, acima de 2000 metros de altitude. São 13 ao todo, para você conhecer e programar escalar. 

01 – Pico da Bandeira – Alto Caparaó/MG

É o maior pico da região Sudeste e o maior de Minas Gerais e do Espírito Santo, com 2.891,32 metros de altitude, sendo também o terceiro maior do Brasil, atrás apenas do Pico da Neblina (2.995 metros) e do Pico 31 de Março (2.974 metros), ambos no Estado do Amazonas. O Pico da Bandeira está no Parque Nacional do Caparaó entre os municípios de Alto Caparaó/MG e Ibitirama/ES, com entrada por Alto Caparaó/MG e Dores do Rio Preto/ES, sendo oficialmente o ponto culminante de Minas Gerais e do Espírito Santo. É um dos picos mais visitados do Brasil, pela beleza da área do parque e pelo espetáculo do nascer do sol, fazendo com que todos os dias, dezenas de pessoas, levantem de madrugada para subir até o pico e presenciar esse show da natureza. (foto acima de Sairo Guedes)

02 – Pico do Calçado – Alto Caparaó/ MG 

Com 2.849 metros, o Pico do Calçado é o segundo mais alto de Minas Gerais e do Espírito Santo e também da região Sudeste. Fica na divisa das cidades de Alto Caparaó MG e Ibitirama/ES, no Parque Nacional do Caparaó, pertencendo aos dois estados. Está a menos de 1 km do Pico da Bandeira com acesso por Alto Caparaó MG, pela trilha que sai da Casa Queimada. (foto acima de Sairo Guedes)

03 – Pico da Pedra da Mina – Passa Quatro/MG

Com 2.797 metros, o Pico da Pedra da Mina, em Passa Quatro, no Sul de Minas, é o terceiro mais alto do Estado. Faz parte da cadeia de montanhas da Mantiqueira, estando na travessia da Serra Fina com acesso pela fazenda Serra Fina, no povoado do Paiolinho, pela Toca do Lobo, em Passa Quatro ou ainda pela Fazenda do Engenho da Serra em Itamonte MG. (foto acima do Marcelo Botosso)

04 – Pico das Agulhas Negras – Bocaina de Minas/MG

Muita gente pensa que o Parque do Itatiaia e o Pico das Agulhas Negras pertencem somente ao Rio de Janeiro. 40% da área do Parque Nacional do Itatiaia estão no Rio de Janeiro, nos municípios de Itatiaia e Resende. A maior parte da área do Parque do Itatiaia, 60%, estão em território mineiro, no Sul de Minas, concentrados nos municípios de Itamonte e Bocaina de Minas.          

É em Bocaina de Minas que se concentra a maior parte da área do parque e ainda parte do Pico das Agulhas Negras, com seus 2.791 metros, na divisa de Bocaina de Minas, com uma parte territorial do pico no território mineiro e  a maior parte, nos municípios de divisa, Resende e Itatiaia, no Rio de Janeiro. O Pico das Agulhas Negras é o ponto culminante do Estado do Rio de Janeiro e o quarto maior pico em Minas Gerais.         

O pico pertence aos dois estados, sendo um dos maiores atrativos do Parque Nacional do Itatiaia. A trilha requer muito preparo físico para subir. Ida e volta, são 11 km. (foto acima do José Paulo)

05 – Pico do Cristal – Alto Caparaó/MG

Em Alto Caparaó MG temos mais um pico: o Pico do Cristal, com 2.769 metros, na Serra do Caparaó. Esse pico está totalmente no lado mineiro do parque, que faz divisa com o Espírito Santo. Seu nome é porque tem origem na grande quantidade de quartzo, presente na montanha. (foto acima do Sairo Guedes)

06 – Pico da Pedra do Sino – Itamonte/MG          

A 2.670 metros está o pico da Pedra do Sino, em Itamonte, no Sul de Minas, no Parque Nacional do Itatiaia. No topo há uma pedra pontiaguda, que emite um som semelhante ao barulho de um sino, por isso o nome. O acesso não é fácil, são muitas pedras e exige bom preparo físico. Mas compensa, no alto do pico a paisagem é privilegiada, com rochas de granito, com mais de 1 metros de altura

07 – Pico Três Estados – Passa Quatro/MG

São 2.656 metros e é um dos marcos de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, justamente por estar na divisa entre os três estados, por isso o nome. Seu início é em Passa Quatro com acesso pela fazenda Toca do Lobo, na Serra Fina, passando por Itanhandu em Minas, Queluz em São Paulo e Resende no Rio de Janeiro. Não querendo desanimar, mas a subida até o topo é uma das mais difíceis do Brasil.           

Além de preparo físico, persistência, cuidados especiais e muita experiência, é necessário tempo e paciência. Os montanhistas que arriscam subir o pico, levam em média, 3 dias de caminhada, ida e volta. No caso, tem que estar preparado para o trajeto, levando água, comida, roupas adequadas e barracas para descansarem. Geralmente o descanso é na Fazenda da Toca. (foto acima do José Paulo)

08 – Pico do Garrafão – Alagoa MG         

Também chamado de Pico Santo Agostinho, tem 2.359 metros de altura, estando localizado entre os municípios de Alagoa, Baependi e Itamonte, estando na área do Parque Estadual da Serra do Papagaio.

09 – Pico do sol – Catas Altas MG          

Com 2072 metros de altura, o Pico do Sol é o ponto mais alto da Cordilheira do Espinhaço, situado na Serra do Caraça, no Parque Natural do Santuário do Caraça, em Catas Altas MG, na Região Central Mineira. (foto acima de Marley Mello)

10 – Pico do inficionado – Catas Altas/MG         

Ainda no Santuário do Caraça, em Catas Altas MG, a 110 km de Belo Horizonte, está o Pico do Inficionado, com 2068 metros de altura. Lugar de beleza ímpar, sem igual e no topo do pico, a beleza do Santuário do Caraça se torna mais impressionante.

11– Pico do Itambé – Serro/MG

Com 2062 metros de altura, o Pico do Itambé se localiza entre os municípios do Serro e Santo Antônio do Itambé, no Vale do Jequitinhonha. É carinhosamente chamado pelos moradores da região de “Teto do Sertão Mineiro”. A vista ao nascer do sol no topo do pico é espetacular! (foto acima do Tiago Geisler)

12 – Pedra de São Domingos/Sul de Minas         

Com 2.050 metros de altitude, é um importante ponto turístico dos municípios de Córrego do Bom Jesus, Paraisópolis e Camanducaia, na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas. Do pico tem-se uma impressionante vista em 360º da região, podendo ser visto, em dias claros, as cidades de Córrego do Bom Jesus, Cambuí, Gonçalves, Estiva, Monte Verde e Campos do Jordão, bem como as famosas pedras e montanhas da região como a Pedra do Baú e o Pico do Selado. À noite, pode ainda ser avistado as luzes das cidades de Pouso Alegre e Bragança Paulista.

13 – Pico do Rachado – Pouso Alto MG         

São 2.000 metros de altitude, fazendo parte do Parque Estadual da Serra do Papagaio, rodeada por intensa mata nativa e Campos de Altitude. Fica apenas 20 km do centro de Pouso Alto, no Sul de Minas. É muito procurado por quem curte a natureza, gosta de acampar, praticar trekking e voo livre. No topo tem-se o privilégio de avistar a impressionante cadeia de montanhas da região, além de charmosos povoados rurais.

FONTE CONHEÇA MINAS

Cantos e encantos da Vila Serra do Cipó

(Por Arnaldo Silva) Um fim de semana na Serra do Cipó é algo indescritível. É uma das mais belas paisagens do Brasil. Subir a serra e conhecer todas as suas belezas, é uma experiência única. Quando se fala em Serra do Cipó, vem logo à mente a estátua do Juquinha, a Cachoeira Véu da Noiva, Lapinha da Serra e Cachoeira Grande. Lugares maravilhosos, mas a Serra do Cipó não se resume apenas a esses lugares.

 A Serra do Cipó, na Região Sul da Serra do Espinhaço, logo após Lagoa Santa MG, fica no divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Rio Doce. Abrange os municípios de Jaboticatubas, Conceição do Mato Dentro, Morro do Pilar, Itambé do Mato Dentro, Itabira, Nova União e Santana do Riacho. Esta última, considerada a “porta” de entrada para a Serra do Cipó. Esses municípios estão dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó. (na foto acima e abaixo de Alexa Silva/@alexa.r.silva, o charmoso casario da Vila Serra do Cipó)

Na década de 1970, a Serra do Cipó era um parque estadual, tendo sido transferido posteriormente para o Governo Federal, oficializada em 25 de setembro de 1984, passando a ser um parque nacional. O objetivo era para proteger toda a riqueza da fauna, já que na Serra do Cipó, concentra uma das maiores biodiversidades do mundo. São cerca de 1700 espécies já registradas.

Na Serra do Cipó encontra-se uma variedade espécies de nossa fauna, muitas em extinção, além de riquíssima flora, com algumas espécies, somente encontradas ali. A riqueza da flora da Serra do Cipó, formada pelos biomas Cerrado e Mata Atlântica, é tão impressionante, que a Serra é conhecida como o Jardim do Brasil. São cerca de 34 mil hectares em 154 km2 de área. (fotografia acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia)

Uma das belezas naturais da Serra do Cipó é o Rio Cipó, que nasce na região. Seu traçado é todo em curvas, lembrando um cipó. Por isso o rio passou a ter esse nome e por fim, a serra passou a se chamar Serra do Cipó. (fotografia acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia)

Além de sua beleza cênica, na Serra do Cipó encontra-se povoados e vilas coloniais que compõem o charme e beleza da serra. Vilas com história e históricas. Ricas em cultura, tradições e gastronomia típica mineira. Uma dessas vilas, em destaque, é Cardeal Mota, hoje com o nome de Serra do Cipó, distrito de Santana do Riacho. (na foto acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia, a beleza da Serra do Cipó e ao fundo, um pouco do casario da vila homônima)         

Com pouco mais de 2 mil habitantes, a pitoresca e charmosa Vila de Cardeal Mota, foi elevada a distrito, subordinada a Santana do Riacho em 30 de dezembro de 1962. Em 12 de maio de 2003, Cardeal Mota tem o nome mudado para Serra do Cipó.

A vila é pacata, com um casario charmoso e seu povo muito acolhedor. No distrito, as tradições folclóricas e religiosas mineiras, são preservadas. (na foto acima e abaixo de Alexa Silva/@alexa.r.silva, o exterior e interior da capela da Vila, principal ponto de referência cultural e religiosa dos moradores de Serra do Cipó.)

A MG-010, liga o distrito de Serra do Cipó à Região Metropolitana de Belo Horizonte e Conceição do Mato Dentro. O acesso é fácil. De Belo Horizonte à Serra do Cipó são cerca de 100 km. De Conceição do Mato Dentro, são 67 km de distância.         

Carregando o nome de um dos mais importantes parques nacionais do Brasil, o distrito de Serra do Cipó é um dos principais atrativos culturais, gastronômicos e ecológicos da região. São trilhas, cânions, cachoeiras que formam paradisíacas piscinas naturais, de águas cristalinas, além de morros e montanhas, muito usadas por trilheiros, mochileiros e praticantes de esportes de aventuras para escaladas.         

Na área da Vila Serra do Cipó, o turista encontra áreas para camping muito bem estruturadas e ótimos hotéis, pousadas e restaurantes com comidas típicas, além de belíssimas paisagens rurais.

Quem vai ao distrito, se interessa logo em conhecer e fotografar a estátua do “guardião da Serra do Cipó”, o lendário Juquinha. Seu nome de batismo era José Patrício. Juquinha, como era chamado pelo povo era um ermitão que convivia com as flores e planas da região. Sempre com um sorriso no rosto, muito gentil para com os visitantes, coletava flores e as vendia aos visitantes. Ou mesmo, dava as flores que colhia, em troca de carona para subir a serra ou mesmo por comida ou alguma ajuda. (fotografia acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia)          

Cativava todos com sua simplicidade e sorriso singelo. Morreu em 1983, tendo sido imortalizado em estátua na Serra do Cipó, por sua importância para a região, sua história de vida, cercada por lendas e por seu carisma.          

A estátua do Juquinha, foi feita pela artista plástica Virgínia Ferreira, em 1987, instalada no local onde Juquinha viveu, as margens da MG-010. Uma imagem icônica, inusitada, retrata com maestria um dos personagens, considerado patrimônio de Minas. Segundo consta, apenas uma imagem com as características similares à do Juquinha, existe no mundo. Fica na Espanha.

Ao longo dos anos, Juquinha recebeu novas homenagens, sendo imortalizado em outras estátuas, na Vila de Serra do Cipó (na foto acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva)

Em Serra do Cipó, a Venda do Zeca é um dos pontos quase que obrigatórios para visita. Fundada no início do século XX, a Venda do Zeca preserva toda sua originalidade. Estar na venda, é uma volta ao tempo. É uma das mais antigas vendas do Brasil. É armazém, mercearia e boteco, ao mesmo tempo. (fotografia acima  de Tom Alves/@tomalvesfotografia)

Na venda do Zeca encontrará de tudo. Miudezas, mantimentos, brinquedos, aviamentos, doces, balas. Tudo que precisar, da mesma forma de antigamente. Tem ainda os deliciosos petiscos, que o freguês pode saborear na área em frente à venda, ao ar livre (na fotografia acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva)         

Além dos sabores da boa mesa mineira, presente no distrito de Serra do Cipó, a cultura, belezas naturais, o turista encontrará na pequena vila, um pouco do cotidiano, jeito de ser, viver e falar do povo mineiro e claro, conhecerá de perto uma das maiores identidades de Minas Gerais, a nossa hospitalidade.

FONTE CONHEÇA MINAS

Uma viagem pelos encantos de Minas

(Por Arnaldo Silva) Quem vem à Minas, tem como “porta de entrada” milhares de cachoeiras, lagos, rios e montanhas que formam paisagens de extasiar, daquelas que te fazem parar e simplesmente admirar, como esta paisagem acima, de Mar de Espanha MG, Zona da Mata, (de autoria do Marley Mello)

          Em Minas Gerais, temos as charmosas cidades históricas, como Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Catas Altas, Diamantina, Serro, Grão Mogol e outras tantas, além pequenas e pitorescas cidades, como Serra da Saudade, Alagoa, Tocos do Moji, além de lugares que lembram a arquitetura e paisagens europeias, como, Jacutinga, (na foto do André Daniel) e a bela e charmosa Vila Europeia de Monte Verde, (na foto abaixo do Anthony Cardoso).

           E ainda as acolhedoras pequenas cidades de Passa Quatro, Soledade de Minas, Sapucaí-Mirim, a cidade da fé, Leandro Ferreira e outras nem tanto pequenas, cidades grandes, com ótima infraestrutura, como por exemplo Divinópolis, Uberlândia, Juiz de Fora, Uberaba, Teófilo Otoni, Montes Claros, Belo Horizonte, Ipatinga, dentre tantas outras.

          Quem busca aventuras radicais ou simplesmente pedalar pelos 400 km de trilhas da cidade de Carvalhos no Sul de Minas e tomar banho nas belíssimas cachoeiras mineiras como a Cachoeira da Fumaça em Nova Ponte, preferida pelos amantes de esportes radicais, as belíssimas cachoeiras de Delfinópolis, o Paraíso Perdido em São João Batista do Glória, bem como as impressionantes cachoeiras da Serra do Cipó, como esta, a Véu da Noiva, (na foto do Vinícius Barnabé). Tem ainda a Cachoeira do Sumidouro em Felício dos Santos, dos Garcias em Aiuruoca, a Cachoeira do Crioulo em São José do Rio Preto, a Cachoeira da Bicame e do Cânion das Bandeirinhas em Jaboticatubas, da Farofa e da Taioba, na Serra do Cipó, a Cachoeira as Irmãs em Araguari, dentre outras milhares.

          Além de pedras e picos, ótimos para a prática de voo livre, como o Ibituruna em Governador Valadares, a Pedra do Elefante em Andradas, do Pedrão em Pedralva, Serra da Bocaina em Lavras, Serra da Moeda, o Pico do Itacolomi em Ouro Preto, o Pico da Bandeira em Alto Caparaó, (na foto acima do Sairo Guedes), em dia de temperatura negativa. Além disso, pode aproveitar e fazer sobrevoos de balão sobre Tiradentes, Delfinópolis e São Lourenço.

          Andar pelas montanhas de Minas é se impressionar, ainda mais passando pela Serra de Carrancas, pela Serra do Espinhaço, a Serra da Saudade, a Serra do Cipó ou mesmo, pelas estradas rurais mineiras, com suas fazendas centenárias e paisagens impressionantes, de fazer a pessoa parar, sair do carro, sentar e contemplar, como esta imagem Maria da Fé, no Sul de Minas ou mesmo o emocionante visual dos campos floridos de girassóis, lavandas, rosas e lírios, como (na foto abaixo do Ernani Calazans), em Itinga MG, Vale do Jequitinhonha.

          A beleza do Lago de Furnas, tornou as aconchegantes cidades de Capitólio, Santo Hilário, distrito de Pimenta, Boa Esperança, Guapé, Fama, e outras tantas, mais encantadoras ainda. 

          Temos ainda o Lago de Três Marias (na foto acima do J. Camilo, o lago em São José do Buriti, distrito de Felixlândia MG), na Região Central, como a pacata e bela Morada Nova de Minas, banhada pelas águas do Rio São Francisco e Represa de Três Marias e as belezas de São João Batista do Glória como o Paraíso Perdido e a Lagoa da Pedreira, hoje um dos lugares mais visitados na região. (na foto abaixo do @percio_passeios4x4)

          Temos ainda as charmosas estâncias hidrominerais, como Araxá, Caxambu, São Lourenço, Poços de Caldas, além de pitorescas cidades históricas, como Santana dos Montes, Barão de Cocais, Pedra Azul, Estrela do Sul no Triângulo Mineiro, (na foto abaixo de Djacira Antunes), dentre outras mais, espalhadas por todas as regiões de Minas Gerais.

          Rios são atrativos naturais imperdíveis em Minas Gerais que formam belas praias fluviais em suas margens, muito procuradas por banhistas e turistas, além de suas belezas e importâncias como o Rio das Velhas, Rio São Francisco, Rio Doce e Rio Grande, (na foto abaixo de Luís Leite), entre Passos e São João Batista do Glória MG, no Sudoeste de Minas.

          Além dos rios, grutas e cavernas com pinturas rupestres são atrativos especiais para quem gosta de descer às profundezas da terra, conhecendo um pouco da nossa história paleontológica como as grutas da Lapinha em Lagoa Santa (na foto abaixo de Arnaldo Silva), Rei do Mato em Sete Lagoas, Maquiné em Cordisburgo, Cavernas do Peruaçu em Januária,.

          Além das grutas, tem as belezas naturais que afloram da terra, formando belíssimas paisagens com maciços rochosos impressionantes, em destaque nas regiões do Vale do Mucuri, Rio Doce e Jequitinhonha, como podem ver (na foto da Márcia Porto em Santa Maria do Salto), no Vale do Jequitinhonha.

          Em Minas, visitar as pacatas e charmosas vilas é um passeio maravilhoso. São pequenos vilarejos que mais lembram presépios como, São Bartolomeu, Glaura e Lavras Novas, distritos de Ouro Preto, Lapinha da Serra, distrito de Santana do Riacho, Córregos, distrito de Conceição do Mato Dentro, São José do Buriti, distrito de Felixlândia, Monte Verde, distrito de Camanducaia, Santo Hilário, distrito de Pimenta, Penha de França, distrito de Itamarandiba, São José das Três Ilhas, distrito de Belmiro Braga, Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, Martins Guimarães, distrito de Lagoa da Prata com seu casario colonial charmoso, bem cuidado e colorido, lembrando a cidade italiana de Murano, (na foto abaixo do Arnaldo Silva), entre outras tantas vilas e povoados encantadores por toda Minas. 

          Além dos destinos citados acima, Minas tem encantos especiais como a Serra da Canastra, em São Roque de Minas, com a beleza da nascente do Rio São Francisco e sua primeira e maior queda, a Cachoeira da Cascadanta.  

          A região é destaque no mundo inteiro pelo seu famoso queijo, reinando absoluto como um dos melhores e mais premiados queijos do mundo, com seus produtores trazendo, recentemente, 17 medalhas no 4º concurso mundial de queijos “Mondial du Fromage et des Produits Laitiers”, na França, em 2019. Um desses queijos é o da foto acima, feito pelo Roberto Soares da Queijaria Rancho 4R em São Roque de Minas.

          Ainda na Serra da Canastra temos a Cachoeira do Zé Carlinhos, em Delfinópolis, (na foto acima do Wallace Melo), um verdadeiro convite ao sossego. Tem ainda a Cachoeira da Maria Augusta, na charmosa e acolhedora São João Batista do Glória, a Cachoeira do Fundão e a Cachoeira da Parida, destaques da Canastra. Para conhecer esses lugares na Serra da Canastra e seus municípios, recomenda-se de veículo 4×4 e acompanhado por guias, disponíveis nas cidades da região, principalmente em Delfinópolis, São Roque e São João Batista do Glória.

          Outro atrativo natural e imperdível em Minas Gerais é a Cachoeira do Tabuleiro, na cidade histórica de Conceição do Mato Dentro, na Serra do Espinhaço. É a maior cachoeira de Minas, com 273 metros de queda livre e a terceira maior do Brasil. Suas águas despencam de um enorme e impressionante paredão, visto de longe, como (na foto acima de Elvira Nascimento). A cachoeira é tão impactante que foi eleita uma das sete maravilhas da Estrada Real.

          Carrancas é um passeio imperdível. O município é completo. Pacato, charmoso, aconchegante, com origens que remonta o século XVIII, culinária típica, charmoso casario, belezas naturais de tirar o fôlego, digno de cenário de filmes e novelas. O que de fato é. Carrancas é um dos cenários naturais no Brasil mais utilizados pela Rede Globo na produção de suas novelas. É uma beleza atrás da outras, com vários complexos com cachoeiras, quedas d´água, trilhas e matas nativas de Cerrado e Mata Atlântica como por exemplo, o Complexo da Zilda, (na foto acima do
@viniciusbarnabé)
. Tem ainda os complexos do Tira Prosa, da Vargem Grande, da Ponte Alta, da Fumaça, dentre outros.

          Em todos esses lugares citados, o que não vai faltar é a tradicional comida mineira. Seja no mais rústico restaurante, aos mais finos, bem como nossa tradicional cachaça, licores, queijos, doces e quitandas diversas, seja no melhor hipermercado ou nas simples vendas espalhadas por Minas, como a Venda da Dona Inês em Chapada do Norte, Vale do Jequitinhonha, (na foto acima da Viih Soares Fotografia).

          Em todas as 853 cidades mineiras, o turista encontrará lugares charmosos, atraentes, pitorescos com arquitetura singular e em muitos, sentirá que o tempo parou no lugar, como em São Tomé das Letras, no Sul de Minas, (na foto acima da Vânia Pereira). São tradições, construções, antigas vendas, hábitos de reunião em família e amigos nas praças, após a missa.

          Andar pelas ruas calmas das cidades, conhecer rústicos e também sofisticados restaurantes com comidas típicas, com todo requinte e romantismo, (como na foto acima do Sérgio Mourão).

           Além disso, tem as quitandas, o artesanato, as festas folclóricas, bem como lagos, rios, praias fluviais e cachoeiras, picos, serras, montanhas, opções para prática de esportes radicais. (na foto acima do Rhomário Magalhães, o Rio São Francisco em Pirapora, Norte de Minas)

          Além de belas praças, charmosas pousadas e hotéis fazendas, queijarias, docerias, igrejas majestosas como a Basílica de Lourdes em Belo Horizonte, (na foto acima da Andréia Gomes), arquiteturas coloniais, ecléticas e contemporâneas, além de povo bom, hospitaleiro, acolhedor, que te receberá de braços abertos.

Por Arnaldo Silva

12 ruínas históricas de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Em Minas Gerais, encontramos tesouros de nossa história, muitos deles, desconhecidos e em ruínas. São construções seculares, em sua maioria, distantes da área urbana das cidades, com acesso por estradas de terra, matas, à beira de rios, no topo de serras ou em propriedades particulares. Algumas até com histórias fantasmagóricas e ares sombrios, por isso, esquecidas e desprotegidas.         

São belezas e histórias desconhecidas, mas impressionantes. Destruídas pelo tempo ou mesmo, inacabadas, são fascinantes e cheias de esplendor, construídas em décadas de trabalho, em muitos casos, erguidas no tempo da Escravidão no Brasil.          

Você vai conhecer 15 dessas construções, em Minas Gerais, em ruínas ou inacabadas, mas todas de grande valor histórico e arquitetônico.

01 – As ruínas do Bicame de Pedras de Catas Altas

Em Catas Altas, a 110 km de Belo Horizonte, na Região Central, as ruínas de um bicame, uma construção comum usada há séculos pelo mundo, para desviar o leito de um rio e levar sua água a um determinado lugar. Em Catas Altas, foi construído um desses bicames. (fotografia acima de Marley Mello)         

O aqueduto hoje está em ruínas, mas chama a atenção por sua história e importância para a região. É um dos principais atrativos da cidade histórica, mineira. Construído em 1792, por escravos e distante apenas 12 km do Centro de Catas Altas, o canal foi usado para captar água da Serra do Caraça e leva-la até a parte baixa, onde estava a mina de extração de ouro de Brumado. A água era para lavar o ouro retirado dessa mina.         

Feito em pedras de quartzito, retiradas da Serra do Caraça e transportadas em lombo de mulas e burros, a obra era imponente e audaciosa para a época. Tinha 12 km de extensão e 5,10 metros de altura. A técnica usada na construção do aqueduto de Catas Altas, era a mesma usada na Roma antiga. para levar água potável às localidades mais distantes. 

Nesse tipo de construção, não se usava argamassa ou cimento, apenas pedras brutas, sobrepostas e travadas umas às outras, de forma que ficassem bem firmes. No centro do aqueduto, um arco, também em estilo romano, data o ano da obra, 1792. Dos 12 km do aqueduto, restam hoje, menos de 200 metros, mas uma mostra da grandiosidade da obra. É uma obra que impressiona pela excelência no trabalho dos escravos, que souberam trabalhar pedra sobre pedra, sem usar cimento ou argamassa para juntar e firmar as pedras. Por isso, impressiona e muito. (fotografia acima de Elvira Nascimento)

02 – As ruinas da Fazenda Jaguara em Matosinhos         

Uma dessas relíquias, é a Fazenda Jaguara, em Mocambeiro, distrito de Matosinhos MG, distante 47 km de Belo Horizonte. É uma das mais importantes fazendas para a história de Minas Gerais. Formada no início do século XVIII, no auge da exploração do ouro em Minas, a Fazenda Jaguara foi um importante ponto fiscal, até 1765. (na foto abaixo do Thelmo Lins, a entrada da fazenda)

Com o declínio da mineração, o posto fiscal foi desativado e a fazenda passou a produzir alimentos de subsistência, para abastecer a região, sendo construída o casarão sede, senzala, igreja e moinho. Era uma das maiores fazendas produtivas da região, com cerca de 1.200 alqueires e ainda, 750 escravos.         

Devido a riqueza hídrica da região, que favorecia a construção de pequenas usinas hidrelétricas, indústrias de tecidos começaram a instalar-se em Matosinhos e cidades vizinhas. Na Fazenda Jaguara, foi instalada uma dessas indústrias, com seu conjunto, passando a fazer parte da fazenda. Também em ruínas, o maquinário e galpões da antiga fábrica de tecidos, fazem parte da história e patrimônio da fazenda.         

O destaque maior da fazenda são as ruínas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Era comum, no Brasil Colônia, a construção de pequenas capelas nas fazendas. Na Fazenda Jaguara, foi diferente, foi construída uma igreja. A iniciativa da construção do templo, foi do português, Antônio de Abreu Guimarães, que se enriqueceu contrabandeando diamantes e ainda, era sonegador de impostos.         

Arrependido de seus atos e disposto a mudar de vida, procurou o perdão divino, confessando seus atos, perante a Igreja. Como penitência, o padre, determinou que  construísse, não uma capela, mas uma igreja na Fazenda Jaguara, além de doar os lucros da fazenda para obras de caridade e rezar muito.         

Decidido a se redimir, cumpriu sua penitência. Não economizou na construção da igreja, que dedicou à Nossa Senhora da Conceição. Contratou para projetar e executar a obra, nada menos que Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, o Mestre do Barroco Mineiro.         

O templo começou a ser construído em 1786. Os riscos externos, o coro, os púlpitos, os altares laterais e as ornamentações, seguiam à risca o estilo do século 18, bem como o altar-mor, que era muito semelhante com o altar-mor da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, também do Mestre Aleijadinho.         

A igreja foi concluída em 1786. Dentro da igreja, uma placa em madeira, fixada abaixo de um anjo, colocada a mando do português, dizia: “Feito à custa de Antônio de Abreu Guimarães”.         

Considerada uma das mais expoentes e originais arquiteturas mineiras, seu estilo arquitetônico e ornamentações interiores, representavam o que existia de mais autêntico e genuíno da arte barroca do século 18.         

Era uma das principais e mais belas igrejas mineiras, mesmo estando em uma fazenda particular, justamente pelas talhas do Mestre Aleijadinho. A situação e realidade da fazenda mudou no final do século XIX, quando a fazenda foi adquirida pelo inglês George Chalmers (Falmouth, Inglaterra, 1857 — Nova Lima, 1924).  

Chalmers era minerador e também, diretor da Mina de Morro Velho, em Nova Lima MG, cidade distante 106 km da Fazenda Jaguara. O inglês era também protestante.          

Por estar numa área rural e distante da cidade, a igreja era muito conhecida, mas pouco visitada e carecia de manutenção e cuidados constantes com sua arquitetura, como toda obra necessita, principalmente as mais antigas. Assim, começava a entrar em decadência. Chalmers optou em não cuidar e nem em reformar a igreja, ao contrário, mandou desmontar e retirar todas as peças e obras de Aleijadinho da igreja da Fazenda Jaguara.            

A intenção do britânico em retirar as peças da igreja, podia ser a melhor possível, mas não se sabe o real motivo ou motivos, de tão drástica atitude. As obras de Aleijadinho, foram levadas para Nova Lima, onde Chalmers residia e trabalhava. Acredita-se que uma parte das obras retiradas da igreja, foram parar nas mãos de colecionadores.

Sem as ornamentações e talhas de Aleijadinho, a igreja perdeu seus atrativos. Abandonada, foi entregue aos cuidados do tempo, bem como as construções em redor e algumas, até a desapareceram, como a senzala, que não restou nem vestígios. (fotografia acima de Thelmo Lins)         

Tempos depois, o batistério, os altares laterais e as talhas do altar-mor retirados da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, bem como a imagem da santa, talhados por Aleijadinho, no século 18, foram doados por Charlmers, à Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Matriz de Nova Lima, uma construção do século 20. Uma igreja com arquitetura e estilo bem diferente, das tradicionais igrejas do século 18, com ornamentos e talhas do Mestre do Barroco Mineiro, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.         

Agindo certo ou errado, seja por quais motivos, ou intenções que teve, o fato é que boa parte das obras do Mestre Aleijadinho, foram salvas, pelo gesto de doação das obras, por Chalmers, à Matriz de Nova Lima, evitando que fossem parar nas mãos de colecionadores. Estão hoje bem conservadas e protegidas na Igreja de Nossa Senhora do Pilar, em Nova Lima, aberta a todos, fiéis, estudiosos e amantes da arte e arquitetura do barroco mineiro. A cidade de Nova Lima está distante 30 km do Centro de Belo Horizonte. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade, o exterior da Igreja do Pilar e abaixo, da Norma Bittencourt, o altar-mor, da antiga Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Fazenda Jaguara, ornamentando o altar-mor da Matriz do Pilar, em Nova Lima.

Por sua importância história para Minas Gerais, as ruínas do conjunto arquitetônico da Fazenda Jaguara, foram tombadas em 12 de janeiro de 1996, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG). Compõe esse conjunto as ruinas da igreja, a Casa da Junta, galpões de maquinários, a casa sede, o moinho e o porto.

03 – A Rotunda de Ribeirão Vermelho MG

Seu declínio teve início a partir de 1950, com a decadência das ferrovias no Brasil. Hoje está esquecida e cuidada pelo tempo. Mesmo assim, é uma das mais imponentes e majestosas construções ferroviárias do mundo. Seu conjunto arquitetônico e paisagístico é um bem tombado pelo município e também, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG), desde 2014. (fotografia acima de Rogério Salgado e abaixo de Robson Rodarte)         

É a Rotunda de Ribeirão Vermelho, cidade no Sul de Minas, a 270 km de Belo Horizonte. A cidade tem menos de 5 mil habitantes, mas foi um dos maiores centros ferroviários do Brasil, no século passado. Rotunda é uma construção circular, com um girador ferroviário em seu centro e cobertura em cúpula. Eram bastante comuns nas estações ferroviárias dos séculos XIX e XX, usadas para dar manutenção e movimentação dos trens.         

A Rotunda de Ribeirão Vermelho, tem 4,4 mil metros quadrados de construção. Seu estilo arquitetônico possui semelhanças com o coliseu de Roma. Para se ter ideia da grandiosidade da obra, a rotunda é duas vezes maior que o estádio do mineirinho, em Belo Horizonte.

Inaugurada em 1895, pela Companhia Estrada de Ferro Oeste de Minas, a obra recebeu detalhes europeus em sua construção. As telhas vieram de Marseille, na França. Os ladrilhos hidráulicos foram importados da Alemanha e as estruturas metálicas, vieram de Glasgow, na Escócia. (foto acima de John Brandão/ @fotografo_aventureiro) Foi a maior rotunda da América Latina e a quarta maior do mundo. Suas ruínas e construções ferroviárias em seu redor, desperta curiosidade dos moradores e visitantes. É um dos principais pontos turísticos da região.

04 – A Igreja inacabada de Barra do Guaicuí

Distante 370 km de Belo Horizonte, Barra do Guaicuí, distrito da cidade de Várzea da Palma, no Norte de Minas, conta com cerca de 4 mil moradores. O charmoso e atraentes distrito, às margens do Rio São Francisco, guarda as ruínas de um dos mais antigos templos do Brasil.         

Erguida em pedras sobrepostas, a Igreja do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, protetor dos navegantes, é uma das mais enigmáticas e intrigantes construções do século XVII em Minas Gerais. Sua existência é cercada de histórias e lendas, contadas ao longo dos séculos. (fotografia acima de Claudete Leite)         

Simples, singela e tomada pelas raízes de uma frondosa gameleira, no lugar onde era para existir uma torre, é um dos atrativos da região. O templo inacabado é patrimônio tombado pelo município, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG).

Construída a 800 metros das margens do Rio São Francisco e a menos de 10 metros das margens do Rio das Velhas, a Igreja do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, não tem data exata do início de sua construção. Nunca foi acabada e não há registros algum dos motivos pela não conclusão do tempo. Do jeito que deixaram, está até os dias de hoje, na sua alvenaria original da época, em pedra de cantaria e cal.         

A certeza é que o templo católico data da segunda metade do século XVII, no tempo das Bandeiras de Fernão Dias (1608-1681), bandeirante paulista, responsável pela fundação de vários povoados, que deram origem a várias cidades mineiras. Uma estátua na praça de Barra do Guaicuí, homenageia o bandeirante. (fotografia acima de Claudete Leite)         

A igreja, foi erguida por índios e escravos, orientados pelos padres Jesuítas. É um dos marcos da povoação do Norte de Minas e das margens do Rio São Francisco.         

Segundo a tradição popular, a igreja teve sua conclusão paralisada devido estar às margens do Rio das Velhas. Durante sua construção, quando no período chuvoso, as águas do rio subiam e inundavam a igreja. Para evitar maiores prejuízos, os padres Jesuítas desistiram da conclusão do templo.         

Outra versão popular diz que durante sua construção, um surto de malária atingiu os trabalhadores da obra, que morreram todos dessa enfermidade, paralisando construção. Com isso, a imagem da igreja, passou a ser ligada à morte e doenças, inibindo sua conclusão.         

Não há nenhum relato sobre a construção e desistência dos Jesuítas em não concluir a Igreja, mas a primeira hipótese, é a mais coerente.

05 – Túnel ferroviário de Serra da Saudade         

Com apenas 776 habitantes, Serra da Saudade, na Região Central, distante 230 km de Belo Horizonte, é o menor município do Brasil em número de habitantes. Lugar calmo, tranquilo, pacato, onde a vida passa de vagar e Guaçuí com qualidade de vida muito alta.         

A história de Serra da Saudade começa nos anos 1920, com a construção de um ramal ferroviário da Estrada de Ferro Paracatu, que ligaria Dores do Indaiá MG, na Região Central, à Paracatu, no Noroeste de Minas, para transporte de diamantes, café, madeira, gado, etc.         

Iniciada em 1922 em Dores do Indaiá, o ramal ferroviário nunca foi concluído. As obras pararam na Fazenda Serra da Saudade. Com o ramal paralisado, o fazendeiro José Zacarias Machado, proprietário da fazenda do Rancho, doou um terreno para que se construísse uma estação de trem. Assim foi feito. Além disso, por ser uma região montanhosa, houve a necessidade de se construir dois túneis para passagem dos trens. Distantes 250 metros um do outro, um dos túneis tem 1000 metros de extensão e o outro, 850 metros.         

Com o nome de Estação Melo Viana a pedido do doador do terreno, a estação foi inaugurada em 1925. Na década de 1930, o ramal da Estrada de Ferro Paracatu, foi incorporado à Rede Mineira de Viação, funcionando até 1969, com transporte de carga e passageiros, quando a estação foi desativada.          

Desde sua inauguração, ao redor da estação, foram construídas casas para os operários e com o tempo, o pequeno arraial começou a receber novos moradores. Uma igreja foi construída, dedicada à Nossa Senhora do Carmo, em terreno doado por Maria Praxedes. O povoado de Estação Melo Viana, foi elevado à distrito, subordinado à Dores do Indaiá em 27 de dezembro de 1948, com o nome de Comendador Viana, para finalmente, em 30 de dezembro de1962, ser elevado à município emancipado, passando a chamar-se, Serra da Saudade.

Da passagem do trem por Serra da Saudade, ficou a antiga Estação Ferroviária e os túneis, distantes apenas 4 km do centro da cidade. Mesmo com tempo, estão bem conservados e sem sinais de vandalismo. São os maiores atrativos turísticos da cidade, junto com a bifurcação dos rios Funchal e Indaiá, na Barra do Funchal, além de suas belezas naturais, como a Serra da Saudade, não a cidade, mas a serra homônima, uma das maiores belezas naturais da Região Central. (fotografia acima de Emílio Mendes Ferreira)         

Serra da saudade faz parte hoje do circuito turístico “Caminhos do Indaiá”, criado em 2008. O circuito é composto ainda pelos municípios de Bom Despacho, Cedro do Abaeté, Dores do Indaiá, Estrela do Indaiá, Luz, Quartel Geral e Santa Rosa da Serra.

06 – O Hotel Pena Branca em Santo Hilário

Distrito de Pimenta, na Região Oeste de Minas, distante 265 km de Belo Horizonte com acesso pela Rodovia MG-050, está Santo Hilário. A pequena vila, com menos de 200 moradores é hoje, um dos mais procurados pontos turísticos de Minas Gerais, graças às suas belezas naturais e pelas águas do Lago de Furnas. Da rodovia, ao longe, uma construção imponente, mas inacabada, atrai curiosos. É o Hotel Pena Branca, às margens da MG-170, no km 134. A obra inacabada, sempre despertou a curiosidade dos turistas e visitantes. (foto acima de Maria Mineira)         

Construído no alto de uma colina, a obra tem ampla vista para as belezas de Santo Hilário, principalmente, para o Lago de Furnas. É também um dos lugares mais procurados para fotos, tanto de turistas, como de fotógrafos, que procuram o local para fotos de books e casamentos.

A construção foi projetada para ser construída por etapas, com dinheiro financiado. Uma obra ousada, imponente, com 26 suítes, duas piscinas, cassino, heliporto, pista para pouso, restaurante panorâmico, além de um teleférico, que ligaria o hotel, passando sobre o Lago de Furnas, até o topo de uma montanha (na foto acima de Nilza Leonel). Uma obra grandiosa, com 2 mil metros quadrados e bem cara.         

A obra foi iniciada em 1976, mas paralisada ainda na alvenaria, devido à alta taxa de juros da época, o que inviabilizou sua conclusão. Para quitar os débitos, o hotel foi a leilão, mas o novo proprietário, não concluiu a obra. Tanto o antigo dono, quanto o novo, já faleceram e até o momento, os herdeiros do proprietário, que adquiriu o imóvel em leilão, não definiram ainda o que fazer com a obra, estando o Hotel Pena Branca, do mesmo jeito que estava, quando a obra foi paralisada.

Assim, permanece em Santo Hilário, o sonho do que seria ou ainda pode ser, um dos mais belos, luxuosos e imponentes hotéis de Minas Gerais, num lugar privilegiado e com um enorme potencial turístico.

07 – As ruínas Igreja Queijada em Antônio Pereira

Com cerca de 5 mil moradores, Antônio Pereira é um dos mais populosos distritos de Ouro Preto, na Região Central de Minas, distante 100 km de Belo Horizonte. É uma das mais antigas povoações de Minas Gerais, com forte tradição na mineração, desde o início do século XVIII. Distrito rico em história, jazidas minerais, tem nas ruínas da antiga Matriz de Nossa Senhora da Conceição, um de seus atrativos maiores. (fotografia acima da Ane Souz)         

Erguida entre 1716 e 1720, foi uma das primeiras igrejas construídas nos primeiros anos do século XVIII, na região, se tornando a matriz da Vila. Em 1830, um incêndio destruiu toda a igreja, deixando em pé, apenas suas estruturas em pedras, evidenciando a imponência do grandioso templo.

Mesmo com a destruição do templo, a comunidade não perdeu a fé, e transferiu a imagem de Nossa Senhora da Conceição para uma gruta, próxima, construindo um altar. Com o tempo, desistiram de reconstruir a igreja e mantiveram a gruta, como templo. Nessa gruta, os fiéis comparecem para missas, rezas e para acender velas em agradecimento por graças ou para pedir graças. Desde o século XIX, a gruta é conhecida nas redondezas como Gruta de Nossa Senhora da Lapa. No interior da antiga matriz, os moradores da vila passaram a sepultar seus mortos (na foto acima da Ane Souz). O cemitério está ativo, até os dias de hoje.

08 – Igreja inacabada de Sabará         

A construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário em Sabará, a 20 km de Belo Horizonte, foi por iniciativa da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos da Barra do Sabará, irmandade fundada em 1713. Devido à falta de recursos financeiros, a construção do templo foi lenta. Com vários recomeços e interrupções. Começou efetivamente em 1757, quando os irmãos do Rosário conseguiram o terreno que almejavam para a construção de sua igreja. (fotografia abaixo de Anderson Sá)

Em 1767 o projeto saiu do papel, com a sacristia e capela-mor tendo sido construídas em 1780, sendo paralisada e retomada em 1798, novamente paralisada e retomada em 1805, para novamente ser paralisada e retomada em 1819, sofrendo outra interrupção, sendo retomada em 1856 e novamente paralisada. Mesmo com os esforços da Irmandade para conseguir recursos, devido a situação do Brasil na época, com constantes manifestações pelo fim da Escravidão e do Império, não conseguiram retomar a construção. Com a abolição da Escravidão, em 1888, não havia mais mão de obra e nem a Igreja Católica, que assumiu o templo no lugar da Irmandade, não conseguiu retomar a obra, por falta de dinheiro.         

Paralisada desde o século XIX e ainda na alvenaria e pedras de cantaria, do jeito que parou, ficou e ficará. Isso porque, com o objetivo de preservar sua história e a construção, foi tombada em 13 de junho de 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) tendo ainda sido reformada, pelo Iphan, entre 1944-1945, garantindo assim a conservação e preservação de sua estrutura e de um valioso patrimônio de Sabará e de Minas Gerais.

09 – O Corte Fundo em São Domingos da Bocaina

Fica em São Domingos da Bocaina, distrito de Lima Duarte MG, Zona da Mata. Foi um corte feito numa montanha de pedra, para ser um dos ramais da Ferrovia Central do Brasil, que ligaria Lima Duarte MG a Bom Jardim de Minas, no Sul de Minas, interligando a Central do Brasil à Ferrovia Mineira de Viação. (foto acima do Márcio Lucinda/Guia de Turismo no Ibitipoca)         

A impressionante fenda profunda e bastante íngreme, foi aberta em rocha bruta e ainda guarda marcas das picaretas, em suas paredes abertas por trabalhadores braçais. Lugar de rara beleza, com uma bela cachoeira, no fim da cavidade é um lugar que impressiona e também assusta, pelo vazio e silêncio do lugar. No trecho do corte, pode-se ver cruzes fincadas no chão. Simboliza mortes ocorridas durante a abertura da cavidade. (foto abaixo do Márcio Lucinda/Guia de Turismo no Ibitipoca)

Iniciada em 1939, sofreu várias paralisações ao longo dos anos, se estendendo até a década de 1950. Após a morte de Getúlio Vargas, em agosto de 1954, a obra foi totalmente paralisada e nunca concluída. Nunca foram colocados trilhos no que deveria ser um ramal ferroviário. O que deveria passar trem, lingando a Bom Jardim de Minas, passou a ser uma estrada de rodagem, ligando a Souza do Rio Grande, distrito de Lima Duarte MG.         

Hoje é um dos grandes atrativos turísticos de Lima Duarte e da região, constantemente usada para tráfego de veículos, por ciclistas, para caminhadas e curiosos, já que o local e a impressionante fenda na rocha, instiga a curiosidade e interesse dos visitantes.

10 – Casa da moeda em Moeda         

No auge do Ciclo do Ouro em Minas Gerais, o alto valor dos impostos cobrados pela Coroa Portuguesa, no século XVIII, o chamado Quinto, não só criou revolta popular em Minas Gerais, mas fez com que fossem criadas ações para não pagar o pesado imposto do Quinto, exigido pela Coroa Portuguesa.

No município de Moeda, cidade distante 60 km de Belo Horizonte, uma fábrica de moedas, genéricas, foi construída no século XVIII, para não pagar o Quinto, um importo que taxava em 20% todo o ouro encontrado nas minas mineiras. Chamada de Casa de Moda Falsa do Paraopeba ou Fábrica do Paraopeba, suas ruínas podem ser vistas em Moeda Velha, hoje com o nome de São Caetano, distrito de Moeda. (foto acima de Evaldo Itor Fernandes)         

Construída numa parte alta da antiga Serra do Paraopeba, por permitir uma visão em 360 graus em redor, a fábrica foi formada por equipamentos de fundições furtados do Rio de Janeiro e trazidos para a região. Chegou a ter cerca de 100 pessoas trabalhando na fundição, como escravos, mineradores e também, antigos funcionários da administração portuguesa. Quando governava a capitania de Minas Gerais, entre 1721 a 1732, Dom Lourenço de Almeida, sabia da existência da fábrica, mas nada fazia. Um sinal de que era contra o abuso da cobrança do Quinto, pela Coroa Portuguesa.

A fundição era uma verdadeira fortaleza, com condições de ações armadas de ataque e defesa, com rapidez, para se protegerem de curiosos, invasores e da guarda da Coroa. As moedas eram verdadeiras, cunhadas em puro ouro e sendo vendidas com imposto bem menor que o Quinto. A fábrica funcionou por alguns anos, sendo desativada ainda no século XVIII, restando hoje, parte das ruínas que sobraram da fábrica. Por isso a serra, antes chamada de Serra do Paraopeba, passou a se chamar, Serra da Moeda e a própria cidade, onde estão as ruínas, adotou o nome de Moeda. (foto acima do Evaldo Itor Fernandes)

11 – As ruínas de Gongo Soco em Barão de Cocais MG

Barão de Cocais é uma cidade histórica, distante 100 km de Belo Horizonte, na Região Central. A cidade guarda as ruínas de um dos mais importantes sítios históricos para Minas Gerais, formado pelas ruínas da antiga mina de ouro de Gongo Soco. A mineração na região teve início em 1745, quando da descoberta de ouro ano local, pelo madeireiro Manuel da Câmara Bittencourt. Bittencourt faleceu em 1756, tendo a propriedade administrada por seus herdeiros e arrematada, tempos depois pelo português José Álvares da Cunha Porto, que construiu a sede da fazenda, com senzala, capela, pomar, paiol e moinhos. (fotografia acima de Glauco Umbelino)         

Em 1825, no século XIX, toda a área da mina, como a sede da fazenda e suas benfeitorias, foi adquirida pela Companhia Imperial Brazilian Mining Association, de capital inglês. Aos poucos, famílias inglesas, oriundas da região da Cornualha, no sudoeste da Inglaterra, foram chegando à região. Os ingleses tinham tradição na exploração mineral, além de tecnologias de ponta, para a época, inexistentes no Brasil. A multinacional explorou a mina entre 1826 a 1856, extraindo nesse período, entre 12 e 13 toneladas de ouro.              

A mina, a vila colonial e as benfeitorias da fazenda, foram adquiridas dos ingleses, pelo empresário Paulo Santos e vendida em 1900 para a empresa The Prospect Corporation. Foi a partir daí que que Gongo Soco, a vila colonial e toda a arquitetura inglesa, começou a declinar-se, devido a prática da empresa em construir novas edificações no local, principalmente na vila colonial.          

Isso perdurou até a década de 1990, quando a Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ministério Público e Iepha, agiram em conjunto para pôr fim a exploração predatória e deterioração do patrimônio histórico. Para evitar maiores consequências ao patrimônio mineiro, as ruínas de Gongo Soco e todo o seu conjunto, foi tombado em 11 de maio de 1995, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico IEPHA/MG). A área de Gongo Soco, continua sendo explorada para mineração, pertence atualmente à Companhia Vale.

12 – As ruínas do Moinho de Vento e da Ponte do Bico de Pedra         

Uma parte da história de Ouro Preto, passa despercebida pelas dezenas de milhares de turistas que visitam todos os anos a cidade histórica mineira, patrimônio da humanidade desde 1980. No alto de uma serra, onde estão os morros de Santana, São João, São Sebastião e Queimada, este último, tinha o nome de Arraial de Ouro Podre, povoado no final do século XVII. Foi nesta região que se originou Vila Rica, atual Ouro Preto. As primeiras igrejas, os primeiros casarios que deram origem à Ouro Preto, estão nos morros acima. Foi o primeiro assentamento urbano de Ouro Preto.         

Em 1720, o antigo Arraial de Ouro Podre foi incendiado e destruído a mando do Conde de Assumar, Governador da Província de Minas Gerais, na época. Foi um ato de represália às ações da chamada Sedição de 1720, uma revolta popular que aconteceu em Vila Rica, nesse ano, com objetivo de derrubar do poder o Conde de Assumar, contra a instalação das casas de fundição, da taxação de 1/5 de todo ouro extraído na região e expulsão dos clérigos da província. O movimento foi sufocado pelas forças portuguesas, liderados por Assumar.

O incêndio consumiu tudo, principalmente, o início da história de Ouro Preto, restando como testemunhas, as pedras que davam sustentação a um moinho de vento, marco da fundação do arraial (na foto acima do Glauco Umbelino).         

Por esse ato e destruição total do Arraial de Ouro Preto Podre, o local passou a ser conhecido como Morro da Queimada. Nas proximidades, estão ainda os morros de Santana, São Sebastião e São João, em boa parte, preservados em sua história e arquitetura. Foram nesses morros que a história de Ouro Preto começou, como arraial, freguesia, vila e por fim, cidade, até a ser capital de Minas Gerais. A partir do auge da riqueza gerada pelo Ouro, as construções passaram a ser erguidas na parte mais baixa, onde está hoje, o Centro Histórico da cidade.         

O Morro da Queimada, é hoje um museu vivo e natural, além de propiciar uma ótima vista de Ouro Preto.         

Ainda em Ouro Preto, agora no distrito de Rodrigo Silva, distante 30 km da sede, na comunidade de Bico de Pedra, as ruinas da ponte de pedras, da antiga estrada, que ligava Ouro Preto, ao Rio de Janeiro, passam despercebida. O que sobrou dessa estrada, construída por escravos em 1850, foi uma imponente ponte, conhecida como Ponte de Bico de Pedra, devido ter sido construída à beira de um precipício, com curva inclinada. No meio do mato, esquecida e até desconhecida, a antiga estrada foi uma das mais imponentes obras do século XIX, no Brasil.         

Sua arquitetura era bastante ousada para a época. A ponte foi projetada em estilo romano, destacando os tradicionais arcos tradicionais na arquitetura de Roma antiga, por onde correm aas águas de um riacho limpa e cristalina, que culmina mais à frente, numa queda d´água. Além de sua história e grandiosidade, no entorno das ruínas da ponte de Bico de Pedra, a natureza presenteia os visitantes, com sua beleza esplendorosa.

FONTE CONHEÇA MINAS

Os 10 distritos mais altos de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva)  Minas Gerais tem 1772 charmosos e atraentes distritos. São verdadeiros presépios, onde no cotidiano do dia a dia, a vida é um sossego e passa bem devagar. Se caracterizam pela simplicidade, mineiridade, hospitalidade de seus moradores, belezas naturais, história, casario simples, artesanato, sua culinária típica e tradições religiosas. Alguns se destacam pelos dias quentes de verão, com suas cachoeiras, trilhas e praias fluviais. Outros, o contrário, se destacam pelo frio intenso e altitudes, acima do nível do mar, elevadíssimas. Isso porque, Minas Gerais é um estado montanhoso e por isso, os distritos e cidades de maiores altitudes no Brasil, estão em nosso território. Você vai conhecer 10 desses pitorescos distritos, com altitudes acima de 1000 metros. São mais distritos, além desses, claro, mas listamos apenas 10.

01 – Lapinha da Serra, distrito de Santana do Riacho

No sopé do Pico da Lapinha, a 1687 metros de altitude, acima do nível do mar, está Lapinha de Belém, para os antigos e Lapinha da Serra, como é mais conhecido popularmente, o distrito mais alto de Minas Gerais. Inserido na Área de Preservação Ambiental Morro da Pedreira, Lapinha da Serra é distrito de Santana do Riacho, cidade turística mineira, considerada a “porta de entrada” para a Serra do Cipó. Santana do Riacho fica a 110 km de Belo Horizonte, com acesso pela MG-050. Lapinha da Serra fica a 33 km da sede. (fotografia acima de Thiago Perilo/@thiagop.photo)

A pequena vila conta com cerca de 400 moradores, que vivem da agricultura familiar, do artesanato e turismo. É um dos pontos turísticos mais conhecidos e visitados em Minas Gerais. Seu povo é gentil, acolhedor e hospitaleiro. Preservam a vila em que vivem, bem como suas raízes e tradições religiosas, como o a Festa de São Sebastião, padroeiro da Vila, a Festa de Nossa Senhora Aparecida, além do tradicional Batuque, manifestação folclórica, com origem em Cabo Verde, na África, preservada e valorizada no vilarejo. (foto acima e abaixo da Giseli Jorge)

A charmosa vila é atraente, seu casario colonial bem no estilo mineiro, é charmoso e muito bem cuidado. No entorno de Lapinha da Serra, belezas naturais são convites para descanso e sossego. São impressionantes e magníficos lagos, cachoeiras, grutas, picos, sítios arqueológicos, além da beleza do Rio Cipó. O vilarejo é o lugar ideal para quem quer maior convívio com a natureza e também para quem gosta de esportes radicais, ao ar livre.

Atualmente, a cidade mais alta do Brasil é Campos do Jordão, em São Paulo, com 1628 metros de altitude. Se Lapinha da Serra fosse cidade, seria a cidade brasileira de maior altitude, com seus 1687 metros acima do nível do mar.

02 – Costas, distrito de Paraisópolis

A 1600 metros de altitude, está Costas, distrito de Paraisópolis, no Sul de Minas Gerais, distante 420 km da Capital. Paraisópolis está a 1090 metros de altitude. (fotografia acima de Fernando Campanella)

Costas está na parte mais alta da Serra da Mantiqueira, onde está o Pico da Pedra de São Domingos, com 2050 metros de altitude. A charmosa vila está a 32 km da sede, Paraisópolis, a 9 km de Gonçalves/MG e 30 km de São Bento do Sapucaí/SP.

Lugar de rara beleza, cercado por montanhas, matas nativas de araucárias, rios e cachoeiras, Costas é um dos mais belos lugares do Sul de Minas e muito procurado por turistas. Isso porque a vila, além de toda sua beleza natural, possui condições propícias para a prática de esportes, como escaladas, hiking, trilhas, etc., além de contar com uma ótima estrutura urbana, muito bem cuidada e seu povo muito acolhedor e hospitaleiro.

03 – Monte Verde, distrito de Camanducaia

A 1555 metros de altitude, está Monte Verde, no Sul de Minas, hoje, com cerca de 6 mil habitantes. É um dos maiores distritos mineiros, em número de habitantes, muito maior até que dezenas de cidades mineiras. Por isso, muitas das vezes, Monte Verde é chamada de cidade, mas é distrito, pertencente a Camanducaia, distante 473 km de Belo Horizonte. A sede está a 1015 metros de altitude. (foto acima de Ricardo Cozzo)

A vila foi fundada na década de 1930 por imigrantes letões, que viram na região, semelhanças com a Letônia, país do Leste Europeu. Hoje, Monte Verde é um dos mais badalados e famosos pontos de turismo no Brasil, além de ser reconhecida internacionalmente como um dos lugares mais acolhedores do mundo. (fotografia abaixo da Mônica Milev/Chocolate Montanhês)

Quem vem à charmosa vila, se apaixona por sua arquitetura singular, tipicamente letã, pelos chocolates, cervejas artesanais, vinhos, fondues, pela gastronomia diversificada, pelo frio intenso, além do romantismo que a charmosa vila oferece. Por isso é conhecida como a “cidade dos namorados”, “cidade do chocolate” e por sua origem e arquitetura letã, por, “Letônia mineira”.

04 – Ponte Segura, distrito de Senador Amaral

A 1490 metros de altitude, está Ponte Alta, distrito de Senador Amaral, no Sul de Minas, na parte alta da Serra da Mantiqueira. Distante 447 km de Belo Horizonte, o município de Senador Amaral é uma das cidades mais frias de Minas Gerais. Está a 1505 metros de altitude, sendo a cidade mais alta de Minas Gerais e a segunda mais alta do Brasil, atrás apenas de Campos do Jordão/SP.

Seu principal distrito, Ponte Alta, é muito atraente, pacato, muito bem cuidado e seu povo muito gentil e acolhedor. Além disso, o distrito, bem como todo o município, é dotado de belezas naturais de tirar o fôlego. Em Ponte Alta, a vida social, religiosa e cultural, gira em torno de sua bela matriz, dedicada a São Sebastião. (na foto acima do Duva Brunelli, vista parcial de Ponte Alta, do adro da Matriz) Por suas belezas naturais, sua ótima estrutura urbana e por seu inverno rigoroso, com temperaturas abaixo de zero grau, Senador Amaral é uma das cidades mineiras, de grande potencial turístico.

05 – Quatis, distrito de Marmelópolis

A 1467 metros de altitude, está Quatis, uma pequena vila pertencente ao município de Marmelópolis, no Sul de Minas, distante 427 km de Belo Horizonte. A famosa “Terra do Marmelo”, está a 1277 metros de altitude, situado na parte alta da Serra da Mantiqueira, nas maiores elevações do Pico dos Marins a 2422 metros de altitude e o Pico do Marinzinho, com 2393 metros de altitude. (na foto acima de Jair Antônio Oliveira, a chegada ao vilarejo de Quatis)

Por seu relevo e altitude, Marmelópolis, é uma das cidades mais frias do Brasil, com temperaturas negativas e geadas constantes, no inverno. Quatis é mais fria ainda. (na foto acima do Renato Ribeiro, típica paisagem de inverno em Marmelópolis)

Rodeada por intensa mata, a pequena vila conta com cerca de 100 moradores, que vivem da pecuária leiteira, cultivo do morango, além de ser um lugar com grande potencial turístico, por suas belezas naturais, montanhas, rios e cachoeiras. O nome Quatis é porque a vila é rodeada por mata nativa, habitadas por grande quantidade de quatis. A Matriz de Nossa Senhora do Rosário (na foto acima do Jair Antônio Oliveira), se destaca por sua beleza, simplicidade e demonstração de fé de seu povo, acolhedor, hospitaleiro, simples e que dão muito valor às suas tradições gastronômicas, culturais e religiosas.

06 – São João da Chapada, em Diamantina

A 1450 metros de altitude, está São João da Chapada, distrito da cidade de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. A cidade histórica mineira, Patrimônio da Humanidade desde 1999, está a 1280 metros de altitude e distante 292 km de Belo Horizonte. (fotografia acima da Giselle Oliveira)

A vila colonial de São João da Chapada, tem origem no final do século XIX e tem cerca de 1500 habitantes. Está a 30 km do Centro de Diamantina e tem como destaque, sua atraente igreja, dedicada a Santo Antônio, datada de 1873, seu casario singelo e simples, seu povo hospitaleiro e acolhedor, além claro, do frio, muito intenso no inverno. A temperatura média no distrito, fora da estação do inverno, varia entre 19º e 27ºC, já no inverno, se aproxima de zero grau.

07 – Lavras Novas, distrito de Ouro Preto

A 1300 metros de altitude, está Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, cidade histórica, Patrimônio da Humanidade desde 1980. Ouro Preto está a 100 km de Belo Horizonte e a 1179 metros de altitude, acima do nível do mar. (fotografia acima de Peterson Bruschi/@guiapeterson)

Lavras Novas é uma tradicional e histórica vila, com origem nas primeiras décadas do século XVIII e tem atualmente, cerca de 1500 moradores. Rica em história, cultura e artesanato, a charmosa vila é um sonho de beleza, charme, requinte e simplicidade. Suas paisagens e belezas naturais são deslumbrantes e impactantes. É um mar de montanhas, com vistas de impressionar. Tem como seu ponto mais alto, a Serrinha, a 1510 metros de altitude, onde está a mais alta tirolesa do Brasil.

08 – Rodrigo Silva, distrito de Ouro Preto

Ainda em Ouro Preto, a 1278 metros de altitude, está o distrito de Rodrigo Silva. Surgido no século XVIII, o distrito conta com cerca de 1000 moradores e se destaca, desde suas origens, na cultura, tradição religiosa, a agricultura e na mineração de ouro, e atualmente, na mineração de topázio imperial e minério de ferro. Distante apenas 18 km da sede, fica às margens da Rodovia dos Inconfidentes. Sua altitude permite avistar toda sua beleza natural em volta e também os Picos do Itacolomi e do Itabirito. (na foto acima de Ane Souz, a antiga estação de trem de Rodrigo Silva)

É um dos mais desenvolvidos distritos ouro-pretanos, tendo tido um crescimento impressionante com a chegada da ferrovia à região, a partir de 1880, com a vila se desenvolvendo em torno da Estação Ferroviária, inaugurada em 1888, com o nome de Rodrigo Silva, em homenagem ao ministro do Império, Rodrigo Augusto Silva, daí a origem do nome do distrito.

09 – Morro Redondo em Ipoema, distrito de Itabira

A 1180 metros de altitude, está o Morro Redondo, em Ipoema, uma charmosa e tradicional vila mineira. Lugar agradável, pacato, encantador, histórico, riquíssimo em belezas naturais, com cachoeiras espetaculares, é distrito da cidade de Itabira, na Região Central Mineira, distante 110 km de Belo Horizonte. (foto acima do John Brandão/@fotografo_aventureiro)

Sua origem é do início do século XIX e guarda tesouros de nossa história, principalmente do tempo que as tropas cortavam o sertão mineiro. Em Ipoema, está o Museu do Tropeiro, com cerca de 700 peças, que nos levam a conhecer a vida e rotina dos tropeiros e viajantes.

O mirante do Morro Redondo, nos seus 1180 metros de altitude, é o principal ponto turístico de Ipoema. A vista é impactante e impressionante, além do charme da graciosa Capela do Senhor do Bonfim, palco de celebrações religiosas e folclóricas de seus moradores, como a Festa de Santa Cruz, em maio. (foto acima do Sérgio Mourão)

Além do Morro Redondo, em Ipoema, destaca-se fazendas centenárias, áreas de proteção ambiental, como o Morro da Pedreira e Bacia Hidrográfica Ribeirão Aliança, a Igreja de São José do Macuco, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, construída entre 1915 e 1934 (na foto acima do Arnaldo Quintão), a Cachoeira Alta com seus 110 metros de queda, uma das mais belas de Minas Gerais e outras cachoeiras paradisíacas, como a Cachoeira Boa Vista, Cachoeira do Patrocínio Amaro, Cachoeira do Morro Redondo e a Cachoeira do Meio.

10 – São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito do Serro

A 1150 metros de altitude, está São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito da cidade histórica do Serro MG, a 325 km de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha. Região montanhosa, no Serro, as altitudes variam muito, de 835 a 2002 metros. O município é formado pelos distritos de Três Barras da Estrada Real, Vila Deputado Augusto Clementino (Mato Grosso), Pedro Lessa, Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras. (fotografia acima de Tiago Geisler)

O distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, tem suas origens no início do século XVIII, com o surgimento da exploração do ouro em Minas Gerais. A pequena vila, com pouco mais de 1500 moradores, guarda com carinho relíquias arquitetônicas e suas tradições culturais e religiosas, desde os tempos coloniais. (fotografia acima de Marcelo Melo Fotografias)

Entre essas relíquias destaque para seu casario colonial muito bem conservado, seu rico e valioso artesanato, sua gastronomia tipicamente mineira, com receitas preservadas desde os tempos coloniais, as muradas de pedras, construídas no tempo da Escravidão, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Matriz de São Gonçalo, uma das mais fascinantes e bem preservadas igrejas do século XVIII em Minas Gerais. (fotografia acima de Tiago Geisler)

Segundo consta em placa na igreja, foi construída em 1787, ampliada em 1864 e totalmente reformada em 1934. Por sua riqueza singular e importância, foi tombada pelo IEPHA/MG, em 1980, como patrimônio histórico de Minas Gerais. (fotografia abaixo de Rita Peixoto)

Escondida entre os imensos paredões rochosos da Serra do Espinhaço, cheia de belezas naturais como várias cachoeiras, picos e serras com vistas paradisíacas, a charmosa Vila Colonial é tão pitoresca que mais lembra um presépio. Ruas de terra e algumas calçadas com pedras, casas sem muros, botecos tradicionais, pousadas atraentes e uma charmosa pracinha com árvores frondosas. Lugar de sossego, onde a vida passa devagar. Seu povo é carismático e de uma simplicidade e hospitalidade, que emociona.

FONTE CONHEÇA MINAS

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