Parque Estadual do Itacolomi suspende visitação para realização de obras de melhorias

Projeto prevê reformas em instalações importantes como centro de visitantes, portaria e alojamentos, entre outros

Instituto Estadual de Florestas (IEF) informa que o Parque Estadual do Itacolomi, localizado em Ouro Preto e Mariana, ficará temporariamente fechado para visitação, a partir de 1/1/2024, em virtude da realização de reparos nas vias de acesso e reformas de algumas instalações como: centro de visitantes, portaria, credenciamento, alojamentos, escritório, Museu do Chá, toda a área de camping, oficina e almoxarifado.
 
A previsão é que as obras avancem e sejam concluídas até o fim de 2024. 

A gerente da Unidade de Conservação (UC), Maria Lúcia Coimbra Cristo, explica que os recursos para a reforma são provenientes da compensação minerária.
 
Também serão feitos reparos nas vias de acesso ao parque, que ficaram comprometidas devido às fortes chuvas na região. 

Atualmente, encontra-se em elaboração o projeto para equacionamento definitivo de acesso à UC,  decisão que segue orientações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG). Em visita técnica ao parque, as instituições alertaram para a necessidade de adoção de medidas que garantam a segurança dos usuários e funcionários.
 
Concessão
 
O Itacolomi é uma das unidades de conservação cujo serviços foram concedidos à empresa privada pelos próximos 30 anos. 

A empresa ficará responsável pelo gerenciamento do uso de atividades de ecoturismo e visitação, além dos serviços de gestão, operação e manutenção dos atrativos. 

A empresa vencedora da concessão assumirá a atuação após a conclusão das obras.
 
A concessionária será responsável pela aplicação dos recursos para modernização e implantação de infraestruturas, como centro de visitantes, quiosques, mirantes e restaurantes. 

Os recursos serão direcionados, ainda, a ações de preservação ambiental, desenvolvimento turístico e dinamização das economias locais.
 
Em contrapartida, a empresa poderá obter receitas advindas de atividades como cobrança de ingresso, alimentação, comércio e serviços turísticos, incluindo atividades de turismo de aventura. 

O contrato prevê isenções e descontos no valor de entrada para públicos específicos, entre eles, moradores locais.
 
Caberá ao IEF a gestão administrativa da unidade, mantendo a responsabilidade pelas ações de conservação ambiental, fomento a pesquisas, educação ambiental, prevenção e combate aos incêndios, além da gestão do contrato de concessão, monitoramento e fiscalização do desempenho do parceiro privado.
 
O parque
 
O Parque Estadual do Itacolomi está localizado nos municípios de Ouro Preto e Mariana, com área de 7.543 hectares. A UC foi criada em 1967.
 
O parque abriga o Pico do Itacolomi, com 1.772 metros de altitude, que era ponto de referência para os antigos viajantes da Estrada Real, como o bandeirante paulista Antônio Dias, que o chamava de “Farol dos Bandeirantes”. 

A palavra itacolomy vem da língua tupi e significa “pedra menino”, os índios viam o pico como o “filhote” da montanha ou “pedra mãe”.
 
Outro atrativo, a Fazenda São José do Manso, no interior da unidade, era um polo produtor de chá na primeira metade do século 20, e exemplar da arquitetura colonial deixado pelos bandeirantes em Minas.
 
 Concessão
 
O Itacolomi é uma das unidades de conservação cujo serviços foram concedidos a empresa privada pelos próximos 30 anos. A empresa ficará responsável pelo gerenciamento do uso de atividades de ecoturismo e visitação, além dos serviços de gestão, operação e manutenção dos atrativos. A empresa vencedora da concessão começará sua atuação após a conclusão das obras.
 
A concessionária será responsável pela aplicação dos recursos para modernização e implantação de infraestruturas, como centro de visitantes, quiosques, mirantes e restaurantes. Os recursos serão direcionados, ainda, a ações de preservação ambiental, desenvolvimento turístico e dinamização das economias locais.
 
Em contrapartida, a empresa poderá obter receitas advindas de atividades como cobrança de ingresso, alimentação, comércio e serviços turísticos, incluindo atividades de turismo de aventura. O contrato prevê isenções e descontos no valor de entrada para públicos específicos, eentre eles, moradores locais.
 
Caberá ao IEF a gestão administrativa da unidade, mantendo a responsabilidade pelas ações de conservação ambiental, fomento a pesquisas, educação ambiental, prevenção e combate aos incêndios, além da gestão do contrato de concessão, o monitoramento e a fiscalização do desempenho do parceiro privado.
 
O parque

 
O Parque Estadual do Itacolomi está localizado nos municípios de Ouro Preto e Mariana, com uma área de 7.543 hectares. A unidade de conservação foi criada em 1967.
 
O parque abriga o Pico do Itacolomi, com 1.772 metros de altitude, que era ponto de referência para os antigos viajantes da Estrada Real, como o bandeirante paulista Antônio Dias, que o chamava de “Farol dos Bandeirantes”. A palavra itacolomy vem da língua tupi e significa “pedra menino”, os índios viam o pico como o “filhote” da montanha ou “pedra mãe”.
 
Outro atrativo, a Fazenda São José do Manso, no interior da unidade, era um polo produtor de chá na primeira metade do século 20, e um exemplar da arquitetura colonial deixado pelos bandeirantes em Minas.

FONTE AGÊNCIA MINAS GERAIS

Um dos mais belos e atraentes do Brasil, Parque Estadual do Ibitipoca comemora 50 anos

Quando foi criado, em 1973, o Parque Estadual do Ibitipoca tinha como objetivo a preservação do patrimônio ambiental e a promoção do turismo ecológico. De lá para cá, a vocação só se fortaleceu: atualmente, são cerca de 90 mil visitantes por ano, com limite de mil por dia.

Não por acaso, a comemoração do cinquentenário da Unidade de Conservação mais visitada de Minas Gerais contou com autoridades estaduais e municipais, e integrantes das comunidades locais que reforçaram a importância do parque para o meio ambiente, turismo e a cultura de região e de todo o estado, nesta terça-feira (4/7), em solenidade promovida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).

A tarde foi marcada tanto pela emoção e reconhecimento às pessoas que estão na história do parque, desde sua inauguração, quanto pelas perspectivas de melhorias em torno da Unidade de Conservação. 

A gerência do parque presenteou a comunidade com um bolo de cinco metros que reproduziu as principais atrações turísticas do local. Além disso, 50 pessoas que fazem parte da história do Ibitipoca foram homenageadas com a entrega de caricaturas produzidas pelo artista mineiro Mário Tarcitano. Entre os nomes celebrados, estão desde ex-gestores da unidade até brigadistas e voluntários que auxiliam na conservação do local.

“Esse lugar é uma grande referência para o estado de Minas Gerais. A comunidade no entorno abraça essa Unidade de Conservação e trabalha junto com o IEF desde o início para a consolidação e gestão do parque. Nesses 50 anos, a gente tem muito o que comemorar”, destacou a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Marília Melo. 


Gerente da unidade, Clarice Silva atribui o sucesso ao trabalho para manter a estrutura do local e o cuidado com os atrativos naturais. “É um parque que tem um tamanho relativamente pequeno, mas concentração enorme de belezas. O IEF, ao longo desses 50 anos,  trabalha com muita dedicação e carinho junto de seus parceiros e comunidades locais para conservar esse paraíso ecológico”, avalia.

Dedicação
 

Vitória Medeiros, de 54 anos, é atualmente a guia ambiental mais antiga do parque. Ela conta que fez o primeiro curso de condutor ambiental disponibilizado no Ibitipoca em 1994. “Eu vim pra cá cortar cabelo, que era o que eu sabia fazer. Mas na primeira oportunidade fiz o curso e hoje em dia vivo disso. Tenho a minha casinha lá no alto, no pôr-do-sol, com o dinheiro que ganhei trabalhando aqui”, conta.


Com visão apurada de uma experiente guia ambiental, ela deixa um recado para os visitantes. “Gostaria que essas pessoas que só vêm querendo tirar fotos para as redes sociais olhassem mais para o aqui e o agora do nosso parque. Nós temos cactos que dão flores à noite, temos as canelas-de ema, as candeias. Que as pessoas venham para cá aprender, valorizar e, depois, repassar a mensagem”, recomenda.

Waltenbergue Sales, de 71 anos, conta que estava presente no dia da inauguração do parque, em 1973, mas que já visitava o local desde a infância. “A gente frequentava aqui porque tínhamos o hábito de colher macela para fazer travesseiros. Eu vinha com minha avó, minha mãe e minhas tias. Nessa época, o local ainda era bem primitivo, não tinha nem visitação turística. Participei das primeiras matérias jornalísticas que acabaram sendo um grande atrativo para ampliar o número de turistas aqui”, relembra.

Rede de parceiros

Durante o evento, o chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Civil, delegado-geral Bruno Tasca, destacou a parceria da corporação junto ao IEF, Polícia Militar de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Estadual. “Ninguém faz nada sozinho. A Semad e o IEF não têm medido esforços para atuar junto à Polícia Civil e outras instituições. O que funciona é a rede, que tem que estar bem alinhada”, avalia. 

O subsecretário de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula, disse que somente com a união e formatação de uma rede é que se consegue, efetivamente e de forma consciente e sustentável ter uma utilização correta dos equipamentos que são ao mesmo tempo turísticos e de proteção.

Concessão

O Parque Estadual do Ibitipoca foi uma das primeiras unidades de conservação mineiras a ter o processo de concessão concluído. A empresa Parques Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura, representada pela corretora Fram Capital, é a concessionária que, durante 30 anos, será responsável pelo gerenciamento do uso de atividades de ecoturismo e visitação, além dos serviços de gestão, operação e manutenção dos atrativos no parque. 

A concessionária também fará a requalificação, modernização e reforma de infraestrutura, abrangendo centro de visitantes, quiosques, mirantes e restaurantes.


“No ano passado concluímos a concessão da área de visitação pública dessa unidade, o que dará para todos os turistas e comunidades no entorno um grande ganho do ponto de vista de infraestrutura e prestação de serviços turísticos”, finaliza a secretária Marília Melo. 

O contrato foi assinado em maio deste ano e atualmente está em processo de transição para início das operações da concessionária neste segundo semestre.

Importante destacar que ainda caberá ao IEF a gestão administrativa da unidade, mantendo a responsabilidade pelas ações de conservação ambiental, fomento a pesquisas, educação ambiental, prevenção e combate aos incêndios, além da gestão do contrato de concessão, monitoramento e fiscalização do desempenho do parceiro privado.

Além da secretária Marília Melo participaram da solenidade  o subsecretário de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula; o chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Civil, delegado-geral Bruno Tasca; a prefeita de Lima Duarte, Elenice Delgado; o prefeito de Bias Fortes, Fabrício José da Fonseca Almeida; e o prefeito de Santa Rita de Ibitipoca, Leandro Eduardo Fonseca Paula. O diretor de Unidades de Conservação do IEF, Breno Lasmar, também participou da solenidade, representando a diretoria-geral do órgão.

Parque estadual goiano é fantástico e abriga cachoeiras e picos maravilhosos

O pôr do sol no Pico dos Pireneus: um espetáculo à parte em Pirenópolis

Pirenópolis é uma cidade cheia de encantos, mas entre os mais belos está o pôr do sol no Pico dos Pireneus. Com uma vista incrível dos arredores da cidade e do Parque Estadual da Serra dos Pireneus, este evento é um verdadeiro espetáculo da natureza. Mas para chegar lá, é preciso superar alguns obstáculos. Vem, que vamos te contar tudo!

Para chegar ao topo do Pico dos Pireneus, é preciso encarar uma trilha íngreme de cerca de meia hora de caminhada. Mas antes disso, é preciso enfrentar uma estrada de terra que pode ser um pouco complicada para carros mais baixos. Mas não se preocupe, o esforço vale a pena!
No caminho até o pico, os turistas podem se encantar com formações rochosas como o Morro do Cabeludo e o cerrado rupestre, onde as rochas têm formatos incríveis que lembram uma cidade de pedra. Além disso, as plantas típicas do cerrado, como os chuveirinhos, também chamam a atenção. Ao chegar ao topo, os visitantes são agraciados com uma vista espetacular do entardecer.

A capelinha marca o ponto exato para admirar este momento único e inesquecível.
Apesar de não ter infraestrutura ou guarita de entrada, subir ao Pico dos Pireneus não é difícil e não requer um guia. Mas se quiser explorar outras regiões do Parque Estadual dos Pireneus, é recomendável contratar um passeio guiado.

Se você está em busca de uma experiência única e inesquecível em Pirenópolis, não deixe de subir ao topo do Pico dos Pireneus para admirar o pôr do sol.
Apesar dos obstáculos no caminho, a vista incrível e a sensação de paz e tranquilidade que este momento proporciona fazem tudo valer a pena!
Além disso, o passeio pode ser combinado com outras atrações na mesma estrada, como as cachoeiras do Abade, Lázaro e Santa Maria.

Foto: Divulgação/ Parque Estadual dos Pireneus

Mais Informações
Endereço: Fazenda Abade – Morro dos Pirineus, Zona Rural, Cocalzinho de Goiás – GO
Telefone: (62) 3265-1320

Prefeitura apresenta projeto piloto de gestão compartilhada do Parque da Serra do Ouro Ouro Branco e Monumento de Itatiaia

Pela proposta, empresa cederiam as áreas, em regime de comodato, a prefeitura para gestão compartilhada com o Estado encerrando a regularização fundiária e abrindo perspectivas de recursos de compensações ambientais

Ao longo desta semana, o Parque Estadual da Serra do Ouro Branco foi palco de intensas discussões, quando a Assembleia de Minas promoveu uma audiência cobrando uma solução, principalmente sobre a regularização fundiária, e estruturação para a unidade de conservação.

Um dia após a audiência, a Prefeitura de Ouro Branco, IEF (Instituto Estadual de Florestas), representantes Vale, Gerdau Açominas, CSN Mineração e Mantiqueira Linha de Transmissão se reuniram para discutir implementação de ações no Parque, já que mais de 80% da área são das empresas.

No encontro foi apresentado um novo modelo para implantação e gestão das unidades de conservação, como alternativa ao modelo atual, que tem sido considerado altamente burocrático e ineficiente, se revelando incapaz de atender a demanda e necessidade como de fato propõe o Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

Desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Ouro Branco nos últimos meses, a proposta apresentada pelo secretário Neylor Aarão, prevê que um projeto piloto seja implantado nas unidades de conservação do Parque Estadual da Serra de Ouro Branco e o Monumento Natural do Itatiaia, envolvendo todos agentes num modelo compartilhado e integrado de gestão, possibilitando maior eficiência e celeridade nas ações para regularização, construção da infraestrutura e demais medidas previstas no plano de manejo, além de criar ambiente para instalação de demais projetos e propostas acessórias de apoio as atividades ambientais e de ecoturismo.

Propostas

Pela proposta, as áreas pertencentes às empresas seriam doadas ao poder público, em regime de comodato, podendo assim buscar recursos de compensações ambientais encerrando a problemática do processo de regularização fundiária e abrindo perspectivas de investimento na estruturação do parque.

Outra ponto seria a criação de um banco de dados para de áreas para as futuras compensações ambientais. O 3º item da proposta seria que a gestão da Serra do Ouro Branco e Mona de Itatiaia seria terceirizada para uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) promovendo celeridades de implantações de ações.

Segundo cálculos de Neylor Aarão, as grandes empresas da região dispõem de cerca de R$ 50 milhões para investimentos em passivos ambientais na região, mas encontra dificuldades de repasse por falta de regularização das unidades.

Estruturação

Pela nova proposta, o Município seria o protagonista da gestão. Segundo o prefeito Hélio Campos, com o investimento e concretização das infraestruturas de apoio no parque da Serra de Ouro Branco e Itatiaia, toda região será beneficiada com a geração de trabalho, renda e desenvolvimento econômico sustentável, possibilitando ao município desenvolver e implementar políticas de promoção ao turismo, tendo como objetivo alcançar o mesmo nível de qualidade dos serviços que se são oferecidos nas Serras Gaúchas.

O vice-prefeito Celso Vaz, destacou que se trata da base de um modelo que pode ser replicado pelo estado nas demais unidades de conservação, além de considerar que a proposta é de fato um marco para o desenvolvimento das unidades de conservação em todo estado de Minas Gerias.

As empresas alinharam com os representantes da prefeitura e do IEF, alguns pontos que serão inseridos no projeto, de forma a desburocratizar também o cumprimento de medidas compensatórias, de forma a facilitar a execução do que se propõe também por meio da regularização fundiária.

A proposta base será apresentada em breve junto a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Minas Gerais, para que, aprovada, possa ser instituído um grupo de ação mútua e de gestão compartilhada, para implantação do projeto piloto nas unidades de conservação do Parque Estadual da Serra de Ouro Branco e o Monumento Natural do Itatiaia.

Deputados e lideranças cobram efetivação e estruturação do Parque Estadual da Serra do Ouro Branco

Participantes de audiência cobram que Executivo tire do papel parque e monumento natural na região de Ouro Branco

regularização fundiária e uma estruturação mínima para viabilizar financeiramente o manejo sustentável do Parque Estadual Serra do Ouro Branco e do Monumento Natural Estadual de Itatiaia, ambos nos municípios vizinhos de Ouro Preto e Ouro Branco, na Região Central de Estado.

Essas foram as principais reivindicações apresentadas pelos participantes da audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira (20/10/21) pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Consulte o resultado e assista ao vídeo completo da reunião.

O debate atendeu a requerimento do presidente da comissão, deputado Noraldino Júnior (PSC). As duas unidades de conservação de proteção integral foram criadas após intensa mobilização popular em 2009, mas, 12 anos depois, não contam sequer com uma portaria e, no abandono, sofrem com a ação predatória.

O problema são os incêndios que, todos os anos, durante o período de estiagem, ameaçam a região. Foi consenso entre os participantes a origem criminosa de quase todos eles, seja de maneira intencional ou culposa. O maior aconteceu em 2017, quando 25% da área foi comprometida. Mas, em setembro último, vários focos voltaram a ameaçar a biodiversidade da região.

Quando foram criadas, as duas áreas, apesar de contíguas e com mais de dez mil hectares, foram separadas em parque e monumento natural de forma a facilitar justamente a regularização fundiária, que ainda não saiu do papel.

Enquanto a área do monumento natural possui diversos proprietários, a área do parque pertence a grandes empresas ligadas à exploração de minério: Vale, Gerdau e CSN. A expectativa então era que elas pudessem ser doadas ao Estado, por meio de compensação ambiental.

Brigada – O deputado Noraldino Júnior defendeu ações mais efetivas tanto do poder público quanto da iniciativa privada para garantir a sobrevivência do Parque Estadual Serra do Ouro Branco e do Monumento Natural Estadual de Itatiaia, que contam apenas com iniciativas isoladas da sociedade civil.

Uma delas é a Brigada Carcará, com sede em Ouro Branco, homenageada na audiência por meio da sua presidente, Bruna Ferreira.

“Mesmo em um cenário de escassez de recursos, precisamos usar da criatividade e fazer mais com menos. Se os recursos gerados com o meio ambiente fossem efetivamente utilizados no setor, já seria um ponto de partida para que o plano de manejo das duas unidades seja efetivado”, defendeu Noraldino Junior.

Do ponto de vista do Parlamento mineiro, o parlamentar garantiu ainda o monitoramento dos desdobramentos da audiência e, desde já, se posicionou contrário a qualquer ameaça de desafetação (perda do vínculo jurídico das terras) das duas unidades que possa surgir no futuro.

“Chegaram a circular boatos de que essa audiência iria abordar a desafetação das áreas, o que aboslutamente não é verdade. Estamos todos aqui do mesmo lado, em defesa desse patrimônio natural e cultural do povo mineiro”, apontou.

Paredão – O debate atendeu a sugestão da vereadora Valéria de Melo Nunes Lopes, de Ouro Branco, uma das principais lideranças da região em defesa das duas unidades. Ela lembrou que a mobilização para criação delas deve prosseguir até que sejam fisicamente viabilizadas.

“Como falar em uma demarcação formal se não contamos sequer com uma portaria no nosso paredão? Enquanto isso, será que a grande soma de recursos que todos os anos é gasta no combate às queimadas não seria melhor aplicada em ações estruturantes que garantiriam uma prevenção mais efetiva?”, questionou.

Nessa linha, ela cobrou uma ação mais decisiva da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, como a aplicação do chamado ICMS Ecológico, e das empresas proprietárias da região, inclusive por meio da intervenção do Ministério Público. A estimativa é que cerca de 80% da área seja de propriedade privada.

Parque e monumento integram grande complexo ambiental e turístico

O Parque Estadual Serra do Ouro Branco e o Monumento Natural Estadual de Itatiaia integram um complexo ambiental e turístico ainda maior, formado sobretudo pela Reserva Particular de Proteção Ambiental (RPPN) Luís Carlos Jurovsky Tamassia, da Gerdau, com a qual também fazem divisa, e o Parque Estadual do Itacolomi, este entre as cidades de Ouro Preto e sua vizinha Mariana.

Só o município de Ouro Preto, patrimônio mundial da humanidade que atrai visitantes até do exterior, reúne sozinho o total de 12 unidades de conservação, sendo cinco delas parques municipais, o que justificaria a criação de uma estrutura de visitação e proteção permanentes.

Gestão única – Maria Amélia Lins, diretora-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), lembrou que as duas unidades têm uma gestão única e plano de manejo já aprovado desde 2017. Também têm funcionários permanentes já trabalhando no local e o conselho consultivo deve ser eleito na próxima semana.

Em sua apresentação, a gestora destacou as riquezas naturais da área, inclusive como grande produtora de água, e seu potencial turístico. Também reconheceu que a institucionalização definitiva facilitaria a preservação, um consenso entre as mais de duas dezenas de participantes da audiência.

Histórico – O Parque Estadual da Serra do Ouro Branco foi criado pelo Decreto 45.180, de 2009, com 7.520 hectares. Ele representa o marco inicial sul da Serra do Espinhaço, tem cobertura vegetal constituída por campo rupestre, matas de galeria e capões, além de remanescentes de Mata Atlântica.

Serra do Ouro Branco é um divisor de águas de três bacias hidrográficas: Rio das Velhas, Rio Paraopeba e Rio Piranga. Parte da área do parque é sobreposta pela Área de Proteção Especial (APE) do Veríssimo, criada pelo Decreto 22.055, de 1982

Serra de Itatiaia – O Parque faz divisa com o Monumento Natural Estadual de Itatiaia, criado pelo Decreto 45.179, de 2009, com 3.216 hectares. A Serra de Itatiaia possui espécies endêmicas de flora rupestre nos afloramentos rochosos e alta relevância na Cadeia do Espinhaço, além de beleza cênica e paisagística e importância histórica relacionada ao Ciclo do Ouro em Minas Gerais.

FONTE ALMG

Incêndio atinge Parque Estadual do Ibitipoca

Um incêndio foi registrado no entorno do Parque Estadual do Ibitipoca nesta quinta-feira (9). De acordo com a  Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sistema), quatro funcionários da Unidade de Conservação, um brigadista e dez voluntários foram para o local combater as chamas.

O Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora também foi acionado para atuar na ocorrência. São utilizados um veículo, uma motocicleta e um helicóptero. 

A assessoria da Sisema ainda informou que o incêndio foi detectado no entorno da Unidade de Conservação e que todo o trabalho de combate foi feito para evitar que o fogo atingisse o interior do parque. Sobre a possibilidade de a visitação ser suspensa no local, o órgão explicou que ainda não há.

Em agosto, o parque voltou a funcionar com 100% da capacidade. Durante a pandemia de Covid-19, o local ficou com a visitação suspensa várias vezes.

O Parque Estadual do Ibitipoca, no distrito de Conceição do Ibitipoca, conta com atrações famosas, como a Janela do Céu e o Circuito das Águas. Antes da pandemia de Covid-19, cerca de 100 mil pessoas visitavam o local anualmente.

Fonte: G1

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